Leitura, reflexão, interpretação e ação.


Vou falar um pouquinho sobre a importância da leitura...


A leitura nos possibilita compreender, perceber, detectar e ter contato com o mundo.
Com  todos que o cercam.
Diferentes temas e gêneros são elencados, conversados e destrinchados em meio as inúmeras possibilidades de leitura, seja num  texto informativo, na beleza de um conto, na beleza de uma narração, na leitura de um texto meramente técnico, num texto jornalistico, descritivo, dissertativo e ou argumentativo, o gênero fica a disposição e gosto do leitor, o que interessa é saber o quanto ele nos oportuniza conhecer, até por que passamos a compreender melhor o outro e tudo que nele há, tem ou há teve e mesmo o que ainda estar por vir...pois a leitura acrescenta, e muito, nossa visão de mundo, nosso passado, presente e futuro.
A leitura sociabiliza e ensina a lidar melhor com as adversidades, com o outro, com quem é muito diferente de nós. E a a partir disto, passar a ter uma opinião deferente frente a determinada pessoa ou contexto, a medida que compartilhamos ideias, questionamos conceitos e opiniões, pois formamos uma ideia própria, real dos fatos, chegando a um consenso.
Por meio dos inúmeros suportes de leitura falamos, interpretamos  e escrevemos melhor. Nos tornamos reflexivos e aptos, tamanha agilidade que o processo proporciona.
Alto grau de entendimento, destreza e fácil compreensão, sem contar o quesito repertório e o acréscimo no vocabulário.
Quem lê é levado ao mundo da imaginação, a lugares nunca vistos, onde o poder das palavras faz sonhar, sair da realidade, criar novos contextos, novas ações e uma gama de possibilidades.
Através da leitura ficamos informados, atentos sobre tudo que acontece no mundo e a nossa volta.


Bum-Que-Te-Bum-Bum-Bum

BUM-QUE-TE-BUM-BUM-BUM

Regina Siguemoto/Martinez





Maria Rita está aflita.
Quer porque quer beliscar...
O bumbum da bailarina Sarita.
Pobre Maria Rita, toda vez que tenta...
A hipopótama se agita, chacoalha o traseiro e...

Bum-Que-Te-Bum-Bum-Bum...

Lá vai maria Rita pelo chão.

Ploft! Ploft! Ploft!

Toda arrebentada, mas com uma fome danada, fica a imaginar:
"Já pensou, Sarita com batata frita?"
E lá vai Maria Rita novamente...
(...)

E maria Rita acaba almoçando de marmita...

Dom Quixote

Dom Quixote

Miguel de Cervantes
Apresentado e ilustrado por Márcia Willians




Uma   interessante e divertida adaptação em quadrinhos das aventuras de"Dom  Quixote"  e,  lógico,  seu inseparável amigo Sancho Pança, seu incrível cavalo Rocinate e sua imaginária belissima e intocável donzela Dulcinéia Del Toboso.

É só conferir!


Houve uma vez em La Mancha um homem chamado Quixada, completamente apaixonado pelos cavaleiros da Espanha antiga.

Quixada gostava de ler sobre suas aventuras, e até vendeu partes de suas terras para comprar mais livros sobre cavaleiros.

Dia e noite ele pensava nas façanhas dos antigos cavaleiros...

Até que por fim sua cabeça ficou tão confusa que os incríveis feitos de cavaleiros e gigantes se tornaram mais reais para Quixada que o mundo a sua volta.

Ele achava que, por sua honra e pela de sua pátria, deveria tornar-se cavaleiro e defender os fracos e oprimidos.

Então Quixada se  preparou para a vida de cavaleiro.

E assim se pôs a pensar que nome daria a seu destemido cavalo, "Rocinante".
E a si próprio, "Dom Quixote de La mancha" .
Também  imaginava pra si uma adorável e bela companheira, e já tinha até pensado em um nome "Dulcinéia Del Toboso".

Depois, sem contar nada a ninguém, numa manhã de julho. bem cedinho, Dom Quixote de La Mancha montou em seu fiel Rocinante e saiu para fazer justiça e defender todas as donzelas.
Mas primeiro ele teria que ser batizado cavaleiro.

Então cavalgou até anoitecer, e chegou a uma estalagem.

O excêntrico Dom Quixote achou que a estalagem era um castelo e que seu dono e os viajantes eram finos senhores e damas.

Para eles, Dom Quixote era um louco; ainda assim deram-lhe boas-vindas, e o dono concordou nomeá-lo cavaleiro "de verdade" se ele conseguisse velar suas armas até o dia amanhecer.

Quixote pôs as armas sobre um tanque e ficou andando ao redor.

Tudo ia bem até que um tropeiro veio pegar água para suas mulas.

furioso por ser perturbado, Dom Quixote bateu no homem, que desmaiou, e pouco depois bateu a cabeça de outro tropeiro em quatro lugares.

Acordados pelo barulho. os viajantes começaram a jogar pedras nele.

O dono da estalagem logo acabou com a chuva de pedras, e estava louco para se livrar daquele hóspede esquisito.
Então, numa breve cerimônia, fingiu ordená-lo cavaleiro e aconselhou-o a voltar para La Mancha a fim de pegar dinheiro, camisas limpas, unguentos e um escudeiro para carregar tudo.

(...)

Dom Quixote achou que os dois monges eram feiticeiros que estavam sequestrando uma princesa.

Então abaixou a lança e atacou.
Um monge fugiu; o outro ficou cego. E Sancho lhe tomou os pertences, até que um servo atacou sancho, arrancando fios de sua barba.

Pálido e trêmulo,o monge fugiu atrás de seu companheiro. Quixote então disse a "princesa" que procurasse a bela Dulcinéia e lhe contasse suas façanhas.

Mas o pajem da dama ameaçou Quixote, que sacou a espada, furiosos.
O pajem protegendo-se com uma almofada, desferiu um grande golpe que arrancou a viseira e a metade da orelha de Quixote.

Quixote ficou furioso e atacou duramente o pajem e a mula.

Ele teria cortado a cabeça do pajem se a dama não tivesse implorado por sua vida.

ela prometeu levar o pajem até Dulcinéia para receber uma punição.

Aborrecido com o elmo quebrado, Quixote jurou que só comeria pão á meda quando conseguisse um elmo bom como o outro.

Machucados e cansados, Dom quixote e Sancho Pança passaram a noite com um grupo de surpresos pastores de cabras, e cavalgaram na manhã seguinte até chegarem a um  riacho.

rocinante aproximou-se de algumas éguas que pastavam, mas elas lhe deram coices e o morderam. Em seguida, seus donos começaram a bater neles com porretes.

Dom Quixote e Sancho correram para resgatar Rocimante, mas, como eram apenas dois, apanharam e cairam desmaiados.

Quando recobraram os sentidos, mal conseguiam se mexer e estavam muito abatidos por terem perdido a batalha.

Tontos com as pancadas, eles foram cavalgando devagar, até que Dom Quixote viu duas nuvens de poeira e disse a Sancho que elas foram levantadas por dois poderosos exércitos prestes a travar uma grande batalha na planície.

Quixote descrevia os exércitos com tal riqueza de detalhes que sancho também achou que os estava vendo e resolveu juntar-se ao lado mais fraco.

Eles esperavam numa colina até as duas nuvens se encontrarem.

Então, Dom Quixote precipitou-se com Rocinante colina abaixo, brandindo sua lança com coragem e fúria.

Sancho não o seguiu, porque percebeu que os "exércitos" eram rebanhos de carneiros.

os pastores xingaram Dom Quixote e jogaram-lhe pedras, mas sua cabeça estava cheia de cavaleiros dos velhos tempos, e ele continuou a travar sua batalha imaginária.

Por fim, uma pedra atingiu Quixote com tanta força que lhe quebrou quatro dentes, e ele caiu do cavalo.

Pensando que tinham matado o cavaleiro, os pastores juntaram suas ovelhas, vivas e mortas, e fugiram.

Por um instante, Sancho pensou em abandonar Dom Quixote, antes que lhes acontecesse outro desastre. Mas quando viu o semblante abatido do amo, não teve coragem de deixá-lo.

Alguns dias depois Dom Quixote pensou ter visto u cavaleiro usando um elmo que brilhava como ouro.

Na verdade, o "cavaleiro" era um barbeiro que, assustado ao ver a lança de Dom Quixote, fugiu , largando sua bacia para trás.

Sob o olhar risonho de sancho, Dom Quixote vestiu o novo "elmo".

Apesar de meio esquisito, ele achou perfeito.

Então Dom Quixote e Sancho Pança continuaram em busca de novas aventuras, dignas de tão famoso cavaleiro e de seu fiel escudeiro.

Obs.:  O texto não está na íntegra mas vale muita a pena conferir...



Travadinhas

Travadinhas

Eva Funari


O segredo é ler tudo bem rapidinho!
 Ahh,  e  observar cada detalhe das ilustrações...



O Zé Gilson é o xodó da Gisa Júlia.

Credo, o tricô da Drica travou outra vez.

A libélola psicodélica é fanática pela gramática da cutícula.

Três ogros bregas trocam trecos e trambolhos..

O pato patético paquera a pata magnética.

O monstro branco tem tromba preta e o monstro preto tem tromba branca.

No trio trem do contra tem potro, cabra e cobra.

O Zé Geraldo tem u  anjo exagerado.

Pedro tropeça na pedra preta da poça na praça.

O chapéu chocante solta sapos saltitantes.

A vozinha da avezinha da avozinha do vizinho é nervosinha.

O jantar da Gilsa é geléia de jiló, girassóis, gerânios e jasmins.

O chico travesso toma ducha de galocha e guarda-chuva.

Rato rotundo reboca rinoceronte emperrado.

O grego gago é primo do gringo grogue.

A Sheila pôs chope na sopa do Xerxes.

Vovó Vivi é fofinha e vovô Fulvio é fofão.

A problemática do espetáculo do ventríloco acrobático é peripatética.

O bode bota a pata no pote da paca.

(...)

A incrível criatura traçou trinta e três trufas estragadas.




A Linha Assanhada

A Linha Assanhada
Autor: Carlos Jorge

Gostei da leitura em meio as imagens pois possibilita inúmeras opções de trabalho com linhas e formas e, criar inúmeras atividades.




Era uma linha assanhada.
Era tudo e quase nada.

Era um retângulo,
um quadrado,
um círculo
ou um triângulo.

Era torta,
reta
ou curva.

Nada sabia de geometria.
Mas geometrava como ninguém.

Um dia, virou cubo
se atrapalhou e 
quase virou tubo.

Inventava e
 desinventava formas.



Outro dia foi montanha
se desmanchou e virou céu.
Se cansou e virou mar,
se aborreceu e virou sol.

Reta, 
curva, 
torta e quase certa.
certo dia virou homem.

Não gostou
e virou bicho,
 enrolou e se enroscou.

Se contorceu para endireitar,
se engasgou para consertar
e embaraçou.

Virou um tanto de coisas
grandes e miúdas.
Acertou e desacertou.



Rolou pra lá
e rolou pra cá.

Virou ponto e sossegou..


Dependendo da faixa etária após a leitura é interessante trabalhar as obras de Wassily kandinsky, o pioneiro do abstracionismo nas artes plásticas, fazendo uma leitura das imagens e solicitando aos alunos, contextualização poema e imagem. 
Peça a eles para encontrar elementos geométricos nas  obras. 
Uma boa opção para trabalhar a interdiciplinaridade. 
Uma boa opção para mostra cultural. 

Na leitura da obra deverá ser identificado: linhas retas e linhas curvas; linhas retas perpendiculares e paralelas; figuras geométricas; círculos e semi círculos; ângulos; quadrados; triângulos; retângulos e linhas abertas e fechadas.



Está aí a dica, bom trabalho!






A Loja do Zéconzé

A Loja do Zéconzé


                                                                                                             Autora; Laís Correia de Araújo

Na loja do Zéconzé
se vende o que ninguém quer.

Juntei muitas moedinhas
pra escolher o que comprar.
Na loja do Zéconzé
e pra ver como é que é
aquilo que ninguém quer!
Eu sou muito curioso ...
e o mundo é misterioso!

_Meu amigo, (disse ele)
eu tenho uma formiguinha
de que sua mãe vai gostar.
Ela é arisca e ordeira.
Quando está na sua mesa,
num instante limpa a poeira
das sobras do açucareiro.

Zéconzé falou de novo:
_Tenho caixinha de fósforo
pra guardar gordo besouro.
Ele faz um barulhinho,
mas não amola o vizinho!
É só esse tesouro
e fica bem guardadinho...

Mas Zéconzé veio com outra:
_Tenho uma chupeta chupada
e que quase está fura!
É igual colo de mãmãe...
dá um sono e é quentinha,
como o sol a tardinha, 
como o gostinho da paz
no sossego que ela traz...

(...)


Obs.:  O texto não está na íntegra mas vale muita a pena conferir...





Papo de Pato

Papo de Pato
Autor: Bartolomeu Campos Queirós
Ilustrações; Claudio Martins


O pato com penas
tem pena 
do pato sem pena.

Pato co penas
é penado.
Pato sem penas
é pelado.

A mãe do pato penado
é mãe do pato pelado?

O pai do pato pelado
é um pai empenado?

Pato não fala.
Pato bate papo.

(...)

Agora o pato penado
é igual ao pato pelado.




A essa leitura é interessante acrescentar a música do pato pateta... 

Sabido e Danado

Sabido e danado

Autora; Flávia Muniz
Ilustrações; Cláudio Atílio

Numa noite muito bonita,
bonita de céu e de lua,
Dito sabido pulou da janela,
toda bacana, de pelo macio, 
e foi para o meio da rua.

_Sou um gato muito danado,
de miado afinado e rabo peludo.
Sou o gato Dito Sabido.
Sou Dito, sabido de tudo!

Do lado de lá da rua, 
numa gaiola dourada,
Tonico Danado ouviu todo o miado
e ficou roxo de raiva:

_Veja só, o Dito Sabido. Eta, gato metido!
Para ele , não dou pelota.
Eu, Tonico Danado,
o papagaio de bico dourado,
sou danado e sou sabido.
Muito cuidado comigo!
(...)

_Seu bocó!
_Seu jeca!
_Seu banana!
_Seu careca!
_Seu boboca!
_Seu baixote!
_Seu pateta!
_Seu pixote!

No meio do bafafá,
da janela voou uma panela.
Bateu na gaiola, rolou pela rua.
Era o dono, com sono.

_Cala a boca, gato!


_Cala a boca, louro!



Depois de fazer a leitura da história, em meio a  tanta lorota, resolvi  trabalhar a cantiga 
 Papagaio Loro, contextualizando ...
este poema também remete a cantiga do Pato Pateta.



Papagaio loro
Do bico dourado
Mande essa cartinha
Para o meu namorado.

Se estiver dormindo
Bata na porta
Se estiver acordado
Deixa recado.

A Princesa e a Ervilha

Gente, essa história, dos contos de fada de Hans Christian Andersen, adaptada em  1835, é a minha predileta. Não sei o porquê mas, acho muito criativa. 
Talvez seja pela originalidade, pelo fato desta princesa ser tão delicada, tão singular, tão sensível... 
Só uma Princesa mesmo!!!




Era uma vez um príncipe que queria se casar com uma princesa, mas uma princesa de verdade, de sangue real .
 Viajou pelo mundo inteiro, à procura da princesa , daquela que o encantaria , mas todas as que o príncipe encontrava tinham algum defeito.
Não  que faltassem princesas,  mas a dificuldade era saber se realmente   todas as que ele encontrava eram de sangue real.  O medo e a incerteza  era  grande.
E o príncipe retornou ao seu castelo, muito triste e desiludido, pois queria muito casar
com uma princesa de verdade.
Uma noite desabou uma tempestade medonha. Chovia muito. E eis que de repente bateram à porta do castelo, e o rei em pessoa foi atender, pois os criados estavam ocupados enxugando as salas cujas janelas foram abertas pela tempestade.
Era uma moça, que dizia ser uma princesa. Mas,  estava encharcada de tal maneira que era irreconhecível. Os cabelos molhados, as roupas grudadas ao corpo, os sapatos quase desmanchando... que era, realmente, difícil acreditar que fosse  uma princesa real.
A moça tanto afirmou que era uma princesa que a rainha pensou numa forma de provar se o que ela dizia era verdade.
Ordenou que sua criada de confiança empilhasse vinte colchões no quarto de hóspedes e colocou sob eles uma ervilha. E, Aquela seria a cama da “princesa”.
A moça estranhou a altura da cama e a quantidade de colchões, mas conseguiu, com a ajuda de uma escada, subir e se deitar.
Ufa! Como foi difícil!
No dia seguinte, a rainha, muito atenta a sua postura e a sua resposta,  perguntou como ela havia dormido.
E ela logo respondeu:
— Oh! Não consegui dormir .
— Havia algo estranho e  duro na minha cama, senti um certo desconforto  que me deixou até manchas roxas no corpo!
O rei, a rainha e o príncipe se olharam com surpresa, pois todos sabiam do intento da rainha e da e de sua estratégia.
Foi aí que tiveram a satisfação e a surpresa de descobrir que ela era , realmente, uma princesa! 
Aquela moça toda molhada de chuva, "ensopada" era realmente uma princesa!!!
 Só mesmo uma princesa verdadeira teria pele tão sensível para sentir um grão de ervilha sob vinte colchões...
O príncipe ficou felicíssimo e acabou pedindo a mão da moça, ou melhor, da princesa em casamento.
Ele se  casou com a princesa, feliz da vida, e a ervilha , sabe o que fizeram com ela?
Foi enviada para um museu, e ainda deve estar por lá...

Acreditem  se quiser! mas, essa história, realmente, aconteceu!

Qual é?

Qual é?



Mônica Versiane Machado

ilustração : Mariana Hadad

Eu tenho um bicho de estimação,
Não é gato, nem cão.
O que é então?
_Pode ser um passarinho, disse o vovo Zezinho.
_Acho que é um tubaão, falou o vovo Zezão.
Sera uma galinha?
_Claro que não, disse vovó Clarinha.
Quem sabe uma tartaruguinha?

(...)

"Atenção, cuidado!
Feroz bicho de estimação.
Não entre não!"

"Pare, pense, vai embora sem demora.
Veja as horas, oras bolas!"

"Tenha juizo!
Se entrar no meu quarto vai ter prejuizo!"

"É melhor correr.
Vire e volte
Sem tentar me ver."


_"Este menino está maluco"

(...)

E meu bicho de estimação que não é gato nem cão, o que será então?
Girafa; tamanduá; vaca ou macaco-biguá?
Elefante; ganguru; pulga ou jacú?
Pato;jacaré; hipopótamo ou...Qual é?

E se você adivinhar, vai prometer não contar?
Um bicho de estimação que não é gato nem cão e muito menos leão, nem sempre é querido, não!
Mas que gostosa que é a cosquinha que faz no meu pé.

Adivinha então!?

Obs.:  O texto não está na íntegra mas vale muita a pena conferir...



A leitura deixa os alunos curiosos e aguçados e faz com que entrem no mundo da imaginação.
São tantas alternativas, tantas opções!
O que mais me chamou a atenção foi que além do suspense, dá pra gente trabalhar inúmeras espécies de animais e se quisermos ir mais longe, podemos adentrar no mundo do faz de conta onde há inúmeros seres inanimados, personagens pra lá de atrativos  e aí,  por fim nesta história...,

Até as Princesas Soltam Pum

Até as princesas soltam pum...


Ilan Brenman
Lonit Zilberman

Depois de chegar da escola, Laura chamou o pai e perguntou:
_As princesas soltam pum?
_Por que você quer saber isso?
_Perguntou o pai, curioso.
_É que na escola rolou uma briga... Mas antes de contar o que aconteceu, quero que você responda a minha pergunta.
_Acho que sim, as princesas soltam pum .
_Respondeu o pai, com muita delicadeza.
_Não pode ser pai, na escola a discussão era sobre isso. O Marcelo falou para as meninas que a Cinderela era uma peidona. As meninas todas falaram que isso era impossível, que nenhuma princesa no mundo soltava pum. mas desconfiei que o Marcelo tivesse razão.
_Mas pai, como você sabe que elas soltam pum?
O pai que amava livros e boas histórias, assim como a filha, se levantou, foi até a biblioteca, olhou para Laura e fez um gesto com o dedo indicador na boca. Era para eles ficarem em silêncio. Depois de um tempo, o pai encontrou um livro que parecia ter mais de duzentos anos.
_O que é isso, pai?
O pai fez cara de mistério, levou a filha até seu escritório, trancou a porta e disse baixinho, quase sussurrando:

_Este é o livro secreto das princesas.
Ao ouvir aquilo o coração de Laura disparou.
E o que conta esse livro, pai?
_Todos os segredos das princesas mais famosas do mundo. Inclusive tem um capítulo chamado "problemas gastrointestinais e flatulências das mais encantadoras princesas do mundo".
_Problemas gastrointestinais e flatulências das mais encantadoras princesas do mundo!? O que significa isso. pai?
_Nesse capítulo,  temos alguns relatos altamente secretos sobre os puns que as princesas soltaram. Você quer começar por quem?
_Pai, é claro que quero começar pela Cinderela!!!
O pai foi folheando o livro, parou numa parte, leu e disse para a filha:

_Você lembra da noite do baile da Cinderela?
_Sim!
_Naquela noite, ela estava muito nervosa. Antes de ir para o baile, ela comeu duas barras de chocolate que a madrasta havia escondido na despensa. na hora da dança, o príncipe apertou muito a cintura da Cinderela, ela não aguentou e soltou um pum bem no instante em que o relógio avisou que era meia-noite.
_Ufa, pai! Quer dizer que o príncipe nem percebeu?
_Não, filha.
_E a Branca de Neve?

O pai pulou algumas páginas, passou o olho em cima delas e disse:
_A comida dos anões era muito gordurosa, eles gostavam de torresmo, repolho refogado, queijos de todos os tipos, bolos de abricó... A branca de neve já estava estufada com toda aquela comida cheia de colesterol.
Quando a madrasta deu a maçã envenenada para ela, não houve nem tempo de experimentá-la: Branca soltou um pum tão fedorento, que chegou a ser tóxico. Ela desmaiou por causa disso.
_Por isso os anões a colocaram num caixão de vidro, para ninguém sentir o cheiro?
_É evidente, minha filha.
_E como o príncipe teve coragem de chegar perto dela?
_Aqui no meu livro diz que, no dia em que o príncipe passou e viu o caixão de vidro, ele estava com uma gripe danada, o nariz todo entupido.
_Ufa, se não fosse isso, a Branca de Neve estaria morta.
_Pode ter certeza _Disse o pai convicto.
_E a Pequena Sereia?

O pai procurou por um tempo e, finalmente, disse:
_Ela é a princesa que mais conseguia disfarçar seus problemas gástricos.
Quando dava aquela vontadezinha... Era só pular na água, e quando apareciam as bolhas... Ela dizia que eram as algas que estavam arrotando.
_Mas, mesmo soltando pum, elas continuam sendo lindas princesas, não é, pai?
_Claro, minha filha. Elas são as princesas mais lindas do mundo, mas até as princesas soltam pum. O importante é você não espalhar este segredo por aí.



Agora, eu peço licença aos autores e faço um rápido acréscimo a essa história. Até porque em conversa com os alunos me veio o seguinte questionamento: e a Rapunzel? A Bela Adormecida e A Princesa e os colchões?
Mais que depressa me pus a pensar... e a resposta teria que ser convincente, lógico!
Então eu falei:

_ A Rapunzel, ela tinha os cabelos muito longos e eles davam muito trabalho para pentear, por isso ela estava sempre fazendo lindas tranças e, quando o príncipe chegava e pedia para ela jogar as tranças, para ele subir na torre do castelo, tamanho era o seu esforço, que ela soltava um pum.
Ainda bem que ele nem percebia.
 Ufa!
De repente, outra pergunta: e A Bela adormecida?
A Bela Adormecida, apesar de muito dorminhoca, antes de conhecer o encanto da fada malvada, ela era uma graciosa princesa e mesmo vivendo sob os cuidados de seus pais, o rei e a rainha, pois sabiam do encanto, um dia se distraíram e ela, muito curiosa, foi bem devagarzinho a sala de costura e sem saber de nada, sem querer, espetou seu dedo na roca de fiar e aí, não teve jeito. O susto foi tão grande que ela também soltou um pum. Ainda bem que ela estava sozinho, a única que ouviu foi a dada malvada que não deixou por menos.
E a Princesa dos "Colchões"? Essa foi mais difícil disfarçar..

Ela estava tão exausta por  conta da chuvarada que tomou, da tempestade que enfrentou, dos raios, dos trovões que ela não via a hora de encontrar um aconchego, alguém que lhe desse um abrigo, um cantinho. E olha que ela nem se preocupou com o desconforto de ter que subir em todos aqueles colchões, claro que ela não imaginava que um dia teria que passar por tamanho descaso e desconforto, até porque não tinha outro jeito, senão aceitar... E foi aí que aconteceu....
A Princesa foi subindo...
Quando a Princesa estava lá em cima, já quase se deitando ela também soltou um pum. Olha que vergonha!
Mas, como ela era, realmente, uma princesa , aliás, uma princesa muito esperta, ela disfarçou o que pode. Começou a tossir como se estivesse resfriada por conta da chuva e ninguém percebeu. Pasmem! Ninguém!

Agora, quem quiser dar continuidade a essa graciosa história deve, mais que depressa, começar a pensar nos inúmeros questionamentos que surgirão, pois os nossos leitores,  tem sempre uma perguntinha especial a fazer, tentando desvendar os mistérios das princesas mais lindas das histórias infantis.

Meia Palavra Não Basta

Meia Palavra Não basta



Bom!
 Pra quem gosta de confusão, é só prestar atenção!  
Ou melhor, é só não prestar muita atenção!!


O guaxinim passou correndo perto do tamanduá.
Curioso, o tamanduá perguntou ao guaxinim aonde ele ia com tanta pressa. 
O guaxinim respondeu, mas o tamanduá nem ouviu direito. 
Só deu para entender que a resposta terminava em "eiro".
Logo passa um companheiro, ouve e pensa... 
_Dinheiro? Deve ter alguém dando dinheiro! Vou também!
E desandou a correr atrás do guaxinim.

Logo ele avista outro amigo e o tamanduá,que também ouve,em meio a sua euforia a palavra "eiro".
Os dois passaram correndo perto do cachorro-do-mato.

_Aonde vocês vão correndo desse jeito?
_Perguntou ele.
_Dinheiro! respondeu o tamanduá, sem diminuir a correria.
_Bombeiro?!
Exclamou o cachorro-do-mato.
_Será que a mata está pegando fogo? Saiu  então correndo atrás do tamanduá, que corria atrás do guaxinim.
O sapo viu os três correndo e perguntou:
_O que está havendo?
_Que pressa é essa?
_Fogo! gritou o cachorro-do-mato.
_Jogo? ih, é mesmo! acho que a decisão do campeonato já começou!

E foi pulando atrás do cachorro-do-mato, que corria atrás do tamanduá, que corria atrás do guaxinim.
vendo aquela correria, a ema perguntou o que estava acontecendo.
_Começou!
_Gritou o sapo.
_Tropeçou? Quem tropeçou? ih, caiu, está machucado?
_Assustou-se a ema.


E lá foi ela correndo atrás do sapo, que pulava atrás do cachorro-do-mato, que corria atrás do tamanduá, que corria atrás do guaxinim.
Logo o grupo chegou a casa do guaxinim, que entrou esbaforido, deixando os outros do lado de fora. 
(...)
_Então por que você estava correndo daquele jeito?
_Eu vim correndo porque  estava morrendo de vontade de ir ao banheiro...
_IH, era "banheiro"! exclamou o tamanduá.
_Eu tinha entendido "dinheiro"...
(...)

E assim terminou esta criativa história.
Eu contei aos alunos e eles gostaram muito.
Dá até pra lembrar os risos...

Eu Sou o Mais Forte

Eu Sou o Mais Forte.


Mario Ramos


Essa é a história de um lobo muito orgulhoso de si e até um tanto arrogante; prepotente e oponente!

Vejam só!

Certo dia, andando pela floresta, como que para passar o tempo, já que tinha acabado de matar sua fome, até mesmo para fazer digestão, aproveitou o tempo e, meio que intencionalmente, a cada a"amigo" que encontrava, a seguinte pergunta lançava?

"Vou aproveitar e vou ver o que os outros pensam de mim".
_Diga uma coisa, quem é o mais forte?
_O mais forte é você mestre lobo, com toda a certeza!

Muito orgulhoso com a resposta. 
Até que um certo bichinho, muito pequenino e destemido, sem sequer perceber o intento do lobo, sem pestanejar, respondeu.
Claro que sei!  É a minha mãe!

Realmente, a segurança persiste até que se encontre alguém para  enfrentar...
Agora, para descobrir quem foi este  atrevido e "destemido" bichinho...
Só lendo o resto da história...

Maria vai com as outras

Maria vai com as outras...
Por que será que Silvia Orthof teve a ideia de escrever esta graciosa história?



Era uma vez uma ovelha chamada Maria.
Onde as outras ovelhas iam, Maria ia também.
As ovelhas iam pra baixo; Maria ia pra baixo.
As ovelhas iam pra cima; Maria ia pra cima.



Maria ia sempre com as outras.
Um dia todas as ovelhas foram para o Polo Sul.
maria também foi.
Aí, que lugar frio!
As ovelhas pegaram uma gripe!!!
Maria pegou gripe também. Atchimm!
Maria ia sempre com as outras...


Mas, como será que acabou esta história?
Quanto tempo levou para Maria perceber seu erro, sua faltade autonomia?

Só lendo o resto da história pra ver.
Vale a pena conferir!

O Encanto das Parlendas do Nosso Folclore

Parlendas

Parlendas são versinhos com temática infantil recitados em brincadeiras de crianças. Muitas parlendas são antigas e, algumas delas, foram criadas, há décadas, elas fazem representam uma importante tradição cultural do nosso povo e elas são de ritmo fácil e de forma rápida. Não são cantadas e, sim, declamadas em forma de texto, estabelecendo-se como base a acentuação verbal, fazendo as crianças repeti-los é ter o desafio de reproduzi-los sem errar.
Algumas vezes, é chamada de trava-línguas, quando é repetida de forma rápida ou várias vezes seguidas, provocando um problema de dicção ou paralisia da língua, que diverte os ouvintes.
Aqui vão algumas dicas para trabalhar na Educação e, em especial, na Educação Infantil...






  
“O tempo perguntou para o tempo qual é o tempo que o tempo tem. O tempo respondeu pro tempo que não tem tempo de dizer pro tempo que o tempo do tempo é o tempo que o tempo tem".




Hoje é domingo
Pede cachimbo
o cachimbo é de barro

Bate no jarro

o jarro é fino
Bate no sino

O sino é de ouro

Bate no Touro

O touro é valente
Bate na gente

A gente é fraco

Cai no buraco

O buraco é fundo
Acabou-se o mundo





“Um, dois, feijão com arroz.
Três, quatro, feijão no prato.
Cinco, seis, chegou minha vez
Sete, oito, comer biscoito
Nove, dez, comer pastéis”.






“Dedo Mindinho
Seu vizinho,
Maior de todos
Fura-bolos
Cata-piolhos”.








“O pelo do peito do pé do pai do padre Pedro é preto, quem disse que o pelo do peito do pé do pai do padre Pedro não é preto é porque tem o pelo do peito do pé mais preto que o pelo do peito do pé do pai do padre Pedro, que já é preto”.

“A vaca malhada foi molhada por outra vaca molhada e malhada”.

“Se vaivém fosse e viesse, vaivém ia, mas como vaivém vai e não vem, vaivém não vai”.

“A vida uma sucessiva sucessão de sucessões que se sucedem sucessivamente, sem suceder o sucesso...”

“Sabendo o que sei e sabendo o que sabes e o que não sabes e o que não sabemos, ambos saberemos se somos sábios, sabidos ou simplesmente saberemos se somos sabedores”

“ O doce perguntou pro doce qual era o doce que era mais doce e o doce respondeu pro doce que o doce que era mais doce era o doce de batata-doce”.

“A sábia não sabia que o sábio sabia que o sabiá sabia que o sábio não sabia que o sabiá não sabia que a sábia não sabia que o sabiá sabia assobiar”

“Paulo Pereira Pinto Peixoto, pobre pintor português, pinta perfeitamente, portas, paredes e pias, por parco preço...”

O Direito das Crianças

O Direito das Crianças

Ruth Rocha



Criança tem que ter nome
Criança tem que ter lar
Ter saúde e não ter fome
Ter segurança e estudar.


Não é questão de querer
Nem questão de concordar
Os diretos das crianças
Todos tem de respeitar.






Mas criança também tem
O direito de sorrir.
Correr na beira do mar,
Ter lápis de colorir...

Ver uma estrela cadente,
Filme que tenha robô,
Ganhar um lindo presente,
Ouvir histórias do avô.




Lamber fundo da panela
Ser tratada com afeição
Ser alegre e tagarela
Poder também dizer não!

Carrinho, jogos, bonecas,
Montar um jogo de armar,
Amarelinha, petecas,
E uma corda de pular.



E , MESMO QUE O TEXTO E AS IMAGENS NÃO ESTEJAM NA ÍNTEGRA, POR CAUSA DOS DIREITOS AUTORAIS, VALE MUITO A PENA CONFERIR!