A Grande Jogada
Autora: Maria do Carmo D'Oliveira
Eu vou para escola querendo aprender.
No meio, desisto.
Não sei enfrentar o sono, o enfado e ter que ficar calado.
A aula me cansa, enjoa, me dá maresia, é chato demais!
- Menino, se sente, menino, não fale!
- Copie, menino, preste atenção!
E assim, a mesmice!
Eu olho e não vejo, não ouço nadinha que me interesse, que dê alegria ao meu coração.
Eu fico cansado, eu fico irritado, começo a brigar.
Eu volto pra rua pra me encontrar.
A fome incomoda, e eu quero é brincar!
Jogar a pelada com a minha galera
Me faz disfarçar a fome medonha, que rói minhas tripas de noite e de dia.
A fome é danada, tem boca voraz!
Procuro socorro, preciso de arte, preciso da ginga pra fome driblar.
No campo, jogando. Me esqueço da fome.
Esqueço a tonteira, não penso em besteira, vou me distrair.
No jogo, eu invento, eu crio, eu danço
E solto meu grito sem me sufocar!
No campo, eu sou gente, aprendo a correr, a lutar, a enfrentar.
(...)
Se a escola quisesse,
Podia ajudar...
Trazia pra sala o sonho da gente,
(...)
A escola seria um campo em festa,
e grandes jogadas iria ensinar.
E , MESMO QUE O TEXTO E AS IMAGENS NÃO ESTEJAM NA ÍNTEGRA, POR CAUSA DOS DIREITOS AUTORAIS, VALE MUITO A PENA CONFERIR!
E , MESMO QUE O TEXTO E AS IMAGENS NÃO ESTEJAM NA ÍNTEGRA, POR CAUSA DOS DIREITOS AUTORAIS, VALE MUITO A PENA CONFERIR!
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