Pedagogia Waldorf



Na filosofia/Pedagogia  Wardolf leva-se  em conta as diferentes características das crianças e jovens, segundo sua idade aproximada.
Um mesmo assunto é abordado várias vezes durante o ciclo escolar, mas nunca da mesma maneira, e sempre respeitando a capacidade de compreensão da criança.
Para atingir a formação do ser humano, a Pedagogia atua no desenvolvimento físico, anímico e espiritual do aluno, incentivando o querer (agir) por meio da atividade corpórea das crianças em quase todas as aulas. O sentir é estimulado na constante abordagem artística e nas atividades artesanais específicas para cada idade. O pensar é cultivado paulatinamente, desde a imaginação incentivada por meio de contos, lendas e mitos no início da escolaridade, até o pensar abstrato . 
Uma das características marcantes da Pedagogia Waldorf é o fato de não se exigir do aluno, ou cultivar precocemente o pensar abstrato (intelectual).
A Educação recebe esse nome em função da primeira escola, criada por Rudolf Steiner para os filhos dos operários da fábrica Waldorf Astoria.
É uma forma única e distinta de Educação para crianças, praticada mundialmente nas Escolas Waldorf e formam atualmente a maior cadeia independente de Escolas do mundo e, provavelmente, a que mais rapidamente tem crescido nos últimos anos.
Não existe uma estrutura centralizadora, pois cada escola é administrada independentemente. Existem, no entanto, associações que provêm recursos, publicam materiais, patrocinam conferências, promovem o movimento e cuidam para o correto e responsável uso do nome Waldorf.
Em termos metodológicos, o currículo Waldorf pode ser comparado a uma espiral ascendente: as matérias são revistas várias vezes e a cada nova exposição uma nova e mais profunda visão do conteúdo exposto vai sendo oferecida.
O papel da Escola é o de prover as necessidades das crianças de acordo com as suas necessidades para um desenvolvimento saudável e não o de atender às necessidades impostas por um Governo ou por forças econômicas. Desta forma, ele desenvolveu um currículo que incentiva e encoraja a criatividade, que nutre a imaginação e que conduz as crianças a um pensamento livre.
Durante a segunda guerra a Pedagogia Waldorf e a Antroposofia foram muito combatidas na Alemanha, pois pregavam a liberdade do pensamento humano, estando em desacordo com as idéias de Hitler.
Embora sua filosofia tenha fundamentos cristãos, nenhuma doutrina religiosa em particular, é defendida ou ensinada. Ao longo do ano, festas como a Páscoa, São João, São Micael, Natal e a Semana da Primavera, são celebradas. Visam principalmente, despertar na criança seus valores e seus sentimentos de compreensão, admiração e reverência à beleza da vida e da natureza.

Estas e outras Festas, de acordo com o pensamento da Educação Waldorf, servem para religar ou conectar a humanidade com os rítmos da natureza e do cosmos. Essas Festas têm origens nas culturas mais antigas e também são uma forma de comemoração das mudanças de estação. São povoadas da alegria e entusiasmo das crianças, quer na preparação, como na celebração.

A Educação Waldorf desacretida no incentivo a televisão e acredita que a TV pode atrapalhar ou impedir seriamente o desenvolvimento imaginativo na criança- e a imaginação, dentro da visão Waldorf, é a principal faculdade para o desenvolvimento saudável do indivíduo.
Igualmente o uso de Computadores, principalmente os vídeo-games, não é recomendado para crianças pequenas. É importante dizer que os professores Waldorf não estão sozinhos neste questionamento e postura.
Uma série de artigos, livros e estudos sobre os efeitos nocivos da TV e do uso de Computadores por crianças tem sido publicada nos últimos anos.
Outro diferencial é que os alunos são acompanhados pelo mesmo professor por 8 anos. Isso porque entre 7 e 14 anos de idade, as crianças aprendem melhor através da aceitação da autoridade, assim como quando mais jovens, aprendiam através da imitação. No primário, especialmente nos primeiros anos, a criança está aprendendo a expandir sua experiência além do círculo familiar e da sua própria casa.
O grupo de crianças da sala de aula torna-se um tipo de "família" e o papel da autoridade (que numa analogia, equivaleria ao papel dos pais em casa), é representado pelo professor. Com esta abordagem, professor e aluno acabam se conhecendo profundamente; o que permitirá ao professor, ao longo dos anos, encontrar a melhor forma de lidar com as dificuldades particulares de aprendizado de cada aluno. O professor acaba sendo um "membro adicional" para a maioria das famílias de seus alunos.
É necessário acrescentar que o professor não é o único professor a ensinar na classe, assim como receberá ajuda e tutoria em seu preparo. Nos últimos anos, o professor tem a opção de não ministrar as matérias para as quais não se sinta preparado.


A Pedagogia enxergando o ser humano em sua totalidade não se privilegia apenas o intelecto, ou as habilidades artísticas, ou as manuais, mas sim tenta ser encontrada a forma com que a criança manifesta seu potencial, a sua forma de expressão no mundo.
Por isso, as Escolas Waldorf relutam em rotular, a pretexto de diagnóstico, crianças com termos tais como: "lenta", "agressiva" ou "problemática". A criança que apresenta problemas em uma área - seja ela mais cognitiva emocional ou física - geralmente trará em si, aspectos bons e positivos a serem ressaltados.
No Ensino Fundamental  do 1º ao 3º ano os alunos estudam:
• Introdução ao alfabeto, leitura, escrita, poesia e teatro
• Lendas, Contos, Folclore e Histórias do Velho Testamento (estudo bíblico)
• Números, processos básicos de matemática: adição, subtração, multiplicação e divisão
• Jardinagem, Trabalhos Manuais, Música.
• Estudo de línguas: Alemão, Inglês.
• Pintura e Jardinagem
Do 4º ao 6º ano
• Escrita, leitura, gramática, poesia e teatro
• História das civilizações antigas, História Medieval, Mitologia Nórdica e Greco-Romana.
• História do Brasil
• Cálculos em matemática e frações, porcentagem e geometria.
• Geografia, zoologia, botânica, astronomia, mineralogia e física.
• Trabalhos de Artes: costura tricô, pintura, confecção de papiro, tábuas sumérias, etc.
7º ano em diante:
• Redação, Leitura, Interpretação de textos, Gramática, Poesia e Teatro.
• Renascimento, Idade Moderna, 1ª e 2ª Guerras, História Contemporânea.
• Álgebra e geometria, Geografia, Física, Química, Astronomia, Geologia e Fisiologia.







Lúcia-Já-Vou-Indo

Lúcia-Já-Vou-Indo

Maria Heloísa Penteado


Essa história é uma graça! Entretanto o que mais me chamou a atenção é o fato de uma amiga de trabalho achar que esta simpática e graciosa lesma, se parece, e muito, comigo. Vejam só!!
É lógico que o comentário me deixou curiosa. Logo pensei, o que será que tem nesta história que remete a minha pessoa. como se não bastasse tal comentário, outra professora, ouvindo, confirmou, afirmando que , realmente, eu tenho certa semelhança com a personagem. Mas, deixa prá lá! O que interessa é que a história é uma graça! 
A personagem é encantadora e , consequentemente, também sou!

Lúcia Já Vou Indo não conseguia andar depressa.
De maneira nenhuma. Andava devagar, falava devagar, chorava e ria devagarinho e pensava mais devagar ainda.
Muito natural, pois ela era uma lesma.
Um dia Lúcia-Já-Vou-Indo recebeu um convite para uma festa. Levou o dia inteirinho para ler o bilhete que dizia assim:  “Chispa-Foguinho, a libélula, convida você para uma festa dançante, embaixo do Pé de Maracujá, às oito horas da noite do dia 30 de janeiro. Comes e bebes, muita música, muita alegria, tudo do bom, do melhor e de graça”.
Mal acabou de ler, Lúcia já  foi se preparando para a festa.
Queria se pôr a caminho imediatamente, embora faltasse ainda uma semana.
-Juro que vou chegar na hora!- Disse para si mesma. E começou a lembrar  as muitas festas que havia perdido por chegar sempre atrasada. Ao aniversário da Maroquinha Cocinela, que era sua vizinha, chegou um dia depois da festa. Ao casamento do grilo João das Pintas com Sarapintada, chegou tão tarde que foi encontrar um casal já com um filhinho.
Nesse instante, o relógio da sala bateu três horas da tarde e Lúcia Já Vou Indo teve um sobressalto.

(...)

Chegou o dia da festa e ela ainda estava andando. Pelo caminho encontrou muita gente que também ia pra lá. Viu dona Içá, com a cinturinha apertada num cinto de fivela de ouro, de braço dado com o marido,  de camisa listada e boné. Viu Lili Taturana, toda besuntada de brilhantina para que seus pelinhos não ficassem arrepiados. Viu Zé Caramujo de cachecol xadrez enrolado no pescoço. Viu às formiguinhas Quem-Quem numa longa fila, comportadas e quietinhas como meninas de orfanato a passeio num domingo. Viu abelhas, besouros, pernilongos, vespas e mil outros bichinhos. Todos passavam por ela e sumiam ao longe.
-Depressa , assim você não chega! – Diziam de passagem.
E ela dizia devagarinho mastigando um brotinho de alface:
-Já Vou Indo... Já Vou Indo... – E se esforçava, pensando que estava andando um bocadinho mais depressa.
Que engano! Quase não saía do lugar.

Enfim, ela começou a ouvir a orquestra das cigarras. Estou pertinho, pensou, mais algumas horas e estou lá.
E o seu entusiasmo era tamanho que até conseguia de fato, andar um pouquinho mais depressa.
-Olha a pedra no caminho! – Gritou nesse instante João-Barata do Mato, que também estava indo pra festa.
Aviso inútil, porque Lúcia-Já-Vou-Indo a viu muito bem.

(...)

Mas Lúcia não achou graça nenhuma. Chorou muito, o seu chorinho vagaroso de lesma: uma lágrima por hora, um soluço a cada meia hora.
Chorou, chorou, mas seu choro manso não conseguiu acordar a libélula Chispa-Foguinho que dormia cansada da festa. Ela só escutou o chorinho da lesma no outro dia quando acordou.
- O que será isso? – a libélula disse e foi espiar. Viu a pobre Lúcia chorando, compreendeu tudo e ficou morrendo de pena.
Foi buscar uns docinhos que sobraram da festa e ofereceu-os à Lúcia. Conversou bastante com ela para ver se a consolava, e nada. 

(...)

Pela primeira vez na vida, Lúcia-Já-vou-Indo assistiu a uma festa inteirinha, do começo ao fim.



E , MESMO QUE O TEXTO E AS IMAGENS NÃO ESTEJAM NA ÍNTEGRA, POR CAUSA DOS DIREITOS AUTORAIS, VALE MUITO A PENA CONFERIR!

Orelha de Limão

Orelha de Limão 


Uma graciosa história que trata questões relacionadas à diferenças, apelidos pejorativos e  preconceitos.
Mas, porque de limão...




Era uma vez uma pequena ovelha, igual a todas as outras. Só uma coisinha nela era diferente: uma de suas orelhas era amarelo-limão. E quando ela encontrava, seus vizinhos a cabra e o porco, sempre acontecia a mesma coisa: _ Olá, orelha de limão, hoje de novo azeda? _ berrava a cabra.
                     _ Olá, orelha de queijo, hoje de novo fedida? _ grunhia o porco.
                     _ Olá, orelha de estrela, hoje de novo triste? _ perguntou o velho carneiro.
                     _ Não dê  importância ao que eles dizem!

Mas a pequena ovelha chorou: _ Com esta orelha tudo dá errado!

(...)

A pequena ovelha ficava desesperada e achava que a culpa era da orelha amarela!
_Se eu cortar a orelha amarela, talvez cresça uma orelha branca _ disse a ovelha ao velho carneiro. _ Aí, não vou ter mais problema algum.
_Bobagem! _ respondeu o velho carneiro. _ Eu tenho uma ideia melhor: está vendo aquele balde com tinta branca? Eu vou pintar a sua orelha de branco. Muito simples!
A pequena ovelha ficou entusiasmada: _ boa ideia!

(...)

De repente, a ovelha ficou com muita fome. Abriu os olhos e olhou em volta. O que era aquilo? Como apareceram tantas flores e capins suculentos? Cresceram bem na frente do seu nariz.

Depois, sentiu uma sede terrível. Correu para a gamela e não foi empurrada pelo porco. A água estava saborosa, fresca e limpa! Parecia limonada.

(...)

A pequena ovelha ficou contrariada. Estava um pouquinho brava com o velho carneiro. Enganá-la desse jeito...
_ A minha orelha esteve o tempo todo amarela? _ perguntou.
_ O tempo todo _ confirmou o velho carneiro.

No dia seguinte, a pequena ovelha encontrou  a cabra e o porco.
_ Olá, orelha de limão, hoje de novo azeda? _ berrava a cabra.
_ Olá, orelha de queijo, hoje de novo fedida? _ grunhia o porco.
A pequena ovelha olhou demoradamente para os dois.
_ A partir de hoje, por favor, digam: Olá, orelha de estrela!
Está entendido?

E, quando caiu a noite, todos acharam que aquela era, de fato, um belo nome para a ovelha da orelha que brilhava!


E , MESMO QUE O TEXTO E AS IMAGENS NÃO ESTEJAM NA ÍNTEGRA, POR CAUSA DOS DIREITOS AUTORAIS, VALE MUITO A PENA CONFERIR!



Estímulos e Novas Aprendizagens

 Estímulos e Novas Aprendizagens.


De acordo a Maria Irene Maluf  hoje vemos crianças sadias e  inteligentes, com reais dificuldades para acompanharem sua sala no processo de desenvolvimento e aprendizagem, entretanto é importante considerar que os estímulos são necessários para uma aprendizagem mais eficaz...

Segundo à autora, antes mesmo de nascer e, principalmente, até os seis anos de idade, o cérebro humano já dispõe de um imenso potencial neurológico, que lhe confere uma boa condição de aquisição de múltiplas aprendizagens. Cada combinação dos neurônios do cérebro produz uma sinapse e assim torna possível uma nova aprendizagem.


 Os estímulos se adequados a idade, respeitando a fase, o estágio de desenvolvimento da criança, sejam eles ligados a afetividade, sensoriais ou psicomotores, são ricos em aprendizagens.

Para que se desenvolvam novas habilidades e experiências com o ambiente,há de se promover inúmeras intervenções e interações do adulto, brincar sempre que possível, demonstrar interesse,saber explorar o ambiente, brincando com a criança em diferentes locais da casa, no quintal, no quarto, na cozinha, ou mesmo fora de casa, em parques, praças, enfim, chamando sua atenção para tudo novo. para que a rodeia, permitindo que explore esses diferentes lugares e coisas, que ouça e também identifique diferentes tipos de sons, de músicas, de ambientes, conhecendo sempre que possível, lugares novos, pessoas, restaurantes, etc.


Sempre considerando que à estimulação mais importante, é a que é dada pelos adultos, orientando e sensibilizando, explorando e interagindo.  E essa tarefa compete tanto aos pais e demais familiares quanto à escola, e desta forma as chances de aprendizagem serão bem maiores.







BRINCADEIRA DE ARCO-ÍRIS

Brincadeira de Arco-Ìris




Fábio Sombra

De acordo ao autor, cores e poesias têm tudo a ver! vamos conferir?!




Verde
Verde é a grama,
Verde é o limão,
Verdes verduras,
Salsa, agrião.
Grilo no galho,
Sapo no chão,
Folhas e brotos
Verdes são!

Vermelho 
Vermelho também é rubro,
Carmesim ou escarlate.
Tantos nomes e apelidos
São assuntos pra debate,
Mas vermelho verdadeiro
Ou é capa de toureiro,
ou é molho de tomate!

Branco

Amarelo
Qual é a cor?
Que cor é ela?
Que está na banana
E rima com tela?
Que está na gema
E rima com goela?
Que está no milho
E rima com vela?
Qual é a cor?
Que cor é ela?
A cor eu lhe digo:
É amarela!

Azul
O azul colore os olhos
De meninos e meninas.
pinta mares, oceanos
E azulejos de piscinas.

Cor do céu e de baleias,
De safiras, turmalinas.
Azul rei de tinta guache,
Aquarelas e anilinas.

Laranja
Abóboras têm cor de abobora,
laranja têm cor de laranja.
o problema é que a laranja,
Na verdade, é cor de abóbora, 
E as abóboras maduras
Têm na casca a cor laranja.
Entendeu?
Nem eu.

Lilás 
Eu sempre gostei de cravos,
De violetas, muito mais!
Os cravos de cor branquinha,
As violetas de lilás.
Flores que meu bem planta,
Cuida, colhe,
Depois me traz!

Marrom
Marrom, marrom
Parece com buzina,
Eu gosto deste som:
Fom-fom!

Marrom, marrom
É cor de chocolate,
Recheio de bombom.
Que bom!

(...)




Arco-Íris
No barco do mestre Pires,
Tem vermelho e tem grená.
Amarelo, azul-marinho,
Violeta também há.



Tem verde-clarinho,
tem rosa profundo.
É o barco mais lindo
Dos mares do mundo!
por isso é que dizem 
Que o bom mestre Pires,
Além do seu barco,
É dono de um arco-íris.


Furta-cor
Ele pode ser bege
Ou cor de salmão.
Azul, amarelo
Ou verde limão.

É furta-cor,
mas não é ladrão.
Que bicho é esse?
É o camaleão!



E , MESMO QUE O TEXTO E AS IMAGENS NÃO ESTEJAM NA ÍNTEGRA, POR CAUSA DOS DIREITOS AUTORAIS, VALE MUITO A PENA CONFERIR!