Comunicação Eficaz


Comunicaçao Eficaz





Os grandes líderes são os melhores comunicadores que existem. 

Estão sempre conquistando pessoas, remediando crises e conquistando muito mais resultados.  Isso porque eles não estudam apenas para saber como falar bem, os líderes buscam a comunicação assertiva para que todo o processo de comunicação seja bem compreendido e não fique espaços para as dúvidas.

Muitos acreditam que a comunicação assertiva é um dom. Que o indivíduo já nasce com essa habilidade. Porém, há estudos que comprovam que  toda habilidade é fruto de prática e que é preciso treino, estudos de campo, observação e sensibilidade. Muita sensibilidade...
Uma parte importante do treino no que diz respeito a Palestras e Apresentações é ensinar como lidar com um público que está muitas das vezes contrariado, distraído, apático , desestimulado, distraído.
Soluções através de  questionamentos!?   Como se dá este processo  !?

Saber conversar, conquistar, pedir, questionar, se opor, ensinar, repassar funções, saber discordar das pessoas, são habilidades com as   quais temos que ter em mão ferramentas afim de convencer as pessoas a  fazer aquilo que estamos propondo. E é através dos questionamentos que os grandes líderes conseguem que seus liderados façam aquilo que não estavam dispostos num primeiro momento.  Uma técnica consiste em fazer perguntas para quebrar todas as objeções da pessoa com quem você está falando através das perguntas para que você possa ser assertivo na comunicação. E, normalmente, a primeira observação nunca é a verdadeira. Então, você precisa criar os questionamentos para que a pessoa continue te dando informações. O segundo ponto é que você nunca deve usar critérios que a outra pessoa não estipulou. Os seus questionamentos e repostas sempre deve usar os mesmos critérios estipulados pela outra pessoa. E um terceiro ponto importante é que você também não deve usar “por que”. Essa é uma expressão que bloqueia o seu ouvinte. Toda vez que ouvimos “por que”, nosso cérebro se fecha para a conversa. Dessa forma, você precisa usar questionamentos como o que motiva ou o que impede ,  até chegar à verdadeira objeção, ao verdadeiro ponto de interesse.

A eficácia de um trabalho em equipe, por exemplo, tem a comunicação como um dos pilares. A assertividade se dá quando você se consegue passar adiante uma informação sem que haja insegurança, dúvidas ou o risco de enganos e falhas. Ou seja, é preciso que o emissor seja claro para que o receptor receba o recado de forma correta.

Comunicação Eficaz.

1. Atenção ao que se vai falar - É preciso ter conhecimento sobre o que você vai abordar antes de sair dizendo qualquer coisa. Os que falam muito “eu acho” acabam fragilizando seu discurso e fazem com que os outros não acreditem nele. Tente mostrar o que você sabe usando suas experiências como exemplo. Isso dá credibilidade à sua fala.

2. Seja objetivo - De nada adianta falar sem parar se o que você diz não tem significado real. Enrolar, também, não é uma boa estratégia, visto que a falta de argumentos é facilmente constatada. Para ser assertivo, você deve ser direto, evitando rodeios desnecessários. Mas cuidado para não se tornar agressivo, impondo sua opinião e fazendo julgamento de valores. 

3. Atenção ao outro - Por mais que seu objetivo seja mostrar que você é um bom comunicador, é preciso, também, deixar o outro falar. Mesmo que você discorde da outra opinião, deixe que a pessoa conclua o seu raciocínio para que você mostre o seu ponto de vista com argumentos contundentes.

4. Certifique-se  - Esse é um dos pontos para a boa comunicação. Ao falar, você precisa se certificar de que o outro está acompanhando o seu raciocínio. É preciso saber se a pessoa captou a mensagem que você pretendia passar. Para isso, uma boa técnica é usar a empatia. Procure se colocar no lugar do outro. Será que ele está entendendo o que você fala? Você conversa deixando que ele também faça parte do bate-papo? Enquanto você argumenta, pense em como se sentiria se estivesse do outro lado.

5. Cuidado com os deslizes- Esse é um dos principais erros cometidos. É claro que alguns deslizes passam, mas é preciso tomar muito cuidado com a fala e a escrita.  Abandone os termos muito rebuscados que não representam nada, além de gírias e abreviaturas, que empobrece  o discurso.

6. Simpatia e bom humor - Não há estudos que comprovem que essa tática funciona, mas especialistas afirmam que pessoas bem-humoradas ganham pontos na comunicação. Isso porque elas conseguem manter a atenção do ouvinte com mais facilidade.

Mas saiba quem é o ouvinte para assegurar que esse tipo de postura cairá bem. E não exagere no senso de humor para não perder a credibilidade.

7. Use a emoção em seu favor  -  Fale com entusiasmo para mostrar ao outro que você acredita em suas palavras. Se você não tiver envolvimento com seu discurso, ficará ainda mais complicado fazer com que o outro demonstre interesse pelo que você conta.

8. Preste atenção na linguagem corporal - Não foque apenas na fala e na escrita.

A habilidade de se comunicar de forma honesta sem agredir ou soar ofensivo, mesmo quando sua posição é contrária a da pessoa com quem está se comunicando. Ela permite que você conquiste seu objetivo e leve as pessoas a aceitarem o que você está dizendo.

Nas empresas, a comunicação assertiva é utilizada por grandes líderes para remediar conflitos e motivar suas equipes. Isso porque, como já disse antes, o líder não pode saber apenas como se falar bem, mas ele precisa saber de comunicação como um todo.

Portanto, estude os gatilhos mentais que podem te ajudar na assertividade.

Cuidado para não ter uma expressão corporal agressiva e intimidadora.

Sempre pense como estaria no lugar da outra pessoa.

Seja sempre direto para não parecer que está enrolando.

Escute o que o outro está falando.

Não é porque você sabe colocar sua opinião que você deve fazer isso toda vez.

Tenha certeza de que o outro está acompanhando o seu raciocínio.

A comunicação assertiva é muito procurada nos ambientes corporativos porque soluciona conflitos e motiva pessoas de uma forma incrível, além do que possibilita diálogo entre os pares, seja num ambiente comercial, num espaço entre amigos ou mesmo num ambiente familiar.

Basta estar atento, ser um bom observador e, acima de tudo, um excelente questionador.

" FALOU COMIGO"


                                                                   "Falou  Comigo ?"


Aprendendo sobre  ATENÇÂO.


Claire Llewellyn  e  Mike  Gordon

Esta leitura nos faz refletir sobre tantos porquês...
Por que é tão importante estar atento a tudo e a  todos ?

Quando presto atenção, posso ouvir coisas maravilhosas:  o lindo  canto de um pássaro,o ruído de um gafanhoto na grama e dos pés na neve fresca e fofinha.

As vezes acho difícil prestar atenção. Por exemplo, quando estou muito ocupado assistindo televisão (e aí alguém bate na porta e eu nem ouço,)  brincando com meus amigos e meu pai chama minha atenção, quando mergulhando em minha banheira em busca de tesouros ou me imaginando voando para a lua de foguete, mesmo quando meus amigos estão em minha casa brincando comigo e eu nem percebo que estão falando comigo.

Algumas pessoas perguntam:  "Por que tenho que prestar atenção?"  Bem... Se você NÂO  prestar atenção, isso pode lhe causar problemas.

Imagine o que aconteceu quando não escutei o aviso do professor na visita ao museu!

( Todo mundo aqui as três horas, combinado? )

( E no aniversário de minha amiga Isabel )

Antes de sua festa , Isabel disse alguma coisa, mas eu não prestei atenção , advinha  que aconteceu?




OPS!  A HISTÓRIA NÃO ESTÁ NA ÍNTEGRA , ASSIM COMO AS ILUSTRAÇÕES,  POR CAUSA DE DIREITOS AUTORAIS, TODAVIA, VALE A PENA CONFERIR!




A Professora e a Maleta

A Professora e a Maleta


Lygia  Bojunga  Nunes

         A professora era gorducha; a maleta também. 
         A Professora era jovem; a maleta era velha, meio estragada, e de um lado tinha o desenho de um garoto e uma garota de mãos dadas, vestindo igual, cabelo igual, risada igual.
        A professora gostava de ver a classe contente, mal entrava na aula e já ia contando uma coisa engraçada. Depois abria a maleta e escolhia o pacote do dia. Tinha pacote pequenininho, médio, grande, tinha pacote embrulhado em papel de seda, metido em saquinho de plástico, tinha pacote tudo quanto é cor; não era à toa que a maleta ficava gorda daquele jeito.
          Só pela cor do pacote as crianças já sabiam o que ia acontecer. 
          Pacote azul era dia de inventar brincadeira de juntar menino e menina; não ficava mais valendo aquela história mofada de menino só brinca disso, menina só brinca daquilo, meninos do lado de cá, meninas do lado de lá. 
         Pacote cor-de-rosa era dia de aprender a cozinhar...

       Pacote verde era dia de aprender a pregar botão ...



OPS!  A HISTÓRIA NÃO ESTÁ NA ÍNTEGRA , ASSIM COMO AS ILUSTRAÇÕES,  POR CAUSA DE DIREITOS AUTORAIS, TODAVIA, VALE A PENA CONFERIR!




A Pedagogia de Reggio Emilia


A Pedagogia de  Reggio  Emília  -


"A Escola  Sem  Muros"
Projeto idealizado pelo pedagogo Loris Malaguzzi, implantado nas escolas de educação Infantil , realizado na Itália logo o término da segunda guerra, na cidade de Reggio Emilia. voltada para a criança como protagonista na construção do seu conhecimento.

A Pedagogia de Reggio Emilia admitiu que os adultos tivessem como tarefa prioritária a escuta e o reconhecimento das múltiplas potencialidades de cada criança, que deve ser atendida em sua individualidade. Juntamente como os pais e a comunidade de Reggio Emilia, e a sua metodologia utilizada na cidade, e o termo protagonismo infantil, associando os conhecimentos e conceitos teóricos aprendidos nas disciplinas ás leituras propostas, as aulas atividades, na web e nos livros e para responder as seguintes perguntas:

- Quem foi Loris Malaguzzi?   Como era sua metodologia? - O que é protagonismo Infantil?
Loris Malaguzzi nasceu em Correggio 23 de fevereiro de 1920, ele se formou em Pedagogia na Universidade de Urbino. Em 1940 ele começou a ensinar nas escolas primárias 1941-1943 em Sologno, uma cidade perto de Reggio Emilia, no município de Villa Minozzo. Em abril de 1945 ele se juntou ao projeto ambicioso de um grupo de pessoas comuns de origem rural de trabalho e que, em uma pequena aldeia perto de Reggio Emilia, decide construir e operar uma escola para crianças. Desta faísca vai nascer mais tarde outras escolas nos subúrbios e nos bairros mais pobres da cidade, todos autogestão.
Malaguzzi acredita firmemente que não é o que as crianças aprendem seguir automaticamente a partir de uma relação linear de causa e efeito entre os processos de ensino e os resultados, mas é em grande parte o trabalho das mesmas crianças, suas atividades e do uso dos recursos que têm. A escola é comparada a um canteiro de obras, em um laboratório permanente onde os processos de crianças e adultos de investigação estão interligados tão forte, viva e em evolução diária.
Reggio e Loris: e sua metodologia  -

Emilia Romana, cuja capital é Bolonha, é uma região do Norte da Itália com quatro milhões de habitantes, composta por 109 províncias; uma delas é Reggio Emilia. Não é uma cidade grande, no entanto está em plena expansão, tendo sido definida como “cidade mundo”.  Em 1946, logo após a Segunda Guerra Mundial, no Vilarejo de Vila Cella, trabalhadores e comerciantes que perderam tudo se uniram aos novos moradores que lá se estabeleceram a fim de construir uma escola para crianças pequenas. A escola foi erguida com a venda de um tanque de guerra, seis cavalos e três caminhões, deixados pelos alemães. Esse movimento inicial envolveu toda a comunidade, mas de modo especial os pais, pois nasceu do desejo de reconstrução da própria história e da possibilidade de uma vida melhor para seus filhos. Então, desde sua origem, Reggio Emilia é uma escola diferente, enraizada na vontade das famílias de construir um mundo melhor por meio da educação.
 Por meio desse processo de construção e ampliação das escolas, o maior ensinamento que os pais passaram a seus filhos foi à possibilidade de reconstrução com base nas ruínas e no sentido de coletividade e união para se alcançar um objetivo. Portanto, a escola de Reggio Emilia é inovadora também porque os pais dos alunos fazem parte dela; porque os eventos são organizados pelas famílias, professores e alunos, objetivando a integração e a coletividade; porque constitui uma continuidade do lar; e por causa da crescente intensificação do seu papel sociocultural naquela sociedade.
Nesse quadro, a perspectiva que emerge é a de aprender por meio da escuta, marcada pela disposição do professor em aprender enquanto ensina. A finalidade era que o educador aprendesse com a criança a dar aulas, mediante seu esforço em compreender a lógica de aprendizagem dela, e, a partir daí, a pensar alternativas eficientes para ajudá-la a continuar aprendendo. Nesse sentido, houve uma inversão de posição com relação ao detentor do saber, atribuindo mais valor ao conhecimento da criança. Esta metodologia educacional orienta, guia, cultiva o desenvolvimento intelectual, emocional, social e moral das crianças. É baseada na crença de que as crianças têm habilidades em potencial, e curiosidade e interesse na construção de sua aprendizagem, encaixar-se em interações sociais. O foco está em cada criança, não isoladamente, mas em conjunto com outras crianças, com a família, com os professores, com o ambiente da escola, da comunidade e do resto da sociedade.
 O que é protagonismo infantil?  A origem etimológica do termo remete à palavra protagonistés que, no idioma grego, significava o ator principal de uma peça teatral, ou aquele que ocupava o lugar principal em um acontecimento (Ferreira, 2004). As restrições mais comuns em relação ao uso desse termo, no jargão sociológico, se devem a fatores de ordem política, uma vez que a utilização alternativa da palavra 'participação' parece sugerir "uma abordagem mais democrática na ação social, sem colocar em destaque um protagonista singular" (Ferretti, Zibas & Tartuce, 2004, p. 3). A criança-sujeito se constitui na e pela interação com outras crianças, com os adultos, com o meio físico, social e ideológico. Na interação com o meio físico são importantes as brincadeiras, principalmente as tradicionais (fazem parte do folclore, que é cultura) – cultura infantil, que é constituída de elementos culturais, quase exclusivos das crianças caracterizados pela natureza lúdica, apesar de grande parte dos elementos da cultura infantil prover da cultura do adulto. 
Segundo Fillipini (2009), a escola é vista como espaço de vida, acredita no potencial das crianças e tem dela uma imagem positiva: “Cada um de nós tem o direito de ser protagonista, de ter papel ativo na aprendizagem na relação com os outros. Esse é o motor da educação”.               

A cidade de Reggio Emilia, localizada no norte da Itália, começa a ser reconhecida mundialmente na década de 90, quando pesquisadores norte-americanos dão inicio a divulgação da experiência italiana como referencia em educação da primeira infância. A ideia de aprendizagem e ensinamento focada na criança pequena de Reggio Emilia foi sendo construída com o passar dos anos, baseada no trabalho de Lóris Malaguzzi, com o  auxílio de professores, pais e alunos.

Para a construção da primeira escola, a terra foi doada por um fazendeiro, o material era retirado de casas que foram bombardeadas durante a guerra e o trabalho foi realizado por todos que pudessem ajudar pessoas que juntas encontrariam um modo das escolas acontecerem de fato. E esta foi apenas à primeira de tantas outras, todas criadas e operadas por pais.

As escolas não possuem muros, estão conectadas com a cidade e de modo especial com as famílias, uma proposta que pensa no entorno físico e social como parceiros. Segundo Rinaldi, (2014, p. 16) “As escolas são ambientes organizados que oferecem ao ser humano um espaço de vida. [...] lugares envolventes para crianças e adultos, acolhendo-os numa rede de relações em um campo de possibilidades criativas de expressão e de comunicações múltiplas”.

A experiência pedagógica de Reggio Emilia é uma história que vem perpassando mais de quarenta anos e que pode ser descrita como um experimento pedagógico em toda uma comunidade. Como tal, ela é única; até onde temos conhecimento, jamais houve algo assim antes (RINALDI, 2014, p. 23).

Nossa preparação foi bem difícil.  Buscamos leituras; viajamos para capturar ideias e sugestões das poucas mas preciosas experiências inovadoras de outras cidades; organizamos seminários com amigos e com figuras vigorosas e inovadoras do cenário educacional nacional; tentamos experimentos; iniciamos intercâmbios com colegas suíços e franceses. O primeiro desses grupos (suíço) gravitava em torno da ideia de educação ativa e de tendências piagetianas, enquanto o segundo (francês) inventou uma escola muito estranha: a cada três anos esta escola se mudava para um novo local, onde a reconstrução de antigas casas de fazenda abandonadas seria a base do trabalho educacional com as crianças. Assim foi que avançamos, e gradualmente as coisas começaram a formar um padrão coerente (EDWARDS, FORMAN E GANDINI, 1999, p. 69).

Loris Malagguzi disse certa vez, “Montessori: ela é nossa mãe, mas como todos os filhos, tivemos de nos tornar independentes da mãe“ (Rinaldi, 2014, p. 29).

Nos anos de 1960, pós duas décadas sob controle do fascismo , que impedia o contato com as teorias americanas e europeias, tornavam-se conhecidas às obras de John Dewey, Henri Wallon, Ovide Decroly, Lev Vygotsky, entre outros. Nesse momento fazem parte dos estudos de Loris  Malaguzzi as técnicas de ensino de Celestine Freinet e as pesquisas de Piaget, do grupo suíço. Na década de 70 as influências no meio educacional eram psicólogos, filósofos e teóricos, como Howard Gardner, David Hawkins e Charles Morris.

A partir dessas fontes, recebemos ideias que persistiram e outras que não duraram muito – tópicos para discussão, razões para descobrirmos conexões, discordância com as mudanças culturais, ocasiões para debates e estímulos para conformarmos e expandirmos nas práticas e valores. E no geral, obtivemos um senso de versatilidade da teoria e das pesquisas (EDWARDS, FORMAN E GANDINI, 1999, p. 70).

Sobre a influência de Piaget em seu trabalho e sobre as divergências em alguns pontos, Malaguzzi dizia, agora podemos ver claramente como o construtivismo de Piaget isola a criança. Como resultado, olhamos criticamente esses aspectos; a subvalorização do papel do adulto na promoção do desenvolvimento cognitivo [...], a distância interposta entre pensamento e linguagem [...], o modo como o desenvolvimento cognitivo, afetivo e moral é tratado em trilhas separadas e paralelas [...] (EDWARDS, FORMAN E GANDINI, 1999, p. 92).

Entretanto, quando refletiam sobre o aprender e ensinar, concordavam que as crianças podem construir sua aprendizagem, Malaguzzi retoma outras características das pesquisas de Piaget,com as quais não havia divergência,  [...] alertou-nos de que deve ser tomada uma decisão sobre ensinar esquemas e estruturas diretamente ou apresentar à criança situações ricas de solução de

O objetivo da educação é aumentar as possibilidades para que a criança invente e descubra. As palavras não devem ser usadas como um atalho para o conhecimento. Como Piaget, concordamos que o objetivo do ensino é oferecer condições para a aprendizagem (EDWARDS, FORMAN E GANDINI, 1999, p. 93).

Inspiraram-se na visão de Piaget de que o objetivo do ensino é oferecer condições de aprendizado, mas compreenderam certa fraqueza quando a teoria descontextualiza e isola a criança. O que levou a experimentarem outra concepção, a de que o aprendizado das crianças se dá por meio de inter-relações, situando-se assim num contexto sociocultural, o que requer a construção de um ambiente que permita a interdependência e interação.

Desse modo, vieram a adotar uma perspectiva social construtora, na qual o conhecimento é visto como parte de um contexto dentro de um processo de produção de significados em encontros contínuos com os outros e com o mundo, e a criança e o educador são compreendidos como construtores do conhecimento e da cultura. Tal perspectiva permitiu aos educadores de Reggio Emilia abrirem-se para os preciosos insights sobre o psicólogo russo Lev Vygotsky (RINALDI, 2014, p. 28).

A abordagem de Vygotsky também está em concordância de como é visto o ensino e aprendizagem em Reggio Emilia, “Vygotsky lembra-nos de como o pensamento e a linguagem operam juntos para a formação das ideias e para o planejamento da ação e, depois, para a execução, controle, descrição e discussão desta ação.” (Edwards, Forman e Gandini, 1999, p. 95).

Segundo Rinaldi (2014), outra inspiração foi John Dewey, que via o aprendizado como um processo ativo e não uma transmissão pré-moldada e conhecimento. Com ele argumentou, o conhecimento é construído nas crianças por meio das atividades, com experimentações pragmáticas e livres, e com participação nas atividades.

Muitas foram às ideias e inspirações geradas e/ou encontradas e para colocá-las em prática foi preciso avançar com a prática educacional, sempre buscando maneiras de ligar as teorias aos problemas do trabalho diário.

Nossas teorias vêm de diferentes áreas e meditamos sobre elas bem como sobre os eventos que ocorrem em nossas próprias mãos. Contudo, uma teoria unificadora da educação que resume todos os fenômenos do ato de educar não existe (e jamais existirá). Entretanto, realmente temos um núcleo sólido em nossa abordagem em Reggio Emilia que vem diretamente das teorias e experiências da educação ativa e encontra realização em imagens particulares da criança, do professor, da família e da comunidade. Juntas, produzem uma cultura e um sociedade que conectam, ativa e criativamente, o crescimento tanto individual quanto social (EDWARDS, FORMAN E GANDINI, 1999, p. 97).

Os educadores de Reggio Emilia reuniram teorias e conceitos de diversos campos diferentes, não apenas da educação, mas também da filosofia, da arquitetura, da ciência, da literatura e da comunicação visual. Eles relacionaram seu trabalho a uma análise do mundo mais amplo e de seus contínuos processos de mudança (RINALDI, 2014, p. 24).

Princípios e aspectos da abordagem pedagógica .

As escolas sem muros nos mostram uma conexão com a cidade, famílias, organizações sociais e culturais, todos juntos para a execução de processos que levem às crianças a construir seu próprio conhecimento, processos esses que levam em conta as potencialidades das crianças,enxergando-as como capazes de estabelecer relações e compreender o mundo, construindo assim sua história.

A metodologia se baseia em princípios de respeito, responsabilidade e participação na via comunitária.

As escolas em Reggio Emilia não têm um currículo planejado. A cada ano sãodefinidos projetos a curto e longo prazo que servem para estruturação do trabalho, mas que podem ser modificados conforme a necessidade, tanto pelos professores como pelas crianças.

Os professores devem sempre estar atentos às crianças, como observadores e pesquisadores, permitindo que as crianças façam suas escolhas e a partir delas sentar juntos para discutir e refletir.

Em Reggio Emilia o professor aprende a escutar a criança, não apenas o que ela diz com a boca, mas o que ela expressa através de suas diferentes linguagens. “Escutar através da observação, da sensibilidade, da atenção, das diferentes linguagens” (Barbosa e Horn, 2008, p.118).

A escuta a que nos referimos engloba, portanto, um processo de compreensão, organização e reorganização sempre que necessário, aspectos essenciais para aquilo que professores e crianças fazem na escola, para assim o conhecimento ser produzido na relação com o outro e em colaboração com o contexto da escola e comunidade. O diálogo também se faz presente, pois com ele estabelecemos relações e através dele é possível expor ideias e descobertas.

A abordagem de Reggio Emilia valoriza a representação simbólica, os espaços são organizados para serem ambientes educativos e lúdicos. E um aspecto de extrema importância é como são organizados os espaços, eles enriquecem a abordagem educacional, oferecem e promovem oportunidades para as crianças explorarem seu potencial de aprendizagem social, afetiva e cognitiva. O ateliê é um espaço que propicia às crianças e professores a possibilidade de ampliar e explorar seus projetos, com pesquisas e experiências. “Muitos dos projetos e pesquisas da escola acontecem nesse espaço, porque este é um lugar especial, uma oficina, um depósito, com objetos e instrumentos que podem gerar fazeres e pensares, despertando as cem linguagens.” (Barbosa e Horn, 2008, p. 120).

Um espaço que ao mesmo tempo acolha e desafie as crianças, com a proposição de atividades que promovam a sua autonomia em todos os sentidos, a impregnação de todas as formas de expressão artística e das diferentes linguagens que possam  ser promovidas junto a elas (BARBOSA E HORN, 2008, p. 17).

Os ambientes são organizados com o envolvimento dos alunos, professores e famílias, tornando-se assim serenos e hospitaleiros, refletindo a cultura das pessoas que nele irão habitar. Dá-se muita atenção à beleza e harmonia da arquitetura, o que fica evidenciado nos móveis – inventados e construídos pelos pais e professores - nas cores das paredes, grandes janelas para entrada de luz, plantas e variados detalhes.

As escolas foram planejadas e criadas com a preocupação de serem parte integrantes do plano urbano da cidade, a ideia é deixá-las as vistas do público como forma de conexão. Os espaços que cercam as escolas também são essenciais, pois são considerados extensões das salas de aula, um local para que as crianças possam explorar.

Os espaços dentro das escolas são estabelecidos para propiciar relacionamentos e interações de todos, adultos ou crianças, o bem-estar de todos que passam algum tempo na escola é levado em conta na hora que se pensa sobre os ambientes. Entrada, sala de aula, ateliê, cozinha, banheiro, todas as partes dos ambientes são exploradas, portas, janelas, paredes e teto.

Nada é considerado marginal. Por exemplo, os espelhos nos banheiros e lavabos são cortados em diferentes formatos, para estimular as crianças a olhar para suas imagens de forma divertida. Os tetos são usados como espaço para a colocação de muitos tipos diferentes de esculturas aéreas ou belos móbiles, todos feitos com materiais transparentes, coloridos e incomuns, construídos pelas crianças e pendurados pelos professores. Existem paredes de vidro, para criar-se uma continuidade entre os jardins interiores e os jardins externos; contribuem para termos muito luz natural e oferecem uma ocasião para que se brinque com transparências e reflexos. As paredes de vidro também separam os espaços de trabalho para a criação de uma sensação comunitária.

Entretanto se alguém deseja estar sozinho, trabalhar só ou conversar com um amigo, existem várias opções, tais como o espaço dos mini-ateliers ou outros pequenoscompartimentos fechados onde podemos nos recolher e passar algum tempo(EDWARDS, FORMAN E GANDINI, 1999, p. 153).

Cada escola é apropriada para diferentes idades e níveis de desenvolvimento, dada a atenção devida ao ambiente físico. Nas creches os detalhes são para o bem-estar dos bebês, como por exemplo, “[...] salas cobertas com carpetes e travesseiros, onde as crianças podem engatinhar seguramente ou aconchegarem-se com uma professora para olhar um livro de figuras ou ouvir uma história.” (Edwards, Forman e Gandini, 1999, p. 154)

Os espaços são feitos por todos e para todos, a contribuição das crianças é de extrema importância, e ela acontece com a exibição dos trabalhos feitos pelas próprias crianças. Eles são expostos em todos os cantos da escola e ajudam a moldar o espaço.

Na maior parte do tempo, as exibições incluem, próximo ao trabalho das crianças, fotografias que contam o processo, mais uma descrição das várias etapas e da evolução da atividade ou projeto. As descrições são significativamente completadas com a transcrição dos comentários e das conversas das próprias crianças, ocorridos durante esta experiência particular (que frequentemente é registrada em fita). Portanto, as exposições internas, além de serem bem-desenhadas e de contribuírem para o aconchego do espaço, oferecem documentação sobre as etapas de seu processo.  

Acima de tudo, é um modo de transmitir aos pais, aos colegas e aos visitantes o potencial das crianças, suas capacidades em desenvolvimento e o que ocorre na escola (EDWARDS, FORMAN e GANDINI, 1999, p.155).

O ateliê: um lugar de sensibilização , termo utilizado pela equipe dos professores de Reggio Emilia. Os professores são considerados a primeira influencia por parte de maturação educacional. O terceiro educador é o ambiente, objeto de modificação e construção do conhecimento.

 Professor com formação e educação artística ou um artista local encarregado do atelier. Este profissional tem a função de auxiliar no desenvolvimento do currículo, bem como de registrar e documentar as atividades realizadas.

Nas palavras de Edwards, Forman e Gandini (1999, p. 161) “O papel do professor centraliza-se na provocação de oportunidades de descobertas, através de uma espécie defacilitação alerta e inspirada e de estimulação do diálogo, de ação conjunta e da co-construção do conhecimento pela criança”.

Em Reggio Emilia os professos trabalham em pares, o que é considerado difícil pois precisam adaptar-se e acomodar-se constantemente a fim de trabalharem juntos, cooperando entre si. Comunicando-se sempre com os pais, encorajando-os a evolverem-se com as atividades dos filhos a fim de compreender a infância de um modo mais rico.

O papel do pedagogista

Em Reggio Emilia conhecemos o pedagogista, para nós seria coordenador pedagógico, como todos os outros envolvidos o pedagogista faz parte desse sistema de relações que há nasescolas de Reggio, diversas funções fazem parte do seu ofício, como por exemplo os horários, atribuições e responsabilidades da equipe, mas aqui vamos destacar o trabalho do pedagogista com os professores.

O contato do pedagogista com os professores é constante, e vai desde assuntos relacionados ao desenvolvimento profissional dos professores até o trabalho com as crianças.

Certamente, a arte de trabalhar e de compartilhar com outros adultos – sejam colegas ou professores – demanda um longo aprendizado, o que não é fácil, mas é o caminho para o pleno desenvolvimento profissional e pessoal. Minha tarefa, de colaborar com os professores, é analisar e interpretar os direitos e necessidade de cada criança e cada família, e depois usar este conhecimento em me trabalho com as crianças. Igualmente importante é desenvolver relacionamento melhores entre pais e professores e estabelecer reuniões, de modo que todos venham a se conhecer e os projetos de currículo que estão a caminho possam ser explorados e criados juntos (EDWARDS, FORMAN E GANDINI, 1999, p. 126).

Permite a conexão entre teoria e prática, no trabalho do dia a dia. É um meio para o desenvolvimento profissional do educador, ao qual Reggio atribui grande importância, em especial pelo fato de o professor ser entendido e tratado tanto como pesquisador quanto como aprendiz (RINALDI, 2014, p. 45).

A observação, primeiro momento do processo de documentação, busca identificar situações, fala, gestos e produções das crianças que possam servir como pistas, indicadores dos caminhos de aprendizagem e desenvolvimentos das crianças, bem como as formas de atuação do professor e suas futuras intervenções.

A documentação inclui registros do diálogo das crianças e das atividades que executam, são feitas de várias maneiras – anotações, fotografia, vídeos e gravações em áudio.

Eles veem a documentação como uma ferramenta educacional, mas também como uma grande oportunidade.

Para o educador, a capacidade de refletir sobre a forma com que se dá o aprendizado significa que ele pode basear seu ensino não naquilo que deseja ensinar, mas naquilo que a criança deseja aprender. Desse modo, ele aprende a ensinar e, junto com as crianças, busca a melhor maneira de proceder (RINALDI, 2014, p. 185).

A documentação como atividade analítica e crítica é essencial para o crescimento do professor individualmente e para o sistema educacional como um todo. A documentação permite que o professor se torne um produtor de pesquisas, gerando novas ideais sobre currículo e sobre aprendizagem.

Toda descoberta do professor em relação às atitudes das crianças torna-se registro do que elas já sabem e quais os caminhos que estão construindo ou o percurso que estão buscando...

[...] uma das grandes lições de Reggio Emilia é a forma como as crianças pré-escolares podem usar o que chamam de linguagens gráficas para registrarem suas idéias, observações, recordações, sentimentos e assim por diante. Suas observações revelam como as linguagens gráficas são usadas para explorar os conhecimentos, reconstruir algo que já conheciam e construir em conjunto conhecimentos revisitados dos tópicos investigados (EDWARDS, FORMAN E GANDINI, 1999, p. 38).

O que podemos ter como uma segunda lição é que as crianças em Reggio usam seus próprios desenhos para trabalhos adicionais, como murais, esculturas, modelagem, etc. suas atividades não são apenas produtos decorativos que serão levados para casa depois,

Em Reggio Emilia, elas são como recursos para uma exploração adicional e para um maior aprofundamento do conhecimento sobre o tópico. Educadores de Reggio Emiliareferindo-se a essas representações visuais como linguagens gráficas, falam sobre crianças que “leem” os seus próprios desenhos e os de outras crianças. As crianças transcrevem os comentários gravados e as discussões entre elas próprias no trabalho; com esta documentação, os desenhos são “lidos” e “relidos” pela equipe de professores como uma base para o planejamento das próximas etapas na exploração do tópico (EDWARDS, FORMAN E GANDINI, 1999, p. 43).

Seguimos com um terceiro aprendizado, de que a experiência das crianças de desenhar a partir de suas próprias observações não parece inibir o desejo ou a capacidade de desenhar, pintar, e assim por diante, a partir de sua imaginação. “As crianças parecem ser competentes na expressão visual representativa, não representativa, realística e abstrata.

O relacionamento entre o professor e a criança é a nossa quarta lição, conforme Edwards, Forman e Gandini (1999, p. 46) “[...] os relacionamentos precisam conter interesse ou envolvimento mútuo, cujos pretextos e textos proporcionem a interação adulto/criança.” Portanto, o conteúdo do relacionamento entre o professor e a criança é rico com a formulação e solução de problemas. O trabalho com projetos oferece amplos textos, pretextos e contextos para conversas genuínas e extensas entre adultos e crianças (EDWARDS, FORMAN E GANDINI, 1999, p. 47).

Para finalizar a quinta lição é que “[...] quando os adultos comunicam um sincero e sério interesse pelas ideias das crianças em suas tentativas de se expressarem, um trabalho rico e complexo pode ocorrer, mesmo entre crianças muito pequenas” (Edwards, Forman e Gandini, 1999, p. 49).

Este é um maravilhoso trabalho realizado por Danielle Marafon e Ana Claudia Menezes, o qual tomei a liberdade de fazer um resumo , no que considero mais relevante para aprofundamento de meus estudos.


CONCLUSÃO



A abordagem Educacional de Reggio Emilia destaca-se, em primeiro lugar, por inovadora desde sua origem, quando, no pós-guerra, a primeira escola foi construída em condições econômicas e sociais era incerto, nascia ali um sonho de melhorar a vida das famílias e, sobretudo das crianças. Construída com a força e a união da comunidade. Não deixou de ser inovadora, e porque não dizer inspiradora e que estimula e entusiasma projetos pelo mundo a fora. 

Em segundo, pela quebra de paradigmas tradicionais de educação, já que compreensão é contrária a relação tradicionalista entre o detentor do saber e o recebedor, professor e aluno. Em tal projeto educacional propõe-se que o professor aprenda enquanto ensina, compreendendo a lógica de aprendizagem da criança por meio da escuta – que é o ponto central do trabalho pedagógico. A escola em Reggio Emilia está em contínua mudança porque o projeto de educação que propõe se baseia no relacionamento e na participação (rede de comunicação entre crianças, professores e pais), e, consequentemente, seu trabalho é reflexivo, repensa-se e reconstrói-se constantemente. 

A respeito do protagonismo infantil, conclui-se que para a criança se torne protagonista do seu conhecimento é preciso que esteja em um ambiente social, em intercâmbio com outras crianças e adultos, participando de práticas sociais historicamente construídos, internalizando experiências vividas que lhe propiciam dominar conceitos, valores e formas de comportamento.

A Pedagogia de Reggio Emilia traz ao professor a tarefa da escuta e do reconhecimento das múltiplas potencialidades de cada criança e ser capaz de escutar as crianças é ser capaz de mudar a forma como pensamos sobre elas.

Dia do Professor

No Brasil, o Dia do Professor é comemorado em 15 de outubro.



No dia 15 de outubro de 1827, Pedro I, Imperador do Brasil baixou um Decreto Imperial que criou o Ensino Elementar no Brasil. Pelo decreto, "todas as cidades, vilas e lugarejos tivessem suas escolas de primeiras letras". Esse decreto falava de bastante coisa: descentralização do ensino, o salário dos professores, as matérias básicas que todos os alunos deveriam aprender e até como os professores deveriam ser contratados. A ideia, inovadora e revolucionária, teria sido ótima - caso tivesse sido cumprida.

Mas foi somente em 1947, 120 anos após o referido decreto, que ocorreu a primeira comemoração de um dia efetivamente dedicado ao professor.

Começou em São Paulo, em uma pequena escola no número 1520 da Rua Augusta, onde existia o Ginásio Caetano de Campos, conhecido como "Caetaninho". O longo período letivo do segundo semestre ia de 1 de junho a 15 de dezembro, com apenas dez dias de férias em todo este período. Quatro professores tiveram a ideia de organizar um dia de parada para se evitar a estafa – e também de congraçamento e análise de rumos para o restante do ano.

O professor Salomão Becker sugeriu que o encontro se desse no dia de 15 de outubro, data em que, na sua cidade natal, Piracicaba, professores e alunos traziam doces de casa para uma pequena confraternização. A sugestão foi aceita e a comemoração teve presença maciça - inclusive dos pais. O discurso do professor Becker, além de ratificar a ideia de se manter na data um encontro anual, ficou famoso pela frase " Professor é Profissão. Educador é Missão". Com a participação dos professores Alfredo Gomes, Antônio Pereira e Claudino Busko, a ideia estava lançada.

A celebração, que se mostrou um sucesso, espalhou-se pela cidade e pelo país nos anos seguintes, até ser oficializada nacionalmente como feriado escolar pelo Decreto Federal 52.682, de 14 de outubro de 1963. O Decreto definia a essência e razão do feriado: "Para comemorar condignamente o Dia do Professor, os estabelecimentos de ensino farão promover solenidades, em que se enalteça a função do mestre na sociedade moderna, fazendo participar os alunos e as famílias".

Cada país tem sua data comemorativa.

Na  India comemora-se  em  5 de setembro  -  Ele não é um feriado na Índia -  É considerado um "dia comemorativo", onde professores e estudantes vão para as escolas como de costume, mas as atividades habituais e de classe são substituídas por atividades de celebração, agradecimentos e recordações. Em algumas escolas neste dia, a responsabilidade de ensinar é deixada por conta dos alunos das séries mais avançadas como uma avaliação por seus professores.

Na  Malásia é comemorado  no dia  16  de março

Na  Turquia  é  comemorado  em 24  de novembro.

Na  Albânia em  7 de março.

Na  China  em   10 de setembro.

Na República Tcheca, o Dia do Professor é um feriado não oficial, comemorado em 28 de março. As crianças levam flores para seus professores. Representantes do governo utilizam este dia para demonstrar agradecimento a esta profissão e premiar os melhores professores.

O Dia do Professor no Irã é comemorado em 2 de maio .

O Dia Internacional do Professor na América Latina é 11 de setembro, em comemoração ao dia da morte de Domingo Faustino Sarmiento, um político argentino e pedagogo respeitado. Esta data foi estabelecida na Conferência Interamericana sobre Educação de 1943, no Panamá.

Muitos países latino-americanos, porém, têm uma data separada para comemorar o Dia do Professor de acordo com acontecimentos de sua própria história. No Brasil, o Dia do Professor é 15 de outubro.

No México 15 de maio .

No Peru, o Dia do Professor é comemorado em 6 de julho.

Na Polônia o Dia do Professor, ou Dia da Educação Nacional é 14 de outubro.

Na Rússia o Dia do Professor é 5 de outubro. Antes de 1994, esse dia era comemorado no primeiro domingo de outubro.

Em Singapura, o Dia do Professor é um feriado oficial escolar, comemorado em 1 de setembro. As comemorações são geralmente realizadas no dia anterior, quando os estudantes têm metade do dia livre.

Na Eslováquia, o Dia do Professor é um feriado não oficial, comemorado em 28 de março.

Na Coreia do Sul o Dia do Professor é 15 de maio. Nesse dia, os professores são geralmente presenteados com cravos por seus alunos e ambos desfrutam de um dia escolar mais curto. Ex-estudantes prestam seus respeitos aos seus antigos professores visitando-os e oferecendo-lhes presentes. Atualmente muitas escolas por todo o país suspendem suas aulas para comemorarem esta data.

Na República da China (Taiwan) é comemorado em 28 de setembro. O dia presta homenagem às virtudes, às dificuldades dos professores e também as suas contribuições não apenas em relação aos seus próprios alunos, mas também para com toda a sociedade. As pessoas geralmente aproveitam o dia para expressar sua gratidão aos seus professores, tais como lhes fazendo uma visita ou enviando-lhes um cartão.

Tailândia em 16 de janeiro foi adotado como o Dia do Professor .

Nos Estados Unidos da América, o Dia do Professor é um feriado não oficial na terça-feira da primeira semana de maio.

No Vietnã, o dia do educador  cai em 20 de novembro. Os estudantes têm o dia livre, mas se espera que eles visitem seus atuais e antigos professores em suas casas e lhes levem flores para demonstrar sua consideração.




Dicas de filmes em que o profissional em destaque é o Professor, seja na Educação infantil, nas áreas de Ciência,  Exatas, Humanas, nas Artes , na Filosofia, na Sociologia, enfim, dedicado aqueles que fizeram e fazem parte de nossas escolhas. Que nos possibilitam adentrar no mundo letrado e que nos faz pensar, refletir e colocar em prática, tudo que com eles aprendemos.

O Começo da Vida  - 2016
A série de seis episódios, que traz especialistas e personagens de nove países de diferentes continentes, tem como questão central a pergunta: "estamos cuidando bem dos primeiros anos de vida, que definem tanto o presente quanto o futuro da humanidade?". Explorando a fundo diversos aspectos da infância, criação familiar e educação infantil, a produção parte da descoberta da neurociência que diz que nós, humanos, somos resultado da combinação genética, qualidade das relações e do ambiente em que estamos inseridos.

A Máscara em que você vive  - 2015
Com o objetivo de fazer entender "o que é ser homem" em nossa sociedade, este filme mostra um professor de escola pública que reúne oito de seus alunos, todos meninos com idades entre 13 e 16 anos, para que eles usassem uma máscara de papel. Então, os adolescentes deveriam escrever na frente de suas máscaras qual a impressão que eles acreditam que passam aos outros e, no lado de dentro, o que eles escondem das pessoas.

Essa é a máscara da masculinidade, e o filme explora as relações entre essa máscara e questões como machismo, violência, drogas e suicídio.

Anne   - 2017
A série de ficção mostra uma garota de 13 anos chamada Anne, que é criada por pais adotivos e pertence a uma classe social inferior à de seus colegas de escola. Temas como desigualdade social, bullying e relação familiar são abordados com o passar dos episódios – tudo sob o olhar da própria criança.

Merlí  -  2015
De produção espanhola, a série se passa em uma escola cujo protagonista é um professor de filosofia e pai de um de seus alunos. Cada episódio aborda as ideias de algum pensador importante, como, por exemplo, Nietzsche e Schopenhauer, e o professor desenvolve essas ideias usando métodos pouco ortodoxos, abordando temas como política, sexualidade, educação e a relação entre alunos e professores.

Preciosa – Uma história de Esperança   -  2009
O premiado filme de Lee Daniels mostra a história de vida de Claireece "Preciosa" Jones, uma jovem cuja vida difícil é marcada por abusos. Abusada pelo próprio pai, a garota dá à luz a dois de seus filhos, o que gerou uma relação complicada com sua mãe, com quem ela vive. Analfabeta, Preciosa ganha uma chance de mudar de vida quando é transferida para uma escola alternativa.

Escritores da Liberdade  -  2007
Baseado em uma história real, este filme narra a história da professora novata Erin Grunwell, que chega para lecionar em uma escola estigmatizada pela violência e preconceitos raciais. Inconformada com a realidade local, a educadora escolhe usar métodos diferentes de ensino para conseguir lidar com aquele grupo de alunos, que, aos poucos, aprendem um pouco mais sobre o respeito ao próximo.

Treino para a Vida  - 2005
Samuel L. Jackson é Ken Carter, dono de uma loja de artigos esportivos que aceita se tornar o técnico de basquete de sua antiga escola, que fica em uma área pobre da cidade. Seu rígido regime exigia a assinatura de um contrato por parte dos alunos, que se comprometeram com questões como respeito, aparência e, especialmente, tirar boas notas em todas as matérias.

Escola de Rock  -  2004
Expulso de sua banda, um guitarrista de rock aceita dar aulas como professor substituto de música em uma escola particular. Ao identificar um potencial talento naquele grupo de alunos, ele decide criar uma banda e participar de um festival, sem que os pais das crianças tivessem conhecimento.

O Sorriso de Monalisa  -  2003
Recém-formada, uma jovem professora é contratada para lecionar história da arte em uma escola só para mulheres, mas, além de ensinar a matéria, a educadora decide confrontar os valores extremamente conservadores da instituição, mostrando às alunas que elas poderiam aspirar por muito mais do que se tornarem apenas boas esposas no futuro.

A Voz do Coração  -  2004
Este filme francês retrata um famoso maestro que, ao saber do falecimento de sua mãe, decide retornar à sua cidade natal. Lá, ele encontra um diário escrito por seu professor de música, e começa a relembrar muitas coisas de sua infância, na década de 1940. Então, ele assume a missão de ensinar música a crianças de um pensionato, mas o faz contrariando os métodos disciplinares rígidos da época.



De acordo a Rodolfo Pena o Dia do Professor consiste numa data em que se homenageia os responsáveis pelo desenvolvimento da educação e do conhecimento no país, abrangendo um escopo de profissionais que trabalham desde a educação infantil até o ensino superior universitário. Como todos sabemos, trata-se de uma das mais importantes profissões praticadas no mundo, afinal, sem ela, a transmissão de conhecimentos e a correta apreensão destes pelas pessoas seriam praticamente impossíveis.

No Brasil, para se tornar professor, é preciso ter um curso superior em uma área relacionada com o ensino, seja a Pedagogia, seja um curso na modalidade de licenciatura, onde se apreende os principais conceitos didáticos pedagógicos, além de se angariar as primeiras experiências em sala de aula.

Além disso, qualquer outro cidadão que tenha concluído o ensino superior com uma formação complementar posterior (pós-graduação lato sensu ou stricto senso) também pode ministrar aulas na universidade, com a recomendação de que o profissional faça uma especialização de docência em nível superior ou algum outro curso correspondente.

O grande problema com relação ao exercício do professorado é a desvalorização de sua profissão. Embora seja uma das competências mais admiradas pela sociedade, os profissionais da área sofrem com os baixos salários, as precárias condições de trabalho em alguns casos ou o trabalho excessivo em outros, além de outros fatores, como a indisciplina dos alunos e a superlotação das salas. Essa realidade reflete-se no baixo interesse dos estudantes em se tornarem professores, pois a minoria dos que prestam vestibular e Enem deseja ingressar em carreiras relacionadas com a licenciatura ou pedagogia.

Soma-se a esses fatores o peso que, muitas vezes, o professor carrega em educar os estudantes, haja vista que, não raro, as famílias transferem essa responsabilidade para a escola. Segundo o professor e filósofo Mario Sérgio Cortella, há uma diferença nem sempre muito nítida entre “educar” e “escolarizar”, sendo a primeira uma responsabilidade dos pais e da família e a segunda a função do professor e da escola.

Apesar de todas as dificuldades e percalços, a carreira de professor é bastante importante e oferece uma grande oportunidade para que as pessoas não só acumulem saberes, mas que também oportunizem a outras pessoas o desenvolvimento das diferentes formas de conhecimento. Vale lembrar que a função do professor não é a de transmitir informações, mas fazer com que o aluno consiga assimilar melhor as características e processos inerentes ao mundo em que vive.
Texto retirado do site  Brasil Escola por Rodolfo Pena.

Aos Mestes com carinho.

Uns são homens;
Alguns são professores;
Poucos são mestres.
Aos primeiros, escuta-se;
Aos segundos, respeita-se;
Aos últimos, segue-se.
Se hoje enxergo longe,
E porque fui colocado em ombros de gigantes!
                                                                                                                                                                                                                             ( Desconhecido )


Aos velhos e jovens professores,
Aos mestres de todos os tempos que foram
 agraciados pelos céus por essa missão tão digna e feliz. 
Ser professor é um privilégio.
 Ser professor é semear em terreno sempre fértil e se encantar com a colheita. 
Ser professor é ser condutor de almas e de sonhos, é lapidar diamantes.

                                                                                                                               Gabriel Chalita


Nem sempre foram, são e serão  reconhecidos .
Um olhar atento ao outro. 
Cativando e cultivando , sempre !!!
Trabalho que exige 
Sensibilidade, 
Sabedoria, 
Discernimento, 
Astúcia, 
Persistência, 
Dedicação e  
Responsabilidade. 








O DONO DA BOLA

O DONO DA BOLA

Ruth  Rocha


Esta leitura possibilita  trabalhar os conceitos EGOCENTRISMO  X   ALTRUÍSMO.
Um olhar atento ao outro.
Buscar junto aos alunos  especificidades, singularidades de cada indivíduo seja no ambiente escolar, na sala de aula, em casa, na família ou mesmo no entorno.
Com certeza, haverá muito a ser discutido e muito mais a ser explorado mediante a leitura e análise deste texto.

Este é o Caloca. Ele é um amigo muito legal.
Mas ele não foi sempre assim, não. Antigamente ele era o menino mais enjoado de toda a rua.
E não se chamava Caloca.
O nome dele era Carlos Alberto.
E sabem porque ele era assim enjoado ?
Eu não tenho certeza, mas acho que é porque ele era dono da bola.
Mas me deixem contar a história do começo.
Caloca morava na casa mais bonita da nossa rua.
Os brinquedos que Caloca tinha, vocês não podem imaginar! Até um trem elétrico ele ganhou do avô.
E tinha bicicleta,com farol e buzina, e tinha tenda de índio, carrinhos de todos os tamanhos e uma bola de futebol, de verdade.
Caloca só não tinha amigos. Porque ele brigava com todo mundo. Não deixava ninguém brincar com os brinquedos dele.
Mas futebol ele tinha que jogar com a gente, porque futebol não se joga sozinho.
O nosso time estava cheio de amigos.
O que nós não tínhamos era bola de futebol. Só bola de meia, mas não é a mesma coisa.
Bom mesmo é bola de couro, como a do Caloca.
Mas, toda vez que a gente ia jogar com o Caloca, acontecia a mesma coisa. Era só o juiz marcar qualquer falta do Caloca que ele gritava logo:
- Assim eu não jogo mais! Dá  aqui a minha bola!
- Ah, Caloca, não vá embora, tenha espírito esportivo, jogo é jogo...
- Espírito esportivo , nada ! - berrava Caloca. 
E não me chame de Caloca, meu nome é Carlos Alberto !
E, assim, Carlos Alberto acabava com tudo que era jogo.
A coisa começou a complicar mesmo, quando resolvemos entrar no campeonato do nosso bairro.
A gente precisava treinar com bola de verdade para não estranhar na hora do jogo.
Mas os treinos nunca chegavam ao fim.
Carlos Alberto estava sempre procurando encrenca:
- Se o Beto jogar de centroavante, eu não jogo!
- Se eu não for o capitão do time, vou embora!
- Se o treino for muito cedo, eu não trago a minha bola!
E quando não se fazia o que ele queria, já se sabe, levava a bola embora e adeus treino.



(...)

- Nós  não queremos sua bola, não.
- Ué, por que ?
- Você sabe muito bem. No melhor do jogo você sempre dá um jeito de levar a bola embora.
- Eu não, só quando vocês me amolam.
- Pois é  por isso mesmo que nós  não queremos, só se você der a bola pro time de uma vez.
- Ahh , essa não! Está pensando que eu sou bobo ?
E Carlos Alberto continuou sozinho. Mas eu acho que ele não estava gostando de estar sempre sozinho.
No domingo, ele convidou Xereta pr brincar com o trem elétrico.
Na segunda, levou o Beto para ver os peixes na casa dele.
Na terça, me chamou pra brincar de índio.
E, na quarta, mais ou menos no meio do treino, lá vem ele com a bola debaixo do braço.
- Oi, turma, que tal jogar com uma bola de verdade ?

(...)

- Eu só quero jogar com vocês...
Os treinos recomeçaram animadíssimos. O final do campeonato estava chegando e nós precisávamos recuperar o tempo perdido. Carlos Alberto estava outro. Jogava direitinho e não criava caso com ninguém.
E, quando nós ganhamos o jogo final do campeonato, todo mundo se abraçou.
A gente gritava...

Então, o Carlos Alberto gritou:
- Ei, pessoal, não me chamem de Carlos Alberto!
Podem me chamar de Caloca!

Outra dica consiste em se trabalhar com os alunos tantos outros apelidos aos jogadores do time...



OPS!  A HISTÓRIA NÃO ESTÁ NA ÍNTEGRA , ASSIM COMO AS ILUSTRAÇÕES,  POR CAUSA DE DIREITOS AUTORAIS, TODAVIA, VALE A PENA CONFERIR!




ALÔ, PAPAI!

ALÔ, PAPAI !   ALÔ  MAMÃE!

ALICE HORN
JOELLE TOURLONIAS

TRADUÇÃO -  HELOISA  PRIETO

Uma leitura descontraída, dinâmica, criativa e instigante .
As imagens são fascinantes.
Simples assim !
Uma boa dica de leitura para trabalhar de forma criativa são os  meios de transportes, explorando a criatividade dos alunos .
Há  a oportunidade de se trabalhar num contexto de teatro, com os alunos, em diferentes faixas-etárias.

M A R A V I L H O S O!





- Alô ?
- Alô, papai !

- É você,  filho?

- Onde é que você está, papai ?

- No trabalho.

- Papai,
quando você vier pra casa você me traz um presente ?

- Claro que sim.
Vou levar para você um ...T R A T O R !
Só que com asas.

- Um trator com asas ?
Mas, papai, trator não tem asas.

(...)

- Bem, então , vou levar uma pessoa !
Eu mesmo, o seu próprio pai, de presente pra você!

Surpresa !  Olha quem chegou...





- Alô ?
Alô, mamãe!

- Alô, filha ! É você ?

- Onde você está, mamãe ?

- A mamãe esta trabalhando.

- Quando você vai chegar em casa ?

- Daqui a pouquinho !
Já vou subir a escada da
minha nuvem particular para chegar voando até você.

- Mas mamãe, nuvem não tem escada.
Só caminhão de bombeiro!

- Que ótima ideia !
Vou pegar emprestado um caminhão de bombeiro,
com velas voadoras, para chegar juntinho de você.

- Mãeee !


(...)

- É mesmo ?  Então olhe pela janela ...
O que é que você está vendo ?

- Eu vejo seu carro !
Mamãe, que surpresa !
Você veio falando no viva-voz ?
Você chegou mesmo rapidinho ...




OPS!  A HISTÓRIA NÃO ESTÁ NA ÍNTEGRA , ASSIM COMO AS ILUSTRAÇÕES,  POR CAUSA DE DIREITOS AUTORAIS, TODAVIA, VALE A PENA CONFERIR!