Fênix quer ser borboleta

 Fnix quer ser borboleta^

Autora: Ana Carol

Ilustração:Mauren Veras





Fênix quer ser borboleta

Era isso que ele queria

Mas Fênix sendo lagarta,

Já era borboleta e não sabia.


A espera é tão incerta

Fênix não gosta de esperar

Astuta, lagarta inquieta

Começava logo a duvidar.


Duvidava da sua essência

Duvidava, mesmo , do seu destino.

Duvidava da sua potência

Duvidava até do Poder Divino.


Como posso me libertar?

 Por que não saio deste casulo?

Eu só quero me transformar

Mostrar que meu brilho não é nulo.

(...)


Quanto mais inteira respirava

Mais sentia uma força aflorar

Dentro de si uma luz brotava

A metamorfose podia, enfim, despertar.


No início do ano trabalhamos conceitos sobre identidade com as crianças e aqui está uma sugestão de leitura.

EU NÃO SOU TODO MUNDO

 EU NÃO SOU TODO MUNDO

    Autora: Soraia Lima

Ilustrações: Elder Galvão


Todo mundo quer a roupa da moda

- Eu não sou todo mundo!

Todo mundo quer ficar na internet o dia inteiro

- Eu não sou todo mundo!

(...)

Todo mundo quer ser feliz.

E Bia já descobriu como.

Ela não precisa ser igual a ninguém para ser feliz!


Uma leitura que traz consigo inúmeras reflexões sobre conceitos de identidade e no final da leitura ainda tem um importante recadinho para todos os leitores.

A Jacarezinha que mordia

 A Jacarezinha que mordia

Autora: Emília Nuñez


Era uma vez uma Jacarezinha muito meiga e fofinha chamada jaquinha.

Mas...

Ela não parava de morder!

Dona Jaca, mamãe de Jaquinha, conversava, reclamava, mas não tinha jeito, a pequena saia mordendo tudo que via pela frente.

Jaquinha começou a morder até os amiguihos.

Todos os amiguinhos da escola, até que um dia chegou um aluno novo na sala de Jaquinha. 

Aiii! Só lendo o restante da história para entender como esta situação se reverteu e ao invés de mordidas, agora, são só beijocas.  Ufff!


Gosto desta leitura já para os primeiros dias de aula, quando as crianças , numa roda de conversa,, apontam questões sobre as interações. Trabalhando o que pode e o que não pode na escola, na sala e nos diferentes espaços.

GALINHA INÊS

 GALINHA INÊS, COM ELA NINGUÉM TEM VEZ!

Autora:  MIRIAM PORTELA 

Ilustração: Glair Arruda



As imagens são lindisssimas e falam por si só...


VOU CONTAR PARA VOCÊS, AS PROEZAS DE INÊS.

UMA GALINHA RARA, FILHA DO GALO INGLÊS.

ELA, DESDE DE PEQUENA, ERA A MAIS VALENTE.

TANTO NA COR DAS PENAS  COMO NAS BRINCADEIRAS, 

INÊS SEMPRE FOI DIFERENTE.


SUA MÃE NÃO GOSTAVA DO SEU JEITO BRIGUENTO.

INÊS NUNCA LEVAVA DESAFORO PRA CASA.

BRIGAVA COM OS IRMÃOS, COMPRAVA BRIGA À TOA,

BICADAS E BELISCÕES, NISSO ELA ERA BOA.


A MÃE SEMPRE PEDIA PRA INÊS TER JUIZO.

A NINGUÉM ELA ATENDIA !

 FAZIA QUE NÃO OUVIA AQUELE MONTÃO DE AVISOS.

MEDO ELA NÃO TINHA

ERA MESMO UMA GALINHA?


BEM, AGORTA SÓ LENDO O RESTANTE DA HISTÓRIA PARA ENTENDER O QUANTO INÊS ERA RESOLVIDA...



O MONSTRO DAS CORES

 O MONSTRO DAS CORES


ANNA LLENAS

TRADUÇÃO: ROSANA DE MONT'OLIVERNE





Este é o monstro das cores.

Hoje ele acordou se sentindo estranho, confuso, aturdido...

Não sabe bem o que lhe passa.

Enrolado de novo?

Você não aprende nunca...

Quanta bagunça você fez com suas emoções!

Assim, todas emboladas, não funcionam.

Você tem que separá-las e colocá-las cada uma em seu pote.

Se quiser, te ajudo a organizá-las.


E assim começa esta graciosa leitura , em que uma menina conversa com seu "Monstrinho" todo colorido.

E no discorrer da leitura  vão aparecendo nas cores e o sentido de cada uma.

Amarelo é contagiante.

Azul é tristeza.

Vermelho é raiva.

Preta é covarde e tem medo.

o verde é calmaria.

E o rosa , só o leitor pode dizer. Aliás, pode e deve ler para compreender o que cada cor representa.

Frente as emoções que se sente, perceber que há nas cores algo que também nos represente.


E as opções de atividades são muitas e dentre elas podemos vislumbrar inúmeras propostas no que se refere a cor.

Minha primeira sugestão , já que sou da educação infantil seria trabalhar a mistura das cores e descobrir ou redescobrir as cores que fazem parte do nosso dia a dia em diferentes contextos. Eu digo redescobrir porque é uma proposta que se quisermos , trabalhamos o ano todo.

As cores do arco- íris; As cores das frutas; As cores , os tons de pele das pessoas, etc.

Uma dica de atividade é uma atividade que tenha o arco íris e a criança pinta cada arco, possibilitando a verificação das misturas. Quanto mais carregado for o pincel com tinta guache, maior a possibilidade de percepção da mistura/nuance.

Outra dica consiste em colocar colheradas de tintas de diferentes cores dentro de um saco plástico incolor, fechá-lo e deixar a criança realizar a mistura.


E há também filmes maravilhosos que agregam valor a esta leitura.



NO MUNDO DO FAZ DE CONTA

NO MUNDO DO FAZ DE CONTA 

AUTORA: "FÊ"





 NO MUNDO DO FAZ DE CONTA JACARÉ É ROSA E BANGUELA

LEÃO MIA MIAU

ELEFANTE VOA

BALEIA TEM QUATRO PATAS 

E O GATO, O DRAGÃO, A COBRA, A GIRAFA E OS DEMAIS BICHOS QUE APARECEM NA HISTÓRIA?

SÓ LENDO PRA VER!


UMA LEITURA CRIATIVA E GRACIOSA.

O Nariz da vovó

 O Nariz da Vovó

Autora  : Eva Santana




Joana escutou uma coisa bem esquisita.

A vizinha do andar de cima veio tomar café com a mãe da Joana e disse que a menina tinha o nariz da avó.

- O Nariz da vovó? - Comigo não está! - Nem mexi ele!

 O mais estranho foi que sua mãe deu razão a vizinha.

- Sim - Ela disse. - A  Joana saiu com o nariz da avó!

- Mas se nem saí de casa!


Agora, pra entender como caminha esta graciosa  história, só lendo o restante mesmo.

Mas , adianto que vale muito a pena. Criatividade e encantamento fazem parte deste contexto.


Nesta leitura eu agreguei ao mini projeto sobre identidade ( quem se parece com quem?) e também sobre higiene, enfatizando as partes do corpo humano e hábitos de higiene na escola, visto que muitas crianças estão sempre com o dedo no nariz.

Aproveitei para cantar com as crianças as musicas : Cabeça, ombro , joelho e pé e  Fui ao mercado

Os Três Jacarezinhos

 Os Três Jacarezinhos

Helen Ketteman

Will Terry

Era uma vez três jacarezinhos que viviam com a mãe em um pântano lááá longe.

Um dia, a mamãe disse:

- Já é hora de vocês, rapazinhos, viverem por conta própria. 

Cuidem de construir casas fortes o bastante pra se protegerem do Javali Bundudo.

O lanche preferido dele é um jacarezinho bem gostoso e macio.


Os três jacarezinhos partiram.

(...)

E claro que cada qual tratou de se virar. E  construíram suas casas . 

Interessante que o primeiro construiu uma casa de pedra enormes, o segundo construiu uma casa com gravetos e o terceiro construiu uma casa na areia. 

Eita! Será que esta  leitura nos faz pensar ou lembrar de algo!?

Agora  só lendo o restante desta graciosa história para entender o que aconteceu. 

Algum tempo depois , um barulhão acordou Jaca terceiro.

-Ronc , Ronc! Oinc, Oinc! Jacarezinho deixe-me entrar!

Um jacarezinho macio estou a cheirar...

Jaca terceiro estremeceu dentro da casa, mas respondeu:

- Vá embora, bundudão! A porta eu não abro, não!

E claro que vocês já até imaginam o discorrer desta encantadora história, certo!? Só que não!

É preciso dar continuidade a leitura para saber que o Javali gigante tentou até descer pela lareira da casa do primeiro Jacaré, rs. E essa situação nos remete a outra história. Pois é!


Super indico!

Gostei! Postei!


MEU DENTE CAIU

 MEU DENTE CAIU

Autora: Vivina de Assis Viana

Ilustrações: Mirian Costa Araújo




CHUIM, VOCÊ TEM NOME DE PERSONAGM.

E ESTE LIVRO É SEU.


CHUIM TINHA CINCO ANOS E MORAVA NUMA CIDADE GRANDE.

À TARDE , MOCHILA NAS COSTAS, ELE IA PRA ESCOLA. JÁ ESTAVA SABENDO ESCREVER UNS NÚMEROS, MUITOS, UNS  NOMES, POUCOS, E AS LETRAS TODAS.


NA ESCOLA, GOSTAVA DE FAZER BOLO DE ANIVERSÁRIO: ENCHIA UM BALDE COM AREIA ÚMIDA, APERTAVA BEM, VIRAVA DE CABEÇA PRA BAIXO, PUXAVA COM CUIDADO E LÁ ESTAVA O BOLO, PRONTO, MACIO.


UM DIA, QUANDO ACABOU DE CANTAR PARABÉNS, EM VEZ DE PARTIR O BOLO, CHUIM FICOU PARADO, CALADO E MUITO ASSUSTADO. DEPOIS GRITOU SUA COLEGA , LÁ DO OUTRO LADO.

LOLA!  OLHA MEU DENTE!


CHUIM GRITAVA E EMPURRAVA O DNTE COM A LÍNGUA, PRA LÁ E PRA CÁ.

- ELE ESTÁ MOLE"

- LOLA GRITAVA TAMBÉM

- ELE ESTÁ MOLE E VAI CAIR!QUANDO ELE CAIR, SABE O QUE VOCÊ FAZ?

- O QUE?

- VOCÊ JOGA EM CIMA DO TELHADO. SE NÃO JOGAR, NÃO NASCE OUTRO.

- E ONDE É QUE EU VOU ACHAR UM TELHADO?

- NÃO SEI, POR AÍ, POR AÍ.

ENQUANTO CHUIM PENSAVA, LOLA IA EXPLICANDO: 



AGORA, A EXPLICAÇÃO DE LOLA, SERÁ QUE CONVENCEU CHUIM!?


SÓ LENDO O RESTO DA HISTÓRIA PRA SABER, RS.


NESTA LEITURA, MINHA PROPOSTA É CONVERSAR COM OS ALUNOS SOBRE A QUESTÃO DA HIGIENE E DO QUANTO É IMPORTANTE REALIZAR ESCOVAÇÃO DIÁRIA, TAMBÉM CONVERSEI COM AS CRIANÇAS PARA  EXPLICAR A ELAS QUE TODOS VÃO TROCAR OS DENTES. QUE LOGO QUE CAI UM DENTE,  NASCE OUTRO.

CONVERSAMOS SOBRE A IMPORTÂNCIA DE ESCOVAR OS DENTES APÓS AS REFEIÇÕES.

CONVERSAMOS SOBRE A LEITURA, SOBRE OS COSTUMES POPULARES E QUE AGORA SABEMOS QUE TEM OUTRO JEITO DE JOGAR O DENTE, ALÉM DA HISTÓRIA DO TELHADO, RS.  E QUE ELES PODERIAM ESCOLHER UMA DAS DUAS OPÇÕES, QUANDO FOSSEM TROCAR O DENTE DE LEITE POR UM DENTE FORTE E BONITO, OU FAZER COMO CHUIM, QUE NÃO ESCOLHEU NEMUMA , NEM OUTRA, RS.

FINALIZAMOS COM A APRESENTAÇÃO DO POEMA "CASINHA TORTA", E O QUESTIONAMENTO DO PORQUÊ "UM DENTE COM DOR DE DENTE?"

OUTRA PROPOSTA CONSISTE EM APRESENTAR AS CRIANÇAS A MÚSICALIZAÇÃO "SEU LOURO DIZ QUE ESTÁ", ONDE LISTAMOS VARIAS SITUAÇÕES QUE INCOMODAM SEU LOURO E AS ATITUDES DA MAMÃE EM RESOLVER OS INÚMEROS PROBLEMAS , EM MEIO A CANTORIA.


SEU LOURO DIZ QUE ESTÁ COM DOR DE CABEÇA, 

MAMÃE MANDOU COMPRAR CHAPÉU PARA CABEÇA.

SEU LOURO DIZ QUE ESTÁ CO DOR OLHOS, MAMÃE MANDOU COMPRA ÓCULOS PARA OS OLHIOS , CHAPÉU PARA CABEÇA.

SEU LOURO DIZ QUE ESTÁ COM DOR NO NARIZ

MAMÃE MANDOU COMPRA LENÇO PRO NARIZ, ATCHIMM, ÓCULOS PARA OS OLHOS, CHAPÉU PARA CABEÇA.

SEU LOURO DIZ QUE ESTÁ COM DOR DE DENTE, MAMÃE MANDOU COMPRAR ESCOVA PARA O DENTE, LENÇO PRO NARIZ, ATCHIMM, ÓCULOS PARA OS OLHOS, CHAPÉU PARA CABEÇA.

SEU LOURO DIZ QUE ESTÁ COM DOR DE GARGANTA, MAMÃE MANDOU COMPRAR PASTILHA PRA GARGANTA .

SEU LOURO DIZ QUE ESTÁ COM DOR DE BARRIGA, MAMÃE MANDOU COMPRAR REMÉDIO PRA BARRIGA .

SEU LOURO DIZ QUE ESTÁ COM DOR NO JOELHO, MAMÃE MADOU COMPRAR POMADA PRO JOELHO .

SEU LOURO DIZ QUE ESTÁ COM DOR NOS PÉS , MAMÃE MAMDOU COMPRAR CALÇADOS PARA OS PÉS ...



Vira Bicho

 Vira Bicho

Autor Luciano Trigo

Ilustração Mariana Massarani





PENÉLOPE É UMA MENINA

DE IMAGINAÇÃO MUITO FINA

E CHEIA DE CAPRICHOS.

AGORA DEU PRA INVENTAR

QUE SABE VIRAR MUITOS BICHOS...


NÃO É SÓ CACHORRO E GATO

OU BICHO DE ESTIMAÇÃO

QUE ELA GOSTA DE IMITAR.

É UM ZOOLÓGICO INTEIRO

QUANDO COMEÇA A SONHAR!

VAMOS COMEÇAR?


HORA DO ALMOÇO. QUE FOME!

PENÉLOPE, COME, COME...

DEPOIS NÃO TEM QUEM LEVANTE

VIRA ELEFANTE!


PENÉLOPE É ALTA E ELEGANTE

E TEM O PESCOÇO COMPRIDO

COMO UMA GARRAFA

ESSA É FÁCIL: VIROU GIRAFA!


(...)


E ASSIM, ESTA MENINA

 ESPERTA E INTELIGENTE 

VAI SEGUE PENSANDO E RIMANDO 

TUDO QUE VÊ PELA FRENTE!


A PROPOSTA DE ATIVIDADE  FOI DEIXAR QUE OS ALUNOS CRIASSEM MAIS ALGUMAS SITUAÇÕES DE RIMA, ACRESCENTANDO ALGUNS BICHOS Á HISTÓRIA.


O GRITALHÃO

 O GRITALHÃO

Autores: Philip Waechter e Moni Port





Era uma vez uma garotinha chamada Helena.

Ela vivia com a família em uma casinha torta, num vale profundo, à beira de um rio azul.

A vida de helena era quase perfeita. Ela tinha talento musical, seu irmãozinho era tranquilo e sua mãe, bem divertida. Quase perfeita...

É que o pai dela não conseguia conversar normalmente. Tudo que ele dizia era em forma de berros:


             ONDE ESTÃO AS MINHAS BOTAS???


                               ESTOU COM SEDE!!!


  QUEM DEIXOU OS SAPATOS JOGADOS NA SALA???


                MEU OVO COZIDO FICOU MOLE!!


Helena não se conformava com isso.

- Por que você está triste , minha filha? - perguntou a mãe de Helena, depois de lhe contar uma história de ninar.

- É que o papai sempre grita muito! - sussurrou ela.

- Ah, é, você não sabe ... - disse a mãe - é que seu pai é um gritalhão,

- Um gritalhão? - perguntou Helena, surpresa.

- Sim, um gritalhão - respondeu a mãe.

- E como é que alguém vira um gritalhão? - perguntou a menina.


A mãe teve que pensar bastante antes de responder, pois era uma pergunta difícil. Finalmente disse: 

- Os pais do papai já eram gritalhões e o avô dele era um gritalhão famosos...


(...)


E agora , só acompanhando as imagens contidas na história e finalizando a leitura  para saber o que aconteceu. Será que a  menina aceitou ou não aquela situação? E, de antemão eu digo que o final é surpreendente, por isso vale muito a pena conferir.

Nesta leitura , a  proposta de atividade é retomar as palavrinhas mágicas e também fazer uma roda de conversa com os alunos e levantar questões do tipo: 

Quem aqui fala bem baixinho? Quem fala alto? Quem precisa gritar pra ser ouvido? Será que aqueles que estão a nossa volta gostam de gritos? 

E assim, fazer com que reflitam  sobre tal atitude e percebam que assim como Helena, ninguém gosta quando alguém fala gritando. 


Pra descontrair, brincamos como a musica "casinha torta", contextualizando a leitura da história.













COMO É QUE SE DIZ?

 COMO É QUE SE DIZ?





Autor: Laurence Schimel e Thiago Lopes

Tradução: Raquel Parrine


Como é que se diz quando você vai a uma confeitaria e te dão um biscoito para provar?


E quando você quer que alguém pegue um livro de uma estante que ainda não alcança, como é que se diz?


Quando um urso te deixa hibernar na caverna dele até chegar a primavera, como é que se diz?

 E assim discorre esta graciosa história de uma criança,  muito esperta e que já sabe como é que se diz, de maneira educada e fazendo uso das "palavras mágicas", quando se quer conseguir alguma coisa de alguém.

E você , já sabe como é que se diz? 

A Criança Mais Velha do Mundo

 A criança mais velha o mundo 

Autor : Marcelo Romagnoli

Ilustração: Camila Carrossine





Ontem.

Hoje.

Amanhã.


Tudo é igual.

E ao esmo tempo tão diferente.

Hoje, por exemplo, é meu aniversário.

De novo.

Eu sei, ainda sou criança. 

Mas ninguém precisa me contar.

Um dia vou ficar velha.

Eu, você e todo mundo.

E não adianta reclamar.

Porque tudo que exste envelhece junto.

Envelhecer é o mesmo que viajar no trem.

Cada ano é uma paisagem ova na janelinha.

Quanto mais paisagem a gente vê, ais velhinho fica.

E começa a saber de muita coisa.


E assim a menina discorre, falando sobre o tempo, o agora, as muitas experiências e vivências, as lembranças, as memórias. Fala do nascimento, da vida e do envelhecimento, do que somos e o que formos e no que nos tornamos...


A Descoberta de Roberta

 A Descoberta de Roberta

Autora: Cristina Von





Roberta era ruiva.

Tinha o cabelo cor de laranja, e pintinhas se espalhavam pelo seu rosto, como se tivessem sido feitas por uma canetinha saltitante.

Todos os dias ela tomava o café da manhã com sua mãe, que a levava para a escola e depois corria para o trabalho.

Roberta tinha muitos amigos e fazia tudo por eles.

Não podia ver ninguém triste que ficava por perto para fazer companhia e ouvir suas histórias.

Ela almoçava na escola, após as aulas. Quem servia o almoço era Catita, sempre mal-humorada.


E ai, como será que elas vão fazer para se entenderem, já que uma é tão contrária a outra? 

E Estela? E João,? Qual a função deles no discorrer da história?

Será que no final elas vão ser amigas? 

Eu só sei dizer que não é bom julgar as pessoas sem conhecer suas histórias.