Nico decide se mudar

Nico decide se mudar

                                                                                   Brigitte Weninger  e  Stephanei Roeche

Essa leitura nos remete há um dos inúmeros momentos ,mais que especiais, entre mãe e filho.
A sensibilidade da autora em registrar , de maneira detalhada , um dia de rotina,  em que  um filho, por algum motivo se aborrece, e na companhia de seu inseparável bichinho de pelúcia, resolve tomar uma atitude drástica...
A história é uma graça isso, sem contar com as ilustrações que por si só já nos permite interpretar tais atitudes de Nico e seu amigo Niniqui.



Nico e Niniqui brincavam alegremente, quando a mamãe apareceu na porta:
- Nico, você poderia levar o lixo para fora e buscar algumas maçãs? Além disso, você precisa arrumar o seu quarto; Está uma bagunça!
Nico suspirou: - tudo bem, eu faço isso depois.
- Não, faça isso agora! Disse a mamãe.
 Então, Nico ficou bravo e resmungou:
- A mamãe sempre pede para eu fazer várias coisas quando estou brincando. Já sei: Eu vou  me mudar!
Nico pegou Niniqui em seus braços e saiu do quarto de brinquedos.
Nico arrumou uma mala, colocando seus brinquedos preferidos nela. Além disso, um pijama, um cobertor, chocolate e suas botas. 
- Mas Nico, para onde você vai? A mamãe perguntou preocupada.
- Para um lugar onde eu possa brincar o tempo inteiro!
- Respondeu Nico. - Venha, Niniqui!
Nico e Niniqui se foram, sem olhar para trás, pela porta que dava ao jardim. 
- E agora, para onde vamos? E essa mala esta muito pesada!
(...)
 
E depois de muitas andanças...

Nico e Niniqui bateram na porta da casa da mamãe.
 - Oi!  Nós queríamos lhe fazer uma visita e perguntar como você está.
- Bem... - Respondeu a mamãe. - A casa está bem vazia e muito quieta, estou tão sozinha.
- Hum - Disse Nico pensativo. - Também estamos nos sentindo sozinhos, e não foi certo o que eu fiz por ficar bravo e não ajudá-la. Desculpe-me. Será que podemos voltar para casa?
- É claro - A mamãe respondeu sorrindo.
Nico e Niniqui deram um grande abraço na mamãe.
- Não há nada melhor do que ficamos bem juntinhos.


Obs.: Mesmo que o texto não esteja na íntegra, vale a pena conferir.








Dia do Beijo


 As tradições que giram em torno dessa demonstração de afeto são bem diferentes pelo mundo.

        Dia do Beijo em alguns países acontece em 6 de julho e em outros em  13 de Abril




 E para celebrar o Dia do Beijo, comemorado mundialmente em 13 de Abril e 6 de julho, reunimos nessa galeria as diferentes maneiras como esse ato é expressado entre pessoas de todas as culturas.

Como beijar ainda não é um costume universal, alguns especialistas acreditam que o ato seja um comportamento aprendido, passado de pais para filhos.


Moradores da região do Ártico demonstram afeto pelo que é chamado de “beijo de esquimó” – o ato de pressionar o nariz, bochecha e testa contra a pessoa querida. Essa tradição também é amplamente praticada na Mongólia, Vietnã, Camboja, Ilhas da Polinésia e pela tribo Maori, na Nova Zelândia.
Em muitos países europeus, tais como a Holanda, Suíça, Montenegro, Macedônia e Eslovênia, é um comum que as pessoas se cumprimentem beijando a bochecha umas das outras três vezes, alternadamente, começando pelo lado direito.
Beijar em público não é algo comum no Japão. Ao invés disso, homens e mulheres se cumprimentam curvando o corpo. Esse ato é preferível em relação até mesmo a um aperto de mãos ou abraço.
Para os italianos, beijar uma vez não é o suficiente; Um beijo é considerado completo apenas se é feito duas vezes – um para cada bochecha.
Beijar não é apenas uma expressão de afeto ou uma forma de cumprimentar alguém. Em muitas culturas, o ato também é uma maneira de demonstrar respeito.
Em países como a Polônia, Áustria, Hungria, Romênia e Eslováquia, um beijo na mão é a maneira perfeita de cumprimentar uma dama .
O ato de beijar outras pessoas não é comum na maioria das tribos africanas. Ao invés disso, seus membros geralmente beijam o chão, como um sinal de respeito e reverência.
Em países árabes, o beijo entre homens é comum. Um abraço, seguido de um beijo na bochecha ou na testa é a prática mais realizada. Mas beijar alguém do sexo oposto não é algo apreciado, a não ser que seja um amigo próximo ou membro da família.
Beijar o ar, o que não envolve contato direto, é uma maneira comum de cumprimentar outra pessoa na Austrália.
Em países da América Latina, como México e Colômbia, as pessoas se cumprimentam com um beijo na bochecha, enquanto no Brasil, um beijo em cada lado é mais comum em alguns estados, enquanto em outros, apenas um é necessário.
As mulheres no Equador são cumprimentadas com um beijo na bochecha direita, apenas.
Considerado como uma forma de ato sexual, beijar em público não é nada bem-vindo em muitos países asiáticos, tais como a Índia e a China.
Os irlandeses acreditam veementemente que qualquer um que beijar a Pedra de Blarney, que fica em um castelo homônimo, vão adquirir o dom da eloquência.
Alguns estados dos EUA têm costumes únicos quanto ao beijo. Por exemplo, beijar a esposa de alguém em um domingo é considerado ilegal em Hartford, Connecticut. Outra curiosidade: em Indiana, um homem com bigode não pode “beijar seres humanos habitualmente”, pois isso é ilegal. Em Cedar Rapids, Iowa, é crime beijar alguém que você não conhece.
Beijos em público entre pessoas do sexo oposto são proibidos no Egito. Contudo, pessoas do mesmo gênero podem se cumprimentar com três beijos na bochecha sem problemas.
É uma tradição na Escócia cumprimentar todos presentes em um ambiente com um beijo na véspera do Ano Novo.


O beijo é considerado uma união de almas nos casamentos cristãos. O primeiro beijo como marido e mulher marca a conclusão da cerimônia e marca o começo de suas vidas juntos.

UM NÓ NA CABEÇA

UM NÓ NA CABEÇA

Autora:      Rosa Amanda Strausz
Ilustração: Laurent Cardon

O carneirinho Tico é diferente.
Observador.
Reflexivo.
Intolerante e sensível.

E  quando  algo  aos seus olhos está errado ,e não tem quem o convença do contrário...
Aliás, não tem quem o faça seguir  ou  mesmo  aceitar regras e combinados .
Pois é!   E assim começa sua história...






Vou contar um segredo pra você.
Já olhei dentro da cabeça dos carneiros. E sabe o que tem lá dentro? Uma porção de lã. Um novelinho.
Não diga nada ao veterinário, nem ao médico, nem ao professor de Ciências.
O veterinário pensará que você é burro.
O médico lhe receitará um calmante.
E o professor de Ciências vai lhe dar um belo zero.
Então, bico fechado. Fica entre nós.

Há carneiros que tem uma porção de lã quente e macia. Eles só pensam coisas aconchegantes, mastigam a comida devagar e com prazer, suspiram de felicidade antes de dormir, porque sabem que terão bons sonhos.

Outros tem um bolo de lã áspera, daquele tipo que pinica. Esses são mal-humorados, vivem brigando, dando cabeçadas nos outros, reclamam de tudo.

A maioria tem os dois tipos de lã misturada. Um dia está contente, outro dia está de mal com o mundo.Entretanto existem os carneiros com o novelo mal enrolado. Ninguém sabe direito o motivo. Eles nascem com um nó bem no meio do novelo. Este só faz com que eles vejam o mundo de um modo só deles. E também se comportem de um jeito muito peculiar.

A história que vou contar é de um carneiro que tinha a cabeça cheia de lã macia e quentinha. E um nó bem grande, quase do tamanho de uma bola de pingue-pongue.

Ele se chamava Tico.

Tico nasceu igual aos outros carneiros. Tinha quatro patas, uma cabeça só e o corpo felpudo e cacheado. Tinha também um emprego igual ao de todos os carneiros do mundo. Fazer dormir pessoas que têm insônia. Quando alguém começava a contar carneirinhos, ele entrava na fila, esperava a sua vez, e quando chegava na vez dele, ele pulava a cerca.
Obediente, o Tico.
Mas, um dia, quando ele era o número 459 da fila contratada pelo senhor Godofredo Inácio, o nó apareceu.
O senhor Godofredo Inácio era um agiota que sofria de insônia. Assim que botava a cabeça no travesseiro, ficava pensando no dinheiro que deviam a ele, imaginava que ninguém ia pagar e ... pronto!
Lá ia o sono embora. Ele se conseguia dormir se contasse 500 carneirinhos sem interrupção.
E os carneiros iam pulando a cerca na maior disciplina. 
Ninguém era besta de falhar com um homem tão poderoso!
Mais de quatrocentos  carneiros já tinham saltado sobre o barrigão de Godofredo. O sono estava começando  a chegar. Ele bocejou, se ajeitou melhor na cama, puxou o lençol e foi contando:  457 , 458 ... 458 ...  458...
Não conseguia contar o próximo. Arregalou os olhos.
A cerca estava vazia. Faltava o 459. Era para ser o Tico.
Tico tinha sumido.


O senhor Godofredo Inácio sentou-se na cama, com o coração aos pulos: 
- Ai, minha insônia ! -  berrou  -  Qual foi o miserável do carneiro que sumiu ? o  457, o 458  e  o  460, que estavam por perto, responderam com a voz tremendo de medo:

(...)



A leitura discorre por um caminho que nos possibilita alguma mudança de rumo.
As situações de conflito do personagem principal nos faz pensar em novas possibilidades e a criação de um final, ou mesmo, de contextos diferenciados ...
Fica aí uma dica para que os alunos pensem em novas situações e um rumo diferente na história , na característica psicológica do personagem.

Obs.: Mesmo que o texto não esteja na íntegra, vale a pena conferir.








A Ovelha Negra

A Ovelha  Negra

Autor:  Odair  Bernabé
Ilustração:  Mariana  Massarani




Geralmente, quando se ouve ou se fala em "ovelha negra", a gente está falando mal de alguém.
Quem for curioso e quiser procurar no dicionário, vai ver que lá também diz a mesma coisa...

Ovelha Negra, pessoa que num determinado grupo sobressai,  por suas qualidades, por seu mau proceder.

Mas esta história não fala mal de ninguém. A ovelha negra desta história era de verdade, seu nome era Tita. Era tão negra que parecia azul-marinho.

A Tita já morreu.  Ao morrer, era um ovelha feliz. Mas para ser feliz demorou.
Durante a maior parte da vida, ela foi muito triste. Justamente por ser uma ovelha negra.
Sabe como é, todas as ovelhas do rebanho eram bem branquinhas. E a Tita, uma ovelha muito preta, se sentia mal no meio das outras ovelhas.
Tinha uma ovelha, das brancas, que gostava muito dela, nem ligava pra cor.
Era a dona Dalva, uma velha mais velha, que estava no rebanha fazia mais tempo.
Pois é, a dona Dalva chegou até a contar para Tita do Patinho Feio, que os outros desprezavam e que, quando cresceu, virou cisne. Um cisne garboso, muito mais bonito que todos os outros patos juntos.
Mas nem a dona Dalva conseguia fazer a Tita mudar de ideia. Primeiro, porque a Tita já tinha crescido tudo o que devia crescer. Segundo, porque ela não queria ser mais bonita que ninguém. Só queria não ser negra, queria ser igual a todo o rebanho.
Mas isso não tinha jeito, não dava pra mudar. Ovelha negra, que nasceu negra, vi ser negra a vida inteira.
Ah, tem mais uma coisa. Com a Tita não acontecia como na história do Patinho Feio, desprezado pelos outros. As ovelhas do rebanho não a desprezavam não.

(...)

Depois do caso da Tita até aconteceram outros parecidos lá no rebanho.


Tinha uma ovelha chamada Lala, que não conseguia balir com as outras. Enquanto todas baliam  bééé, a Lala balia bááá. Por causa disso, quase nunca balia. Só de vez em quando. mas depois do que houve com a Tita, a Lala passou  a balir todo dia. O dia inteiro.
E a gostar do próprio balido.

- Agora gosto.


Obs.: Mesmo que o texto não esteja na íntegra, vale a pena conferir.