Camila Não Quer Emprestar Seus Brinquedos

Camila não quer emprestar seus brinquedos

      Ilustração;    Nancy Delvaux
     Autor:           Aline de Pétigny
Tradução; Roberto Homem de Mello



Esta é uma coleção onde os leitores vivenciam situações cotidianas  que muitas vezes, nos deixa intrigados, em apuros e reflexivos.

Hoje, Vitor e Berenice vieram brincar na casa de Camila.
As crianças sobem a escada correndo e dando risada. - Aqui é meu quarto! - Diz Camila, orgulhosa.  
- Oh, que boneca linda! - Diz Berenice, pegando Mariana nos braços. - Agora ela vai acordar.
E... Upa! Berenice pega Mariana e a faz dar alguns passos.
- Olha que cubos legais! Diz Vitor. - Veja, vamos fazer uma cidade. Vai ser muito divertido!
E... Upa! Todos os brinquedos vão pro chão. Camila  olha seus amigos se divertindo com seus brinquedos e, de repente, uma grande lágrima começa a rolar de seu rosto.
Ela se senta num canto do quarto, com Ursinho nos braços, e começa a fazer bico.
- Viu Ursinho? São os meus brinquedos e eles que estão brincando, sem nem me pedir. A Mariana queria continuar na cama, dormindo. E eu tinha arrumado meus cubinhos todos direitinhos.

Bom! a continuidade da leitura fica por conta de vocês. Vejam se conseguem imaginar quais serão as atitudes de camila, enciumada por estarem brincando com seus pertences ...
Só sei que cada caso é um caso e que com bons exemplos ou  uma boa conversa, aprende-se a compartilhar e, no final, dá tudo certo.

E , MESMO QUE O TEXTO E AS IMAGENS NÃO ESTEJAM NA ÍNTEGRA, POR CAUSA DOS DIREITOS AUTORAIS, VALE MUITO A PENA CONFERIR!

Assim como este tema, outro também muito gostoso de ler é o de Camila Está Namorando , encantador.
Imaginem uma linda garotinha de 2 a 3 anos , meio que loira, meio que ruiva e um gracioso menino negro que acabou de chegar  na escola e que já esta encantando a todos da sala.
Isso sem contar o admirável carinho e amizade dos seus pais que a  tratam  com todo o respeito e cuidados  que toda criança, realmente,  merece e deve ter.
Confiram!



- Sabe mamãe, desde segunda-feira há um aluno novo na escola  - fala Camila levantando-se da cama.
- Ah, é? Como se chama?
- Vitor. Ele é legal.
- A  Beatriz disse que o Vitor é namorado dela, mas não é verdade, sabe? - fala a Camila descendo a escada.
- Ah, bom! sorri mamãe.
- Ela até disse que vai casar com ele. Mas ela falou por falar.
- A Beatriz já tem namorado, o Tomás - diz Camila enquanto coloca Ursinho no cadeirão.
- E ela não pode se casar com o Vitor.
- E o Vitor é namorado de quem? - pergunta  mamãe?
- De repente, Camila fica vermelha.
_ Bem... meu! responde ela enfiando o nariz na xícara.
- E você, gosta dele, pergunta mamãe, levando camila ao banheiro.
- Bem... Sim! É com ele que eu mais gosto de conversar - explica Camila.
- E além do mais...

Aí, ah! só lendo o resto da história, e tenho certeza que vocês vão gostar!



E aproveite e leia toda a coleção, é maravilhosa para trabalhar com crianças na educação Infantil.
Camila é a personagem principal de uma série de livros com temas que fazem parte do nosso dia a dia, seja num ambiente escolar ou mesmo na nossa lida com nossos filhos, sobrinhos, amigos e etc.



O frio pode ser quente?

O frio pode ser quente?


                                                                                             Autora: Jandira Masur
                                                                                             Ilustrações: Michele



Essa leitura possibilita trabalhar a sensibilidade do individuo, sua visão de mundo, 
o antagonismo de ideias e coisas, comparações, proporções e 
o antes e o depois...

As coisas tem muitos jeitos de ser
Depende do jeito da gente ver...

O comprido pode ser curto
e o pouco pode ser muito

O manso pode ser bravo
E o escuro pode ser claro

O find pode ser redondo
e o doce pode ser amargo

O quente pode ser frio
E o que parece um mar também pode ser um rio

Por que será que numa noite a lua é tão pequena e fininha
e outra noite ela fica tão redonda e gordinha
para depois ficar daquele jeito estreitinha?
Depende do quê?
Depende do dia que a gente vê

Que comprido que é o rabo de uma vaca
Mas se uma mosca sentar lá em cima do focinho
não adianta nem tentar
O rabo fica curtinho e só dá para abanar até o meio do caminho

Quem já se queimou num pedaço de gelo
e sentiu muito frio depois de um banho quente
não pode se espantar do frio poder queimar e o quente também esfriar

Uma árvore é tão grande se a gente olhá la para cima
Mas do alto da montanha ela parece tão pequenininha
Grande ou pequena depende do quê?
Depende de onde a gente vê

(...)

São jeitos das coisas ser
Depende do jeito da gente ver



Ver de um jeito agora e de outro jeito depois
Ou melhor ainda ver na mesma hora os dois.

E , MESMO QUE O TEXTO E AS IMAGENS NÃO ESTEJAM NA ÍNTEGRA, POR CAUSA DOS DIREITOS AUTORAIS, VALE MUITO A PENA CONFERIR!

Pelegrino & Petrônio

Pelegrino & Petrônio

                                                                                        Autor: Ziraldo



Era uma vez um pé que se chamava Pelegrino.
Seu sonho era ser bailarino.

Ele era o rei da ponta e até estudou francês não para ser de bon ton
mas pra fazer o glissé e mais o pas de bourrée avec toute la perfection.

Às vezes, até pensava: "Como é que a gente se atreve?"
Seu sonho era ser um dos pés do Nureiev.

"Ou quem sabe, do Travolta!"
Ele vivia a sonhar... e não parava, não paravar de dançar.

Era uma vez um outro é que se chamava Petrônio.
Petrônio era também um pé sonhador:
Seu sonho era ser jogador de futebol.




Batia tão bem na bola! 
De com força ou de mansinho (só um pé como Petrônio pode bater com carinho).
Bater como ele batia não doía nada, nada...
Ele era o rei da trivela
Era o rei da embaixada.

Tudo bem... dois sonhadores! Mas, vejam só o destino: o Petrônio...
Era irmão do Pelegrino!





E , MESMO QUE O TEXTO E AS IMAGENS NÃO ESTEJAM NA ÍNTEGRA, POR CAUSA DOS DIREITOS AUTORAIS, VALE MUITO A PENA CONFERIR!

A Grande Jogada

A Grande Jogada

                                                                                            Autora: Maria do Carmo D'Oliveira
                                                                                            Ilustração: Cláudio Martins



Eu vou para escola querendo aprender.
No meio, desisto.

Não sei enfrentar o sono, o enfado e ter que ficar calado.
A aula me cansa, enjoa, me dá maresia, é chato demais!

- Menino, se sente, menino, não fale!
- Copie, menino, preste atenção!

E assim, a mesmice!
Eu olho e não vejo, não ouço nadinha que me interesse, que dê alegria ao meu coração.

Eu fico cansado, eu fico irritado, começo a brigar.
Eu volto pra rua pra me encontrar.

A fome incomoda, e eu quero é brincar!
Jogar a pelada com a minha galera

Me faz disfarçar a fome medonha, que rói minhas tripas de noite e de dia.
A fome é danada, tem boca voraz!
Procuro socorro, preciso de arte, preciso da ginga pra fome driblar.

No campo, jogando. Me esqueço da fome.
Esqueço a tonteira, não penso em besteira, vou me distrair.
No jogo, eu invento, eu crio, eu danço
E solto meu grito sem me sufocar!

No campo, eu sou gente, aprendo a correr, a lutar, a enfrentar.
(...)
Entrar e sair, ir aonde eu quiser, de cabeça erguida, feliz e em paz.




Se a escola quisesse,
Podia ajudar...
Trazia pra sala o sonho da gente,

(...)

A escola seria um campo em festa,
e grandes jogadas iria ensinar.

E , MESMO QUE O TEXTO E AS IMAGENS NÃO ESTEJAM NA ÍNTEGRA, POR CAUSA DOS DIREITOS AUTORAIS, VALE MUITO A PENA CONFERIR!


O Cachorro de Botas

O Cachorro de Botas  
                                 Autor: Greg Gormley                                                                                      Roberta Angaramo




O cachorro estava lendo um ótimo livro sobre um gato que usava um par de botas magníficas.
Quando terminou de ler, o cachorro guardou seu livro e teve uma ideia.
Ele foi até a loja de sapatos mais próxima.

"Você tem um par de calçados tão esplêndido quanto este?" Pediu o cachorro, mostrando o livro para o vendedor. Então trouxe quatro botas tão esplêndidas quanto as do livro, uma para cada pata.
"Au-Au!" disse o cachorro. "Vou levá-las!"
O cachorro ficou tão contente que foi direto para casa...

(...)

Finalmente o cachorro voltou para casa e escolheu outro livro maravilhoso para ler. 
Desta vez, sobre uma menina que não usava botas, mas usava...
UM LINDO CAPUZ VERMELHO!
"Hmmm..." pensou o cachorro.

E , MESMO QUE O TEXTO E AS IMAGENS NÃO ESTEJAM NA ÍNTEGRA, POR CAUSA DOS DIREITOS AUTORAIS, VALE MUITO A PENA CONFERIR!


O Segredo do Coelho

O Segredo do Coelho

Autor: John A. Rowe


Só sei que nesta história, tem mais um coelho apressado, muito apressado!
Sei também que coelho remete a Páscoa.

Logo cedo o Vovô Coelho saiu correndo de casa, de pijama e pantufas, sem tomar café da manhã, sem se dar ao trabalho de escovar os dentes - nem mesmo pentear as costeletas!
- Tenho que correr, tenho que correr! - disse ele.
- Aonde você vai correndo desse jeito, nesta linda manhã de sol? - perguntou o velho Rato Meleca.
- Você não sabe que hoje e...
- Me desculpe, estou com pressa! - disse, ofegante, o Vovô Coelho, passando pela casa do Meleca.
- É o meu segredo, uma coisa especial pra mim, não posso contar!
- Aonde você vai correndo desse jeito, nesta linda manhã de sol?  - perguntou o macaquinho. - Você não sabe que hoje é...
- Me desculpe, estou com pressa! - disse, ofegante, o Vovô Coelho, passando pela aldeia do macaquinho.
-É o meu segredo, uma coisa especial pra mim, não posso contar!
- Aonde você vai, correndo desse jeito, nesta linda manhã de sol? - perguntou a Senhora Corvo.
- Você não sabe que hoje é...
- Me desculpe, estou com pressa! _ falou, meio sem fõlego, o Vovô Coelho, passando pela casa da Senhora Corvo.
- É um segredo!
- Aonde você vai correndo desse jeito, nesta linda manhã de sol? - perguntou Elvis, o porco-espinho.
- Você não sabe que hoje é...
- Me desculpe, estou com pressa! - respondeu, quase sem ar, o Vovô Coelho, passando pela casa do Elvis.
- Não posso falar nada, é um segredo!
- Aonde você vai correndo desse jeito, nesta linda manhã de sol? - perguntou o Biscoito de Gengibre.
- Você não sabe que hoje é...
- Me desculpe, estou com pressa! - respondeu, perdendo o fôlego, o Vovô Coelho, ao cruzar a casa do Biscoito de Gengibre.
- É um segredo!
- Aonde você vai correndo desse jeito, nesta linda manhã de sol? - perguntou o Dragão Jaspe.
- Você não sabe que hoje é...
- Me desculpe, estou com pressa! - disse, mal conseguindo respirar, o Vovô Coelho, enquanto passava pelo Castelo do Dragão.
- É um segredo quente!
- Aonde você vai correndo desse jeito, nesta linda manhã de sol? - perguntou Pedro Bacorinho.
- Você não sabe que hoje é...
- Me desculpe, estou com pressa! - respondeu, bufando, o Vovô Coelho, ao passar pela casa de Bacorinho.
- É um segredo, não posso dizer nada!
(...)
-Oh, então o Coelho da Páscoa existe mesmo! - disse o Vovô Coelho, também eufórico.
- Bem, Feliz Páscoa a todos!



Agora, cabe a você, em meio a leitura e as ilustrações, descobrir onde estão escondidos os demais ovos, só sei que são dez.
Vamos, procure!

E , MESMO QUE O TEXTO E AS IMAGENS NÃO ESTEJAM NA ÍNTEGRA, POR CAUSA DOS DIREITOS AUTORAIS, VALE MUITO A PENA CONFERIR!





O QUE É CULTURA POPULAR?

O que é Cultura Popular?

                                                                     Autor:  Moreira de Acopiara
                                                                     Ilustração:  Luciano Tasso



No mês de Agosto muitas são as pesquisas que envolvem nossa  Cultura e, em especial, nosso Folclore, com seus mitos e lendas...
Cada estado, cada região com suas peculiaridades e curiosidades.
Este livro apresenta uma leitura rica em informações...
Quanto as ilustrações, maravilhosas e belíssimas.

Vale a pena conferir!



Certa vez um professor me disse: 
Caro Moreira,
Escreva um Cordel que fale 
Da Cultura Brasileira!
Aí, eu respondi: - Isso
Pra mim vai ser brincadeira.

Brincadeira porque vivo 
Da cultura popular, 
Que é Cultura Brasileira
E ninguém pode negar.
Se você não tem costume,
Trate de se acostumar.

(...)
Em tudo você vai ver
Uma dose de cultura;
Nas roupas que nós vestimos,
Na nossa literatura...
Os cocos e as emboladas
São a cultura mais pura.

O carnaval do Brasil
O pagode, a gafieira,
O maracatu, as rezas,
Os cantadores nas feiras
Jangadeiros... tudo isso
É cultura brasileira.

Um vaqueiro nordestino
Que aboia chamando a rês,
As novenas, as fogueiras,
As festas dos Santos Reis...
Isso é cultura também,
Já disse e digo outra vez.

O bumba meu boi do norte,
Que a muito crescendo vem,
E o Cirio de Nazaré,
Na região de Belém,
São culturas populares
Que valores também tem.

Na região da Bahia
A  gente tem Candomblé,
É a cultura dos negros
Expressando a sua fé,
E rito vindo da África,
Mas cultura também é.

Há mais manifestações 
Da cultura brasileira.
Assim como a vaquejada,
Rodeio, mulher rendeira, 
Chula, forró, pau de fita,
Moçambique e capoeira.

E a matuta analfabeta
Com vestidinho de fita,
Velha, gorda e desdentada,
Na hora em que ela se agita
Para se expressar com seus gestos,
Já viu coisa mais bonita?

Pois você sabia que isto
É folclore brasileiro.
Sendo folclore é cultura
E traz a cor e o cheiro
Do povo que faz história,
Rindo, com ou sem dinheiro.

Para completar, cultura
É algo bem natural.
São lendas, crenças de um povo,
Riqueza, escrita ou oral.
São histórias, são costumes,
É progresso social.

Então saiba você que,
Para se arranjar cultura,
É preciso se "antenar",
Exercitar a leitura
E passar a vida toda
Numa constante cultura.

Você, que estuda e pesquisa,
É importante que não
Confunda (jamais) cultura
Com escolarização,
Ou verniz ornamental,
Ou livresca erudição.

Agora cabe a você
Não gastar seu tempo à toa.
Nessas questões de cultura,
Evite o cara/coroa.
Faça uma  análise, pondere,
Vá atrás, reconsidere,
Nós temos cultura boa.



E , MESMO QUE O TEXTO E AS IMAGENS NÃO ESTEJAM NA ÍNTEGRA, POR CAUSA DOS DIREITOS AUTORAIS, VALE MUITO A PENA CONFERIR!



Seis Zeros

Seis Zeros

                                                                   Tatiana Belinsk
.
a autora é maravilhosa e está é uma das suas inúmeras obras.

Não tem como não gostar! Ela sempre encanta.


Chegou jururu da escola o Joaquim
Trazendo seis zeros no seu boletim.

Ao ver essas notas o pai alarmado
O filho interpela, perplexo e zangado:

- Por que este zero, este aqui, o primeiro?
Como é que foi isto, moleque arteiro?

É que o professor, pai, é meu desafeto,
Foi só porque eu disse que eclipse é um inseto.

Comenta a mamãe, com suspiros e ais:
- Por esta resposta, até zero é demais!

E o Quim logo explica, enxugando o suor:
- Na escola não tem uma nota menor...

(...)
Em monstros horrendos tu nos transformaste.
Agora, tu não nos escapas, ó traste!

de susto, da cama, despenca o Joaquim:
Aberto ao seu lado está o seu boletim.

Vale a pena conferir suas obras!

E , MESMO QUE O TEXTO E AS IMAGENS NÃO ESTEJAM NA ÍNTEGRA, POR CAUSA DOS DIREITOS AUTORAIS, VALE MUITO A PENA CONFERIR!






A Bola

A Bola 

                                                                      Di-Versos  Russos

                                                                      Tatiana Belinky



Minha
alegre 
linda
bola, 
tão sonora
pula
e rola!

Aonde vais,
a saltitar?
Não
consigo
te alcançar!

Com 
palmadas
minha
mão
já fez
quicar
no chão!

Quinze
vezes,
a pular,
foste
ao canto,
pra voltar...

Mas
depois
foste
a rolar,
pra
nunca mais
retornar!

(...)

E então,
uma
roda
te apanhou-
Estouraste...
E
acabou!

E , MESMO QUE O TEXTO E AS IMAGENS NÃO ESTEJAM NA ÍNTEGRA, POR CAUSA DOS DIREITOS AUTORAIS, VALE MUITO A PENA CONFERIR!






Marcelo, Marmelo, Martelo

Marcelo, marmelo, martelo e outras histórias

                                                                                                            Autora:  Ruth Rocha


Marcelo vivia fazendo perguntas pra todo mundo:
- Papai, por que é que a chuva cai?
_ Mamãe, por que é que o mar não derrama?
- Vovó, por que é que o cachorro tem quatro pernas?
As pessoas grandes às vezes respondiam.
Às vezes não sabiam como responder.

- Ah, Marcelo, sei lá...

Uma vez, Marcelo cismou com o nome das coisas:
- Mamãe, por que é que eu me chamo Marcelo?
- Ora Marcelo, foi o nome que eu e seu pai escolhemos.
- E por que é que não escolheram martelo?
- Ah, meu filho, martelo não é nome de gente! é nome de ferramenta...
- Por que é que não escolheram marmelo?
- Porque marmelo é nome de fruta, menino!
_ E a fruta não poderia chamar Marcelo, e eu chamar marmelo^

No dia seguinte, lá vinha ele outra vez;
- Papai, por que é que mesa chama mesa? 

(...)

" Pois é, está tudo errado! Bola é bola, porque é redonda.
Mas bolo nem sempre é redondo. E por que será que a bola não é mulher do bolo/ E bule? E belo? E bala?
Eu acho que as coisas deviam ter nome mais apropriado.
Cadeira, por exemplo. Devia se chamar sentador, não cadeira, que não quer dizer nada.
E travesseiro? Devia se chamar cabeceiro, lógico! também, agora, eu só vou chamar assim".

Logo, de manhã, Marcelo começou a falar sua nova língua...

E Marcelo só chamava a casinha de moradeira, e o cachorro de latildo.
E aconteceu que a casa de Godofredo pegou fogo.
Alguém jogou uma ponta de cigarro pela grade, e foi aquele desastre!

Marcelo entrou em casa correndo:
- Papai, papai, embrasou a moradeira do Latildo!
- O quê, menino? Não estou entendendo nada!
- A moradeira, papai, embrasou...
- Eu não sei o que é isso, Marcelo. Fala direito!
- Embrasou tudo, papai, está uma branqueira danada!
Seu João percebia a aflição do filho, mas não entendeu nada...



Quando seu João chegou a entender do que Marcelo estava falando, já era tarde.
A casinha estava toda queimada. Era um montão de brasas.
O Godofredo gania baixinho...
E Marcelo, desapontadíssimo, disse para o pai:
- Gente grande não entende nada de nada, mesmo!

(...)

-É sim! Toda marronzinha, com a entradeira na frente e um cobridor bem azulzinho...
E agora, naquela família, todo mundo se entende muito bem.
O pai e a mãe do Marcelo não aprenderam a falar com ele, mas fazem força para entender o que ele fala.
E nem se estão incomodando com o que as visitas pensam...

E , MESMO QUE O TEXTO E AS IMAGENS NÃO ESTEJAM NA ÍNTEGRA, POR CAUSA DOS DIREITOS AUTORAIS, VALE MUITO A PENA CONFERIR!


Após a leitura a autora sugere aos leitores novas ideias para o final .
E, com certeza, muitas ideias vão surgir... E, quanto as outras histórias, Terezinha e Gabriela, duas meninas muito diferentes,  uma super criativa e sapeca e a outra toda meiga e estudiosa... Já a outra história é sobre  - O dono da bola - Carlos Alberto, mais conhecido como Caloca. Um menino rejeitado por conta das suas chatices e tanto egoismo que percebe o quanto é importante  ter amigos...



Vale  a pena conferir!

As Letras

As Letras / Quadrinhas dos Filopatas


Autoras: Élisabeth Bosetti
              Simone Goulfier

Ilustrações:  Armelle Boy
Tradução:    Monica Stahel
                    Irami B. silva

Lembrando que os personagens desta história são: Isidoro, Colombina, Filabela, Minipata, Maxipata, Filomena e muitas outras que você só vai descobrir depois que ler.
Para cada letra a um versinho, em que ela vai aparecer várias vezes.
Também possibilita trabalhar coordenação, acompanhando o caminho das formiguinhas com o dedo.



Cada qual vai mais animado
pra pular o carnaval.
Maxipata chega atrasado
e saúda o pessoal.

Belo rei bobalhão
sem barba e sem babado
bala bem um bom baião
e bebe também um bocado.

Colombina se casou
no  colorido carnaval.
cada um tocou
e cumprimentou o casal.

Cansado de ter dançado,
Dito estendeu-se no chão.
Nada de ficar sentado, 
nem que doa o seu dedão.

Ênio, Eudes e Elias
ensaiam elegantes passos, 
desfilando as fantasias
com bengalas, lenços e laços.

Zezé acha engraçada
a fantasia do Mané.
Essa coisa aí enrolada
é fantasia, ou o que é o que é?

Fortunato festeja feliz,
fazendo confete voar.
Fifi faz fofoca e diz:
_Fefê, não foi com Fafa dançar?

Maxipata, guloso e barrigudo,
não se liga no olhar grave da amiga. 
Engole groselha, garapa e tudo,
 a grande e gorda formiga.

cachecol e gorro, que horror,
nesta hora de calor!
É sempre inverno pro Heitor
que vive de mal humor.

Imaginem se isso é ideia:
atirar fritas na platéia.
Digo e repito: é invenção
de Isidoro e de seu irmão.

Josefina jamais joga bola
do jeito de João e José.
Mas juro que já a vi na escola
jogando amarelinha com um pé.

Kátia, que mora numa kitchenette,
comeu kiwi achando que era croquete,
e fez o K entrar na brincadeira, 
apesar de ser letra estrangeira.

A lua que do alto ilumina
a beleza e o claro véu de Colombina,
não reflete sua luz singela
no lenço e no olhar de Filabela.

No melhor da noite, meio dormindo, 
Filomena, de máscara no rosto,
murmura pra si mesma, sorrindo:
"vou arrumar um marido a meu gosto."

Não tendo nem cometa nem tambor
pra anunciar a nossa festança,
nada como um sino, sim senhor,
soando e convidando para a dança.

O noivo sobe na moto 
sem ouvir os chamados para a foto.
Colombina o segue, obediente,
e os dois voam para o Oriente.

Minipata , sempre de chapéu,
repousa de pés para o ar
e pérolas produzidas pelo céu
põem-se de repente a pingar.

Enquanto se maquiavam, 
 essas quatro fofoqueiras
quase só se queixavam
de coisinhas corriqueiras.

O rei carrega a lanterninha
e corre, repetindo erres à toa:
"O rato roeu a roupa da rainha
e o rei perdeu o ouro e a coroa."

O samba sempre sacode o salão,
mas seu Mané não suporta o sufoco
do sapato amassando seu dedão
e resolve sentar-se só um pouco.

Minipata, com pinta de tenor,
ajeita a gravata, o tom e tudo,
e canta uma trova de amor
tentando acertar o  timbre agudo.

Num escuro de breu,
seu Ubaldo sumiu.
Nenhum adeus ele deu, 
pegou sua capa e fugiu.

- Venha cá, Vivi, você viu
o vestido verde da vizinha?
Mas a voz da Filomena não se ouviu,
valia mais a fofoca da Verinha.

Para quem acena Filabela
tão sonhadora na janela?
Para Walter, Wilson ou Waldemar?
Ganha um kiwi quem advinhar.

Quando Maxipata enxergou
aquele táxi de puxar, 
ele logo exclamou:
- Xi, a festa vai acabar!

E agora, quase no fim,
duas palavras em inglês:
Yes, quer dizer "sim", 
e you, que é "você"  e vocês".

Treze formigas se vão
a zanzar pela escuridão.
Foi um prazer ter você
no carnaval de A a Z.









Cada Família é de um Jeito

Cada Família é de um Jeito


Autor: Aline Abreu

O título já permite identificar à questão da Diversidade.

Família, não tem duas iguais.
Tem família com duas mães e família com dois pais.
tem família com um  pai e uma mãe que não se entendem como parentes.
nesse caso eles moram em casas diferentes.
E por aí vai... 

Tem família só com mãe ou só com pai.
Quem me ensinou foi minha avó: 
Tem família que quer muitos filhos e família que quer um só.


Eu não entendo muito bem este capricho, mas tem família que não tem bicho.
tem também um tipo de família que não é de mãe, nem de pai, nem de irmão.
Sou eu com você e você comigo. Já adivinhou?
É família  de amigo!


Já estava esquecendo de contar, a família da vizinha, a sua e a minha!



E depois venho eu, que gosto de histórias contar.
Que sorte!
Encontrei você, que gosta de ler e de escutar!



Chega de Beijos

Chega de Beijos

Autor: Emma Chichester Clark



Aqui vai uma campanha anti-beijos, acredite!

Por que é que existem tantos beijos no mundo?
Em toda parte, o tempo todo, todo mundo vive se beijando, principalmente mães e filhotes.
E u queria que ninguém tivesse inventado os beijos.

Chega de beijos!

E eu também queria que as pessoas não quisessem ME beijar, principalmente...pessoas que eu não conheço!
minha família é igual as outras, beija o tempo todo.
Eles dão beijo de oi, beijo de tchau, beijo de bom-dia, beijo de boa-noite.
Quando minha prima Mimi machucou o dedo, todo mundo teve que dar um beijinho.
Ela adora beijos. Beija tudo o que vê pela frente...

...MENOS EU!

Mamãe vive dizendo para eu beijar Mimi.
"Por favor meu filho".

NUNCA!

Já avisei para minha família inteira _ mamãe, papai, minha avó, todos os meus primos e minhas tias...

CHEGA DE BEIJOS!

Mas não adiante nada,
Ainda bem que não sou mais bebê.
Eles ganham mais beijos que os outros.
Não importa de quem é o bebê, nem se ele baba, morde ou grita... todos querem beijá-lo.
Descobri isso... quando chegou nosso novo bebê.
Ele berrava o tempo todo.
Quanto mais o beijavam,  mais ele berrava.
Quanto mais ele berrava, mais o beijavam.

"PAREM!" Eu gritei.

PAREM!

"Vocês não estão vendo que ele não gosta disso?"
"Por que VOCÊ não faz ele parar de chorar?", disse mamãe.

Primeiro, mostrei para ele meu avião.
Ele chorou.
Depois, fiz caretas e ele chorou mais ainda.
Fiz malabarismos com bananas.
Ele, chorou, chorou e chorou.
Eu não sabia mais o que fazer.
"Ei, qual é o problema, irmãozinho?", perguntei a ele.
Ele parou de chorar e ficamos olhando um para  o outro.
"Irmãozinho", eu repeti, e ele começou a rir.
Então, aconteceu uma coisa muito estranha: sapequei um beijo nele.
Ainda bem que ninguém estava olhando!



Ainda bem que desta vez teve um final feliz!

História dos Lobos de Todas as Cores

História dos Lobos de Todas as Cores

Autor: Meneer Zee
ilustração: Gitte Vancoillie



Nesta leitura há a possibilidade de trabalhar as cores, mas tem como objetivo maior a questão do preconceito.  Maravilhoso!

Era uma vez os Lobos: azul, amarelo, vermelho, laranja, rosa, roxoverde, marrom, cinza, verde-água, branco e preto.

Amigos leitores
Lobo Preto não é mau.
Ele finge que é mau para defender seus amigos de todas as cores. O Lobo Azul. o Amarelo, o Laranja, o Vermelho, o Rosa, o Roxo, o Verde, o Cinza, e o Verde-água acham que o Lobo Preto é um herói.
Vocês  querem saber por que?

A história começou com o Lobo Azul. O lobo Azul morava em uma página Azul, onde ele ficava escondido. Isso porque os lobos coloridos  não gostam de assustar as criancinhas.

Mas o Lobo Azul achou que a página azul era pequena para ele porque não conseguia esconder o rabo colorido. E gritou:

AHH!  É tão pequeno aqui!!!

O Lobo Amarelo ouviu o que ele disse . O Lobo Amarelo morava numa página amarela, bem escondido. Isso porque os lobos coloridos não gostam de assustar a s criancinhas.
"Vou fazer um convite", o Lobo Amarelo resmungou para o Lobo Azul. "Você pode visitar a minha página amarela, agora mesmo".
"Ah, não!" falou, o Lobo Azul. "Eu preciso de um ligar bem grande onde não vá assustar as criancinhas. Não gosto de dar susto em ninguém".
"Não se preocupe", explicou o Lobo Amarelo.
"Você pode se esconder atrás de mim".
E foi o que o Lobo Azul fez.
O Lobo vermelho morava em uma página vermelha.
Ele ouviu toda a conversa e ficou com muito ciúme.
"Por que o Lobo Azul pode visitar a página do Lobo Amarelo e eu não?" , ele uivou e mostrou seus dentes.
"Mas é claro que você também pode me visitar", disse o Lobo Amarelo, "desde que você fique bem escondido atrás de mim e do Lobo Azul".
"Quer saber de uma coisa?" , uivou o Lobo Amarelo.
"Vamos visitar o Lobo Branco".
O Lobo Branco morava em todas as páginas brancas  e isso é bastante coisa! Ele achava que era o mais rico, o mais poderoso e o mais espertalhão de todos eles. Os outros lobos encontraram o Lobo Branco na página 19.
"Vejam, a minha casa é bem grande", bufou o Lobo Branco.
"Entrem", ele insistiu.

Os Lobos Azul, Vermelho e Amarelo saltaram da página 15. Todos tentando se esconder atrás do Lobo Branco, ao mesmo tempo.
"Vou contar uma coisa pra vocês", bufou misteriosamente o Lobo branco. "Vocês todos cabem escondidos na minha barriga. Vou levar vocês todos a todas as páginas brancas do mundo!"
O Lobo Azul e o Lobo vermelho gostaram da ideia. O Lobo Branco engoliu os dois de uma só vez.
Mas o Lobo Amarelo desconfiou. "Você tem certeza que há espaço para todos nós?" 

(...)

Com um estrondo muito forte, parecido com o barulho de um trovão _ Bum! Bum!, a barriga do Lobo Branco explodiu e todos os lobos pularam para fora: o Lobo Azul, o Lobo Amarelo, o Lobo Vermelho, o Lobo Verde, o Lobo Laranja e o Roxo e o Marrom e o Rosa e o Cinza e o Verde-Água e todos os outros lobos.



O último que saiu foi o imenso e terrível lobo preto. Os lobos gritaram e uivaram. Eles resmungaram e berraram também. Eles estavam tão bravos que uma espuma branca começou a pingar de seus dentes. Então todos os lobos correram, andando sobre as letras e as palavras, cada  um procurando sua própria página.
O único que não saiu do lugar foi o Lobo Preto.
Ele não sabia ainda em que página poderia morar.


A Festa da Bruxapéu

A Festa da Bruxapéu


Autora: Lia Zatz
Ilustrações: Vera Andrade



Um texto cheio de divertidos desenhos em meio as palavras.
A leitura possibilita trabalhar conceitos ortográficos, cores, profissões, personagens lendários, alimentos exóticos,  etc.


Finalmente chegou o dia da grande festa.

(Antes da festa, aconteceu o ritual em que a Bruxapéu deixou de ser uma menina e passou a ser uma Bruxa-Mestra. m\as, aí que preguiça...Eu só estou com vontade de contar como foi a festa. Então deixo a você o prazer de imaginar o ritual. que tal começar por: " O grande dia tinha chegado. Bruxapéu acordou..." O resto é com você.)

Bruxapéu estava fazendo 12 anos e sua mãe tinha lhe dado um lindo vestido de presente, todo cheio de remendos.
Apesar de não ser noite de lua cheia, o Lobisomem foi o primeiro a chegar, trazendo o seu primo Vampiro.
Como não entendiam de moda, eles trouxeram um chapéu de fada de presente para a Bruxapéu.
Ela abriu um sorriso amarelo e tratou de jogar aquela porcaria na lata do lixo.
logo depois começaram a chegar os outros convidados: A Fada Gordiana, o Morcego Quatro-olhos, o Galo Relogildo e a Cascavel Sininho.
E cada um trazia para a Bruxapéu um chapéu diferente. Mas ela detestava todos eles: o Amarelo porque parecia de Palhaço, o Azul porque parecia de Soldado, o Branco porque parecia de Cozinheiro, o Vermelho porque parecia de Bombeiro e o Verde porque parecia de Duende.
muito satisfeita porque não tinha gostado de nenhum presente, e assim não precisava agradecer a ninguém  Bruxapéu resolveu que era hora de comer. Chamou todos para a mesa, que estava cheia de muita comida gostosa; tinha Croquete de Minhoca, Bolo de antena de Barata, Ovo Estrelado de Urubu, Sorvete de Linguiça de Rato e pirulito de Olho de sapo.
A Fada Gordiana quase morreu de nojo, mas, como estava esfomeada pegou sua varinha de condão e fez aparecer um monte de bananas. 
Já o Lobisomem e o Vampiro foram disfarçadamente para o jardim, tomar uns Copos de Sangue que tinham trazido de reserva, pra se garantir.
Bruxapéu ficou mais feliz ainda quando viu que quase ninguém queria comer nada. Comeu quase tudo sozinha e bem depressa, porque ia começar a incrível brincadeira da caça ao tesouro.
A mãe da bruxapéu distribuiu uma pista bem maluca que ninguém entendeu, que dizia assim ó:

É esposa
E não marido.
Uso em papel
E uso em tecido.
Não está molhada,
Mas está ilhada.

Todo mundo começou a correr pra cá e pra lá. Viraram a casa de avesso, subiram e desceram escadas, fizeram a maior bagunça. E isso durou a noite inteira.
O dia chegou e os convidados, já muito cansados, desistiram de procurar um tesouro que eles não sabiam nem o que era.
Foi quando viram a Bruxapéu, na ilha que ficava no meio do lago em frente a sua casa. 
Ela gritava nuito e agitava a mão direita, mas ninguém conseguia entender o que ela falava...
Ela, então pegou um microfone e continuou gritando.

_ Amigos, achei o tesouro!

Todos olhavam e olhavam, já quase surdos com a gritaria da Bruxapéu no microfone, mas continuavam sem entender que tesouro ela tinha encontrado.
Até que, de repente, o sol bateu na mão dela e todos ficaram com cara de bobos.

E você, já conseguiu adivinhar qual foi o tesouro que Bruxapéu encontrou?



Uma tesoura, quer dizer, a mulher do tesouro!

A operação do tio Onofre

A operação do tio Onofre é uma história policial de Tatiana Belinky, onde uma menina muito esperta resolve fazer uso de suas inúmeras artimanhas, em meio a rimas, numa situação de muito perigo.
Vale a pena conferir!

Ilustração de Alcy.




Talita tinha a mania de dar nomes de gente aos inúmeros objetos da casa, e tinham quer ser nomes que rimassem.
Assim, por exemplo, a mesa, para Talita, era Dona Teresa, a poltrona era  Dona Gordona, o armário era Doutor Mário.
A escada era Dona Ada, a escrivaninha era Tia Sinhazinha, a lavadora era Prima Dora, e assim por diante.
Os pais de Talita achavam graça e topavam a brincadeira.
Então, podiam-se ouvir conversas tipo esta:
_ Filhinha, quer trazer o jornal que esta em cima da Tia Sinhazinha?
_ É pra já, papai. Espere sentado na Vó Gordona, que eu  vou num pé e volto noutro.
Ou então:
_Que amolação, Prima Dora está entupida, não lava nada!
Precisa chamar o mecânico.
_ Ainda bem que tem roupa limpa dentro do Doutor Mário, né mamãe?
E todos riam.
Mas, uma tarde, Talita estava na sala com a mamãe, assistindo televisão, quando tocou a campainha. Talita correu e foi logo abrindo a porta, sem antes verificar quem era. E não é que eram dois ladrões armados?! Os mal encarados sujeitos empurraram Talita e foram entrando, de armas apontadas:
_ Isto é um assalto! Entregue o dinheiro e as jóias, madame, e nem um pio, está ouvindo?!
Talita agarrou-se a mamãe, as duas mudas de susto.
_ O cofre, rápido! _ repetiu o ladrão, bravo. _ Abra o cofre, rápido!

(...)

_ O senhor me deixa nervosa, com esta arma apontada...
Assim eu não consigo acertar o segredo...
_ pois ,ão esquente, madame _ falou o outro. _ Não ouviu que o seu marido vai chegar muito atrasado? Temos tempo que chegue.
E, voltando-se para Talita, ordenou, apontando para a Vó Gordona:
_ E você, menina, senta aí na poltrona e fica bem quietinha, enquanto meu colega e eu revistamos as gavetas da escrivaninha.

(...)

_ Graças a Deus, vocês estão bem! _ E ele envolveu a mulher e a filha num só grande abraço.
As duas até choravam de emoção e alívio.
E depois que acabou a agitação e os dois policiais levaram os assaltantes presos, a mamãe perguntou ao papai:
_ Mas, querido, você não disse que ia chegar atrasado? Como foi que adivinhou o que estava acontecendo e chegou assim, em cima da hora?
O papai piscou um olho para Talita.
_ E desde quando a nossa filha tem um tio chamado Onofre?
Onofre, aqui em casa, só rima com cofre. E se o cofre-Onofre estava sendo operado... se estavam "abrindo a barriga dele", bem...


E todos os três caíram na gargalhada.


Obs.:  O texto não está na íntegra mas vale muita a pena conferir...



Jogo de Bola - Cecília Meireles


Para conversar com os pequenos a respeito da copa, primeiro selecionei este poema de Cecília Meireles.
Após a leitura pedi a eles para fazerem um desenho de Raul e Arabela brincando de bola ...
Aproveitei para trabalhar com eles a mistura de cores. 
Fiz uma demonstração com guache nas cores verde, amarelo e azul, e detergente para eles visualizarem a pigmentação/transformação.




Jogo de Bola

Cecília Meireles




   A bela bola
  rola:
  a bela bola do Raul.

  Bola amarela,
  a da Arabela.

  A do Raul,
  azul.

  Rola a amarela
  e pula a azul.

  A bola é mole,
  é mole e rola.

  A bola é bela,
  é bela e pula.

  É bella, rola e pula,
  é mole, amarela, azul.

  A de Raul é de Arabela,
  e a de Arabela é de Raul.


Finalizando essas atividades fizemos a leitura de outro poema As Meninas de Cecília Meireles. 


 Arabela
abria a janela.

Carolina
erguia a cortina.

E Maria
olhava e sorria:
"Bom dia!"

Arabela
foi sempre a mais bela.

Carolina
a mais sábia menina.

E Maria
Apenas sorria:
"Bom dia!"

Pensaremos em cada menina
que vivia naquela janela;
uma que se chamava Arabela,
outra que se chamou Carolina.

Mas a nossa profunda saudade
é Maria, Maria, Maria,
que dizia com voz de amizade:
"Bom dia!"

           Após a leitura, selecionamos o nome de alguns alunos da sala e fizemos um poema para reforçar o conceito de rima, contextualizando a leitura.