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CEM PREFERÊNCIAS

CEM LEITURAS

CEM CENSURA











SEM LEITOR,
SIMPLESMENTE,
SEM VALOR! 


Bom! 
 Há 3 anos   comemorei CEM  postagens.
  Após  5 anos de registros  compartilho com vocês  CEM MIL  vizualizações.


Com certeza um bom motivo para comemorações e o reconhecimento de que esses registros, essas leituras  trazem consigo um pouquinho do meu trabalho para a Educação Infantil. Além do que, muito constribuiram para o meu crescimento profissional e a convicção de estar realizando um bom trabalho junto a meus queridos alunos. Tão pequenos mas que me fazem sentir GRAAAAANNNNDEE.









Adaptação da Criança a escola

Adaptação Escolar


Com certeza, se a escola é um lugar apreciável aos olhos dos pais e responsáveis, certamente, assim o será para a criança também!


Prepare seu filho para que chegue a escola com certa  autonomia. Livre de preconceitos. Seguro, muito seguro de que a escola é um espaço de convívio, interação, socialização com muitas outras crianças e com adultos também.
Pessoas que farão parte de sua história assim como sua família...



 Na maioria das vezes os pais se sentem inseguros pois a criança fica com a mãe  o tempo todo desde que nasceu, por outro lado é importante pensar  que vai ser bom pra ela para que ela se solte mais e conviva com mais crianças pois, é muito sozinha e não tem com que brincar. 

Muitas das crianças ao chegar na escola ainda não sabem ir até o banheiro sozinhas. Não sabem se alimentar sozinhas e fica difícil para os pais aceitarem uma mudança , aparentemente tão brusca. Mas podem ter certeza que não é. 
A criança desde cedo, já no primeiro ano precisa desenvolver essa  autonomia, ser incentivada a comer sozinhas, sem preocupações, sem medo, sem receio de que ela não vai se alimentar direito, via se sujar. O que importa e trabalhar essa questão o quanto antes, para que a criança sinta - se a vontade, ois na escola, assim será.
Na escola ela terá o olhar da professora acompanhando e pense bem , em casa , ela terá olhar maias que atencioso do responsável, que está ali, auxiliando neste processo. O que na escola , com certeza, não será tão preciso, até porque tem que se levar em conta quantidade de alunos para olhar atento de um profissional.
Saibam que na escola, os bebês já são são incentivados a comerem sozinhos desde o berçário.
Comidinha na boca é para bebês de meses de idade. O quanto antes, melhor!



Outra questão também relevante se dá no incômodo que muitos pais tem em relação as mordidas.
A criança é rápida e precisa, ela tem um sistema de defesa que por mais que se esteja atento, torna-se inevitável.
O importante é conversar com a criança que morde,até  que entenda e perceba que não pode, que machuca, que causa danos tanto na criança mordida quanto aos pais e responsáveis. Amenizar ao máximo a situação, que por vezes se repete, pois é comum da idade. 
É importante considerar o outro, é  preciso se colocar no lugar do outro, em ambos os casos, tanto da criança que tem nessa atitude , na maioria das vezes, um sistema de defesa, assim como dos pais, pois muitas vezes foge ao controle ou parece descaso .  O que sabemos que não é.
Quando se trabalha na educação infantil com alunos de 4 anos aos 6 anos, acabam-se as mordidas, porém, chegam os desentendimentos, e há muito o que fazer para amenizar também esta situação. Entretanto há que se considerar que ao mesmo tempo que brigam, que há o entrevelo, há também a amizade, o vinculo. A criança se irrita e demonstra essa contradição por meio da agressão , porém, logo está papeando com o "inimigo", considerando que nessa idade são muito inocentes, portanto, não há espaço para o rancor.
Muitas vezes os pais não aceitam, aí fica difícil! Até porque uma das primeiras coisas que os pais perguntam aos filhos , no horário da saída ou logo que chegam em casa é , tudo bem? tudo tranquilo?alguém de machucou? Isso , quando a criança , se fazendo de vítima, já passa os informe ali mesmo, na escola, no momento da saída, e , em alguns momentos, os pais,  querem resolver de imediato o problema. Confiando plenamente no filho, no que ele disse, na maneira como disse. Sem saber ao certo o que realmente aconteceu, o porquê da situação e, a partir disso, amenizar e por fim resolver  o problema em questão. 
O erro está na questão mal formulada, incompleta. Então, por que não perguntar o porquê do desentendimento? quem promoveu tal situação? em que parte da história o filho está envolvido?

Muitas vezes temos  que interferir na conversa do pai, do responsável, com o aluno e questionar, e fazê-lo pensar e por fim, falar o que realmente aconteceu. Isso sem contar nas inúmeras vezes que nada aconteceu e a criança passa aos pais uma situação de agressão.

As vezes há um toque, uma atitude mínima em que a criança leva para o lado da agressão. Demonstrando fragilidade e indefesa diante de situações banais, que ao invés da interferência do adulto, deveria haver o incentivo a conversa, ao processo de socialização, passando a criança autonomia para sair de algumas situações , e não, querer resolver tudo para eles e por eles.


Nossa capacidade de adaptação às novas situações não se pode comparar com a capacidade de uma criança quando se depara com pessoas e lugares diferentes como a escola. Nós levamos uma bagagem de experiências que fazem com que a adaptação seja uma situação mais suave e controlada. E isso não é o caso das crianças na escola. Na primeira infância, tudo é novo para elas. E somente nós, os pais, podemos ajudá-las com o apoio e as exigências dos filhos.



Conselhos retirados do Guia estudantil para uma boa adaptação na escola.

- No princípio, leve a criança por algumas horas e pouco a pouco vá aumentando o horário. 
Cada criança necessita de seu tempo.

- Deixe que a criança leve, se assim o desejar, seu brinquedo favorito, algo que seja familiar e o mantenha unido a sua casa, seu ambiente familiar,  seu lar.

- Não prolongue as despedidas em excesso. Tem que passar segurança à criança de que o que está fazendo é o melhor para ela.

- Quando sair da creche, deve dedicar-lhe mais tempo à criança, brincando com ela. É bom que ela descubra que o que faz no centro não é tão diferente do que faz habitualmente em casa. Anime-a a compartilhar contigo as experiências que aprende na creche. E demonstre alegria e entusiasmo por seus progressos.


- É conveniente que a mãe e o pai levem e tragam a criança. Isso proporcionará segurança. E ela  se acostumará , terá mais segurança, facilidade quanto a adaptação e  à mudanças. E estar na escola é uma mudança considerável na vida de uma criança.

- Sempre que considere necessário, fale com a professora sobre suas dúvidas, inquietudes e sobre alguma mudança observada pela criança.

- Busque estar informada sobre as atividades que estão desenvolvendo na sala de aula: leituras, canções novas, datas comemorativas, etc, para entender e potencializar suas conquistas.

- Os aspectos da evolução da criança devem ser coordenados com as educadoras (retirada da fralda, da chupeta, etc.).

- Procure levar em conta o que é servido a cada dia na escola, quais alimentos são oferecidos, para poder oferecer-lhe uma dieta mais equilibrada e também  para incentivar a criança a comer .

- Nada de pressa pela manhã. Procure despertá-la com tempo para que tome o café da manhã tranquilamente e se dirija sem pressa a escola. 

Seja forte, passe segurança a criança.
Saiba valorizar esse momento tão importante na vida da criança.

Observe a imagem abaixo e reflita. Será que a escola, os profissionais, os professores e o mais importante, os filhos já presenciaram essa cena, já estiveram em alguma situação parecida.

Pois acredite! É muito comum!

Valorize!
Se os pais gostam  e respeitam o ambiente escolar, com certeza,  os filhos também farão o mesmo. 

Caso contrário...

Obs.:Por causa de Direitos Autorais , tanto o  texto quanto as ilustrações não se encontram na íntegra.







Estimulante Pedagógico

Estimulante  Pedagógico


LEIA COM ATENÇÃO ANTES DE USAR


COMPOSIÇÃO:

Os comprimidos contém todas as virtudes que formam o Estimulante Pedagógico: amor, humildade, criatividade, sinceridade, alegria, inspiração, energia, visão, garra, paixão, persistência, dedicação e integração e estudo.

INFORMAÇÕES AO PACIENTE:

Por todas as experiências pelas quais passamos e por tudo o que temos estudado e comprovado, não há dúvida de que o Estimulante Pedagógico é o remédio ideal para qualquer tipo de crise.
Para que o tratamento atinja seus objetivos é indispensável dedicação total de corpo e espírito para quem quer curar a causa e não o sintoma da doença.
Destina-se a quem está disposto a sofrer uma transformação íntima e jamais se arrepender disso.

INDICAÇÕES:

Ao paciente, que demonstrar de imediato apatia, desinteresse, pessimismo, falta de motivação, baixa de auto-estima, descontrole emocional.  
Recomendado especialmente para pessoas que desistiram de sonhar ou para as que desistiram de si próprias.

CONTRA-INDICAÇÕES:

Nem a mais avançada ciência é capaz de apontar uma contra-indicação para o amor, 
a positividade e a energia.

PRECAUÇÕES:

Mantenha este medicamento ao alcance de todas as pessoas para que possam ser contagiadas.
Mantenha também ao alcance de todas as crianças. 
Não há prazo de validade, pode ser utilizado por toda a vida e sem o conhecimento de seu médico.

POSOLOGIA E MODO DE USAR:
Adultos – 1 drágea por dia ao acordar ou se preferir tomar todas as drágeas em dose única.
O resultado será surpreendente.
Crianças – o tratamento deverá ser iniciado com muito amor. 
Tomando uma dose por dia com muito sorriso e muito carinho.
 Estímulo constante ao seus sonhos e criatividade também fazem parte do tratamento.
Autor desconhecido.

Identidade Gênero Diversidade

   Identidade e Gênero



A sociedade tem passado por muitas transformações, e os pais se veem, tantas vezes, completamente perdidos. É o que evidencia a psicóloga Rosely Sayão em seu recém-lançado livro Educação sem blá-blá-blá.

A família e a escola devem caminhar juntas para apoiar o desenvolvimento dos alunos. Embora essa afirmação seja quase um consenso entre os profissionais da educação, a aproximação entre ambos os lados ainda é um desafio. Enquanto diretores e professores se queixam da falta de envolvimento da família na educação, pais ou responsáveis dizem não encontrar espaços de participação dentro da escola.

Gênero resultado de uma construção social e cultural,

O mundo tem passado por muitas transformações em um espaço de tempo relativamente pequeno. A educação vem acompanhando essas mudanças? Quais são os ensinamentos de nossos avós, pais ainda pertinentes e quais aqueles que precisam ser revisados?

Rosely Sayão afirma que os ensinamentos que  se precisa manter são aqueles gerais, relacionados aos princípios e valores. Independentemente das mudanças que ocorreram no mundo, do estilo de vida que as crianças e jovens levam hoje, é preciso ensiná-los a ser honesto, ético, justo e saber  respeitar o outro. O que muda é a maneira de ensinar, saber mediar para discutir uma determinada situação ou uma notícia que está tendo repercussão nas mídias pode ser um ponto de partida para conversar sobre os temas. 

Antes os pais só mandavam, era “faça isso, não faça aquilo, isso pode, aquilo não”. Hoje, deve haver a conversa junto com a atitude. Não é só conversa também, são os dois juntos.

Afirma que a  escola deveria oferecer para o alunado a visão de mundo na perspectiva do conhecimento. Assim, o aluno pode olhar para aquilo que ele aprendeu com os pais e pensar criticamente a respeito. Se não o mundo nunca muda, os filhos vão repetir os pais e pronto. Então quando se vê as  famílias, os responsáveis  procurando escolas que falam a mesma linguagem que eles, isso  é colocar a criança sob a ditadura de um pensamento único.

Tudo que acontece na escola é político, é que nós achamos que política é sempre partidária. Toda escola é obrigada a ter um projeto político-pedagógico, esse é o nome. O que significa esse político? O tipo de cidadão que nós queremos formar. A gente quer formar um cidadão consciente, crítico ou um cidadão que aceita tudo que dizem para ele. Ou será que ele diante de tudo que lhe for apresentado e discutido poderá ou não ter e fazer suas próprias escolhas. Com base,  com respaldo de conhecimento e aí sim opção de escolha.

Tem diferença entre educar um filho e outro, entre educar Maria e Mariana. Cada filho é único e a gente vai aprendendo na trajetória a conhecê-lo, que ele não é do jeito que a gente queria que fosse, etc. Então educar meninos é diferente de educar meninas, sim, mas não no sentido dos preconceitos e dos estereótipos de gênero. Mais no sentido de que educar cada filho é diferente.  “A maior injustiça que eu posso cometer com meus filhos é tratá-los da mesma maneira”.


Ao contrário de “ideologias” ou “doutrinas”, sustentadas por crenças ou fé, o conceito de gênero está baseado em parâmetros científicos de produção de saberes sobre o mundo e busca identificar processos históricos e culturais que classificam as pessoas a partir de uma relação sobre o que é entendido como feminino e masculino.

Ao contrário do que se tem deliberadamente divulgado, falar em uma educação que promova a igualdade de gênero não significa anular as diferenças percebidas entre as pessoas, mas garantir um espaço democrático, onde tais diferenças não se desdobram em desigualdades, hierarquias ou marginalizações.



É hora de exigir que o direito à educação seja assegurado a qualquer cidadã ou cidadão brasileira/o e, para isso, políticas de combate às desigualdades de gênero e sexualidade precisam ser implementadas e o exercício da cidadania, garantido.

Toda vez que se vai preencher um questionário é comum aparecer o seguinte campo: sexo. A pergunta é: qual é o seu gênero? O mais comum é que existam duas alternativas para você assinalar: masculino ou feminino.

De acordo a Carolina Cunha da revista Novelo Comunicação o conceito de gênero e identidade vai muito além da questão homem e mulher e  denota  diferenciação. A lógica ocidental tradicional funciona como uma divisão binária, ou seja, que se divide em dois opostos: masculino x feminino, macho x fêmea ou homem x mulher.

Sob esse ponto de vista, o ser humano nasce dotado de determinadas características biológicas que o enquadra como um indivíduo do sexo masculino ou feminino. O sexo é definido biologicamente tomando como base a genitália, cromossomos sexuais e hormônios com os quais se nasce.

(...)
Obs.:Por causa de Direitos Autorais , tanto o  texto quanto as ilustrações não se encontram na íntegra.

Em 2014, após reclamações de usuários que queriam mais opções em seus perfis, o Facebook passou a oferecer mais de 50 opções de termos para classificar gêneros. É possível ainda escolher por qual pronome você deseja ser chamado, “ele”, “ela” ou “neutro”.

A novidade já existe em países como EUA, Reino Unido e Argentina e incluem classificações como andrógino, transgênero, entre outros. Em entrevista ao jornal inglês The Independent, Simon Milner, diretor do Facebook no Reino Unido, afirmou que, com essas inclusões, “o Facebook está permitindo que as pessoas sejam elas mesmas e fazendo que os usuários se sintam confortáveis em expressar quem são”.

As identidades são características fundamentais da experiência humana, pois possibilita aos seres humanos a sua constituição como sujeitos no mundo social. O gênero refere-se à identidade com a qual uma pessoa se identifica ou se autodetermina; independe do sexo e está mais relacionado ao papel que o indivíduo tem na sociedade e como ele se reconhece. Assim, essa identidade seria um fenômeno social, e não biológico.

Uma pessoa cisgênera é aquela que tem sua identidade ou vivência de gênero compatível com o gênero ao qual foi atribuído ao nascer. Já uma pessoa transgênera é aquela que se identifica com o gênero diferente do registrado no seu nascimento. As pessoas trans podem preferir serem tratadas no feminino ou no masculino ou, ainda, não se encaixar em nenhuma dessas definições (trans não binárias).

Para muitos especialistas, esse encaixe em definições tradicionais começa logo na infância. Atentos a isso, uma pré-escola na Suécia, a Egalia, adotou um sistema chamado de “educação neutra de gênero”. Não se usam os termos “ele ou ela” ou “meninos” ou “meninas” para se referir aos alunos, chamados de “amiguinhos”. Brinquedos de cozinha, como panelinhas e outros, mais relacionados às meninas, estão lado a lado aos brinquedos de montar, mais ligados aos meninos. O objetivo é fazer com que as crianças cresçam livres de imposições e sem barreiras para fazerem suas escolhas. O método, claro, divide opiniões.

Outro tipo de pensamento binário seria a relação sexo-gênero ou identidade-sexualidade. Ou seja, a partir de um gênero haveria um determinado padrão de sexualidade. Se a pessoa nasce com a genitália feminina, obviamente teria que se relacionar com a pessoa da genitália diferente da sua , e vice-versa (ou seja, ser heterossexual). No entanto, existem diversos comportamentos sexuais (homossexual e bissexual) que mostram que o gênero não define a orientação sexual de uma pessoa.

Existem muitas pessoas fora da classificação binária e, mais ainda, fora de classificações. Essas pessoas sofrem preconceito e são em muitos casos, “proibidas de existir”. A falta de compreensão da diversidade de gênero traz uma série de problemas e a criação de sentimentos negativos ou atitudes como a exclusão, culpa, medo e vergonha.

Além do sofrimento pessoal de “não se encaixar” na sociedade vigente devido ao preconceito, as pessoas transexuais ainda encontram dificuldades no mercado de trabalho e são vítimas frequentes de crimes de intolerância e violência.

Como o gênero funciona nas relações sociais?

(...)
Obs.:Por causa de Direitos Autorais , tanto o  texto quanto as ilustrações não se encontram na íntegra.


Se voltarmos ao passado, poderemos observar que em outras culturas, como em tribos indígenas ou no antigo povo celta, as representações de masculino e feminino eram bem diferentes do que temos hoje. Em muitas sociedades, as mulheres eram guerreiras e participavam de esferas de decisão e poder (recentemente, foram encontrados vestígios de mulheres guerreiras vikings). Na África, há registros de que os franceses teriam lutado contra um exército de mulheres no Daomé (Benin), no século XVIII.

Em 2014, a Marvel anunciou que Thor, um dos seus personagens mais famosos, virá em versão mulher na próxima HQ. O personagem salvará uma mulher e herdará seus poderes. Pelo Twitter, o diretor-executivo da Marvel Digital, Ryan Penagos, esclareceu que ela realmente substituirá o atual deus do trovão. "Ela não é a Mulher-Thor, Lady Thor, ou Thorita. Ela é o THOR", escreveu ele.

No Brasil, o cartunista Laerte Coutinho surpreendeu ao aparecer vestido de mulher e assumir uma nova identidade de gênero – ou pós-gênero, como ele diz, já que ainda não consegue se enquadrar em outras opções. Em 2014, a cantora Conchita Wurst, personagem do austríaco Tom Neuwirth, superou obstáculos e venceu o Eurovision Song Contest, um show de talentos musicais na Europa. Sua aparência feminina misturada à barba masculina de Tom chocou o público, mas sua vitória refletiu, de certa forma, a aceitação da mistura de gêneros incorporada por Conchita.

Mas, e se eu não me identifico com meu corpo? Assim como quase tudo que nos caracteriza, nosso gênero é construído pelas experiências que temos na vida, nosso desejo de quem queremos ser e em que cultura estamos. Por isso dizemos que o gênero (ser “mulher” ou ser ”homem”) é uma construção social e não uma genitália.

Em 1990, a filósofa estadunidense Judith Butler publicou o livro “Problemas de Gênero” (Civilização Brasileira, 2010). A obra cunhou a noção de gênero como performatividade. Para ela, o gênero é uma produção social, ou seja, é um ato intencional construído ao longo dos anos. De fora para dentro e de dentro para fora. Segundo ela, gênero não deve ser visto como um atributo fixo de uma pessoa, mas como uma variável fluída, apresentando diferentes configurações.

(...)

No mundo atual onde pessoas se expressam de forma tão diversa e plural, o respeito à singularidade e a tolerância de cada individuo torna-se fator de extrema importância. Olhar para um mundo com mais respeito à diversidade dos gêneros é entender que o outro, independente de sua orientação é alguém que merece respeito e direitos políticos, sociais e econômicos.



 Gênero, sexualidade e identidade de gênero não são criações ideológicas. Eles existem.


A discussão sobre gênero nas políticas educacionais segundo Pedro Ribeiro Nogueira do Portal Aprendiz parte de uma falácia cruel: a de que gênero, sexualidade e identidade de gênero são invenções ideológicas. Hoje em dia, é muito comum ver a desqualificação de determinadas visões de mundo como sendo “ideológicas”, ou seja, um ideário sem ancoragem na realidade.

Em resposta a essas afirmações, a Associação Brasileira de Antropologia (ABA) publicou o “Manifesto pela igualdade de gênero na educação: por uma escola democrática, inclusiva e sem censuras”, assinado por 113 pesquisadores e grupos de estudos, que pretende desmistificar esses argumentos. Confira abaixo alguns pontos:

“Ao contrário de “ideologias” ou “doutrinas” sustentadas pela fundamentação de crenças ou fé, o conceito de gênero está baseado em parâmetros científicos de produção de saberes sobre o mundo. Gênero, enquanto um conceito, identifica processos históricos e culturais que classificam e posicionam as pessoas a partir de uma relação sobre o que é entendido como feminino e masculino. É um operador que cria sentido para as diferenças percebidas em nossos corpos e articula pessoas, emoções, práticas e coisas dentro de uma estrutura de poder. E é, nesse sentido, que o conceito de gênero tem sido historicamente útil para que muitas pesquisas consigam identificar mecanismos de reprodução de desigualdades no contexto escolar (…).






(...)
Obs.:Por causa de Direitos Autorais , tanto o  texto quanto as ilustrações não se encontram na íntegra.

Gisele Cristina, da organização Católicas pelo Direito de Decidir, no debate “Porque discutir gênero nas escolas”, que aconteceu na Câmara dos Vereadores de São Paulo,  também rebateu as acusações de que gênero é uma ideologia. “É como se isso não fosse amparado por anos e anos de pesquisa, como se alguém tivesse olhado pra nossa sociedade e falado ‘ah, quero discutir gênero’. A realidade não é bonita, ela nos obriga a discutir isso, seria muito melhor se não precisássemos, mas é uma relação de poder que mata pessoas, que violenta mulheres, que subjuga milhões de brasileiras.”



Diante de todos esses questionamentos é que se reafirma o importante papel da escola. promover debates, fazer inúmeros apontamentos, desmistificar e esclarecer a todos  que por ela passa.











Afetividade , Educação e Infância

   Afetividade Educação e  Infância







A união das partes fazendo com que se forme o todo, dotado de significados.
“Os educadores devem fornecer holding no ambiente escolar” acolher, afirma  Bogomoletz. O que significa tratar cada individuo em sua essência,  como ele realmente  precisa.
 “O termo inclusão”, se levado a sério, indica uma atitude de "holding", ou seja, uma forma de sociedade criada com o objetivo de administrar um grupo social específico, em parceria com demais profissionais, gerenciando suas ações e promovendo ações inovadoras para o grupo em questão.

O conceito de relação parte do pressuposto de que a escola é um espaço de encontros entre sujeitos. Um lugar em que muito se deve compartilhar para que as relações, pautadas num conceito de equipe em que vão ganhando relevância e organização de  nossas ações. Entretanto, há de se considerar que o individuo com toda a sua bagagem sócio cultural. 
E em meio às interações se socializará, isso de acordo a sua mentalidade,  sua visão de mundo. Ora  apático , ora aberto a novos conceitos,enfatizando e considerando suas origens, ora a seu tempo e espaço.
Daí a percepção de que estamos longe de detectar qual será a  escolha, a integração com o grupo.
Winnicott em seus estudos  refere-se ao "desenvolvimento emocional primitivo", cujos efeitos, segundo ele, são de importância crucial para o indivíduo, por se estenderem para além da infância, acrescentando que muitas questões da fase adulta estariam vinculados a disfunções ocorridas entre a criança e o "ambiente", representado geralmente pela mãe. 
De acordo a Yves De La Taille, o choque de culturas é que faz muito em seus efeitos no processo de socialização.
Segundo os interesses que movem os grupos, construídos com base em uma relação mútua, coletiva e desafiadora, no qual a troca sede seu espaço, pois quem troca, simplesmente, troca. - Toma lá, dá cá! E que é a partir da socialização é  que colocamos o que aprendemos em cheque. A amabilidade, a rejeição ao outro, o incômodo que certas pessoas estabelecem, enfim, os problemas sociais são revelados e, o egocentrismo em alguns momentos, é considerado até certo ponto normal. 
Todavia, a falta de articulação e a indiferença  abrem espaços à intolerância, atritos e sentimentos negativos geram desconforto, inimizades e mal estar no grupo.
Sendo assim, há de se considerar que o diálogo estabelece relações pautadas nas interações entre sujeitos participantes do processo educativo.
O acolhimento adequado pode ajudar um individuo, pressionado pelo momento, a se tornar mais espontâneo. "No entanto, é preciso que a escola aceite as temporadas de 'mau comportamento'. Trata-se de adotar sempre uma postura tolerante e criar condições para que se desfrute da liberdade".
 Nada mais importante, nesse sentido, do que o papel da “brincadeira” - fundamental para Winnicott, não apenas na infância, por misturar e conciliar o manejo do mundo objetivo e a imaginação. "Brincar pressupõe segurança e criatividade", diz Bogomoletz. "Crianças com problemas emocionais graves não brincam, pois não conseguem ser criativas."
A relação intrapessoal e interpessoal, o estar bem consigo mesmo e com aqueles que nos cercam merece mais atenção e cuidados, à medida que evitando o risco de se construir saberes não integrados, incompatibilidades e ou simplesmente trocas, abre caminho a amizade, ao querer estar ali, ao prazer de estar ali!
Segundo Yves De La Taille , existe uma situação de medo, uma percepção de que as relações humanas estão cada vez mais desrespeitosas. E acrescenta que a própria sociedade deveria ser capaz de administrar essas atitudes.
De acordo a ele, para que um combinado seja efetivamente aceito, é preciso estar atento. Primeiro, é necessário que os princípios inspiradores norteiem o acordo e sejam explicitamente colocados, não fiquem apenas implícitos para a turma. Segundo, é preferível procurar o consenso, o que dá muito mais trabalho, mas é bem mais rico porque desenvolve a prática de escutar o outro. Se o grupo segue muito rápido para a votação, elimina-se uma etapa preciosa que poderia ser dedicada ao diálogo. A votação não é diálogo, a votação é poder: se eu tenho mais votos que você, você perde e eu ganho. Em terceiro lugar, não se pode abrir mão de seu papel de autoridade, simplesmente jogando para o grupo as responsabilidades pelas sanções que o combinado pode gerar.
Precisamos aprender a compartilhar interesses, saberes. “Dividir com aqueles que estão a nossa volta, cooperar, respeitar, promover atitudes e valores permeados pela harmonia, como afirma Yves De La Taille ‘uma pessoa comprometida com os valores morais”.
É necessário um olhar diferenciado e sempre aberto ao diálogo, captando a essência daqueles que estão ao nosso lado e que assim como nós, necessitam de atenção, de uma palavra bem colocada e que faz muito em seus efeitos.

Fortaleça laços de amizades, torne o ambiente envolvente, participativo, busque formas inovadoras, significativas para cada participante do processo, para si,  para os outros, aprimorando conceitos e competências, mediando. Deixando marcas positivas, enriquecedoras, marcas que se enraizarão e serão por vezes vivenciadas, lembradas e repassadas  por aqueles que fazem parte da nossa vida, do nosso dia a dia.



Modificar práticas e atitudes com ações organizadas e sem a ilusão e o erro de que podemos moldar alguém, entendendo que cada indivíduo é único e faz suas próprias escolhas, e que ações organizadas, colaboram para que situações de conflitos sejam amenizadas e até mesmo solucionadas.
A insatisfação abrirá caminho ao diálogo, ao conhecimento de si, como dizia o filósofo Schopenhauer, ele acreditava que não era possível alguém conhecer alguma coisa se não conhecesse a si. Dizia que a atitude de conhecer não poderia vir de fora para dentro, e sim de dentro para fora. Um olhar critico construtivo. Consciente, permanente, á medida que exigirá das partes, observação, sensibilidade, transparência,  colaboração e interlocução de diferentes olhares, poderosos fatores de estímulos à formação de equipes integradas, uma receita infalível que em meio as articulações e a escuta , numa atuação consciente, ciente dos resultados, nada mais são do que pré-requisitos para que conflitos e indiferenças sejam superados  promovendo um ambiente transformador,  harmonioso e acolhedor.
É interessante fazer a leitura da fábula da Convivência de Lecticia Dansa e Salmo Dansa e refletir sobre a importância de se compartilhar, de querer estar juntos e perceber que aprendemos muito com o outro, e que as relações, realmente, humanizam!
Aqui vão algumas dicas de leitura compartilhada; ”Nós nem sempre temos o que queremos ( mas normalmente temos o que precisamos)” de Heidi Howart e Daniel Howart. Uma narrativa sobre tolerância e aceitação do novo.
“O trem da amizade” de Wolfgang Slawski. Uma leitura agradável, mostrando o valor de querer ter os amigos por perto, de trazê-los para perto de si.
“As coisas que a gente fala” de Ruth Rocha. Uma narrativa que descreve o nosso dia a dia e que, às vezes, uma palavra mal colocada pode muito em seus efeitos. “(...) Sejam palavras bonitas ou seja palavra feia; são sempre muito importantes as coisas que a gente fala; seja mentira ou verdade ou seja verdades  meias; são sempre muito importantes as coisas que a gente fala. Aliás, também tem força, as coisas que a gente cala (...).”  Já na leitura do livro “Cada família é do seu jeito” de Aline de Abreu, poderemos perceber o quanto somos diferentes, as pessoas são diferentes e temos que saber lidar e respeitar a individualidade  até porque, queremos o devido respeito!

Trabalho compartilhado e significativo é ter em mente uma receita em que, dia após dia, ingredientes novos, com um tempero mais apurado, poderão ser acrescentados, aprimorando ainda mais seu sabor. Experimente!

Ser amável,  de acordo ao Guia Estudantil, significa ser carinhoso, afetuoso, gentil, agradável,  gracioso e risonho, além de saber servir e tratar bem às outras pessoas. Essas qualidades devem ser formadas nas crianças quando ainda são pequeninos. Ser amável também é estar atento, prestar atenção e respeito a todos os menos aptos, desvalidos e necessitados.

A amabilidade não nasce com a criança. Ela nasce impulsiva por natureza, se aprende nas mais diversas atividades do dia a dia. As crianças assimilam as normas de comportamento social à medida que os adultos as ensinam e treinam a se comportarem de acordo com essas normas.

As brincadeiras e contos infantis podem ajudar, e muito, na mensagem que se quer passar para as crianças. Seja em valores como paciência, integridade, amizade, como em todas as outras  áreas do processo de socialização, que se estende por toda a vida e que se in inicia na tenra infância. As brincadeiras e jogos são uma boa estratégia para se conseguir isso. Mas não tem nada mais efetivo do que o exemplo do adulto para ensinar a amabilidade, por isso os pais devem ser modelos que as crianças aprenderão a imitar.

- Compartilhar momentos com os outros. Praticar atividades físicas coletivas, convidando os amigos para as festas de aniversário, fazendo tarefas escolares em equipe, compartilhando brinquedos com as demais crianças, ajudando as crianças que têm alguma dificuldade.


- Valorizar os outros. A criança deve aprender desde pequeninos a cumprimentar aqueles que estão a sua volta, pessoas conhecidas ou não,  demonstrando afeto aos amiguinhos e amiguinhas da escola, levando algum presente para a professora, dividindo seu material escolar, brincando sem brigas com seus companheiros, dando de comer ao seu cachorrinho, agradecendo sua mãe pela comida deliciosa, acompanhando seus pais nas compras, oferecendo ajuda quando alguém necessita.

- É necessário que as crianças aprendam as palavras mágicas como 'bom dia', 'boa noite', 'obrigada', pois a criança que trata as pessoas com educação sempre será bem vinda e sempre será muito querida .

- Palavrinhas mágicas do tipo " desculpas" precisa fazer parte do vocabulário da criança. Todo mundo erra e pode estar enganado. É preciso que as crianças aprendam a reconhecer os seus erros. Isso faz parte da humildade. Algumas crianças são mais ou menos teimosas e tentam impôr a sua opinião, mesmo sem estar certo e precisam aprender aprender a ter controle sobre as suas emoções e a reconsiderar quando necessário.

- Respeitar os outros, aos mais velhos e mais necessitados. As crianças devem reconhecer, através dos seus atos, as necessidades dos mais velhos e das pessoas que tenham alguma dificuldade física, intelectual, etc. Deixar que os mais velhos entrem primeiro, oferecer a sua cadeira para os mais necessitados,  etc.

- A criança deve aprender a respeitar os outros e a não fazer comentários negativos sobre ninguém. Ninguém é perfeito e todos podemos errar. E cabe aos  pais  ter cuidado ao fazer determinados  comentários sobre algumas  pessoas na frente dos filhos.



                               Uma dica de música:  Ser Diferente é Normal   Gilberto Gil e  Preta Gil

Identidade na Educação



Conceito de Identidade



Toda conduta é ditada por um interesse; toda ação consiste em atingir o objetivo que é mais urgente naquele momento determinado.  CLAPARÈDE, p.32,2004.

Proporcionar ao aluno a apropriação de sua identidade, conhecer sua história,  seu nome, sua família, é o ponto de partida  para se trabalhar o conceito de identidade. A partir disto  reconhecer e diferenciar os vários tipos de famílias e os membros que as compõem; conhecer seus antepassados. Estabelecendo uma relação com a sociedade.

Conhecer diversas estruturas familiares no mundo.



É função da escola possibilitar que a criança construa a sua identidade assim como sua autonomia. Promover ações a fim de desenvolver  a independência, a autoconfiança e a autoestima, participar  das atividades propostas, brincadeiras e da organização da rotina diária e das interações socioculturais e da vivência em diferentes situações.
A partir destes conceitos acrescentar diferentes suportes textuais agregando conhecimento e apropriação do conteúdo.
São muitas as opções de atividades:  construção de um  autorretrato ; construção de um móbile sobre o esquema corporal tanto das partes externas quanto das partes internas; membros superiores e membros inferiores; pode-se  trabalhar os sentidos e a partir dai agregar  músicas/parlendas  do tipo "salada saladinha" ou  poemas do tipo "Que horta" de Tatiana Belinky ;  leituras de livro s "Conhecendo minha família"  - Um amor de família - Ziraldo .
Árvore genealógica  também é uma opção de atividade, colocando nomes , desenhos ou fotos.
"Cada um mora onde pode" de  Ziraldo; leitura usando a obra de arte “Operários” de Tarsila do Amaral, em que podemos levar as crianças a pensar sobre as pessoas que estão na tela, quem são, seus nomes, o que faziam, onde moravam, onde trabalhavam. E é interessante fazer a releitura, colocando o rosto dos amigos da sala, sempre observando que um é moreno, outro loiro, os olhos nem sempre são da mesma cor, o cabelo é diferente... afinal somos todos com características diferentes. Aliás, temos também a opção musicam de que gosto muito " Ser diferente é normal" de Gilberto Gil e Preta Gil,  agregando valores e inúmeros  conceitos no que se refere a questão da Identidade.


A criança poderá não só vivenciar situações reais, mas integrar-se, tornar-se crítico, autônomo, questionador, demonstrando suas atitudes e valorizando-se no seu desenvolvimento. Possibilitar esse contato, essa aprendizagem , esse acesso a  integração com as pessoas,  o ambiente e trocar efetivas experiências é imprescindível,  onde se estabeleça trocas , onde o físico, o pessoal, o cultural e  social conquistem seu espaço.
As partes formando o todo .
Aproveitando todas as possibilidades e oportunidades para valorizar a vida, o meio, as pessoas que fazem parte desta história.




De acordo a Jacira Carmem da Silva, que  fala sobre  a construção da identidade social do indivíduo, bem como da importância de todos os participantes nesse processo de desenvolvimento sócio-cultural e afirma que é  inegável que os seres humanos são desde o nascimento, condicionados e influenciados por modelos e exemplos de outros seres humanos , daqueles com quem convivem ou mesmo dos que estão no entorno. E, saber identificar suas preferências, reconhecer seus limites, suas potencialidades, conhecer a si e aos que estão a sua volta, são ações que se iniciam desde o nascimento ,  influenciadas pela sociedade e a cultura das quais participamos.

A escola tem um papel de fundamental na construção da identidade autônoma de cada criança que passa por seus bancos escolares, em especial, na Educação Infantil, , onde os indivíduos estão mais suscetíveis/disponíveis , abertos à aprendizagem.

(...)

De acordo com o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, a identidade tem a função de distinguir, marcar as diferenças, sejam elas, físicas, emocionais e comportamentais, dos indivíduos. Sendo assim, de nada adianta preparar e ou  planejar conteúdos  especiais para se trabalhar a identidade, se não é respeitada a singularidade, suas especificidades e  o ritmo de cada criança em sala de aula.

É imprescindível que o educador atuante na fase inicial do processo de construção da identidade promova situações onde as crianças reconheçam suas particularidades e interajam com outras crianças, seja qual for a faixa etária.

(...)

Percebe-se a necessidade de levar não só as crianças bem como as famílias a perceber que ir a escola é uma das formas de adquirir o conhecimento , agregar valores e conceitos de aprendizagens. Considerar o que cada criança traz consigo, aprimorando tais conhecimentos e acrescentando, num processo de construção contínuo com foco nas áreas cognitivas, sócio-afetiva e corporal, reconhecendo a função da escola dentro da sociedade.

Obs.:Por causa de Direitos Autorais , tanto o  texto quanto as ilustrações não se encontram na íntegra.





Fortalecendo o Vínculo com os Filhos

Fortalecendo o Vínculo com os Filhos




Alguns tópicos são relativamente simples, mas fazem muita diferença e impactam diretamente o desenvolvimento emocional das crianças.

1 – Faça com que seu filho se sinta parte real da família  . -  Isso vai desde preparar o ambiente para a circulação livre até a participação nas decisões (como escolher o passeio do dia ou o cardápio do jantar). Permitir que a criança seja ativa na dinâmica familiar, isso faz com que ela se sinta valorizada, fortalece a autoestima e ajuda a desenvolver autonomia.

2 – Converse e explique o que vai acontecer a seguir  .  -  Imagine o bebê brincando no banho, todo feliz. Do nada, alguém simplesmente o tira da água quentinha e leva para outro ambiente, sem explicação nenhuma. Estranho e assustador do ponto de vista da criança, não? Por isso, desde cedo, é importante conversar com os filhos e explicar o que está fazendo e o que vem a seguir. Ajuda a criança a se sentir segura e evita choro em atividades simples da rotina, como trocar fralda, andar de carro, etc.

3 – Seja sincero   -  De vez em quando a gente não está legal e acaba descontando nas crianças outras frustrações. Por isso, seja sincero e diga: “Hoje não estou bem”. As crianças, mesmo os bebês, entendem e isso pode ajudar no convívio.

Mostre-se humano. Mães e pais também ficam chateados, tristes, magoados. Expressar-se com sinceridade serve como exemplo para as crianças aprenderem a lidar com os próprios sentimentos.

4 – Peça desculpas   -  Nós também erramos e nada mais natural do que reconhecer. Pais não estão um patamar acima dos filhos, mas ao lado e de mãos dadas. 
Pedir desculpas é reconhecer isso e ensinar através de atitudes sobre respeito e perdão.

5 – Incentive e elogie  - Motive as crianças não só com os acertos, mas também com as tentativas. “Que bom que você tentou”, “parabéns pelo esforço”, “estou muito orgulhosa (o)”. Isso vai impactar diretamente no desenvolvimento emocional, vai servir como motivação e fortalecer a autoestima e a confiança.

6 – Não assuste  -  Agir assim pode alimentar medos desnecessários na criança e não ensina nada. É uma válvula de escape.
O ideal é dialogar e explicar porque não pode fazer tal coisa (no caso de mexer em algo: é perigoso, quebra, estraga, etc.).
Outra alternativa é agir de forma preventiva. Por exemplo: não pode mexer no enfeite na estante? Então ele não deveria estar ao alcance da criança. Se for na casa de outra pessoa, sugira uma atividade diferente ou ofereça algo que a criança pode manusear e brincar.

7 – Seja gentil  -  As crianças são “esponjinhas” e absorvem tudo que ocorre ao redor. Por isso, seja gentil para que elas aprendam a ser também. 
Abuse das palavrinhas mágicas: por favor, com licença, obrigado.

8 – Respeite as individualidades da criança  -  A criança é um ser humano com vontades e preferências. Respeitar isso é diferente de “fazer tudo que a criança quer”. 
O bebê não quer ir no colo de um estranho? Nada mais natural e forçar não vai ajudar em nada. 
A criança não quer dividir um brinquedo? Não insista, mas aproveite a oportunidade para conversar sobre compartilhar as coisas.

Nós, como adultos, também não gostamos de ter o nosso espaço “invadido” a força. Por que acreditar que com uma criança é diferente?

9 – Coloque-se no lugar da criança  -  Parte do princípio de ver as situações pelo ponto de vista da criança e respeitá-la como indivíduo.

10 – Não bata  -  Pois de nada vai adiantar, só alimenta a raiva e abre precedente para mais violência. É como a questão do item 5, de assustar. Mesmo que em alguns casos resolva imediatamente, não ensina. A criança apenas fica assustada e com medo.






Todo relacionamento precisa ser nutrido para tornar-se forte e duradouro. 
No relacionamento com os filhos é a mesma coisa, por isso ao preocupar-se em demonstrar gestos de carinhos para os seus filhos, farão com que eles sintam-se especiais.

É muito difícil, deveria ser  fácil,  devido a correria do dia a dia encontrar tempo e motivos para demonstrar o  amor pelos filhos, porém  pequenos gestos aprofundam e estreitam o vínculo com eles.

Quero compartilhar com você 23 pequenos gestos carinhosos que não custarão nada, porém causarão um grande impacto no dia dos seus filhos.

Gestos esses que mesmo que você passe o dia todo fora no trabalho, ainda assim eles sentirão a sua presença e o seu toque de amor.

Talvez você queira começar tentando apenas um dos gestos abaixo. Ou talvez ainda, você possa escolher tentar um gesto diferente em cada dia deste mês.

Uma coisa é certa, não importa quantos gestos você demonstre por dia, o fato é, seus filhos vão apreciar muito suas novas atitudes carinhosas.

Coloque bilhetinhos carinhosos dentro da lancheira, gavetas e mochilas

Diga-lhes, pertinho da orelha, “ Eu te amo” pelo menos uma vez ao dia

Dê a eles um apelido carinhoso que será usado sempre em família

Reserve pelo menos 15 minutos para saber como foi o dia deles

Deixe uma barra de chocolate no travesseiro deles

Assista com eles vídeos de quando eles ainda eram bebês

Planeje uma tarefa para ser feita junto com eles. Ex. banho no cachorro

Faça massagens em seus pés

Brinque a brincadeira favorita deles até eles se cansarem

Deixe-os ficar um pouco mais tarde com você esta noite

Conte-lhes histórias bonitas de quando eles eram mais novos

Vá na Reunião de Pais e deixe um bilhete para eles retirarem no dia seguinte

Prepare uma refeição com a comida favorita deles

Faça um bolo com o nome deles e coloque seu recheio predileto

Decore o cobertor deles com seus personagens favoritos

Olhe-os nos olhos e diga-lhes o que você ama neles

Surpreenda-os no aniversário deles e mande entregar um bolo na escola

Faça uma caminhada junto com eles

Dê-lhes um bilhetinho valendo 10 abraços

Faça cócegas neles em momentos que eles não esperam

Elogie-os na frente de outras pessoas

Coloque a música favorita e dance com eles no meio da sala

Ore com eles e agradeça a Deus pelo presente maravilhoso que você recebeu.





Existem algumas regrinhas básicas para você que deseja ver seu filho transformado m um bom aluno, que não lhe dê problemas maiores (porque alguns, pequenos, sempre teremos!) em relação a escola e aos estudos. O pai do bom estudante:

 01. Vê a escola como aliada e não como oponente;

02. Na maioria absoluta das vezes é favorável às decisões que a escola toma e as apóia porque sabe que a elegeu com cuidado para cuidar do filho, em suma, não critica sem ouvir a escola antes;

03. Não tem pena dos filhos quando eles têm tarefas, pesquisas ou estudo para fazer;sabe que estudar assim como trabalhar, só faz bem a crianças e jovens;
04. Supervisiona o trabalho e o estudo do filho, mas não faz as tarefas por ele, apenas orienta, olha a agenda escolar para estar a par, diariamente, das comunicações que a escola manda;

05. Sabe diferenciar com clareza situações em que os resultados positivos na escola são fruto de esforço ou quando os negativos se relacionam à falta de dedicação dos filhos;

06. Incentiva os filhos com palavras e gestos de afeto, estímulo e compreensão, mesmo quando não tiram notas excelentes, pois percebe quando deram o máximo de si e quando não cumpriram a parte que lhes cabe;
07. Providencia o necessário para que os filhos superem dificuldades que eventualmente surgem na vida dos estudantes, sem, no entanto, desistir, estigmatizar os filhos ou culpar de imediato a escola;

08. Não facilita nem permite faltas, atrasos ou “enforcamento” de aulas ou ausência nos dias letivos sem motivo absolutamente justo;

09. Segue e faz os filhos seguirem o regulamento da escola, nunca estimulando ou desejando regras especiais para o seu filho, que reconhece como igual às demais crianças, com direitos e deveres, enfim, sem “pressionar” a escola para que ela mude seus pressupostos e aja de acordo com o que considera interesse pessoal;


10. Não pressiona a escola ou determinado professor quando alguma coisa inesperada ocorre, porém averigua a situação real, pois uma boa escola nunca deseja errar e sabe que uma boa educação escolar é a melhor aliada da família na formação de cidadãos honestos, produtivos e bem-sucedidos.

Os males que o Excesso faz


A criança superprotegida tende a ser...
Medrosa - Fica restrita a um mundo sem desafios, riscos e perigos. Com frequência, tem receio de se machucar, de dormir sozinha, de experimentar coisas novas. Isso pode afetar, inclusive, a sua habilidade motora

Manhosa - No convívio com a família, ela se acostuma a ser o centro das atenções. Longe dos pais, mostra-se birrenta e não aceita ser contrariada

Insegura - A supervisão constante dos pais faz com que ela não conheça seus próprios limites e habilidades. Quando realiza tarefas ou toma atitudes sem a presença e a aprovação deles, demonstra insegurança e indecisão

Dependente - Por ser privada de situações inesperadas, não aprende a lidar com imprevistos nem a resolver problemas

Impaciente - Ao ser prontamente atendida por seus pais, ela espera satisfação imediata de seus desejos e necessidades

E pode se tornar um adulto...

Egoísta - Ao crescer sem saber negociar, não aceita dividir

Individualista - Como cresceu sem limites, não aprendeu a se colocar no lugar do outro nem a pensar no grupo

Com dificuldade de relacionamento - Acostumado a ter os pais fazendo todas as suas vontades de imediato, não sabe ceder nem colaborar. Em geral, é um adulto genioso, com o perfil do tipo "dono do mundo"


Com dificuldade para fazer escolhas - Como cresceu sem abrir mão do que queria, o superprotegido vê cada escolha como uma perda, e não como um novo passo.






"As Crianças Aprendem Aquilo Que Vivenciam "
(Dorothy  Law)


Identidade - O Significado da Infância por Miguel Arroyo

O Significado da Infãncia

Miguel Gonzales  Arroyo

O movimento da Identidade, à consciência das identidades sócio-culturais, avançou muito, ultimamente,  e nos mostrou que cada idade tem a sua identidade. Cada idade não está em função da outra idade. Cada idade, tem em si mesma, uma identidade própria, que exige, uma educação própria e uma  realização própria enquanto idade, e não enquanto preparo para outra idade.  Isto tem revolucionado incrivelmente à concepção de infância (...)




(...)  Quando pensamos em Educação Infantil como prioridade, falamos de infância, de que infância estamos falando ? (...) Cada idade de nossa vida tem as suas especificidades. O que entendemos por infância enquanto objeto ou sujeito de um projeto educativo prioritário ? Quando tentamos formular a nossa proposta de Educação Infantil, que concepção de infância nós temos ? Será que teremos que mudá-la ? Que concepção de Educação nós temos ?
Será que a concepção de educativo que nós temos para a infância é a mais apropriada?

Essas perguntas estão norteando as nossas tentativas de fazer uma proposta de educação Infantil. Estamos aqui para socializar as nossas preocupações. Não temos uma proposta pronta. Juntos vamos construindo uma proposta, uma prática político-pedagógica que interesse , realmente à infância (...).

Infância, realidade em permanente construção.

(...) Todos nós fomos infantes, fomos criança, e todos nós temos filhos, irmãos ou crianças com os quais trabalhamos.
A infância não existe como categoria estática, como algo sempre igual. A infância é algo que está permanentemente em construção. refiro-me à própria concepção de infância , que está em permanente construção.
A concepção que seus pais tinham de vocês quando eram crianças é muito diferente da concepção que vocês possam ter agora de seus filhos.
A infância rural é muito diferente da urbana. E isto é muito importante para se definir uma proposta de Educação para a infância.
Estamos em um momento em que a concepção de infância está mudando. Por que isto acontece?  (...) o movimento social vai caminhando no sentido de definir, cada vez mais, grupos sociais com seus direitos e a infância avançou como " tempo de direitos".
Durante muitos séculos a infância não foi sujeito de direitos. Ela era simplesmente algo à margem da família, considerada como um vir a ser. Só era considerado sujeito quando chegava a idade da razão.
A igreja durante muito tempo, também pensou assim.
Hoje, á criança, pelo seu momento social, já é considerada como alguém que tem sua própria identidade, seus direitos.



(...) Á  construção da infância, historicamente, depende muito da construção de outros sujeitos. (...)  Dependendo do papel da mulher na sociedade, vamos encontrar um papel diferente para a infância. E este é um fenômeno muito sério na sociedade brasileira.
Na medida em que os setores populares não dão conta de produzir sua assistência, que tinha como centro o trabalho masculino, a mulher, que até então, está em casa trabalhando e produzindo, sai de casa para buscar trabalho. Também porque ela deseja entrar na sociedade e não só ficar em casa. Mas os setores populares nem sempre se colocam nessa questão. Nem sempre tem condições de dizer - eu opto pelo trabalho fora porque opto pela realização - .
O trabalho feminino, seja por necessidade, seja por opção, traz  como consequência a necessidade de tornar coletivo  o cuidado e a educação da criança pequena.
Surge, portanto, a infância como categoria social, não mais como categoria familiar. A reprodução da infância deixa de ser uma atribuição exclusiva da mulher, no âmbito privado da família. É o estado, que , complementando à família, tem que cuidar e educar para a infância.
Durante muito tempo, a preocupação do estado com à criança, começava aos sete anos de idade. A Constituição Brasileira ainda fala nisto:   A obrigação pública começa  com 7 anos, indo até os 14 anos.
A década de 80 mostrou à sociedade brasileira que isto não é verdade.
À infância deixou de ser apenas objeto dos cuidados maternos familiares e hoje tem que ser objeto dos deveres públicos do Estado, da sociedade como um todo.
estes fenômenos, estes fatos sociais, são fundamentais para que o educador tenha consciência de seu papel enquanto Educador da Infância.
Infância que muda, que se constrói, que aparece não só como sujeito de direitos, mas como sujeito público de direitos, sujeito social de direitos.
A nossa preocupação com a política de Educação da Infância não é por caridade, por amor, por afetividade, não é só isso. É por consciência da obrigação pública que nós temos frente à infância, diante da infância que passou a ser sujeitos de direitos públicos e , consequentemente, gerou obrigações públicas por parte do Estado.
(.,.)  Sempre falamos que à Infância é o momento da educação, de  preparação. A Infância condensava  o  momento dos cuidados, como se à criança fosse uma sementinha tenra, de que o educador cuidava como bom jardineiro.
O Educador , então, era visto como um parceiro, um condutor de infantes, e à Pedagogia sempre foi ligada à Infância.
(...)  Não é assim que pensamos hoje.
O movimento da identidade, a consciência das identidades sócio-culturais, avançou muito, ultimamente,  e nos mostrou que cada idade tem a sua identidade. Cada idade não está em função da outra idade. Cada idade, tem em si mesma, uma identidade própria, que exige, uma educação própria e uma  realização própria enquanto idade, e não enquanto preparo para outra idade.  Isto tem revolucionado incrivelmente à concepção de infância (...)

Escola, Tempo de Vivências de Direitos




 Que  concepção de educação temos para esta Infância que está em fase tão acelerada de redefinição?

Se colocamos um pouco de história de educação da Infância, vamos ver que, inicialmente, à Infância não é objeto de educação. Ela é objeto apenas de cuidado.
Portanto, a nossa proposta  é a Educação. Á escola enquanto serviço público, permitindo a vivência de todas as dimensões da pessoa no presente.
Não queremos uma escola para um dia ser. Queremos uma escola onde na Infância a cidadania seja uma realidade. Em nome de um dia ser não deixemos que a criança seja no presente.
A ideia fundamental da nossa proposta é que a escola de educação Infantil dê condições materiais, pedagógicas, culturais, sociais, humanas, alimentares, espaciais, para que a criança viva como sujeito de direitos. Permita ter todas as dimensões, ações, construções e vivências.

portanto, ao invés de dizer -  vamos preparar à criança para ser cidadão, preferimos dizer - à criança já é cidadão -.
Consideramos à escola como espaço de vivência da cidadania. Isto implica em algo bem diferente da orientação que está sendo abordada.
Há questões muito sérias para serem discutidas quando pensamos na Infância como direitos de vivências e não apenas como preparo para a adolescência  ou a fase adulta.
Queremos trazer ideias traduzidas em práticas, para redefinir e construir uma proposta politico-pedagógica para à Infância.