Marcelo, Marmelo, Martelo

Marcelo, marmelo, martelo e outras histórias

                                                                                                            Autora:  Ruth Rocha


Marcelo vivia fazendo perguntas pra todo mundo:
- Papai, por que é que a chuva cai?
_ Mamãe, por que é que o mar não derrama?
- Vovó, por que é que o cachorro tem quatro pernas?
As pessoas grandes às vezes respondiam.
Às vezes não sabiam como responder.

- Ah, Marcelo, sei lá...

Uma vez, Marcelo cismou com o nome das coisas:
- Mamãe, por que é que eu me chamo Marcelo?
- Ora Marcelo, foi o nome que eu e seu pai escolhemos.
- E por que é que não escolheram martelo?
- Ah, meu filho, martelo não é nome de gente! é nome de ferramenta...
- Por que é que não escolheram marmelo?
- Porque marmelo é nome de fruta, menino!
_ E a fruta não poderia chamar Marcelo, e eu chamar marmelo^

No dia seguinte, lá vinha ele outra vez;
- Papai, por que é que mesa chama mesa? 

(...)

" Pois é, está tudo errado! Bola é bola, porque é redonda.
Mas bolo nem sempre é redondo. E por que será que a bola não é mulher do bolo/ E bule? E belo? E bala?
Eu acho que as coisas deviam ter nome mais apropriado.
Cadeira, por exemplo. Devia se chamar sentador, não cadeira, que não quer dizer nada.
E travesseiro? Devia se chamar cabeceiro, lógico! também, agora, eu só vou chamar assim".

Logo, de manhã, Marcelo começou a falar sua nova língua...

E Marcelo só chamava a casinha de moradeira, e o cachorro de latildo.
E aconteceu que a casa de Godofredo pegou fogo.
Alguém jogou uma ponta de cigarro pela grade, e foi aquele desastre!

Marcelo entrou em casa correndo:
- Papai, papai, embrasou a moradeira do Latildo!
- O quê, menino? Não estou entendendo nada!
- A moradeira, papai, embrasou...
- Eu não sei o que é isso, Marcelo. Fala direito!
- Embrasou tudo, papai, está uma branqueira danada!
Seu João percebia a aflição do filho, mas não entendeu nada...



Quando seu João chegou a entender do que Marcelo estava falando, já era tarde.
A casinha estava toda queimada. Era um montão de brasas.
O Godofredo gania baixinho...
E Marcelo, desapontadíssimo, disse para o pai:
- Gente grande não entende nada de nada, mesmo!

(...)

-É sim! Toda marronzinha, com a entradeira na frente e um cobridor bem azulzinho...
E agora, naquela família, todo mundo se entende muito bem.
O pai e a mãe do Marcelo não aprenderam a falar com ele, mas fazem força para entender o que ele fala.
E nem se estão incomodando com o que as visitas pensam...

E , MESMO QUE O TEXTO E AS IMAGENS NÃO ESTEJAM NA ÍNTEGRA, POR CAUSA DOS DIREITOS AUTORAIS, VALE MUITO A PENA CONFERIR!


Após a leitura a autora sugere aos leitores novas ideias para o final .
E, com certeza, muitas ideias vão surgir... E, quanto as outras histórias, Terezinha e Gabriela, duas meninas muito diferentes,  uma super criativa e sapeca e a outra toda meiga e estudiosa... Já a outra história é sobre  - O dono da bola - Carlos Alberto, mais conhecido como Caloca. Um menino rejeitado por conta das suas chatices e tanto egoismo que percebe o quanto é importante  ter amigos...



Vale  a pena conferir!

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