O Ensino da Língua Inglesa nas Séries Iniciais

O Ensino da Língua Inglesa nas Séries Iniciais



O ano de 2011 institui o Programa “Lingua Inglesa no Ciclo I” nas Escolas da Rede Municipal de Ensino que mantém o Ensino Fundamental, passando a ser a partir do ano de  2012, componente curricular obrigatório nas escolas. 
O Programa “Língua Inglesa: brincar, estudar e aprender” será destinado aos alunos do 1º aos 5º anos do Ciclo I do Ensino Fundamental.
Segunda a portaria nº 5.361 serão programadas atividades voltadas para a iniciação da Língua Inglesa em situações sociais do cotidiano por meio de práticas de escuta, leitura e produção oral com aprofundamento e oferta de novos desafios que exijam maior complexidade, na medida do desenvolvimento dos alunos, isso para os 1º, 2º e 3º anos. Já para 4º e 5º anos serão propostas situações de aprendizagem que envolva práticas de escuta, leitura, produção oral e escrita.
Considerando o atual momento sócio-histórico que ocorre em um mundo complexo, globalizado, contraditório, violento, individualista, consumista e em constantes mudanças, é necessário ter o domínio de conceitos e habilidades para se ter uma atuação junto aos alunos, atuação esta que seja promotora da aprendizagem, sempre considerando e respeitando o limite do educando. Apropriar-se de conteúdos que estejam voltados à realidade dos alunos, específicos para sua faixa-etária, que faça parte do seu dia a dia dentro e fora da escola.
A  eficiência na ação docente requer planejamento. O professor precisa ser capaz de prever as ações necessárias para que o ensino a ser ministrado por ele atinja os seus objetivos. Isto exige a cuidadosa preparação de um plano de disciplina e de tantos planos de unidade quantos forem necessários”.
 Além das inúmeras ações, é necessário que o professor de língua inglesa desempenhe um papel no sentido de despertar o interesse de seus alunos para a aprendizagem da língua inglesa desde a Educação Infantil,  há de se considerar que existe um período crítico que facilita a aquisição de uma língua estrangeira, que vai da infância até o início da puberdade e que, segundo alguns relatos de professores, começa a cair logo após essa fase,  comprovando  que é na infância o período ideal de dar início ao aprendizado de línguas.  

De acordo a Melissa Becker “Não há idade específica para começar, acredita-se que quanto mais cedo melhor. A partir dos três anos o mundo dos significados fica mais rico, favorecido pela concentração da criança.” .



O aprendizado revela-se através de diferentes aspectos e sob diversas circunstâncias. Essas circunstâncias incluem indivíduos com suas habilidades e   particularidades, em diferentes contextos sociais, ativos e passivos, interessados ou não, mas que quando motivados com novas ações e mediações, o ensino da língua  se torna significativo e determinante.  
Um dos conceitos fundamentais desta abordagem é o de que a ação humana é mediada por instrumentos que estão a sua disposição através da participação nos contextos.  Segundo Bakhtin “todas as esferas da atividade humana, por mais variada que seja, estão sempre relacionadas com a utilização da língua”.
É oportuno apropriar-se da leitura de livros didáticos, apostilas, revistas que acompanham o áudio (CD), pesquisas na internet, livros contendo artigos na área de inglês, dissertações e também leituras sobre o desenvolvimento da criança. 

Quanto aos estudos individuais podemos destacar as leituras em língua inglesa, atividades de listening (audição) como músicas e filmes em inglês sem legenda, pesquisa na internet e livros na área de formação de professores. Mantendo suas leituras atualizadas, desenvolvendo as diferentes habilidades da língua que é ouvir, falar, ler e escrever.
Esta perspectiva é essencial para a discussão do papel do aluno e do professor dentro da sala.  
         O professor, seja ele de educação infantil ou não, deve ter formação ética e competência na especialidade de sua tarefa, e que de acordo a  Vygotsky, o indivíduo é um ser que age num mundo social, histórico e culturalmente construído. Essa relação do ser humano com o ambiente não é unilateral, com uma adaptação do indivíduo ao meio ambiente  que permanece imutável, mas este, seleciona seu ambiente e ao responder a ele, de uma maneira própria, o usa com o propósito de dar suporte aos seus processos. Para tal, este ser necessita desenvolver melhores maneiras de atuar e interagir no mundo. Este sujeito, por ser um ser social, tem necessidades e interesses que devem ser privilegiados pelo processo de ensino-aprendizagem, em função das características sócio-culturais do momento em que vive.
Ao professor cabe uma função que, segundo Williams & Burden (1997:65), “inclui ensinar a aprender, aumentar a confiança dos aprendizes, motivar, mostrar o seu interesse pessoal, ampliar auto-estima e organizar um ambiente apropriado para o aprendizado."

                        
O aprendizado e o desenvolvimento são situados historicamente, no momento em que, o conhecimento passa a ser objeto da necessidade e interesse do aluno, visando sua atuação social. Percebe-se, então, que o aluno é um participante ativo, co-responsável pela construção de seu conhecimento através da sua interação com o mediador e conseqüentemente com o grupo/colegas. As ações do aprendiz afetam as ações dos seus pares e vice-versa, mostrando que este processo é verdadeiramente interativo. 
Os professores que se preocupam em estabelecer um ambiente de mediação, em  sala de aula, devem segundo Williams & Burden , definir atividades pertinentes ao nível, logo após o que o aluno tem por capacidade atingir, agindo e trabalhando os princípios que farão com que o aluno  seja capaz de dar o próximo passo sozinho. Numa sala de aula, na qual o professor está preocupado em propiciar um trabalho que leve em consideração a Zona Proximal de Desenvolvimento de seus alunos, há também a preocupação com a interação dos alunos entre si e o educador.
O aluno exposto à nova língua de modo estratégico, descontraído e integrado ao seu universo escolar, dispõe de um material facilitador e efetivo, com planejamento, tendo como características principais o estudo da metodologia, clara, prática e objetiva. Caberá ao professor oferecer ampla gama de atividades tais como; músicas jogos e exercícios desafiadores e divertidos, promovendo o interesse dos alunos, além de atividades oportunas, relacionadas a situações extracurriculares, explorando conteúdos significativos ao universo da criança, o que permitirá desenvolver habilidades lingüísticas de forma lúdica.
De acordo a Félix, “ os professores que não se atualizam através de leituras de literatura sobre pesquisas recentes, cursos de reciclagem, de especialização, de pós-graduação e participação em congressos correm o risco de agir somente de acordo com sua competência mais básica, a competência implícita, ou seja, de agir de acordo com suas crenças, intuições e experiências.” 


Trabalhar com jogos; brincadeiras; música; leitura de histórias infantis; vocabulário; reino animal; alimentos; corpo humano; árvore genealógica; o teatro com marinetes e fantoches; além da leitura de livros didáticos com o suporte do CD para facilitar a escuta. Aproveitar o ambiente externo e interno da escola, visualizar o que tem nesse espaço para a aprendizagem, enriquecendo o conteúdo, valorizando cada momento. 
O professor precisa estar atualizado para que suas aulas sejam criativas. 
Inovador para que sua atuação seja significativa , com o fiel propósito de que a educação nunca poderá ser livre de valores e esta, se  manifestará de acordo as ações e interações estabelecidas entre educadores e educandos.


Rúbia Nery

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