Uma Joaninha Diferente

Uma Joaninha Diferente


Era uma vez uma Joaninha que nasceu sem bolinhas...
por isso ela era diferente.
As outras Joaninhas não "davam" bola para ela.
Cada qual com suas bolinhas, viviam dizendo que ela não era uma Joaninha. 
A Joaninha ficava triste, pensando nas bolinhas e no que poderia fazer...

Comprar uma capa de bolinhas?

Ou, quem sabe, ir embora pra bem longe, muito longe dali?

Ela pensava e pensava...
Sabia que não seriam as bolinhas que iriam dizer se ela era uma Joaninha verdadeira ou não.
Mas as outras Joaninhas não pensavam assim...
Então, ela resolveu não dar mais importância ao que as outras Joaninhas  pensavam e continuou sua vida de Joaninha sem bolinhas...
Até que um dia as Joaninhas reunidas resolveram expulsar do jardim aquela que para elas não era uma Joaninha!
Sabendo que era uma autêntica Joaninha, mesmo sem bolinhas , teve uma ideia...
Contou tudo para o besouro preto, que é parente distante das Joaninhas.
Decidiram ir até a casa do pássaro pintor e contaram a ele o que estava acontecendo.

(...)

_Quem era a verdadeira Joaninha?



Essa leitura trata a questão da diversidade e do quanto as pessoas se acham no direito de julgar aqueles que estão a sua volta. E, também, o sentimento e a cobrança que se tem frente ao julgo daqueles que participam direta ou indiretamente da  vida cotidiana.


Obs.:  O texto não está na íntegra mas vale muita a pena conferir...


Ninguém é Perfeito

Ninguém é Perfeito


Outra opção de leitura tratando o tema preconceito e o respeito a diversidade.

Antes de tudo é preciso dizer que a beleza é uma coisa relativa: depende do gosto, dos costumes, dos modismos.
Muitas vezes consideramos "defeitos" aquelas que são apenas características originais e até agradáveis, se vistas de modo justo.
E depois há sempre quem nunca está satisfeito; se não tem sardas, gostaria de tê-las;
se é loiro, gostaria de ser moreno; se é magro, gostaria de ser gordo; se é alto, gostaria de ser baixo...

(...)

Aprenda a viver com seus defeitos e respeitar os defeitos dos outros.

Tudo Bem Ser Diferente

Tudo Bem Ser Diferente


Já dá pra imaginar o conteúdo do livro? 
A leitura nos remete a questão da diversidade e seus inúmeros conceitos e preconceitos.

Tudo bem ter um dente a menos...
Tudo bem precisar de alguma ajuda
Tudo bem ter um nariz diferente
Tudo bem ter uma cor diferente
Tudo bem não ter cabelo
Tudo bem ter orelhas grandes
Tudo bem ter rodas
Tudo bem ser: pequeno, médio, grande ou grandão
Tudo bem usar óculos
tudo bem conversar sobre seus sentimentos
Tudo bem comer macarrão com almôndegas na banheira
Tudo bem dizer não para coisas ruins
Tudo bem ter vindo de um lugar diferente
Tudo bem ser tímido
Tudo bem chegar em último
Tudo bem dançar sozinho
Tudo bem ter uma minhoca como animal de estimação
Tudo bem ter orgulho da gente mesmo
Tudo bem ter mães diferentes
Tudo bem ter pais diferentes
Tudo bem ser adotado
(...)
Tudo bem fazer um pedido
Especial...
Tudo bem ser diferente.
Você é especial e importante apenas por ser como você é.

                                                                                                                     Com amor TODD.


A leitura em meio as ilustrações trata questões do dia a dia na vida das crianças.
Trabalha a questão do medo, a insegurança, o relacionamento com outras culturas...

Mil Pássaros pelo Céu

Mil Pássaros pelo Céu



Pensem numa belíssima ilustração!!!

Na cidade pequenina
Por nome Passaredo
Mil pássaros pelos céus
Voam por sobre o arvoredo...


Piam;Cantam;Assoviam.
Gorjeiam; Chiam; Charlreiam.
Modulam;Trinam;Tintilam.
Suspiram;Gritam;Palreiam.

São eles:
 Cardeiais; Beija-Flores;Cambaxirras;Colibris;
Pixoxós;Tico-Ticos;Azulões;Bem-te-vis;
Pintassilgos;Canarinhos;Pica-Paus e Juritis...

Mas um dia que surpresa!
Os pássaros se juntaram
Todos na praça da igreja,
E para longe voaram...

_Não voltam?
_Que coisa!
Que grande tristeza!
Sem eles no espaço
Se acaba a beleza!

_Perguntem aos Sábios!
Chamem os Professores!
Convoquem os Mestres!
Consultem Doutores!

Então procuraram o Dr. Andrade,
O sábio mais sábio daquela cidade;
Que logo dispôs-se a estudar o caso com boa vontade.



Sanhaços;Quero-Quero;Tizius;Ties;
Tesourinhas;Patativas;Bicudos;
Pardais;Chupins;Coleirinhas;
Gaturamos;Curiós;Rolas;Pombos;
E Andorinhas.




A leitura possibilita trabalhar o universo dos pássaros, do nosso país.
E numa outra oportunidade pode-se trabalhar conceitos musicais, tamanha a possibilidade de instrumentos,  apresentados no decorrer do texto.

A LEI DA PALMADA /EDUCAR É PRECISO

 EDUCAR É PRECISO

Educação!  Eis a questão!


A Lei da Palmada.

Discussões e comentários circulam pela mídia e redes sociais a respeito de um Novo Projeto de Lei que pretende proibir que responsáveis usem palmadas como forma de punição e correção a crianças e adolescentes. 
Tal projeto tem como justificativa que à medida diminuirá o número de casos de violência contra menores.
A grande questão, no entanto, está no porquê e em como este recurso será utilizado, já que palmadas não são pancadas, que deixam hematomas e traumas, ou são?!

A Lei da Palmada, projeto  7672/2010 estabelece que crianças e adolescentes não podem ser vítimas e ou submetidos a "qualquer forma" de punição corporal, seja através de palmadas, espancamentos e até mesmo maus tratos e xingamentos, que venha causar algum tipo de dano físico ou psicológico a vítima  seja ela uma criança ou adolescente.

Há inúmeras divergências a respeito,  mediante a ação e  adoção de castigos sejam eles  moderados ou não, sob a alegação de quaisquer propósitos ou mesmo no simples pretexto de educar.
O projeto estabelece ainda que pais ou demais pessoas envolvidas ficarão sujeitos a punições, tratamentos psicológicos e até  multas e, em casos em que  haja omissão e ou  conivência no que se refere as agressões.

Uma das principais preocupações com a “palmada” é que a criança agredida tem e terá por toda a sua infância a tendência de entender e aprender que a violência é a maneira de se resolver situações desagradáveis, o que não é verdade.  
Por isso, durante o período de formação do indivíduo, devem ser evitadas todas as formas de agressão, vinculadas ao processo de socialização do individuo. E se considerarmos que a agressão atinge determinados grupos sociais, em diferentes formas de atuação e de manipulação a fim de se conseguir desejos, dominações e poder. Então é preciso pensar sobre  qual sociedade se quer solidificar-se. 

Pensar no conceito de alteridade, na sua essência de que  Alteridade é a qualidade ou estado do que é outro ou do que é diferente. Está relacionada com a capacidade de perceber a si mesmo ou o próprio grupo social, não como o padrão, mas também como o outro.

A vida em sociedade é baseada na interação entre os indivíduos. Assim, o indivíduo (sujeito) está sempre em contato com outros sujeitos, outros indivíduos. A relação do "eu" com o "outro" é uma constante, formando uma rede de interações. A equidade das relações depende de que todos possuam o mesmo valor.

Um dos princípios fundamentais da alteridade é que o indivíduo em sociedade não só interage com outros indivíduos, mas sua existência depende também da existência do outro. Por esse motivo, o "eu" só pode existir através do seu contato com o "outro".

A alteridade mostra que só é possível perceber a si mesmo em oposição à percepção do outro.

Nas ciências sociais, a alteridade cultural prevê a valorização das diferenças e não aceita o predomínio de uma cultura ou modo de vida sobre outro.

Sem hierarquia, é possível perceber, por exemplo, que uma cultura é estranha para um indivíduo na mesma proporção que aquele indivíduo é estranho para aquela cultura.

Então, o foco é a capacidade de se colocar no lugar do outro, em uma relação baseada no diálogo e valorização das diferenças existentes.

No âmbito da Filosofia, alteridade é o contrário de identidade. Apresentada por Platão (no Sofista) como um dos cinco "gêneros supremos", ele recusa a identificação do ser como identidade e vê um atributo do ser na multiplicidade das Ideias, entre as quais existe a relação de alteridade recíproca.

Para Emmanuel Lévinas, a própria ética exige o outro, só se pode ser ético em função do outro. A ética da alteridade proposta por Lévinas exige que sejamos responsáveis pelo outro, sendo esse o princípio da ética e da humanização.

Assim, a violência somente ocorre pela desvalorização da alteridade, do outro enquanto ser. Contra isso, Lévinas mostra que é necessária uma compreensão de que o "eu" só existe porque é constituído pelo "outro". Dessa maneira, a violência e a destruição do outro significaria a destruição de si.



O projeto, de autoria do Executivo, foi enviado ao Congresso durante o governo Lula, e atende a um acordo firmado pelo Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU), de mudar e adequar a legislação frente às posições do Comitê de Direitos Humanos para crianças e adolescentes da ONU no qual cerca de 30 países fazem parte deste projeto e já mudaram suas legislações.
A Lei Menino Bernardo é o nome adotado pelos deputados para projeto de lei 7672/2010, da Presidência da República brasileira, proposto ao Congresso Nacional Brasileiro que visa proibir o uso de castigos físicos ou tratamentos cruéis ou degradantes na educação de crianças e adolescentes.
A imprensa brasileira apelidou a lei de “Lei da Palmada”.
O principal argumento desfavorável a esta lei é a rejeição, pelas famílias, da intervenção do Estado em assuntos privados, como a educação de crianças em casa. Outras críticas são a punição, prevista na lei, prisão de  1 a 4 anos aos envolvidos, além de perda do Poder familiar, não só para adultos que espanquem fortemente os filhos, mas também que dêem beliscões, tapas ou qualquer outra forma de agressão seja ela física ou psicológica em menores de idade. Na prática, a lei não só punirá agressões extremamente violentas, mas impedirá aos pais de aplicarem  qualquer tipo de punição.
Temos de ter campanhas educativas e de planejamento por parte do Poder Público para informar as famílias sobre a melhor forma de ensinar as crianças. Esse é um dever do Estado que, lamentavelmente, ainda não tem estrutura para isso. 
Para o presidente da ordem, Ophir Cavalcante, a lei só surtirá efeito se for implementada em conjunto com políticas públicas de educação familiar, caso isso não ocorra, a lei pode "cair no vazio" na avaliação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). 
É certo que, se houver uma lei, à conscientização será maior e talvez as pessoas pensem e reflitam mais, antes de agir. Porém, o governo poderia e pode contribuir “educando” os pais e responsáveis sobre como criar seus filhos,além do que auxiliá-los com ações efetivas de educação e  proteção das mesmas, mostrando  que se as palavras não forem ditas de maneira correta, podem agredir muito mais do que as próprias agressões físicas.
Os pais e responsáveis, na maioria dos casos, repreendem seus filhos, seja com palmadas ou castigos, como forma de educar os mesmos, tentando apropriar-se de resultados positivos no processo de desenvolvimento e  aprendizagem de seus filhos. Entretanto, bater ou punir mais asperamente não proporciona as conseqüências esperadas, como explica a pedagoga Maria Fernanda da Fonseca: “O processo de educar não pode ser violento, pois a resposta também poderá ser a mesma, uma vez que ensinar envolve uma aprendizagem e o modelo, neste caso, é muito importante
É importante considerar que quando se chega ao estágio do castigo ou palmadas, é sinal de que o diálogo já está sem efeito ou não foi suficiente, portanto o “castigo adequado”- sem violência – é necessário para que se estabeleçam limites. Usando a ação, mais uma vez, para educar e não para ferir.
E o que seria fazer uso da ação? Medidas cabíveis do tipo colocar a criança sentada, por alguns momentos, pensando e refletindo sobre tal atitude.  Tal ação, se bem orientada trará benefícios positivos e se mal interpretada, repetitiva, com uso de palavras duras, broncas e xingamentos,  com certeza se tornará ineficiente.  
Num outro momento, faça a criança refletir sobre seus atos e questione a ela se ela , diante destes atos indesejáveis, agiu de maneira correta, se merece tal atenção, se merece ser ouvida  ou ser atendida frente a determinado pedido e ou necessidade. Questione! Saiba estabelecer limites e até trocas , esteja atenta a momentos oportunos.

A psicologia nos afirma que, muitas vezes a força física, a palmada ou qualquer tipo de agressão ,  se apresenta de maneira imprevista e que a palmada sempre está carregada de uma explosão emocional dos pais, reativa contra a criança e,  esse é o problema ! Ela pode ter uma força física muito maior que o que se gostaria de ter,  fugindo ao controle.

Será intolerável o uso de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante, como formas de correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto, pelos pais, pelos integrantes da família ampliada, pelos responsáveis, pelos agentes públicos executores de medidas socioeducativas ou por qualquer pessoa encarregada de cuidar, tratar, educar ou proteger.
De acordo a psicóloga Olga Tessari, a palmada educativa é “o último recurso que você tem quando todos os outros que utilizou falharam” afirmando que “É preciso ter em mente que uma palmadinha é uma coisa leve”.
Segundo a relatora do projeto, o objetivo da lei não é punir pais que usam da palmada para disciplinar os filhos, mas sim educar para evitar casos em que a violência doméstica se torna extrema. “A violência doméstica é a segunda maior causa de mortes de crianças, só perde para os acidentes de trânsito. É um problema de saúde pública”,.
Os argumentos favoráveis à Lei visam ao reconhecimento e a garantia dos direitos humanos de crianças e adolescentes e à superação de um costume ligado a questão cultural do nosso país.
Diante desta lei o Estado fica com a responsabilidade de adotar formas de prevenção e estabelecerá campanhas permanentes de educação e esclarecimento, para ensinar pais e responsáveis a educar e impor limites a criança,  sem o uso de castigos físicos. Reconhecendo que é possível educar sem o uso de violência.
É importante entender que o projeto prevê punição a pais e responsáveis que usarem castigos físicos extremos,  em situações mais graves, como no caso de crianças que são encaminhadas para pronto-socorro por violência doméstica. E muitos o fazem repetidamente.
Outro ponto relevante é que a lei prevê que profissionais das áreas de educação e saúde, coniventes,  devem e precisam denunciar os casos de maus tratos e abusos de que tenham conhecimento. Essa medida já consta no Estatuto da Criança e do Adolescente, mas A Lei Menino Bernardo, conhecida popularmente com A Lei da Palmada torna mais abrangente, e o texto prevê multa para estes profissionais que por indiferença ou omissão, não denunciarem.
A legislação que vigora atualmente, a ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) menciona "maus-tratos", mas não especifica quais castigos não podem ser aplicados pelos pais ou responsáveis daí a necessidade de alterações e o surgimento do novo projeto.

A Lei da Palmada foi aprovada por unanimidade na Comissão Especial da Câmara dos Deputados, com o objetivo de reforçar o controle da Justiça sobre casos de violência contra crianças e adolescentes.

É preciso construir formas de promover a educação, considerando os diferentes estágios de aprendizagem de um indivíduo e sua adequação às normas estabelecidas. São importantes as regras e mais do isso, saber quando e como usá-las, de maneira a inferir e atingir os resultados esperados.

 E por falar em estágios é conveniente relembrar as teorias de Jean Piaget, no que diz respeito às fases de aprendizagem da criança, assim relacionadas:
Inicialmente, no período sensório-motor, o nível de socialização da inteligência mostra-se extremamente precário, pouco devendo às trocas sociais. Entretanto, no estágio pré-operatório, caracterizado pela presença da linguagem e da representação simbólica, esta socialização da inteligência, outrora pouco perceptível, ganha efetiva significância, embora alguns fatores ainda empeçam as consistentes trocas intelectuais equilibradas, tais como: a ausência de condições favoráveis na criança para enquadrar-se em uma categoria comum de referência, condição indispensável ao autêntico diálogo; a incapacidade circunstancial da criança para sustentar suas definições ou afirmações; além de não conseguir promover relações de reciprocidade, de ver-se a partir do ponto de vista do outro. Situações estas peculiares ao pensamento egocêntrico. Apesar, de nesta fase a criança designar seu ponto de vista como único ou verdade absoluta, demonstrando uma suposta autonomia, ela ainda não possui consciência do próprio eu, e em um exemplo prático, percebemos quando nas diversas situações do cotidiano a criança mostra-se facilmente influenciável pela opinião dos adultos, admitindo-a fervorosamente; muito comum na fase heterônoma do desenvolvimento, do juízo moral na criança. Portanto, aceitar simplesmente tal fato como aspecto da formação autônoma é ignorar a falta de domínio do eu, ou melhor, sua heteronomia, tanto nos modos de pensar como de agir de uma criança em seu processo de desenvolvimento psicossocial.

A cada um de nós cabe a responsabilidade de agir, para interferir, acrescentar ou subtrair resultados, Torna-se evidente que uma atitude pensada e consciente que pode muito em seus efeitos e que trarão  resultados positivos e ou negativos, de acordo as atitudes e escolhas dos envolvidos neste processo.
Seja um educador, pai ou o responsável, todos aqueles que fazem parte do dia a dia da criança.





Rúbia Nery

O valor da amizade

O valor da amizade


Ingredientes:
1 porção de bom dia para iniciar o dia
I pitada de harmonia
½ dose de maldade na hora da inimizade
½ dose de emoção na hora da solução, prevalecendo a razão
1 sorriso no rosto, a todo momento, expressando bons sentimentos
1 porção de deixa prá lá para quem está sempre a te incomodar
2 porções de tolerância para lidar com a ignorância
1 porção de beijinhos para manter e fazer novos  amiguinhos



Modo de preparo:
Tenha sempre em mãos todos os ingredientes.
Coloque em um recipiente todos os ingredientes, um a um, mas não misture pois vai usá-los separadamente.
Analise com carinho cada situação.
Leve tudo em consideração e não deixe prevalecer sua razão.
Tenha muita atenção, aguarde alguns momentos
 e terás em suas mãos,  compreensão e amigos...
Amigos de montão!!!
                                                                                                                                   

Experimente!


Rúbia Nery

O Ensino da Língua Inglesa nas Séries Iniciais

O Ensino da Língua Inglesa nas Séries Iniciais



O ano de 2011 institui o Programa “Lingua Inglesa no Ciclo I” nas Escolas da Rede Municipal de Ensino que mantém o Ensino Fundamental, passando a ser a partir do ano de  2012, componente curricular obrigatório nas escolas. 
O Programa “Língua Inglesa: brincar, estudar e aprender” será destinado aos alunos do 1º aos 5º anos do Ciclo I do Ensino Fundamental.
Segunda a portaria nº 5.361 serão programadas atividades voltadas para a iniciação da Língua Inglesa em situações sociais do cotidiano por meio de práticas de escuta, leitura e produção oral com aprofundamento e oferta de novos desafios que exijam maior complexidade, na medida do desenvolvimento dos alunos, isso para os 1º, 2º e 3º anos. Já para 4º e 5º anos serão propostas situações de aprendizagem que envolva práticas de escuta, leitura, produção oral e escrita.
Considerando o atual momento sócio-histórico que ocorre em um mundo complexo, globalizado, contraditório, violento, individualista, consumista e em constantes mudanças, é necessário ter o domínio de conceitos e habilidades para se ter uma atuação junto aos alunos, atuação esta que seja promotora da aprendizagem, sempre considerando e respeitando o limite do educando. Apropriar-se de conteúdos que estejam voltados à realidade dos alunos, específicos para sua faixa-etária, que faça parte do seu dia a dia dentro e fora da escola.
A  eficiência na ação docente requer planejamento. O professor precisa ser capaz de prever as ações necessárias para que o ensino a ser ministrado por ele atinja os seus objetivos. Isto exige a cuidadosa preparação de um plano de disciplina e de tantos planos de unidade quantos forem necessários”.
 Além das inúmeras ações, é necessário que o professor de língua inglesa desempenhe um papel no sentido de despertar o interesse de seus alunos para a aprendizagem da língua inglesa desde a Educação Infantil,  há de se considerar que existe um período crítico que facilita a aquisição de uma língua estrangeira, que vai da infância até o início da puberdade e que, segundo alguns relatos de professores, começa a cair logo após essa fase,  comprovando  que é na infância o período ideal de dar início ao aprendizado de línguas.  

De acordo a Melissa Becker “Não há idade específica para começar, acredita-se que quanto mais cedo melhor. A partir dos três anos o mundo dos significados fica mais rico, favorecido pela concentração da criança.” .



O aprendizado revela-se através de diferentes aspectos e sob diversas circunstâncias. Essas circunstâncias incluem indivíduos com suas habilidades e   particularidades, em diferentes contextos sociais, ativos e passivos, interessados ou não, mas que quando motivados com novas ações e mediações, o ensino da língua  se torna significativo e determinante.  
Um dos conceitos fundamentais desta abordagem é o de que a ação humana é mediada por instrumentos que estão a sua disposição através da participação nos contextos.  Segundo Bakhtin “todas as esferas da atividade humana, por mais variada que seja, estão sempre relacionadas com a utilização da língua”.
É oportuno apropriar-se da leitura de livros didáticos, apostilas, revistas que acompanham o áudio (CD), pesquisas na internet, livros contendo artigos na área de inglês, dissertações e também leituras sobre o desenvolvimento da criança. 

Quanto aos estudos individuais podemos destacar as leituras em língua inglesa, atividades de listening (audição) como músicas e filmes em inglês sem legenda, pesquisa na internet e livros na área de formação de professores. Mantendo suas leituras atualizadas, desenvolvendo as diferentes habilidades da língua que é ouvir, falar, ler e escrever.
Esta perspectiva é essencial para a discussão do papel do aluno e do professor dentro da sala.  
         O professor, seja ele de educação infantil ou não, deve ter formação ética e competência na especialidade de sua tarefa, e que de acordo a  Vygotsky, o indivíduo é um ser que age num mundo social, histórico e culturalmente construído. Essa relação do ser humano com o ambiente não é unilateral, com uma adaptação do indivíduo ao meio ambiente  que permanece imutável, mas este, seleciona seu ambiente e ao responder a ele, de uma maneira própria, o usa com o propósito de dar suporte aos seus processos. Para tal, este ser necessita desenvolver melhores maneiras de atuar e interagir no mundo. Este sujeito, por ser um ser social, tem necessidades e interesses que devem ser privilegiados pelo processo de ensino-aprendizagem, em função das características sócio-culturais do momento em que vive.
Ao professor cabe uma função que, segundo Williams & Burden (1997:65), “inclui ensinar a aprender, aumentar a confiança dos aprendizes, motivar, mostrar o seu interesse pessoal, ampliar auto-estima e organizar um ambiente apropriado para o aprendizado."

                        
O aprendizado e o desenvolvimento são situados historicamente, no momento em que, o conhecimento passa a ser objeto da necessidade e interesse do aluno, visando sua atuação social. Percebe-se, então, que o aluno é um participante ativo, co-responsável pela construção de seu conhecimento através da sua interação com o mediador e conseqüentemente com o grupo/colegas. As ações do aprendiz afetam as ações dos seus pares e vice-versa, mostrando que este processo é verdadeiramente interativo. 
Os professores que se preocupam em estabelecer um ambiente de mediação, em  sala de aula, devem segundo Williams & Burden , definir atividades pertinentes ao nível, logo após o que o aluno tem por capacidade atingir, agindo e trabalhando os princípios que farão com que o aluno  seja capaz de dar o próximo passo sozinho. Numa sala de aula, na qual o professor está preocupado em propiciar um trabalho que leve em consideração a Zona Proximal de Desenvolvimento de seus alunos, há também a preocupação com a interação dos alunos entre si e o educador.
O aluno exposto à nova língua de modo estratégico, descontraído e integrado ao seu universo escolar, dispõe de um material facilitador e efetivo, com planejamento, tendo como características principais o estudo da metodologia, clara, prática e objetiva. Caberá ao professor oferecer ampla gama de atividades tais como; músicas jogos e exercícios desafiadores e divertidos, promovendo o interesse dos alunos, além de atividades oportunas, relacionadas a situações extracurriculares, explorando conteúdos significativos ao universo da criança, o que permitirá desenvolver habilidades lingüísticas de forma lúdica.
De acordo a Félix, “ os professores que não se atualizam através de leituras de literatura sobre pesquisas recentes, cursos de reciclagem, de especialização, de pós-graduação e participação em congressos correm o risco de agir somente de acordo com sua competência mais básica, a competência implícita, ou seja, de agir de acordo com suas crenças, intuições e experiências.” 


Trabalhar com jogos; brincadeiras; música; leitura de histórias infantis; vocabulário; reino animal; alimentos; corpo humano; árvore genealógica; o teatro com marinetes e fantoches; além da leitura de livros didáticos com o suporte do CD para facilitar a escuta. Aproveitar o ambiente externo e interno da escola, visualizar o que tem nesse espaço para a aprendizagem, enriquecendo o conteúdo, valorizando cada momento. 
O professor precisa estar atualizado para que suas aulas sejam criativas. 
Inovador para que sua atuação seja significativa , com o fiel propósito de que a educação nunca poderá ser livre de valores e esta, se  manifestará de acordo as ações e interações estabelecidas entre educadores e educandos.


Rúbia Nery

Diversidade e Socialização

Diversidade e Socialização


Dignidade, socialização ou discriminação. Seja de ordem social, física, intelectual, racial, lingüística ou religiosa, são situações cotidianas que estão relacionadas, e que proporcionaram/estabeleceram estudos mais abrangentes no que diz respeito à atuação de toda equipe escolar e também da comunidade que está diretamente ligada a questão, compartilhando e interferindo nas ações assim como nos resultados.
O atual cenário vivido por diferentes indivíduos, cada qual com suas especificidades e particularidades, em especial, no ambiente escolar, requer maior atenção e novos olhares para que o livre acesso e a participação sejam concedidos. Buscando uma participação ativa, onde rotulações, segregações e preconceitos sejam banidos, à medida que todos: docente e discente; pais e demais envolvidos se conscientizem e viabilizem tais conceitos, entendendo que todos, independentes de suas escolhas e ou deficiências, tenham dignidade, oportunidades e respeito. 
Diante dessa realidade, está sendo exigida de toda equipe escolar, mais e mais qualificações e uma pedagogia centrada no aluno, que tenha espaço garantido e que em determinadas situações não seja visto como insignificante e ou indesejável. 
Deste modo, justifica-se que a escola inclusiva é aquela que acomoda todos os alunos, independentemente de suas condições. E que tem como principal desafio visualizar o todo e, ao desmembrar as partes, perceber que estas enriquecem o currículo escolar, traz inovações e faz toda a diferença. Haja vista tanta polêmica em relação a determinados situações, conceitos e ou escolhas.
Monografia elaborada em 8 capítulos com o acréscimo de um anexo e conclusão.

Os Pilares do Conhecimento


Envolver o agir numa determinada situação, supõe a capacidade de realizar, de abstrair, de emitir respostas criativas frente a situações inusitadas, de se comunicar eficazmente, de trabalhar de forma cooperativa, em equipe.
As habilidades implicam em dimensões variadas: cognitivas, motoras e atitudinais. Considerando que a competência e as habilidades são formadas ao longo da vida, exigindo um processo de educação contínua e podem ser desenvolvidas em qualquer momento da vida de uma pessoa.
Embora, sabemos que seja difícil e quase impossível, de acordo a situação física e ou psicológica de determinados alunos, uma escola igual para todos, devemos acreditar que seja possível a construção de uma escola que reconheça as diferenças entre os alunos.
Segundo Jacques Delors (1999), “à educação deve organizar-se em torno de quatro aprendizagens fundamentais que, ao longo de toda a vida, serão de algum modo, para cada indivíduo, os pilares do conhecimento: aprender a conhecer, isto é, adquirir os instrumentos da compreensão; aprender a fazer, para desenvolver habilidades motoras; aprender a agir, a fim de participar e cooperar com a sociedade em todas as atividades humanas, preparar-se para gerir conflitos em diversas situações, agir com solidariedade respeitando os sentimentos alheios e a diversidade cultural existente no meio em que vive; finalmente, aprender a ser, para melhor desenvolver a sua personalidade e estar à altura de agir com cada vez maior capacidade de autonomia, discernimento e de responsabilidade pessoal fortalecendo um grupo, uma comunidade ou até mesmo o país.”
Aprender é próprio do homem, chegando a ser condição de sobrevivência. Pois, durante toda nossa vida estamos em constante processo de mudança, de aprendizagem. 


Pedagogia, a arte de ensinar, o saber incluir.

A pedagogia implica uma visão sobre sociedade, natureza humana, conhecimento e produção em relação aos fins educacionais, com inserção de condições e regras quanto a sua prática.
A pedagogia é um processo sustentado em que uma ou mais pessoas adquirem novas formas existentes de conduta, conhecimento, prática e critérios, de uma ou mais pessoas.
De acordo a Popkewitz, “A pedagogia é uma prática de administração social do individuo social. Desde pelo menos o século XIX, os discursos pedagógicos sobre ensino, criança e aprendizagem nas escolas, conectaram o alcance e as aspirações dos poderes públicos às capacidades pessoais e subjetivas dos indivíduos. Essa administração da criança corporifica certas normas sobre suas capacidades a partir das quais a criança pode se tornar autogovernadora e auto confiante (Popkewitz,1998,p.536).

Os educadores devem estar dispostos a romper com paradigmas e manterem-se em constantes mudanças educacionais progressivas criando escolas inclusivas e de qualidades. Perceber e valorizar a diversidade como um elemento enriquecedor do processo de ensino e aprendizagem. Reconhecer que à inclusão não traz respostas prontas, não é uma “multi” habilitação para atender a todas as dificuldades possíveis na sala de aula, mas uma formação na qual o educador olhará seu aluno atento, sensível a sua individualidade, peculiaridades, entendendo e buscando o apoio necessário. 
A conexão entre aprendizagem e desenvolvimento, de acordo a Vygotsky, não reconhece a presença de alguma realidade separada, que inclui apenas o professor e a criança. Ele destacou e estudou o entorno social dinâmico que conecta o professor e a criança (ou seja, os outros adultos e as crianças com quem determinada criança realmente vive e interage). O trabalho do professor é particularmente complexo porque, em primeiro ligar, deve estar bem orientado para as regularidades da atividade pessoal da criança, ou seja, conhecer a psicologia da criança; em segundo, o professor deve conhecer as dinâmicas sociais particulares do cenário social da criança; e em terceiro, deve saber sobre as possibilidades de sua própria atividade pedagógica, para usá-las com sensibilidade e, assim, elevar a um novo nível de atividade, a consciência e a personalidade de seus pupilos. È por isso que o trabalho do professor genuíno jamais pode ser estereotipado ou rotineiro; o trabalho do professor sempre contém um caráter profundamente criativo (Davydov,1995,p.17) p. 42 Vygotsky e a Pedagogia.
O objeto de estudo do pedagogo e da pedagogia é a EDUCAÇÃO, o Processo Ensino e Aprendizagem, a ação cultural do educador em intervir e/ou de transmitir tecnicamente "o conhecimento", de forma sedutora, significativa e em comunhão com a realidade social, o perfil e a história de vida do educando, o conhecimento e a informação e a dimensão cognitiva do educando ao perceber, aprender, apreender e se apropriar de forma crítico-reflexiva do conhecimento e das informações transmitidas pela percepção pessoal de observador ou de sujeito da intervenção formativo-educativa da qual foi sujeito, a sua acomodação junto aos conhecimentos anteriormente existentes e sua capacidade de aplicá-los à realidade social vivido-compartilhada enquanto ser social e cidadão.
Logo, o sujeito da Pedagogia é o ser humano enquanto educando.
Preconceitos geram discriminações.
Preconceitos, segregação, rótulos, discriminação, são evitáveis ou inevitáveis?
Desde muito cedo, os pequenos entram em contato com esses discursos negativos e para que eles saibam lidar com o diferente, com sensatez e equilíbrio, é preciso que  se familiarizem com o assunto em todos os seus diferentes aspectos. O tema diversidade não deve ser tratado como um conteúdo específico. 
De acordo a Declaração de Salamanca em 1994, o “princípio fundamental da escola inclusiva é o de que todas as crianças devem aprender juntas, sempre que possível independente de quaisquer dificuldades ou diferenças que elas possam ter. Escolas inclusivas devem reconhecer e responder as necessidades diversas de seus alunos, acomodando ambos os estilos e ritmos de aprendizagens e assegurando uma educação de qualidade a todos através de um currículo apropriado, arranjos organizacionais, estratégias de ensino, uso de recursos e parcerias com as comunidades. Na verdade deveria existir uma continuidade de serviços e apoio proporcional contínuo de necessidades especiais, encontradas dentro da escola.” p.31

Daniela Alonso, psicopedagoga e selecionadora do Prêmio Victor Civita - Educador Nota 10. Afirma que "O convívio cotidiano é a forma mais eficaz de trabalhar comportamentos e atitudes’. Para conseguir isso, uma providência essencial é adquirir materiais didáticos que valorizem o “ser diferente” seja esta uma questão de raça, gênero, cunho religioso, alunos com deficiências físicas e ou mentais, e que, a partir de estudos e pesquisas em diferentes materiais de apoio, mostrem meninos e meninas em posições de igualdade.
Caberá a escola acomodar os diferentes estilos e ritmos de aprendizagem no processo educativo, assegurando uma educação de qualidade para todos, mediante currículos apropriados, modificações organizacionais, estratégias de ensino, recursos e parcerias com a comunidade, reestruturação das condições atuais, para que o ensino se modernize e para que professores se aperfeiçoem, adequando as ações pedagógicas à diversidade dos aprendizes.


Espaço e aprendizagem aos alunos com necessidades diferenciadas.

A política de inclusão, na rede regular de ensino, dos alunos que apresentam necessidades educacionais especiais, não consiste somente na permanência física desses alunos na escola, significa que não é o aluno que se molda ou se adapta à escola, mas a escola consciente de sua função que se coloca a disposição do aluno.
Tal política é aquela que acomoda todos os seus alunos, independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais ou lingüísticas.  Centrada no aluno, que seja capaz de educar e incluir, aqueles que apresentam dificuldades temporárias ou permanentes, que sejam forçados a trabalhar, os que vivem nas ruas, aos que vivem em extrema pobreza, aqueles que são vítimas de abusos e até mesmo os que apresentam altas habilidades como a superdotação, uma vez que a inclusão não se aplica a situações específicas, mas sim o todo, possibilitando o acesso igualitário a um currículo básico, diversificado e uma educação de qualidade.
De acordo ao Referencial de Avaliação de Aprendizagem, “entende-se por alunos com necessidades educacionais especiais aqueles cujas  necessidades educacionais se relacionam com diferenças determinadas, ou não, por deficiências, limitações, condições e ou disfunções no processo de desenvolvimento de altas habilidades/superdotação.” p.30 

A realização das ações pedagógicas inclusivas requer uma percepção do sistema escolar como um todo unificado, em vez de estruturas paralelas, separadas.

 “alfabetizar uma pessoa com deficiência intelectual, não é um fim em si mesmo, mas um meio de possibilitar modificações mais amplas no seu repertório comportamental, contribuindo ao mesmo tempo para que melhore o que se chama a sua “auto-estima” e para que o mesmo também possa ter acesso ao conhecimento e conseqüentemente o desenvolvimento do seu potencial cognitivo. Para isso é importante entender como se processa a aquisição do conhecimento, e hoje já sabemos que ela se dá por meio das interações do sujeito com o meio e suas experiências anteriores. Portanto, é necessário que essa pessoa traga sua vivência e se posicione de forma autônoma e criativa diante do conhecimento. Dessa maneira, poderá questionar e modificar sua atitude diante do “não saber” e se mobilizará para buscar o saber e deixar de ser o “repeteco” o eco do outro e se tornar um ser pensante e desejoso de saber”. 
Se o termo “Inclusão” surgiu no início da década de 1990 e veio associado a uma prática de colocação de alunos com dificuldades prioritariamente nas classes comuns, hoje o seu significado aparece ampliado, englobando também a noção de inserção de apoios, serviços e suportes nas escolas regulares, indicando que a inclusão bem-sucedida implica financiamento.


Socialização, respeito às diferenças.

Desenvolver ao máximo as possibilidades para a criação de uma cultura de Direitos Humanos, assegurando a autonomia. Reforçar a cada espaço de tempo a “auto-estima” do educando em seus diferentes aspectos e, com isso, trabalhar na construção de uma sociedade cada vez mais justa.
A proposta de uma educação voltada para a diversidade é o grande desafio para os professores, pois deverão estar atentos às diferenças econômicas, religiosas, sociais e raciais para buscar o domínio de um saber crítico que permita interpretá-las. 
Pensar numa escola pública de qualidade é pensar na educação inclusiva. È questionar o cotidiano da escola.
A construção da identidade (característica própria do ser humano) se faz com atributos culturais. Isto é, são conjuntos de elementos adquiridos pelo individuo através da sua herança cultural. 
              À escola deverá pensar em um currículo multicultural, pois só assim estaremos respeitando as diferenças raciais, culturais e étnicas. Trabalhar com a realidade do aluno da sua relação com aqueles que estão a sua volta, que faz parte de suas escolhas, do porquê, do que lhe é significante, do que lhe traz angústia, insatisfação e intolerância ou do que lhe é aprazível.
A partir do momento que passamos a entender que à escola é o espaço onde se encontra a maior diversidade cultural, poderemos trabalhar as diferenças e é esse o grande desafio para a escola como um todo e em especial, para o professor, pois ele é um facilitador no processo ensino-aprendizagem. É na mão do professor que esta a chave que abrirá as portas para uma sociedade mais justa e igualitária, no qual, o aluno terá a oportunidade de vivenciar tais conquistas  que o tornará mais seguro de que seu papel social é relevante e faz toda a diferença.
Segundo a ideologia de Levy Vigostsk, falava-se de influências sociais, culturais e históricas no desenvolvimento individual. (...) todo pensamento está intrinsecamente ligado ao contexto e que falar de desenvolvimento individual é inapropriado. Esse argumento insiste que tudo que pensamos com cognição está situado em circunstâncias históricas, culturais e sociais específicas. Essas especulações sobre a natureza da cognição devem tentar fornecer e explicar fontes de continuidade na vida cotidiana.
“O modelo de interiorização do desenvolvimento de funções sociais em habilidades individuais, conduz a uma corrente de dualismos mutuamente relacionada entre abstrações opostas como o social e o individual, o externo e o interno, e o meio ambiente e o organismo. Tentativas de lançar pontes sobre essas brechas dualistas parecem problemáticas porque estas abstrações duais se constituem reciprocamente umas às outras, sendo, portanto, inseparáveis, desde o início. (...) o modelo de participação considera o desenvolvimento cultural individual como processo válido dá transformação da participação individual em atividade sócio cultural. A transformação da participação implica assumir uma modificada responsabilidade pela atividade, redefinindo a afiliação a uma comunidade de prática, e modificando a própria prática sociocultural (Matusov,1998, p.326). p.56 Vygotsky e a Pedagogia”.

É importante contemplar as diferentes culturas, visões de mundo distintas, pesquisar e valorizar a maneira como determinados grupos estabelecem formas de condutas e apreciam determinadas posturas, atitudes, brincadeiras, gostos musicais, danças, vestimentas, crenças e valores, muitas vezes, fruto de discriminação e preconceitos estabelecidos por aqueles que ainda não aprenderam a reconhecer e respeitar. Considerar que os pequenos aprendem com o exemplo dos adultos.   
     Alguns professores não se dão conta da diversidade étnica do país e às vezes, ignoram as dificuldades que o aluno tem no processo relacionado à sua cultura. Uma formação adequada para lidar com questões da diversidade em especial no contexto escolar é de grande relevância.
O Brasil, por apresentar uma grande dimensão territorial, possui uma vasta diversidade cultural. Os colonizadores europeus, a população indígena e os escravos africanos foram os primeiros responsáveis pela disseminação cultural no Brasil. Em seguida, os imigrantes italianos, japoneses, alemães, árabes, entre outros, contribuíram para a diversidade cultural do Brasil.
As regiões brasileiras apresentam diferentes peculiaridades culturais. E em cada região do país, a cultura é representada através de danças, festas populares de cunho religioso e a culinária típica e, que além do regionalismo, há de se considerar, na região Sul aspectos culturais dos imigrantes portugueses, espanhóis e, principalmente, alemães e italianos e a influência exercida, acrescentando e alterando costumes. Aspectos circundantes que integram a cultura de um povo.
A Geografia Humana do Brasil tem como objetivo principal a realização de uma leitura da sociedade brasileira levando em conta os aspectos da população, economia, fluxo de migração, meio ambiente, indústrias, tecnologia, turismo, agropecuária, conflitos no campo, enfim, todas as relações humanas desenvolvidas no território nacional. E a partir desses dados poderemos definir aprendizagem como uma mudança de comportamento e de desempenho de uma pessoa, resultante de suas buscas e conquistas. 
A atividade cultural e os fenômenos psicológicos têm uma relação mutua de dependência e sustentação, são entrelaçados e cada um converte no outro e se constrói sobre o outro.
Vygotsky entre outras falas nos esclarece que o indivíduo faz uma reorganização de suas funções psicológicas inferiores, para formar funções superiores, enfatizando, ao mesmo tempo, que as funções psicológicas são, elas mesmas, construções histórico-culturais. E que, o conceito de Zona de Desenvolvimento Proximal, ou seja, os estímulos, as partes que se forma o todo, certamente moldaram alguns aspectos do pensamento educacional, e que por sua vez, foi moldado e apropriado por diferentes vozes no debate educacional.
O modelo de interiorização do desenvolvimento cultural, que enfatiza a transformação de funções sociais em habilidades individuais, conduz a uma corrente de dualismos mutuamente relacionados entre abstrações opostas como o social e o individual, sendo que o individual, através dos estímulos e dos recursos de que se apropria, direta ou indiretamente, sede espaço ao sociocultural.
O desenvolvimento é uma função de fatores que se relacionam à atividade imediata em que uma ou mais pessoas estão envolvidas.


Direitos e deveres na Educação .

A Lei nº 9.394 da LDB, (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), de 20 de dezembro de 1996, determina que a Educação Escolar deve ser oferecida, predominantemente, por meio do ensino em instituições próprias. O art. 2º da mencionada Lei dispõe o seguinte:
“A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.”

De acordo com o artigo citado é dever tanto da família como da escola promover o desenvolvimento integral do educando, a formação para a cidadania e o alargamento de qualificações para o mundo do trabalho, porém a sociedade atual passa por transformações tão intensas que os papéis específicos desempenhados por ambas as partes estão sendo cada vez mais confundidos.
Há de se considerar a responsabilidade dos sistemas de ensino no enfrentamento de preconceitos, segregações e discriminações, sejam elas por gênero, raça, credo, etc.
O enfrentamento do atual cenário de violências vividas por diferentes grupos e suas respectivas escolhas no âmbito escolar, a partir de pesquisas e estudos realizados, não deixando a parte o que se refere ao livre acesso no ambiente escolar e não só o acesso, a participação, o ensino e a oportunidade de estar inserido no contexto escolar, participando “ativamente”.
No que se refere às diferentes etnias, quanto já foi conquistado e quanto ainda há de se conquistar! 
A religiosidade, haja vista tanta polêmica em relação a determinados conceitos e ou escolhas, muito ainda se tem a tratar e novas conquistas realizar.
Assim sendo, é preciso desenvolver uma rede de apoio (constituída por alunos, pais, professores, diretores, psicólogos, terapeutas, pedagogos e supervisores) para discutir e resolver problemas, trocar idéias, métodos, técnicas e atividades, com a finalidade de ajudar não somente aos alunos, mas aos professores para que possam ser bem sucedidos em seus papéis. 

Os pais e responsáveis têm a obrigação, direito e dever de participar da educação dos filhos e prepará-los para o futuro com sabedoria, amor e dignidade. Só assim serão cidadãos de bem, com respeito, e que poderão fazer do futuro algo mais digno.


Incluir para não excluir e não se excluir.

O enfrentamento do atual cenário de violências vividas por diferentes grupos e suas respectivas escolhas no âmbito escolar, a partir de pesquisas e estudos realizados, não deixando a parte o que se refere ao livre acesso, que é um direito conquistado no ambiente escolar e não só o direito e o acesso, mas também a  participação, o aprendizado e a  oportunidade de estar inserido no contexto escolar, participando “ativamente”, requer atenção especial e novos olhares.
Atitudes inesperadas surgem trazendo a tona inúmeras ações que vão de encontro a situações vividas, reflexões, pensamentos e buscas pensadas e  repensadas, dia após dia, ano após ano e que por deslizes, muitas vezes, até mesmo contrariados, são desconsiderados, frente a determinadas situações e ou conquistas.  Sabe-se  que o tempo é o nosso grande aliado nas ações, expectativas e realizações, e as experiências contam muito.
Há de se considerar a responsabilidade dos sistemas de ensino no enfrentamento de preconceitos, segregações e discriminações no ambiente escolar.
É necessário abordar de forma interdisciplinar e integrada as questões relativas à ampliação e garantias do exercício da cidadania, do respeito à diversidade e aos direitos humanos.
Caberão aos educadores e demais participantes, ampliar suas reflexões e buscar na sua prática cotidiana e coletiva, ferramentas, e criar cada vez mais condições e garantia de desenvolvimento, ampliando ao máximo as possibilidades para a produção de uma cultura de Direitos Humanos e, com isso, trabalhar na construção de uma sociedade cada vez mais justa e inclusiva.
É preciso construir formas de promover a educação, considerando as diferentes práticas de aprendizagem de um indivíduo e sua adequação às normas estabelecidas.
 São importantes as regras e mais do que isso, saber quando e como usá-las, de maneira a inferir e atingir os resultados esperados, minimizar situações de conflitos e agir de maneira a acrescentar valores, gerar reflexões e promover resultados satisfatórios as partes envolvidas.
A cada um cabe a responsabilidade de pensar antes de agir, com muita atenção, para interferir na moral do mesmo, sendo evidente que uma atitude pensada e consciente, pode muito em seus efeitos e obtêm-se os resultados almejados. 
Considerando, entretanto, que o conceito de inclusão escolar é ambíguo, porque ele assume o significado dentro de contextos históricos determinados que lhe dê definição, conclui-se também que cada comunidade deve buscar a melhor forma de definir e fazer a sua própria política de inclusão escolar, respeitando as bases históricas, legais, filosóficas, políticas e também econômicas do contexto no qual ela irá efetivar-se.


Dignidade em questão.
Constata-se que a partir do marco histórico do texto constitucional alemão, a constitucionalização da dignidade da pessoa humana enquanto princípio arraigou-se a várias constituições contemporâneas. O direito a uma existência digna passou a ser considerado condição indissociável,  ao ser humano.
É a partir da Revolução Francesa (1789) e da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, no mesmo ano, que os direitos humanos, entendidos como o mínimo ético necessário para a realização do homem, na sua dignidade humana, reassumem posição de destaque nos estados ocidentais, passando também a ocupar o preâmbulo de diversas ordens constitucionais, como é o caso, por exemplo, das Constituições de alguns países europeus.
Com a Constituição Federal de 1988 em nosso país, o princípio da dignidade da pessoa humana chega ao ápice dentro do ordenamento jurídico, é a base de todos os direitos constitucionais, e ainda, orientador estatal. Isso exatamente para acabar com os excessos que ocorreram com o nazismo, com o medo e a insegurança que havia sido espalhado por todo o mundo, através de vários atos que atentaram contra a humanidade, baseados na idéia de um único ser, ou ainda, quem não se lembra do holocausto, experiência que atemorizou toda a humanidade.
A dignidade é essencialmente um atributo da pessoa humana: pelo simples fato de "ser" humana, a pessoa merece todo o respeito, independentemente de sua origem, raça, sexo, idade, estado civil ou condição social e econômica. Nesse sentido, o conceito de dignidade da pessoa humana não pode ser relativizado: a pessoa humana, enquanto tal, não perde sua dignidade quer por suas deficiências físicas, quer mesmo por seus desvios morais. 
Com efeito, a ideia de dignidade da pessoa humana está na base do reconhecimento dos direitos humanos fundamentais. Só é sujeito de direitos a pessoa humana. Os direitos humanos fundamentais são o "mínimo existencial" para que possa se desenvolver e se realizar. Há, ademais, uma hierarquia natural entre os direitos humanos, de modo que uns são mais existenciais do que outros. E sua lista vai crescendo, à medida que a humanidade vai tomando consciência das implicações do conceito de dignidade da vida humana. Por isso, Tomás de Aquino, ao tratar da questão da imutabilidade do direito natural, reconhecia ser ele mutável, mas apenas por adição, mediante o reconhecimento de novos direitos fundamentais. Nesse diapasão seguiram as sucessivas declarações dos direitos humanos fundamentais (a francesa de 1789 e a da ONU de 1948), desenvolvendo-se a ideia de diferentes "gerações" de direitos fundamentais: os de 1ª geração, como a vida, a liberdade, a igualdade e a propriedade; os de 2ª geração, como a saúde, a educação e o trabalho; e os de 3ª geração, como a paz, a segurança e o resguardo do meio ambiente.



Rúbia Nery

Ética ou Moral eis a questão!

Ética ou Moral eis a questão!



A ética é uma questão de opção do individuo, é ele quem estabelece se quer ou não essa possibilidade em suas escolhas, considerando que existem as regras e que estas devem ser cumpridas, caso contrário, gerará infração, questionamentos e rejeição.
Ètica faz alusão a postura, fidelidade, respeito, altruísmo, baseado em regras, enfim, colocar-se  no lugar do outro e perceber, pensar e repensar,  possibilitar igualdade de direitos, cuidado, atenção, proteção...
Oportunidade para todos! 
Ser ético exige esforços!!
É inaceitável se falar em ética sem falar em liberdade, afinal só quem é livre pode falar em liberdade; liberdade de expressão; liberdade de ação; liberdade de decisão...
E, não dá para falar em liberdade de expressão sem falar em educação!
Tem situações que eu devo mas não quero; tem situações que eu quero mas não devo ou não posso!
" Eu, por mim, não faria isso, mas, como eu sou responsável, tenho de fazê-lo."
Essa frase nos faz lembrar de um dito popular muito conhecido e que não faz alusão a ética, muito pelo contrário!  "Faça o que eu falo, mas, não faça o que eu faço."
Ethos, do grego, é aquilo que nos abriga, que nos dá identidade, quer nos torna o que somos...
O tempo todo estamos escolhendo, transformando , a sociedade está em constante transformação, as vezes por resistência, por questionamentos ou por reestruturação.
Quando se fala em ética, também se fala em empatia, na dificuldade de se colocar no lugar do outro, de se fazer de vítima.
Ser humano é ser capaz de dizer não quando necessário, quando conveniente, é ser capaz de recusar o que parece não ter alternativa. E só quem é capaz de dizer não sabe/não pode dizer sim. Outro dito " Ahh, a minha liberdade acaba quando começa a do outro." no entanto, o correto é " a minha liberdade acaba quando acaba a do outro.
Ser humano é ser junto, é pensar coletivo.
Ética, na educação, é a possibilidade de recusar a falência da liberdade, é a capacidade de recusar a ideia de alguns, promovendo um bem maior a outros, ao coletivo.
Um exercício do nosso modo de perceber como é que nós existimos coletivamente.


"Conheço muitos que não puderam, quando deviam, porque não quiseram, quando podiam."

O que diferencia Ética e Moral ?
Consiste no caráter obrigatório sobre algo.
Moral se traduz por costumes, valores,  hábitos e atitudes particulares do indivíduo.
É um conjunto de normas que regulam o comportamento do individuo em sociedade, geralmente adquiridos pela tradição familiar, pela educação em si.
Sempre consciente quanto a questão do bem , de fazer o bem e / ou o mal, possibilitando escolhas do que quer pra si  e para o outro.


Rúbia Nery

A Joaninha que perdeu as pintinhas

A Joaninha que perdeu as pintinhas

Vocês já viram uma Joaninha sem suas pintinhas!?  Pois é!!
Essa leitura remete a história do filho pródigo, que saiu do conforto de sua casa em busca de aventuras. E que sentiu na pele o desprezo de muitos e as mudanças frente a sua escolha.
Pois é, a Joaninha saiu de um jeito e voltou do outro, com  isso não foi aceita/reconhecida e teve que batalhar muito para que uma nova oportunidade fosse lhe concedida, garantindo seu retorno para casa.
Em meio a leitura e a belíssima ilustração, observe que Tininha passa todo o tempo ao lado de uma amiga inseparável, muito graciosa e inteligente... Quem será!?

Confira!!


Tininha passeava sozinha
E foi um rio atravessar. 
Escorregou no galho seco
Começou então a gritar...

-Socorro!!!
Eu não sei nadar.

Na àgua se debatia,
Pois não sabia nadar.
Virou as asas para baixo,
E começou a remar.

Quando alcançou a margem
Começou a caminhar.
Precisava voltar para casa,
Para mamãe não se preocupar.

(...)

Tininha se assustou,
E começou a chorar.
Precisava de suas pintas,
Para a casa retornar.

Voltou logo para o rio,
Na esperança de encontrar
Todas as pintas das asas
Que ela perdeu ao nadar.

Subiu numa folha verde
Para no rio navegar.
E a todos que encontrava,
Parava para perguntar:

-Você viu as pintinhas
Que estavam nas minhas asinhas?
Se você as encontrar,
Faça o favor de me avisar.

(...)

O pintor pegou Tininha
E a pôs na palma da mão:
-Você não é borboleta...
-Você não é um siri...
-Quem é você, então?

-Sou apenas uma Joaninha
Que perdeu suas pintinhas,
Se você não me ajudar,
Para casa não posso voltar.

E o pintor tão cuidadoso
Começou a trabalhar.
Tinha um sério compromisso:
A Joaninha ajudar.

Com a tinta e seu pincel
Começou a desenhar
As pintas de suas asas,
Para Tininha alegrar.

A amiga inseparável
Correu na frente para avisar:
-Dona Joana, dona Joana,
Sua filha vai chegar.
Prepare uma grande festa
Que vamos comemorar,
Tininha já está de volta
Para o seu querido lar.

-E a mãe correu à frente
Para sua filha abraçar.