Avaliação por Luckesi

A avaliação serve para Auxiliar - Diagnosticar
 Complementar as ações do Educador



De acordo a Luckesi, " a avaliação é um julgamento de valor sobre manifestações relevantes da realidade, tendo em vista uma tomada de decisão" e, que  o modelo ideal  estabelecido. e o autoritarismo, daí o juízo de valor,  aprovar, desaprovar e  classificar.

A avaliação da aprendizagem destina-se na tomada de decisão, no sentido de construir com o educando os conhecimentos que possibilite o seu efetivo desenvolvimento. O erro não é para condenar o sujeito, mas para vir a fortalecer o aprendizado do aluno.
O ato de avaliar não se destina a um julgamento definitivo. A avaliação deve ser diagnóstica, destina-se a melhoria do ciclo de vida, portanto, é um ato amoroso, uma meta a ser alcançada.

A prática pedagógica passou a ser a prática do exame, principalmente no terceiro ano do ensino médio , onde os alunos estão voltados para a promoção, assim como os pais e os estabelecimentos de ensino, voltados para os resultados das provas e exames,  para os dados. Essa provas possuem um nível de complexidade acima do foi trabalhado e são usadas para disciplinar, coibir comportamentos, selecionar e classificar.
Comênios afirmava que a educação deve estar centrada na ação, porém o medo é um excelente meio para manter os alunos atentos as atividades escolares.

No  modelo liberal conservador há três situações: a educação tradicional, renovada e tecnicista, todos equalizam as diferenças sociais, porém essa equalização só pode acontecer num outro sistema social , o modelo firmado por Paulo Freire.  Pedagogia Libertária,  centrada na concepção de que a educação deve ser um instrumento de conscientização onde a organização política dos educandos é transformadora.
Há também a pedagogia dos conteúdos sócio-culturais em que Demerval Saviani fala da igualdade de oportunidades, transmissão e assimilação dos conteúdos e a transformação desses conteúdos no contexto de uma prática social.

A avaliação deverá resgatar sua função diagnóstica como instrumento dialético de avanço, transformação e assimilação dos conteúdos, onde professor e aluno serão companheiros na identificação de novos rumos. Onde cada avanço será considerado. Visto que é inaceitável a conduta de fragilizar o aluno, subestimá-lo, denegrir sua imagem, em contra partida, exaltar aquele que sabe, pois os erros devem ser compreendidos visando a sua constituição, pois a medida que se sabe a origem, surgirão novos caminhos e propostas de superação. Em suma , a avaliação é um diagnóstico dos resultados intermediários e finais.

O autor também fala da Escola democrática, aquela que promove o acesso, garante a permanência e a terminalidade, satisfatória dos envolvidos. Estabelecendo uma  proposição significativa de conhecimentos, compreendendo os estágios de aprendizagem, medindo resultados, planejando novas ações, caminhando junto ao aluno, fazendo ajustes construtivos, retomando o percurso, investindo na construção dos resultados que queremos e ou desejamos. 
A democratização da educação escolar, como meio de desenvolvimento do educando do ponto de vista coletivo e individual, sustenta-se em três  elementos básicos: acesso universal do ensino, permanência na escola e qualidade satisfatória instrutiva..

Cabe a escola trabalhar o desenvolvimento cognitivo do aluno, respeitando seu conhecimento de mundo, seus hábitos e habilidades, sua autonomia, sua cidadania, fazendo com que os alunos sejam capazes de desenvolver convicções morais, sociais,políticas e metodológicas.

Afirmando que o processo de assimilação acontece por meio da mediação, daí a importância das práticas docentes serem planejadas, executadas e avaliadas, objetivando obter os resultados esperados.

Tendo como princípio político o interesse de que o aluno aprenda, é importante considerar que para alcançar tais princípios há de se planejar, traçar objetivos, por meio de uma proposta curricular, através do projeto político pedagógico.

O planejamento define os resultados e os meios a serem atingidos; a execução constrói os resultados; e a avaliação serve de instrumento de verificação de resultados planejados que estão sendo detidos , assim como para fundamentar decisões que devem ser tomados para que os resultados sejam construídos.

Planejamento, execução e avaliação são recursos da busca de um desejo, onde o que interessa poderá  comprometer os resultados esperados. É uma atividade pela qual se projetam fins e se estabelecem meios para atingi-las, Ações filosófico-políticas , incorporando dimensões políticas, técnicas e científicas, decisórias do que fazer e como fazer acontecer. Não apenas preenchimento de formulários.Tudo coordenado, inspecionado na construção das diretrizes da instituição de ensino, onde gestor/coordenador promovem a condição necessário para que tudo aconteça.

O planejamento de ensino, exige do educador um conhecimento seguro sobre o que deseja fazer com a educação, seus valores, um conhecimento histórico-social do aluno, a teoria de sua personalidade e um conhecimento cientifico.Objetivando com isso um embasamento para que se faça uma avaliação da aprendizagem escolar com resultados satisfatórios.

Enquanto o planejamento traça os caminhos, a avaliação subsidia  os redirecionamentos que venham a se fazer necessários no percurso da ação.

A avaliação é um ato de investigar a qualidade dos resultados intermediários ou finais de uma ação, subsidiando sempre sua melhora. Uma forma tanto de diagnosticar o trabalho do professor quanto do aluno. Auxilia o educando no desenvolvimento pessoal, a partir do processo ensino-aprendizagem, e responde a sociedade pela qualidade do trabalho educativo realizado.
A avaliação, como ato amoroso, acolhe, não julga e, quando julga, é para dar novos rumos ao processo. Quando acolhemos , integramos. A avaliação tem dois objetivos: auxiliar o educando no seu desenvolvimento pessoal a partir do processo ensino-aprendizagem e responder a sociedade pela qualidade do trabalho desenvolvido.
O diagnóstico  tem por objetivo levantar dados e criar condições para a obtenção de melhores resultados.

Portanto Luckesi tem como proposta de trabalho, romper com a pedagogia do autoritarismo, as práticas que visam o julgamento de valor, romper com hegenomia tradicional, mera transmissão de conteúdos/seleção,classificação e reafirma quanto a importância de se trabalhar com um conceito renovado, centrado no sentimento, motivador.

Uma pedagogia libertadora , acolhedora, que dá curso a vida, que constrói, que acrescenta, que promove um bem maior...E não uma cultura ingênua, como afirmava Paulo freire, onde os educandos não saem da mesmice, até porque acreditam que está dando certo.

Avaliação por Jussara Hoffmam

Avaliar diz respeito a ética. 
Busca coerência entre o agir e o pensar.

Avaliar para buscar procedimentos, para se auto avaliar, para mudar a prática, fazer ajustes e por fim , reavaliar...




Avaliar envolve coleta de dados, que é o registro organizado para condução da prática e tomada de decisões. O professor oportuniza aos alunos. diferentes caminhos, olha, observa, analisa, registra o antes, o agora e o depois para que o processo de aprendizagem, realmente, aconteça. 
Estabelecendo assim, a Meta Cognição: como eu aprendo, como eu prefiro aprender, como eu consigo apreender. Daí os critérios de avaliação.
A avaliação perde seu sentido quando  sua finalidade passa a ser mero desempenho.

Precisa-se avaliar no sentido de refletir. De perceber quais são meus alunos. Um olhar atento sobre cada sujeito, suas particularidades, potencialidades, captando sua lógica de raciocínio, suas dificuldades, tudo dentro de processo contínuo de ação-reflexão- ação, para que , realmente, se chegue a uma conduta mais adequada, mais específica.

Criar procedimentos sem o objetivo de classificação, comparação, seleção. Estabelecendo contextos de aprendizagens que possibilitem aos envolvidos, Educador e Educando , resultados satisfatórios.

Portanto, faz-se necessário a reflexão em meio ao percurso.  Na visão de Jussara Hoffmam, a avaliação deve ser um acompanhamento para redimensionar, para buscar novas ações, num processo contínuo de mediação/observação.

Observo e avalio  para agir melhor.  

Educação e Infância

Concepção de criança - a criança é um sujeito histórico e de direitos por meio das relações/interações e práticas que vivencia. 




Partindo desse pressuposto, constrói sua identidade pessoal e coletiva/cultural.

Concepção de infância: são condições sociais, históricas e culturais que se consolidam em diferentes contextos, em que multiplas infãncias modificam e se modificam construindo seus saberes , de acordo ao tempo, ao espaço e materiais; manisfestando-se nas diferentes linguagens, ensinando e reensinando os adultos,  a olhar o mundo com "olhos de criança".
A infãncia , não é singular, nem única,  é sim reconhecida como um período da vida, diferenciado da vida adulta.
Um corpo presente, no aqui e agora em interação com os outros, portanto, com direitos civis.

Por muito tempo, a atenção dada a elas, nos estudos das áreas do conhecimento estavam sempre pautadas na relação com a família. Ocultava-se  as crianças negando seu momento presente preocupados exclusivamento com o seu vir a ser, , com a perspectiva de transformar-se em. Desse modo, a infância era concebida como um momento de passagem.
A escola  tinha o papel de complementar as ações da família .
Agora, o estado assume, obrigatóriamente a ação de educar e cuidar .

A compreensão de uma Pedagogia de Infância está pautada em  produção de cultura em suas ações lúdicas, repletas de prazeres e sentidos, quando brincam ou jogam, respeitando os princípios de infãncia, numa perspectiva interdisciplinar, integrando saberes em meio ao planejamento e organização do espaço e as condições e materiais adequados e necessários.

Que espaços são estes, que ambiente é este que a escola deve estabelecer?

É um espaço sistematizado e organizado com equipamentos, materiais , dentro de um espaço formal com um conjunto de práticas que buscam articular as experiências, os saberes, com o conhecimento da criança, do que ela traz consigo, e aproveitando este conhecimento e a partir deste, sistematizar, ampliar, dentro dessa modalidade, para esta faixa-etária, sem o propósito de vivenciar experiência no sentido de promover, alfabetizar.

Dái uma nova organização curricular, em 2006, uma vez que integra a Educação Básica à Educação Infantil, com a necessidade de se organizar um currículo dentro do Projeto Político Pedagógico, levando em conta o que a União nos estabelece e a ação do professor e da escola, dentro daquela comunidade específica.
Um documento em que possibilita mudanças Ele tem uma organização, porém, se necessárias, pode ser alterado/articulado de maneira a atender aos objetivos propostos  a curto, a médio e alongo prazo.
Antes o currículo era visto como um conjunto de conteúdos e hoje devemos entendê-lo como um conjunto de saberes, sendo eles: Currículo Formal , Informal e oculto.
Hoje a Educação Infantil tem por função dar início ao Currículo e cabe a educação basica, dar a continuidade. destacando que o centro de toda ação curricular é a criança,ela deve ser vista como o todo, com suas especificidades, seu desenvolvimento integral, como figura central do processo, trabalhando a sua singularidade assim como sua coletividade.

A infância é, simultaneamente, uma categoria social de sujeitos ativos, que interpretam e agem o mundo. Nessa ação estruturam e estabelecem padrões culturais, sendo este o diferencial do conceito de infância.
As práticas pedagógicas devem compreender a diversidade e a as diferenças entre os sujeitos. A diversidade se manifesta tanto nas características físicas, psíquicas, sociais, culturais e biológicas. Muitas vezes essa desigualdade acarreta modos de exclusão e segregação. É importante reconhecer as crianças como sujeitos que vivem no mundo em sua plenitude afetiva, cognitiva e social.
É imprescindível olhar para as crianças respeitando e fomentando suas manifestações culturais e potencialidades, enquanto criadoras /de cultura, com direitos de serem falantes/ouvintes, leitoras/escritoras, autônomas/autorais.

Daí a importância da integração dos saberes, as contribuições das diferentes áreas do conhecimento  que vem estudando o período de vida e as características das infâncias situadas na contemporaneidade. Admitindo que as mudanças históricas, sociais, políticas econômicas e culturais tem impacto  no modo de pensar sobre a infãncia, assim como no modo de as crianças viverem experiências diversas dessa fase. Trabalhar na construção de teorias compreendendo a organização das etapas da vida humana como fenòmeno histórico. Dar substãncia a esses ciclos da vida, atrelando-os aos modos concretos de inserção dos sujeitos no seu mundo social, em situações históricos-sociais específicas, nas quais limites maturacionais universais interajam com a heterogeneidade cultura, gerando uma espécie de "cultura -das- idades" de acordo a Oliveira. Atuando na construção de um currículo integrador para a infãncia
Sendo assim, o brincar é um direito e é fundamental ao desenvolvimento da criança. Não obstante, fazem-se necessárias as condições institucionais para o currículo, contemplando espaços físicos para além da sala de aula.

É importante que a criança dialogue com outras crianças, apesar de sempre considerar e reconhecer as especificidades etárias. Também cabe a escola buscar meios adequados para acesso e permanência, considerando que a base das nossas construções teóricas permeiam concepções sócio interacionais. E o lúdico, as brincadeiras é o meio com o qual eu levo esse conhecimento. em que diferentes práticas contribuem para os diferentes aspectos da criança.
Considerando que implicitamente se concede o conceito de letramento, lembrando que o currículo deve contemplar inúmeras práticas: ética ( moral), o que posso e o que não posso; política (cidadania) onde o altruísmo se faz presente; estético ( lúdico) entendendo que brincando a criança aprende, sempre considerando a realidade local, sem o objetivo de comparar, segregar, classificar ou promover, onde a criança, quando comparada, esta comparação deve acontecer dela com ela mesma, ou seja, ações mediadas no processo de interação.

Até porque, Concepção de Currículo se dá num conjunto de práticas que buscam articular as experiências e os saberes. 

Na transição para o Ensino Fundamental a proposta pedagógica deve prever formas para garantir a continuidade do processo de aprendizagem e desenvolvimento das crianças, respeitando as especificidades etárias, sem antecipação de conteúdos, que deverão e serão trabalhados no ensino Fundamental.

Portanto, o desafio de caracterizar os sujeitos do Ciclo Interdisciplinar exige pensar a palavra infãncia no seu plural, tanto no sentido de considerar como sujeitos , todos os envolvidos no processo ensino-aprendizagem, como no intuito de considerar a diversidade da infãncia, em sua história. 
São crianças pertencentes a diferentes configurações familiares, de diferentes classes sociais, gêneros, etnias, com deficiência e com potencialidades, que criem entre pares, culturas locais,as quais precisam ser consideradas em sua integralidade e em suas singularidades. 

Como afirma Paulo freire, Educadores e Educandos dialogando, trabalhando juntos, ação-reflexaçao-ação, fortalecendo a cada dia, a cada momento de interação, novos saberes, novos olhares e novas ações no que se refere a infãncia e sua leitura de mundo.