A criança e o Consumo


A Criança e o Consumo


Desrespeitoso, insensível e por vezes , inaceitável. 

Situações inesperadas diante da busca pelo produto da moda, seja ele necessário ou não. Um brinquedo, uma roupa, um alimento, uma viagem, enfim, o que realmente importa é a constante busca pelo novo, pelo que o outro já tem e que faz questão de exibir, de causar, de tocar, tudo para manter o que se denomina de "Status" , posição social de um individuo perante determinado grupo, está sempre relacionado a destaque, prestígio, renome, e pode estar relacionado a economia também, por exemplo, um destaque econômico. Status é uma situação de uma pessoa, um estatuto privilegiado, determinado indivíduo tem um alto status. Em muitas ocasiões, o status é atribuído de acordo com juízos de valor dos elementos que constituem uma sociedade .
O mesmo se pode dizer do conceito de " Ostentação"  que  é o ato ou efeito de ostentar, quer dizer “apresentar” ou “mostrar” num sentido exibicionista, estando ligado ao orgulho, à presunção ou simplesmente à vaidade. É o ato de alguém que exibe as suas riquezas ou as suas próprias qualidades, sublinhando a importância de algo que tem, que fez ou que é.
O poder da palavra é o poder de mobilizar a autoridade acumulada pelo falante e concentrá-la num ato linguístico. Partindo deste pressuposto e considerando que a diferenciação política é fator preponderante e determinante para o favorecimento da diferenciação e que associadas a escrita ou  a imagem , resulta na leitura do mundo.
Considerando que a aprendizagem da leitura se liga ao processo de desenvolvimento global do indivíduo, à sua capacitação para o convívio e atuação social, política, econômica e cultural, há de se considerar que a leitura vai portanto, além do texto e começa antes do contato com ele. E o contexto geral em que ele atua, as pessoas com quem convive passam a ter influência apreciável em seu desempenho e considerando então que a leitura sofre a influência do contexto geral em que o leitor vive, possibilitando  mudanças nas práticas sociais.
Diante disto à criança é alvo de interesses de empresas, pois conseguindo atraí-la desde cedo, possivelmente esta,  será um consumidor em potencial .
A criança é mais suscetível à propaganda, tendenciosa,  principalmente pela pressão do grupo em que está inserida. Dentro das instituições, é comum crianças que são líderes natas, que têm influência forte sobre as outras, ditarem moda, comportamentos, e muitas que não estão “dentro”, que não podem ou que não conseguem por questões sociais,  são excluídas do grupo. E isso para a criança é uma pressão enorme. Há casos, por exemplo, de grandes redes, empresas, centros de interesses que vendem suas marcas sejam elas de perfumes, maquiagem, esmaltes, cremes, roupas, brinquedos, alimentos, entre outros, criando clubes de relacionamento com crianças, querendo saber seus anseios, desejos, e assim criar ou torná-lo um consumidor fiel.
Um brinquedo que tem um custo altíssimo para determinado grupo social fica como exemplo de consumo abusivo, de intolerância e desrespeito social, fruto de uma sociedade individualista, compulsiva e que insiste em apresentar-se ao outro de maneira equivalente, muitas vezes sem a mesma condição, aliás, muito longe disso.
Pais devem estar alertas ao consumismo dos filhos, pois segundo censo do IBGE em meados do ano 2000, haviam 30 milhões de crianças até nove anos de idade  suscetíveis e,  de olho nesses dados o aumento da verba publicitária para esse público aumentou consideravelmente.
E isso não é um fenômeno registrado apenas no nosso país , mas em âmbito mundial.
Para atrair esse público,tão frágil mas ao mesmo tempo tão sensível e antenado,  as propagandas e os produtos tornam-se  cada vez mais atrativos, utilizando-se imagens de atores famosos, personagens infantis, cantores, apresentadores, tudo isso para criar na mente da criança o desejo do consumo.
As publicidades têm criado cenários e circunstâncias  que falam , por meio da escrita, da imagem, das cores, da sonorização, de tudo que diretamente ou indiretamente atinge às crianças, tornando-os consumidores oniomaníacos, que passam a agir por impulso, que passar a adquirir bens e serviços sem a real condição e ou necessidade, porque se deixam levar pela insensatez.
Há um dito popular  "mais vale um gosto que dinheiro no bolso" , que esclarece tal atitude de insensatez, de euforia e com consequências inimagináveis e que precisam ser consideradas.
Mas queremos alertar que o principal fator que ajudará a criança a não se tornar um consumidor compulsivo, é a determinação e orientação dos pais.
Pais que não têm limites, que agem pela impulsividade,  provavelmente irão gerar as mesmas atitudes  em seus filhos.
E será que tais atitudes, hábitos e escolhes fazem parte de um público específico, que tem a real condição para que isso aconteça ? Não, infelizmente , nem sempre. Tais hábitos não tem nada a ver com ser rico ou ser pobre, o consumismo desenfreado e abusivo está se inserindo  em todas as faixas da sociedade. E á criança, por ser mais sensível e mais predisposta merece maior atenção e cuidado.
Cada vez mais, psicólogos são procurados por pessoas que não têm limites para o consumo, são compulsivos e não conseguem parar de comprar, endividando-se dia após dia. Agora, se adultos chegam a precisar de profissionais para orientar, esclarecer e atenuar,  imaginem à criança que é muito mais propensa !?

Uma dica para contextualizar essa leitura esta no filme "Os Delírios de Consumo de Becky  Bloom", maravilhoso! pois apresenta as facetas do consumismo compulsivo. Mostra de forma divertida o quanto o consumismo pode prejudicar a vida, seja ela pessoal, financeira e psicológica de uma pessoal.
De acordo a Paulo Han o consumo, na qual estamos todos inseridos, mercantilizou dimensões sociais e datas comemorativas, incentivando e mobilizando ações de consumo e consequentemente, fazendo com que o individuo esteja cada vez mais endividados, se sinta cada vez mais inserido neste grupo, motivando para um consumo para além dos ganhos. E, mais do que isso, para além da necessidade, para o desperdício, para o status, para fazer valer , um desejo estabelecido e muita vezes imposto, por um grupo de interesses.
Segundo pesquisa do SPC, roupas, calçados e eletrônicos são os maiores objetos de consumo e endividamento das pessoas, já que estes produtos proporcionam status.
Diante da realidade, percebemos um nivelamento de desejos: crianças pobres e ricas querendo os mesmos brinquedos, adultos de classes sociais distintas tendo as mesmas vontades, reforçadas pelos modelos e padrões de vida apresentados pela mídia, como os gostos e hábitos de celebridades.

Aqui fica outra dica de leitura do mundo -  o filme " Amor por Contrato", também maravilhoso e ao mesmo tempo esclarecedor. Para contextualizar e nos fazer fazer refletir / imaginar até que ponto  pode chegar uma pessoa seja ela um adulto ou mesmo uma criança, além do que, a força exercida por esses grupos, empresas ou instituições, que direta ou indiretamente, trabalham , reafirmando o consumo e o status por trás desta escolha. Onde o respeito fica em segundo plano frente ao interesse de grupos sociais  específicos.
O consumo é parte do nosso cotidiano, pois é um fator crítico para processo de desenvolvimento econômico, aquece o mercado, impulsiona os meios de produção, gera renda e emprego.
Mas como consumir de forma mais consciente e crítica, já que estamos sempre sendo induzidos a consumir em excesso? Estamos sempre gastando o que ainda não foi ganho, pois a facilidade de compra nos impulsionam e nos proporcionam tais atitudes.




É necessário que haja mudanças em nossas escolhas.
Mudanças de atitude, de estilo de vida, de percepção sobre o que nos ditam como ideal,  como necessário e útil. E, a  partir disso, acreditarmos que algo será posto no lugar do consumo.
De acordo a Helio Mattar, temos que substituir o consumo pela arte, pela beleza e pelas relações humanas, defende o presidente do Instituto Akatu.
O papel da televisão torna-se o maior meio para atingir as crianças.
“Sabe-se que cerca de 70% dos bebês assistem à televisão, geralmente com conteúdo impróprio ou que não foi ligada para a criança assistir. Ela se distrai devido aos múltiplos estímulos, sonoros, visuais e de movimento, todavia, se são esses os estímulos , se é isso que atrai, que distrai, que faz com que crianças ficam horas e horas em frente a televisão, por que não trabalhar os sentidos, envolver a criança numa brincadeira, na escolha de musicas para sua faixa etária, no ato de brincar, no hábito de ouvir histórias e assim  responder a tais sentidos, estabelecer bases mais fortalecidas para a construção das habilidades de linguagem.
Segundo  indíces avaliativos , crianças entre 4 e 11 anos ficaram expostas à frente da TV cerca de 5 horas e 51 minutos por dia  e isso torna as crianças brasileiras , campeãs mundiais em horas gastas em frente à telinha. E acontece, devido a falta de orientação, tempo, ou falta de paciência dos pais, preferindo o caminho mais fácil, que na maioria das vezes não é o ideal.
E quais seriam as características de uma pessoa consumista ? Será que positiva ou negativa? Será que feliz ou triste? Será que tolerante ou intolerante?
Em qualquer lugar do mundo, consumidores compulsivos compram para substituir ou compensar algo ou algum problema, como por exemplo, a saudade da família, a ausência de um ente querido, de um amigo, ou seja, uma distração para tentar sair de uma determinada situação.
E para se ter uma coisa, perde-se outra, a vida é assim.
É preciso considerar que de nada adianta querer dar tudo para uma criança, isso porque muitos pais confundem amor com ceder a todos os caprichos dos pequenos. É como se fosse uma forma de compensar, em alguns casos, a ausência diária, a falta de tempo de ficar com os filhos.
Na verdade, na real,  o que a criança está pedindo ou mesmo que não peça, mas faz por onde, é atenção e carinho, e não um  presente.
Por isso é comum uma criança receber o presente que tanto desejava e depois de poucos dias, desejar intensamente outra coisa. Desejando assim  preencher um vazio que brinquedo algum tem capacidade de substituir.
Na era moderna, a Páscoa, o Dia das Crianças,  o Natal, as férias escolares entre outras , deveriam ter um sentido mais significativo  e verdadeiro,  e no entanto ,tornam-se  épocas de intenso consumismo.
Queremos alertar que os presentes e objetos que as crianças avidamente consomem, produzem um prazer rápido e superficial. A emoção torna-se instável e ansiosa. Passados alguns dias, perdem o prazer pelo que consumiram e procuram outros objetos, outros atrativos  para tentar satisfazê-las.

Existiu uma época em que alguns botões serviam para jogar emocionantes partidas de futebol? Ou um pedaço de giz era um elemento indispensável para descer para o parque e brincar de amarelinha? E cinco pedrinhas nos faziam ficar horas e horas brincando de Três Marias. Sem contar as bolinhas de sabão e as brincadeiras de corda e esconde-esconde. E os balanços . E os papelões que serviam de tapete para escorregar  rumo ladeira a baixo, inesquecível!
A gente não tinha computadores, nem tablets, nem celulares...  E brincávamos felizes!
Nossos pais e avós nos diziam que tínhamos mais do que necessitávamos e que eles, quando eram pequenos não tinham muitas coisas.
É comum pensar que as novas gerações têm tudo mais fácil, no entanto, nesses tempos existe uma coisa certa: as crianças recebem demasiados estímulos.


O mundo da infância tem sido afetado pelos tempos que vivemos, em que numa determinada faixa etária, sair de casa sem um Smartphone é como sair sem sapatos. Não usar determinado objeto ou determinada roupa, o faz se sentir diferente, fora de determinado grupo
E, ao final, toda a voragem tecnológica e as oportunidades que estão ou que aparentemente estão  ao  alcance exercem grande impacto . Estimula  e faz com que determinado produto se torne  indispensável . Sempre considerando que os programas são direcionados, pensados e repensados para o público alvo em questão, as crianças!
Não podemos negar que vivemos em uma era tecnológica, e não podemos isolar nossos filhos e não permitir-lhes que tenham acesso ou utilizem certos dispositivos, mas sim podemos controlar o seu uso e vigiar o que fazem. Também podemos acercá-los aos livros, das brincadeiras de rua, dos  passeios pela cidade que trazem consigo a tão importante interação e a troca .
É possível que tenhamos que parar para pensar em quantas coisas nossas crianças fazem ao longo do dia.
Quantos estímulos recebem e se estes realmente lhes permitem desfrutar, aprender, avançar, pensar e desenvolver hábitos e atitudes positivas. 
O consumismo crescente e desenfreado se apresenta de forma a estabelecer na  criança, o constante desejo e apreciação pelo novo, pelo que o outro tem, por um lançamento digital, um brinquedo novo que seus amiguinhos já possuam ou uma roupa de marca. E isso é maléfico porque tem gerado crianças vulneráveis, suscetíveis  e ansiosas.
Essa quantidade de informações e a busca pelo ‘ter’ tem causado enormes prejuízos na sociedade e em especial , nas crianças.
O individuo ou mesmo à criança consumista não se contém, não consegue , não enxerga, não percebe que se deixa levar por um ato meramente compulsivo, desnecessário mas que lhe dá prazer momentâneo.
Recebe algo novo e em poucos dias ou mesmo em poucas horas já demonstra desinteresse e ou insatisfação pelo produto e, muitas das vezes até percebe o quanto foi desnecessário. 
Por isso, antes de comprarem ou de adquirirem novos produtos ou mesmo  brinquedos e eletrônicos para os seus filhos, pensem se o que eles estão precisando é realmente disso ou se o melhor, o ideal seria o de ter  mais tempo para eles , o de ofertar mais amor, mais companheirismo, mais atenção e cuidado. 
Invista mais tempo com os seus filhos. Eles vão agradecer pelo resto das suas vidas.

Crianças que têm convívio estreito com pais e entendem melhor os valores da vida são crianças mais felizes e com uma excelente autoestima.                    

Esses textos foram retirados do Guia Infantil e vale a pena conferir!



“Publicidade rima com liberdade”

De acordo a Orlando  Marques, presidente da associação de propaganda  ABRAP,  publicidade rima com liberdade. E afirma que nunca nos comunicamos de forma tão ampla e franca como hoje. Nosso apetite por liberdade de expressão é tão grande que há que se produzir comunicação como nunca para saciá-lo. Mérito de nossa consciência do direito à informação, que merece ser protegido sistematicamente.
Mas, em pleno século 21, ainda se ouvem vozes contrariadas, questionando tamanha liberdade, por estreiteza de pensamento ou conveniência política.
Circulam no Congresso Nacional dezenas de projetos de lei propondo restrições ou censura à comunicação. Um dos alvos preferidos é a publicidade, com justificativas as mais variadas e, quase sempre, bizarras: que ela engorda, embebeda, deseduca, corrói o orçamento etc.
Todas essas teses carecem, principalmente, do respaldo da sociedade. O que faz todo o sentido.
Que sociedade, democrática, atentaria contra o direito à informação? É natural que esses discursos obscurantistas de gente sectária não repercutam de maneira significativa, não tenham adesão relevante e sirvam apenas para criar embaraços econômicos a quem produz, gera empregos e paga impostos, além de buscar o obscurantismo para o ambiente político. Mas não será por acaso que o objetivo maior, disfarçado na ideia de tutela, seja o desarranjo econômico da democracia, parte do ritual maquiavélico da construção do totalitarismo.
Afinal, sabemos que uma sociedade de livre mercado é sustentada na total interdependência entre os atores do mercado. A sustentabilidade econômica é a base da plena e verdadeira liberdade de expressão. Toda iniciativa de intervenção em prejuízo desse processo atenta, por ignorância ou má-fé, à saúde do sistema.
Se hoje a sociedade brasileira dispõe de uma grande variedade de canais de comunicação é porque esses meios têm suficiente saúde financeira para entregar um produto à medida do interesse de seus públicos.
Lembremos aos radicais inimigos da publicidade que o Brasil é, por opção, uma sociedade capitalista. Marcas competem por corações e mentes, numa efervescência positiva, geradora de novos negócios, de mais empregos e impostos. A publicidade é a atividade intermediária que reverbera conceitos, apelando aos consumidores, necessariamente pela mídia. É essa dinâmica que mantém vivo o potencial de mobilização para a conquista de bens e ativa a decisão de compra.
Como em qualquer atividade, a publicidade tem regras a cumprir, que asseguram aos cidadãos o direito de se defender das ilicitudes e promover a punição dos que cometem abusos. São diversos os instrumentos legais, começando pela Constituição Federal. Mais: o Código de Defesa do Consumidor, o Estatuto da Criança e do Adolescente e o Conselho de Autorregulamentação Publicitária (Conar). Portanto, seria bom que os que tanto se empenham em criar novas leis para restringir a publicidade atentassem para tudo o que já está em vigor, porque alguns projetos de lei são cópias explícitas do que existe, e buscassem aprender por que gostamos tanto de propaganda. É possível que aprendam uma lição fundamental: propaganda significa liberdade de escolha."



Mas não é o que afirma a psicopedagoga Maria Irene Maluf. 
Diz que antigamente não existiam tantos grupos para discutir a publicidade, então ela corria mais solta, não era vista como a vilã da história como acontece atualmente. Para ela há uma questão a se discutir, há o que se considerar...
Mudaram as crianças ou mudou a forma como os adultos educam as crianças?
A psicopedagoga diz que é preciso impor limites, para tratar dos desejos criados pela publicidade infantil. 
É inviável impedir que as crianças tenham acesso a publicidade, em algum momento ela estará exposta a isso, seja na televisão, na internet ou nos shoppings. Afirma e  aponta que apenas culpar a mídia e a publicidade infantil, não é suficiente para dizer que os filhos estão se tornando consumistas. 
Da mesma forma que a educação das crianças está cada vez mais terceirizada, muitos pais procuram uma justificativa externa para justificar os maus hábitos dos filhos.




De acordo à Dorothy Law Nolte as  crianças aprendem o que vivenciam

Se as crianças vivem ouvindo críticas, aprendem a condenar.
Se convivem com a hostilidade, aprendem a brigar.
Se as crianças vivem com medo, aprendem a ser medrosas.
Se as crianças convivem com a pena, aprendem a ter pena de si mesmas.
Se vivem sendo ridicularizadas, aprendem a ser tímidas.
Se convivem com a inveja, aprendem a invejar.
Se vivem com vergonha, aprendem a sentir culpa.
Se vivem sendo incentivadas, aprendem a ter confiança em si mesmas.
Se as crianças vivenciam a tolerância, aprendem a ser pacientes.
Se vivenciam os elogios, aprendem a apreciar.
Se vivenciam a aceitação, aprendem a amar.
Se vivenciam a aprovação, aprendem a gostar de si mesmas.
Se vivenciam o reconhecimento, aprendem que é bom ter um objetivo.
Se as crianças vivem partilhando, aprendem o que é generosidade.
Se convivem com a sinceridade, aprendem a veracidade.
Se convivem com a equidade, aprendem o que é justiça.
Se convivem com a bondade e a consideração, aprendem o que é
respeito.
Se as crianças vivem com segurança, aprendem a ter confiança em si
mesmas e naqueles que as cercam.
Se as crianças convivem com a afabilidade e a amizade, aprendem que
o mundo é um bom lugar para se viver.

                                                                                                     





Portanto o que faz a diferença é mesmo a orientação familiar é o exemplo dado no cotidiano.
E, a orientação que se dá diante da mídia, que se faz presente no dia a dia, nos exemplos que direta ou indiretamente se oferece a criança, muitas vezes é prejudicial, pois foge as condições e a real necessidade , entretanto , trabalha-se  de forma a convencer, a manipular e a induzir quem o vê. Despercebidamente!
E necessário reconhecer que  a TV realiza o papel de "babá" de inúmeras crianças.
Infelizmente o tempo é curto para a devida  atenção,  que  á criança exige e necessita. 
Precisamos ter  noção da nossa realidade , assim como da  realidade da criança e intervir e estabelecer tempo para a interação .
A valorização do relacionamento entre pais e filhos é de suma importância e faz toda a diferença no desenvolvimento da criança e consequentemente, no processo educativo.
Como já vimos o consumismo é uma realização pessoal e por vezes, fruto de uma carência emocional.
Lembrando que o consumista é tido como aquele que compra sem necessidade e, a partir do uso , deixa de ser "consumismo".
Desde quando o "NÂO" pode trazer traumas a uma criança.
Não podemos generalizar, entretanto faltam limites, diante de uma geração mais agitada e autônoma, como já mencionados,  carente de atenção e interação.
Quem é que não percebe o quanto as crianças amam quando brincamos com elas? 
Elas querem atenção, querem  ser ouvidas, querem e exigem um olhar atento sobre si, seus atos, suas escolhas, suas atitudes.
È importante considerar que o individuo que cresce com carinho, consegue repassar aos outros, convive melhor, é mais seguro de si, não se deixa influenciar com facilidade.
Já àquele que nada teve, nada tem a oferecer...

Comunicação Eficaz


Comunicaçao Eficaz





Os grandes líderes são os melhores comunicadores que existem. 

Estão sempre conquistando pessoas, remediando crises e conquistando muito mais resultados.  Isso porque eles não estudam apenas para saber como falar bem, os líderes buscam a comunicação assertiva para que todo o processo de comunicação seja bem compreendido e não fique espaços para as dúvidas.

Muitos acreditam que a comunicação assertiva é um dom. Que o indivíduo já nasce com essa habilidade. Porém, há estudos que comprovam que  toda habilidade é fruto de prática e que é preciso treino, estudos de campo, observação e sensibilidade. Muita sensibilidade...
Uma parte importante do treino no que diz respeito a Palestras e Apresentações é ensinar como lidar com um público que está muitas das vezes contrariado, distraído, apático , desestimulado, distraído.
Soluções através de  questionamentos!?   Como se dá este processo  !?

Saber conversar, conquistar, pedir, questionar, se opor, ensinar, repassar funções, saber discordar das pessoas, são habilidades com as   quais temos que ter em mão ferramentas afim de convencer as pessoas a  fazer aquilo que estamos propondo. E é através dos questionamentos que os grandes líderes conseguem que seus liderados façam aquilo que não estavam dispostos num primeiro momento.  Uma técnica consiste em fazer perguntas para quebrar todas as objeções da pessoa com quem você está falando através das perguntas para que você possa ser assertivo na comunicação. E, normalmente, a primeira observação nunca é a verdadeira. Então, você precisa criar os questionamentos para que a pessoa continue te dando informações. O segundo ponto é que você nunca deve usar critérios que a outra pessoa não estipulou. Os seus questionamentos e repostas sempre deve usar os mesmos critérios estipulados pela outra pessoa. E um terceiro ponto importante é que você também não deve usar “por que”. Essa é uma expressão que bloqueia o seu ouvinte. Toda vez que ouvimos “por que”, nosso cérebro se fecha para a conversa. Dessa forma, você precisa usar questionamentos como o que motiva ou o que impede ,  até chegar à verdadeira objeção, ao verdadeiro ponto de interesse.

A eficácia de um trabalho em equipe, por exemplo, tem a comunicação como um dos pilares. A assertividade se dá quando você se consegue passar adiante uma informação sem que haja insegurança, dúvidas ou o risco de enganos e falhas. Ou seja, é preciso que o emissor seja claro para que o receptor receba o recado de forma correta.

Comunicação Eficaz.

1. Atenção ao que se vai falar - É preciso ter conhecimento sobre o que você vai abordar antes de sair dizendo qualquer coisa. Os que falam muito “eu acho” acabam fragilizando seu discurso e fazem com que os outros não acreditem nele. Tente mostrar o que você sabe usando suas experiências como exemplo. Isso dá credibilidade à sua fala.

2. Seja objetivo - De nada adianta falar sem parar se o que você diz não tem significado real. Enrolar, também, não é uma boa estratégia, visto que a falta de argumentos é facilmente constatada. Para ser assertivo, você deve ser direto, evitando rodeios desnecessários. Mas cuidado para não se tornar agressivo, impondo sua opinião e fazendo julgamento de valores. 

3. Atenção ao outro - Por mais que seu objetivo seja mostrar que você é um bom comunicador, é preciso, também, deixar o outro falar. Mesmo que você discorde da outra opinião, deixe que a pessoa conclua o seu raciocínio para que você mostre o seu ponto de vista com argumentos contundentes.

4. Certifique-se  - Esse é um dos pontos para a boa comunicação. Ao falar, você precisa se certificar de que o outro está acompanhando o seu raciocínio. É preciso saber se a pessoa captou a mensagem que você pretendia passar. Para isso, uma boa técnica é usar a empatia. Procure se colocar no lugar do outro. Será que ele está entendendo o que você fala? Você conversa deixando que ele também faça parte do bate-papo? Enquanto você argumenta, pense em como se sentiria se estivesse do outro lado.

5. Cuidado com os deslizes- Esse é um dos principais erros cometidos. É claro que alguns deslizes passam, mas é preciso tomar muito cuidado com a fala e a escrita.  Abandone os termos muito rebuscados que não representam nada, além de gírias e abreviaturas, que empobrece  o discurso.

6. Simpatia e bom humor - Não há estudos que comprovem que essa tática funciona, mas especialistas afirmam que pessoas bem-humoradas ganham pontos na comunicação. Isso porque elas conseguem manter a atenção do ouvinte com mais facilidade.

Mas saiba quem é o ouvinte para assegurar que esse tipo de postura cairá bem. E não exagere no senso de humor para não perder a credibilidade.

7. Use a emoção em seu favor  -  Fale com entusiasmo para mostrar ao outro que você acredita em suas palavras. Se você não tiver envolvimento com seu discurso, ficará ainda mais complicado fazer com que o outro demonstre interesse pelo que você conta.

8. Preste atenção na linguagem corporal - Não foque apenas na fala e na escrita.

A habilidade de se comunicar de forma honesta sem agredir ou soar ofensivo, mesmo quando sua posição é contrária a da pessoa com quem está se comunicando. Ela permite que você conquiste seu objetivo e leve as pessoas a aceitarem o que você está dizendo.

Nas empresas, a comunicação assertiva é utilizada por grandes líderes para remediar conflitos e motivar suas equipes. Isso porque, como já disse antes, o líder não pode saber apenas como se falar bem, mas ele precisa saber de comunicação como um todo.

Portanto, estude os gatilhos mentais que podem te ajudar na assertividade.

Cuidado para não ter uma expressão corporal agressiva e intimidadora.

Sempre pense como estaria no lugar da outra pessoa.

Seja sempre direto para não parecer que está enrolando.

Escute o que o outro está falando.

Não é porque você sabe colocar sua opinião que você deve fazer isso toda vez.

Tenha certeza de que o outro está acompanhando o seu raciocínio.

A comunicação assertiva é muito procurada nos ambientes corporativos porque soluciona conflitos e motiva pessoas de uma forma incrível, além do que possibilita diálogo entre os pares, seja num ambiente comercial, num espaço entre amigos ou mesmo num ambiente familiar.

Basta estar atento, ser um bom observador e, acima de tudo, um excelente questionador.

" FALOU COMIGO"


                                                                   "Falou  Comigo ?"


Aprendendo sobre  ATENÇÂO.


Claire Llewellyn  e  Mike  Gordon

Esta leitura nos faz refletir sobre tantos porquês...
Por que é tão importante estar atento a tudo e a  todos ?

Quando presto atenção, posso ouvir coisas maravilhosas:  o lindo  canto de um pássaro,o ruído de um gafanhoto na grama e dos pés na neve fresca e fofinha.

As vezes acho difícil prestar atenção. Por exemplo, quando estou muito ocupado assistindo televisão (e aí alguém bate na porta e eu nem ouço,)  brincando com meus amigos e meu pai chama minha atenção, quando mergulhando em minha banheira em busca de tesouros ou me imaginando voando para a lua de foguete, mesmo quando meus amigos estão em minha casa brincando comigo e eu nem percebo que estão falando comigo.

Algumas pessoas perguntam:  "Por que tenho que prestar atenção?"  Bem... Se você NÂO  prestar atenção, isso pode lhe causar problemas.

Imagine o que aconteceu quando não escutei o aviso do professor na visita ao museu!

( Todo mundo aqui as três horas, combinado? )

( E no aniversário de minha amiga Isabel )

Antes de sua festa , Isabel disse alguma coisa, mas eu não prestei atenção , advinha  que aconteceu?




OPS!  A HISTÓRIA NÃO ESTÁ NA ÍNTEGRA , ASSIM COMO AS ILUSTRAÇÕES,  POR CAUSA DE DIREITOS AUTORAIS, TODAVIA, VALE A PENA CONFERIR!




A Professora e a Maleta

A Professora e a Maleta


Lygia  Bojunga  Nunes

         A professora era gorducha; a maleta também. 
         A Professora era jovem; a maleta era velha, meio estragada, e de um lado tinha o desenho de um garoto e uma garota de mãos dadas, vestindo igual, cabelo igual, risada igual.
        A professora gostava de ver a classe contente, mal entrava na aula e já ia contando uma coisa engraçada. Depois abria a maleta e escolhia o pacote do dia. Tinha pacote pequenininho, médio, grande, tinha pacote embrulhado em papel de seda, metido em saquinho de plástico, tinha pacote tudo quanto é cor; não era à toa que a maleta ficava gorda daquele jeito.
          Só pela cor do pacote as crianças já sabiam o que ia acontecer. 
          Pacote azul era dia de inventar brincadeira de juntar menino e menina; não ficava mais valendo aquela história mofada de menino só brinca disso, menina só brinca daquilo, meninos do lado de cá, meninas do lado de lá. 
         Pacote cor-de-rosa era dia de aprender a cozinhar...

       Pacote verde era dia de aprender a pregar botão ...



OPS!  A HISTÓRIA NÃO ESTÁ NA ÍNTEGRA , ASSIM COMO AS ILUSTRAÇÕES,  POR CAUSA DE DIREITOS AUTORAIS, TODAVIA, VALE A PENA CONFERIR!




A Pedagogia de Reggio Emilia


A Pedagogia de  Reggio  Emília  -


"A Escola  Sem  Muros"
Projeto idealizado pelo pedagogo Loris Malaguzzi, implantado nas escolas de educação Infantil , realizado na Itália logo o término da segunda guerra, na cidade de Reggio Emilia. voltada para a criança como protagonista na construção do seu conhecimento.

A Pedagogia de Reggio Emilia admitiu que os adultos tivessem como tarefa prioritária a escuta e o reconhecimento das múltiplas potencialidades de cada criança, que deve ser atendida em sua individualidade. Juntamente como os pais e a comunidade de Reggio Emilia, e a sua metodologia utilizada na cidade, e o termo protagonismo infantil, associando os conhecimentos e conceitos teóricos aprendidos nas disciplinas ás leituras propostas, as aulas atividades, na web e nos livros e para responder as seguintes perguntas:

- Quem foi Loris Malaguzzi?   Como era sua metodologia? - O que é protagonismo Infantil?
Loris Malaguzzi nasceu em Correggio 23 de fevereiro de 1920, ele se formou em Pedagogia na Universidade de Urbino. Em 1940 ele começou a ensinar nas escolas primárias 1941-1943 em Sologno, uma cidade perto de Reggio Emilia, no município de Villa Minozzo. Em abril de 1945 ele se juntou ao projeto ambicioso de um grupo de pessoas comuns de origem rural de trabalho e que, em uma pequena aldeia perto de Reggio Emilia, decide construir e operar uma escola para crianças. Desta faísca vai nascer mais tarde outras escolas nos subúrbios e nos bairros mais pobres da cidade, todos autogestão.
Malaguzzi acredita firmemente que não é o que as crianças aprendem seguir automaticamente a partir de uma relação linear de causa e efeito entre os processos de ensino e os resultados, mas é em grande parte o trabalho das mesmas crianças, suas atividades e do uso dos recursos que têm. A escola é comparada a um canteiro de obras, em um laboratório permanente onde os processos de crianças e adultos de investigação estão interligados tão forte, viva e em evolução diária.
Reggio e Loris: e sua metodologia  -

Emilia Romana, cuja capital é Bolonha, é uma região do Norte da Itália com quatro milhões de habitantes, composta por 109 províncias; uma delas é Reggio Emilia. Não é uma cidade grande, no entanto está em plena expansão, tendo sido definida como “cidade mundo”.  Em 1946, logo após a Segunda Guerra Mundial, no Vilarejo de Vila Cella, trabalhadores e comerciantes que perderam tudo se uniram aos novos moradores que lá se estabeleceram a fim de construir uma escola para crianças pequenas. A escola foi erguida com a venda de um tanque de guerra, seis cavalos e três caminhões, deixados pelos alemães. Esse movimento inicial envolveu toda a comunidade, mas de modo especial os pais, pois nasceu do desejo de reconstrução da própria história e da possibilidade de uma vida melhor para seus filhos. Então, desde sua origem, Reggio Emilia é uma escola diferente, enraizada na vontade das famílias de construir um mundo melhor por meio da educação.
 Por meio desse processo de construção e ampliação das escolas, o maior ensinamento que os pais passaram a seus filhos foi à possibilidade de reconstrução com base nas ruínas e no sentido de coletividade e união para se alcançar um objetivo. Portanto, a escola de Reggio Emilia é inovadora também porque os pais dos alunos fazem parte dela; porque os eventos são organizados pelas famílias, professores e alunos, objetivando a integração e a coletividade; porque constitui uma continuidade do lar; e por causa da crescente intensificação do seu papel sociocultural naquela sociedade.
Nesse quadro, a perspectiva que emerge é a de aprender por meio da escuta, marcada pela disposição do professor em aprender enquanto ensina. A finalidade era que o educador aprendesse com a criança a dar aulas, mediante seu esforço em compreender a lógica de aprendizagem dela, e, a partir daí, a pensar alternativas eficientes para ajudá-la a continuar aprendendo. Nesse sentido, houve uma inversão de posição com relação ao detentor do saber, atribuindo mais valor ao conhecimento da criança. Esta metodologia educacional orienta, guia, cultiva o desenvolvimento intelectual, emocional, social e moral das crianças. É baseada na crença de que as crianças têm habilidades em potencial, e curiosidade e interesse na construção de sua aprendizagem, encaixar-se em interações sociais. O foco está em cada criança, não isoladamente, mas em conjunto com outras crianças, com a família, com os professores, com o ambiente da escola, da comunidade e do resto da sociedade.
 O que é protagonismo infantil?  A origem etimológica do termo remete à palavra protagonistés que, no idioma grego, significava o ator principal de uma peça teatral, ou aquele que ocupava o lugar principal em um acontecimento (Ferreira, 2004). As restrições mais comuns em relação ao uso desse termo, no jargão sociológico, se devem a fatores de ordem política, uma vez que a utilização alternativa da palavra 'participação' parece sugerir "uma abordagem mais democrática na ação social, sem colocar em destaque um protagonista singular" (Ferretti, Zibas & Tartuce, 2004, p. 3). A criança-sujeito se constitui na e pela interação com outras crianças, com os adultos, com o meio físico, social e ideológico. Na interação com o meio físico são importantes as brincadeiras, principalmente as tradicionais (fazem parte do folclore, que é cultura) – cultura infantil, que é constituída de elementos culturais, quase exclusivos das crianças caracterizados pela natureza lúdica, apesar de grande parte dos elementos da cultura infantil prover da cultura do adulto. 
Segundo Fillipini (2009), a escola é vista como espaço de vida, acredita no potencial das crianças e tem dela uma imagem positiva: “Cada um de nós tem o direito de ser protagonista, de ter papel ativo na aprendizagem na relação com os outros. Esse é o motor da educação”.               

A cidade de Reggio Emilia, localizada no norte da Itália, começa a ser reconhecida mundialmente na década de 90, quando pesquisadores norte-americanos dão inicio a divulgação da experiência italiana como referencia em educação da primeira infância. A ideia de aprendizagem e ensinamento focada na criança pequena de Reggio Emilia foi sendo construída com o passar dos anos, baseada no trabalho de Lóris Malaguzzi, com o  auxílio de professores, pais e alunos.

Para a construção da primeira escola, a terra foi doada por um fazendeiro, o material era retirado de casas que foram bombardeadas durante a guerra e o trabalho foi realizado por todos que pudessem ajudar pessoas que juntas encontrariam um modo das escolas acontecerem de fato. E esta foi apenas à primeira de tantas outras, todas criadas e operadas por pais.

As escolas não possuem muros, estão conectadas com a cidade e de modo especial com as famílias, uma proposta que pensa no entorno físico e social como parceiros. Segundo Rinaldi, (2014, p. 16) “As escolas são ambientes organizados que oferecem ao ser humano um espaço de vida. [...] lugares envolventes para crianças e adultos, acolhendo-os numa rede de relações em um campo de possibilidades criativas de expressão e de comunicações múltiplas”.

A experiência pedagógica de Reggio Emilia é uma história que vem perpassando mais de quarenta anos e que pode ser descrita como um experimento pedagógico em toda uma comunidade. Como tal, ela é única; até onde temos conhecimento, jamais houve algo assim antes (RINALDI, 2014, p. 23).

Nossa preparação foi bem difícil.  Buscamos leituras; viajamos para capturar ideias e sugestões das poucas mas preciosas experiências inovadoras de outras cidades; organizamos seminários com amigos e com figuras vigorosas e inovadoras do cenário educacional nacional; tentamos experimentos; iniciamos intercâmbios com colegas suíços e franceses. O primeiro desses grupos (suíço) gravitava em torno da ideia de educação ativa e de tendências piagetianas, enquanto o segundo (francês) inventou uma escola muito estranha: a cada três anos esta escola se mudava para um novo local, onde a reconstrução de antigas casas de fazenda abandonadas seria a base do trabalho educacional com as crianças. Assim foi que avançamos, e gradualmente as coisas começaram a formar um padrão coerente (EDWARDS, FORMAN E GANDINI, 1999, p. 69).

Loris Malagguzi disse certa vez, “Montessori: ela é nossa mãe, mas como todos os filhos, tivemos de nos tornar independentes da mãe“ (Rinaldi, 2014, p. 29).

Nos anos de 1960, pós duas décadas sob controle do fascismo , que impedia o contato com as teorias americanas e europeias, tornavam-se conhecidas às obras de John Dewey, Henri Wallon, Ovide Decroly, Lev Vygotsky, entre outros. Nesse momento fazem parte dos estudos de Loris  Malaguzzi as técnicas de ensino de Celestine Freinet e as pesquisas de Piaget, do grupo suíço. Na década de 70 as influências no meio educacional eram psicólogos, filósofos e teóricos, como Howard Gardner, David Hawkins e Charles Morris.

A partir dessas fontes, recebemos ideias que persistiram e outras que não duraram muito – tópicos para discussão, razões para descobrirmos conexões, discordância com as mudanças culturais, ocasiões para debates e estímulos para conformarmos e expandirmos nas práticas e valores. E no geral, obtivemos um senso de versatilidade da teoria e das pesquisas (EDWARDS, FORMAN E GANDINI, 1999, p. 70).

Sobre a influência de Piaget em seu trabalho e sobre as divergências em alguns pontos, Malaguzzi dizia, agora podemos ver claramente como o construtivismo de Piaget isola a criança. Como resultado, olhamos criticamente esses aspectos; a subvalorização do papel do adulto na promoção do desenvolvimento cognitivo [...], a distância interposta entre pensamento e linguagem [...], o modo como o desenvolvimento cognitivo, afetivo e moral é tratado em trilhas separadas e paralelas [...] (EDWARDS, FORMAN E GANDINI, 1999, p. 92).

Entretanto, quando refletiam sobre o aprender e ensinar, concordavam que as crianças podem construir sua aprendizagem, Malaguzzi retoma outras características das pesquisas de Piaget,com as quais não havia divergência,  [...] alertou-nos de que deve ser tomada uma decisão sobre ensinar esquemas e estruturas diretamente ou apresentar à criança situações ricas de solução de

O objetivo da educação é aumentar as possibilidades para que a criança invente e descubra. As palavras não devem ser usadas como um atalho para o conhecimento. Como Piaget, concordamos que o objetivo do ensino é oferecer condições para a aprendizagem (EDWARDS, FORMAN E GANDINI, 1999, p. 93).

Inspiraram-se na visão de Piaget de que o objetivo do ensino é oferecer condições de aprendizado, mas compreenderam certa fraqueza quando a teoria descontextualiza e isola a criança. O que levou a experimentarem outra concepção, a de que o aprendizado das crianças se dá por meio de inter-relações, situando-se assim num contexto sociocultural, o que requer a construção de um ambiente que permita a interdependência e interação.

Desse modo, vieram a adotar uma perspectiva social construtora, na qual o conhecimento é visto como parte de um contexto dentro de um processo de produção de significados em encontros contínuos com os outros e com o mundo, e a criança e o educador são compreendidos como construtores do conhecimento e da cultura. Tal perspectiva permitiu aos educadores de Reggio Emilia abrirem-se para os preciosos insights sobre o psicólogo russo Lev Vygotsky (RINALDI, 2014, p. 28).

A abordagem de Vygotsky também está em concordância de como é visto o ensino e aprendizagem em Reggio Emilia, “Vygotsky lembra-nos de como o pensamento e a linguagem operam juntos para a formação das ideias e para o planejamento da ação e, depois, para a execução, controle, descrição e discussão desta ação.” (Edwards, Forman e Gandini, 1999, p. 95).

Segundo Rinaldi (2014), outra inspiração foi John Dewey, que via o aprendizado como um processo ativo e não uma transmissão pré-moldada e conhecimento. Com ele argumentou, o conhecimento é construído nas crianças por meio das atividades, com experimentações pragmáticas e livres, e com participação nas atividades.

Muitas foram às ideias e inspirações geradas e/ou encontradas e para colocá-las em prática foi preciso avançar com a prática educacional, sempre buscando maneiras de ligar as teorias aos problemas do trabalho diário.

Nossas teorias vêm de diferentes áreas e meditamos sobre elas bem como sobre os eventos que ocorrem em nossas próprias mãos. Contudo, uma teoria unificadora da educação que resume todos os fenômenos do ato de educar não existe (e jamais existirá). Entretanto, realmente temos um núcleo sólido em nossa abordagem em Reggio Emilia que vem diretamente das teorias e experiências da educação ativa e encontra realização em imagens particulares da criança, do professor, da família e da comunidade. Juntas, produzem uma cultura e um sociedade que conectam, ativa e criativamente, o crescimento tanto individual quanto social (EDWARDS, FORMAN E GANDINI, 1999, p. 97).

Os educadores de Reggio Emilia reuniram teorias e conceitos de diversos campos diferentes, não apenas da educação, mas também da filosofia, da arquitetura, da ciência, da literatura e da comunicação visual. Eles relacionaram seu trabalho a uma análise do mundo mais amplo e de seus contínuos processos de mudança (RINALDI, 2014, p. 24).

Princípios e aspectos da abordagem pedagógica .

As escolas sem muros nos mostram uma conexão com a cidade, famílias, organizações sociais e culturais, todos juntos para a execução de processos que levem às crianças a construir seu próprio conhecimento, processos esses que levam em conta as potencialidades das crianças,enxergando-as como capazes de estabelecer relações e compreender o mundo, construindo assim sua história.

A metodologia se baseia em princípios de respeito, responsabilidade e participação na via comunitária.

As escolas em Reggio Emilia não têm um currículo planejado. A cada ano sãodefinidos projetos a curto e longo prazo que servem para estruturação do trabalho, mas que podem ser modificados conforme a necessidade, tanto pelos professores como pelas crianças.

Os professores devem sempre estar atentos às crianças, como observadores e pesquisadores, permitindo que as crianças façam suas escolhas e a partir delas sentar juntos para discutir e refletir.

Em Reggio Emilia o professor aprende a escutar a criança, não apenas o que ela diz com a boca, mas o que ela expressa através de suas diferentes linguagens. “Escutar através da observação, da sensibilidade, da atenção, das diferentes linguagens” (Barbosa e Horn, 2008, p.118).

A escuta a que nos referimos engloba, portanto, um processo de compreensão, organização e reorganização sempre que necessário, aspectos essenciais para aquilo que professores e crianças fazem na escola, para assim o conhecimento ser produzido na relação com o outro e em colaboração com o contexto da escola e comunidade. O diálogo também se faz presente, pois com ele estabelecemos relações e através dele é possível expor ideias e descobertas.

A abordagem de Reggio Emilia valoriza a representação simbólica, os espaços são organizados para serem ambientes educativos e lúdicos. E um aspecto de extrema importância é como são organizados os espaços, eles enriquecem a abordagem educacional, oferecem e promovem oportunidades para as crianças explorarem seu potencial de aprendizagem social, afetiva e cognitiva. O ateliê é um espaço que propicia às crianças e professores a possibilidade de ampliar e explorar seus projetos, com pesquisas e experiências. “Muitos dos projetos e pesquisas da escola acontecem nesse espaço, porque este é um lugar especial, uma oficina, um depósito, com objetos e instrumentos que podem gerar fazeres e pensares, despertando as cem linguagens.” (Barbosa e Horn, 2008, p. 120).

Um espaço que ao mesmo tempo acolha e desafie as crianças, com a proposição de atividades que promovam a sua autonomia em todos os sentidos, a impregnação de todas as formas de expressão artística e das diferentes linguagens que possam  ser promovidas junto a elas (BARBOSA E HORN, 2008, p. 17).

Os ambientes são organizados com o envolvimento dos alunos, professores e famílias, tornando-se assim serenos e hospitaleiros, refletindo a cultura das pessoas que nele irão habitar. Dá-se muita atenção à beleza e harmonia da arquitetura, o que fica evidenciado nos móveis – inventados e construídos pelos pais e professores - nas cores das paredes, grandes janelas para entrada de luz, plantas e variados detalhes.

As escolas foram planejadas e criadas com a preocupação de serem parte integrantes do plano urbano da cidade, a ideia é deixá-las as vistas do público como forma de conexão. Os espaços que cercam as escolas também são essenciais, pois são considerados extensões das salas de aula, um local para que as crianças possam explorar.

Os espaços dentro das escolas são estabelecidos para propiciar relacionamentos e interações de todos, adultos ou crianças, o bem-estar de todos que passam algum tempo na escola é levado em conta na hora que se pensa sobre os ambientes. Entrada, sala de aula, ateliê, cozinha, banheiro, todas as partes dos ambientes são exploradas, portas, janelas, paredes e teto.

Nada é considerado marginal. Por exemplo, os espelhos nos banheiros e lavabos são cortados em diferentes formatos, para estimular as crianças a olhar para suas imagens de forma divertida. Os tetos são usados como espaço para a colocação de muitos tipos diferentes de esculturas aéreas ou belos móbiles, todos feitos com materiais transparentes, coloridos e incomuns, construídos pelas crianças e pendurados pelos professores. Existem paredes de vidro, para criar-se uma continuidade entre os jardins interiores e os jardins externos; contribuem para termos muito luz natural e oferecem uma ocasião para que se brinque com transparências e reflexos. As paredes de vidro também separam os espaços de trabalho para a criação de uma sensação comunitária.

Entretanto se alguém deseja estar sozinho, trabalhar só ou conversar com um amigo, existem várias opções, tais como o espaço dos mini-ateliers ou outros pequenoscompartimentos fechados onde podemos nos recolher e passar algum tempo(EDWARDS, FORMAN E GANDINI, 1999, p. 153).

Cada escola é apropriada para diferentes idades e níveis de desenvolvimento, dada a atenção devida ao ambiente físico. Nas creches os detalhes são para o bem-estar dos bebês, como por exemplo, “[...] salas cobertas com carpetes e travesseiros, onde as crianças podem engatinhar seguramente ou aconchegarem-se com uma professora para olhar um livro de figuras ou ouvir uma história.” (Edwards, Forman e Gandini, 1999, p. 154)

Os espaços são feitos por todos e para todos, a contribuição das crianças é de extrema importância, e ela acontece com a exibição dos trabalhos feitos pelas próprias crianças. Eles são expostos em todos os cantos da escola e ajudam a moldar o espaço.

Na maior parte do tempo, as exibições incluem, próximo ao trabalho das crianças, fotografias que contam o processo, mais uma descrição das várias etapas e da evolução da atividade ou projeto. As descrições são significativamente completadas com a transcrição dos comentários e das conversas das próprias crianças, ocorridos durante esta experiência particular (que frequentemente é registrada em fita). Portanto, as exposições internas, além de serem bem-desenhadas e de contribuírem para o aconchego do espaço, oferecem documentação sobre as etapas de seu processo.  

Acima de tudo, é um modo de transmitir aos pais, aos colegas e aos visitantes o potencial das crianças, suas capacidades em desenvolvimento e o que ocorre na escola (EDWARDS, FORMAN e GANDINI, 1999, p.155).

O ateliê: um lugar de sensibilização , termo utilizado pela equipe dos professores de Reggio Emilia. Os professores são considerados a primeira influencia por parte de maturação educacional. O terceiro educador é o ambiente, objeto de modificação e construção do conhecimento.

 Professor com formação e educação artística ou um artista local encarregado do atelier. Este profissional tem a função de auxiliar no desenvolvimento do currículo, bem como de registrar e documentar as atividades realizadas.

Nas palavras de Edwards, Forman e Gandini (1999, p. 161) “O papel do professor centraliza-se na provocação de oportunidades de descobertas, através de uma espécie defacilitação alerta e inspirada e de estimulação do diálogo, de ação conjunta e da co-construção do conhecimento pela criança”.

Em Reggio Emilia os professos trabalham em pares, o que é considerado difícil pois precisam adaptar-se e acomodar-se constantemente a fim de trabalharem juntos, cooperando entre si. Comunicando-se sempre com os pais, encorajando-os a evolverem-se com as atividades dos filhos a fim de compreender a infância de um modo mais rico.

O papel do pedagogista

Em Reggio Emilia conhecemos o pedagogista, para nós seria coordenador pedagógico, como todos os outros envolvidos o pedagogista faz parte desse sistema de relações que há nasescolas de Reggio, diversas funções fazem parte do seu ofício, como por exemplo os horários, atribuições e responsabilidades da equipe, mas aqui vamos destacar o trabalho do pedagogista com os professores.

O contato do pedagogista com os professores é constante, e vai desde assuntos relacionados ao desenvolvimento profissional dos professores até o trabalho com as crianças.

Certamente, a arte de trabalhar e de compartilhar com outros adultos – sejam colegas ou professores – demanda um longo aprendizado, o que não é fácil, mas é o caminho para o pleno desenvolvimento profissional e pessoal. Minha tarefa, de colaborar com os professores, é analisar e interpretar os direitos e necessidade de cada criança e cada família, e depois usar este conhecimento em me trabalho com as crianças. Igualmente importante é desenvolver relacionamento melhores entre pais e professores e estabelecer reuniões, de modo que todos venham a se conhecer e os projetos de currículo que estão a caminho possam ser explorados e criados juntos (EDWARDS, FORMAN E GANDINI, 1999, p. 126).

Permite a conexão entre teoria e prática, no trabalho do dia a dia. É um meio para o desenvolvimento profissional do educador, ao qual Reggio atribui grande importância, em especial pelo fato de o professor ser entendido e tratado tanto como pesquisador quanto como aprendiz (RINALDI, 2014, p. 45).

A observação, primeiro momento do processo de documentação, busca identificar situações, fala, gestos e produções das crianças que possam servir como pistas, indicadores dos caminhos de aprendizagem e desenvolvimentos das crianças, bem como as formas de atuação do professor e suas futuras intervenções.

A documentação inclui registros do diálogo das crianças e das atividades que executam, são feitas de várias maneiras – anotações, fotografia, vídeos e gravações em áudio.

Eles veem a documentação como uma ferramenta educacional, mas também como uma grande oportunidade.

Para o educador, a capacidade de refletir sobre a forma com que se dá o aprendizado significa que ele pode basear seu ensino não naquilo que deseja ensinar, mas naquilo que a criança deseja aprender. Desse modo, ele aprende a ensinar e, junto com as crianças, busca a melhor maneira de proceder (RINALDI, 2014, p. 185).

A documentação como atividade analítica e crítica é essencial para o crescimento do professor individualmente e para o sistema educacional como um todo. A documentação permite que o professor se torne um produtor de pesquisas, gerando novas ideais sobre currículo e sobre aprendizagem.

Toda descoberta do professor em relação às atitudes das crianças torna-se registro do que elas já sabem e quais os caminhos que estão construindo ou o percurso que estão buscando...

[...] uma das grandes lições de Reggio Emilia é a forma como as crianças pré-escolares podem usar o que chamam de linguagens gráficas para registrarem suas idéias, observações, recordações, sentimentos e assim por diante. Suas observações revelam como as linguagens gráficas são usadas para explorar os conhecimentos, reconstruir algo que já conheciam e construir em conjunto conhecimentos revisitados dos tópicos investigados (EDWARDS, FORMAN E GANDINI, 1999, p. 38).

O que podemos ter como uma segunda lição é que as crianças em Reggio usam seus próprios desenhos para trabalhos adicionais, como murais, esculturas, modelagem, etc. suas atividades não são apenas produtos decorativos que serão levados para casa depois,

Em Reggio Emilia, elas são como recursos para uma exploração adicional e para um maior aprofundamento do conhecimento sobre o tópico. Educadores de Reggio Emiliareferindo-se a essas representações visuais como linguagens gráficas, falam sobre crianças que “leem” os seus próprios desenhos e os de outras crianças. As crianças transcrevem os comentários gravados e as discussões entre elas próprias no trabalho; com esta documentação, os desenhos são “lidos” e “relidos” pela equipe de professores como uma base para o planejamento das próximas etapas na exploração do tópico (EDWARDS, FORMAN E GANDINI, 1999, p. 43).

Seguimos com um terceiro aprendizado, de que a experiência das crianças de desenhar a partir de suas próprias observações não parece inibir o desejo ou a capacidade de desenhar, pintar, e assim por diante, a partir de sua imaginação. “As crianças parecem ser competentes na expressão visual representativa, não representativa, realística e abstrata.

O relacionamento entre o professor e a criança é a nossa quarta lição, conforme Edwards, Forman e Gandini (1999, p. 46) “[...] os relacionamentos precisam conter interesse ou envolvimento mútuo, cujos pretextos e textos proporcionem a interação adulto/criança.” Portanto, o conteúdo do relacionamento entre o professor e a criança é rico com a formulação e solução de problemas. O trabalho com projetos oferece amplos textos, pretextos e contextos para conversas genuínas e extensas entre adultos e crianças (EDWARDS, FORMAN E GANDINI, 1999, p. 47).

Para finalizar a quinta lição é que “[...] quando os adultos comunicam um sincero e sério interesse pelas ideias das crianças em suas tentativas de se expressarem, um trabalho rico e complexo pode ocorrer, mesmo entre crianças muito pequenas” (Edwards, Forman e Gandini, 1999, p. 49).

Este é um maravilhoso trabalho realizado por Danielle Marafon e Ana Claudia Menezes, o qual tomei a liberdade de fazer um resumo , no que considero mais relevante para aprofundamento de meus estudos.


CONCLUSÃO



A abordagem Educacional de Reggio Emilia destaca-se, em primeiro lugar, por inovadora desde sua origem, quando, no pós-guerra, a primeira escola foi construída em condições econômicas e sociais era incerto, nascia ali um sonho de melhorar a vida das famílias e, sobretudo das crianças. Construída com a força e a união da comunidade. Não deixou de ser inovadora, e porque não dizer inspiradora e que estimula e entusiasma projetos pelo mundo a fora. 

Em segundo, pela quebra de paradigmas tradicionais de educação, já que compreensão é contrária a relação tradicionalista entre o detentor do saber e o recebedor, professor e aluno. Em tal projeto educacional propõe-se que o professor aprenda enquanto ensina, compreendendo a lógica de aprendizagem da criança por meio da escuta – que é o ponto central do trabalho pedagógico. A escola em Reggio Emilia está em contínua mudança porque o projeto de educação que propõe se baseia no relacionamento e na participação (rede de comunicação entre crianças, professores e pais), e, consequentemente, seu trabalho é reflexivo, repensa-se e reconstrói-se constantemente. 

A respeito do protagonismo infantil, conclui-se que para a criança se torne protagonista do seu conhecimento é preciso que esteja em um ambiente social, em intercâmbio com outras crianças e adultos, participando de práticas sociais historicamente construídos, internalizando experiências vividas que lhe propiciam dominar conceitos, valores e formas de comportamento.

A Pedagogia de Reggio Emilia traz ao professor a tarefa da escuta e do reconhecimento das múltiplas potencialidades de cada criança e ser capaz de escutar as crianças é ser capaz de mudar a forma como pensamos sobre elas.