Educação e Infância

Concepção de criança - a criança é um sujeito histórico e de direitos por meio das relações/interações e práticas que vivencia. 




Partindo desse pressuposto, constrói sua identidade pessoal e coletiva/cultural.

Concepção de infância: são condições sociais, históricas e culturais que se consolidam em diferentes contextos, em que multiplas infãncias modificam e se modificam construindo seus saberes , de acordo ao tempo, ao espaço e materiais; manisfestando-se nas diferentes linguagens, ensinando e reensinando os adultos,  a olhar o mundo com "olhos de criança".
A infãncia , não é singular, nem única,  é sim reconhecida como um período da vida, diferenciado da vida adulta.
Um corpo presente, no aqui e agora em interação com os outros, portanto, com direitos civis.

Por muito tempo, a atenção dada a elas, nos estudos das áreas do conhecimento estavam sempre pautadas na relação com a família. Ocultava-se  as crianças negando seu momento presente preocupados exclusivamento com o seu vir a ser, , com a perspectiva de transformar-se em. Desse modo, a infância era concebida como um momento de passagem.
A escola  tinha o papel de complementar as ações da família .
Agora, o estado assume, obrigatóriamente a ação de educar e cuidar .

A compreensão de uma Pedagogia de Infância está pautada em  produção de cultura em suas ações lúdicas, repletas de prazeres e sentidos, quando brincam ou jogam, respeitando os princípios de infãncia, numa perspectiva interdisciplinar, integrando saberes em meio ao planejamento e organização do espaço e as condições e materiais adequados e necessários.

Que espaços são estes, que ambiente é este que a escola deve estabelecer?

É um espaço sistematizado e organizado com equipamentos, materiais , dentro de um espaço formal com um conjunto de práticas que buscam articular as experiências, os saberes, com o conhecimento da criança, do que ela traz consigo, e aproveitando este conhecimento e a partir deste, sistematizar, ampliar, dentro dessa modalidade, para esta faixa-etária, sem o propósito de vivenciar experiência no sentido de promover, alfabetizar.

Dái uma nova organização curricular, em 2006, uma vez que integra a Educação Básica à Educação Infantil, com a necessidade de se organizar um currículo dentro do Projeto Político Pedagógico, levando em conta o que a União nos estabelece e a ação do professor e da escola, dentro daquela comunidade específica.
Um documento em que possibilita mudanças Ele tem uma organização, porém, se necessárias, pode ser alterado/articulado de maneira a atender aos objetivos propostos  a curto, a médio e alongo prazo.
Antes o currículo era visto como um conjunto de conteúdos e hoje devemos entendê-lo como um conjunto de saberes, sendo eles: Currículo Formal , Informal e oculto.
Hoje a Educação Infantil tem por função dar início ao Currículo e cabe a educação basica, dar a continuidade. destacando que o centro de toda ação curricular é a criança,ela deve ser vista como o todo, com suas especificidades, seu desenvolvimento integral, como figura central do processo, trabalhando a sua singularidade assim como sua coletividade.

A infância é, simultaneamente, uma categoria social de sujeitos ativos, que interpretam e agem o mundo. Nessa ação estruturam e estabelecem padrões culturais, sendo este o diferencial do conceito de infância.
As práticas pedagógicas devem compreender a diversidade e a as diferenças entre os sujeitos. A diversidade se manifesta tanto nas características físicas, psíquicas, sociais, culturais e biológicas. Muitas vezes essa desigualdade acarreta modos de exclusão e segregação. É importante reconhecer as crianças como sujeitos que vivem no mundo em sua plenitude afetiva, cognitiva e social.
É imprescindível olhar para as crianças respeitando e fomentando suas manifestações culturais e potencialidades, enquanto criadoras /de cultura, com direitos de serem falantes/ouvintes, leitoras/escritoras, autônomas/autorais.

Daí a importância da integração dos saberes, as contribuições das diferentes áreas do conhecimento  que vem estudando o período de vida e as características das infâncias situadas na contemporaneidade. Admitindo que as mudanças históricas, sociais, políticas econômicas e culturais tem impacto  no modo de pensar sobre a infãncia, assim como no modo de as crianças viverem experiências diversas dessa fase. Trabalhar na construção de teorias compreendendo a organização das etapas da vida humana como fenòmeno histórico. Dar substãncia a esses ciclos da vida, atrelando-os aos modos concretos de inserção dos sujeitos no seu mundo social, em situações históricos-sociais específicas, nas quais limites maturacionais universais interajam com a heterogeneidade cultura, gerando uma espécie de "cultura -das- idades" de acordo a Oliveira. Atuando na construção de um currículo integrador para a infãncia
Sendo assim, o brincar é um direito e é fundamental ao desenvolvimento da criança. Não obstante, fazem-se necessárias as condições institucionais para o currículo, contemplando espaços físicos para além da sala de aula.

É importante que a criança dialogue com outras crianças, apesar de sempre considerar e reconhecer as especificidades etárias. Também cabe a escola buscar meios adequados para acesso e permanência, considerando que a base das nossas construções teóricas permeiam concepções sócio interacionais. E o lúdico, as brincadeiras é o meio com o qual eu levo esse conhecimento. em que diferentes práticas contribuem para os diferentes aspectos da criança.
Considerando que implicitamente se concede o conceito de letramento, lembrando que o currículo deve contemplar inúmeras práticas: ética ( moral), o que posso e o que não posso; política (cidadania) onde o altruísmo se faz presente; estético ( lúdico) entendendo que brincando a criança aprende, sempre considerando a realidade local, sem o objetivo de comparar, segregar, classificar ou promover, onde a criança, quando comparada, esta comparação deve acontecer dela com ela mesma, ou seja, ações mediadas no processo de interação.

Até porque, Concepção de Currículo se dá num conjunto de práticas que buscam articular as experiências e os saberes. 

Na transição para o Ensino Fundamental a proposta pedagógica deve prever formas para garantir a continuidade do processo de aprendizagem e desenvolvimento das crianças, respeitando as especificidades etárias, sem antecipação de conteúdos, que deverão e serão trabalhados no ensino Fundamental.

Portanto, o desafio de caracterizar os sujeitos do Ciclo Interdisciplinar exige pensar a palavra infãncia no seu plural, tanto no sentido de considerar como sujeitos , todos os envolvidos no processo ensino-aprendizagem, como no intuito de considerar a diversidade da infãncia, em sua história. 
São crianças pertencentes a diferentes configurações familiares, de diferentes classes sociais, gêneros, etnias, com deficiência e com potencialidades, que criem entre pares, culturas locais,as quais precisam ser consideradas em sua integralidade e em suas singularidades. 

Como afirma Paulo freire, Educadores e Educandos dialogando, trabalhando juntos, ação-reflexaçao-ação, fortalecendo a cada dia, a cada momento de interação, novos saberes, novos olhares e novas ações no que se refere a infãncia e sua leitura de mundo.

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