Dobraduras

 Dobraduras de Papel


As dobraduras são fundamentais para ajudar no desenvolvimento das crianças, sem deixar de ser gratificante até para os adultos que aderem aos origamis e outros moldes com um simples papel!

A dobradura é uma técnica em que utilizamos papel (sem recortes e sem cola) para criar figuras através de dobras. Na cultura japonesa, há uma técnica de dobraduras muito conhecida que é o origami.

Origami é o nome dado à uma técnica japonesa que consiste em dobrar papéis até se alcançar a forma desejada, sem utilizar tesoura, cola ou fita adesiva, apenas vincos corretamente feitos que originam as mais diversas representações de animais e objetos.

Melhora a memória, já que tem que contar quantos desdobramentos fez e quantos ainda tem que fazer. Desenvolve a concentração visual e mental ao estar centrado em conseguir a figura de origami.

As figuras feitas em origami são carregadas de simbolismos: o sapo representa o amor e a fertilidade; a tartaruga, a longevidade; e o tsúru, a mais famosa figura de origami, é o desejo de boa sorte, felicidade e saúde.

Na matemática, o origami pode ser tratado pela topologia e pela geometria combinatória. Diferentemente da geometria, na topologia as figuras podem ser esticadas ou deformadas de seu estado original sem passarem a ser consideradas objetos diferentes, desde que não se faça nenhum buraco ou qualquer remendo nelas.

Proposta didática com a estratégia de como ensinar , passo a passo, uma dobradura. E para facilitar a aprendizagem do passo a passo, optei por criar uma brincadeira, onde eu pergunto ao objeto se posso transformá-lo , e como que aguardando a autorização, a cada dobradura, novos objetos vão se formando e contribuindo para a memorização e ou aprendizagem .

Pegue uma folha sulfite e faça uma dobra ao meio, transformando numa "cabaninha". faça uma segunda dobra, transformando a cabana num "livro". Faça uma terceira dobra, transformando o livro em uma "janelinha". Faça outra dobra, transformando a janelinha em um "castelo". Faça outra dobra, transformando o castelo, levantando a porta do castelo, fazendo uma dobra na linha das janelas do castelo. Agora, dobre ao meio a parte de traz da "parede do castelo", também na altura das janelas. Faça outra dobra como se fosse abaixar uma parte da porta. Agora, feche novamente a janelinha. E, finalmente abra a dobradura, formando um banquinho.



Os Três Jacarezinhos

 Os Três Jacarezinhos

Helen Ketteman

Will Terry

Era uma vez três jacarezinhos que viviam com a mãe em um pântano lááá longe.

Um dia, a mamãe disse:

- Já é hora de vocês, rapazinhos, viverem por conta própria. 

Cuidem de construir casas fortes o bastante pra se protegerem do Javali Bundudo.

O lanche preferido dele é um jacarezinho bem gostoso e macio.


Os três jacarezinhos partiram.

(...)

E claro que cada qual tratou de se virar. E  construíram suas casas . 

Interessante que o primeiro construiu uma casa de pedra enormes, o segundo construiu uma casa com gravetos e o terceiro construiu uma casa na areia. 

Eita! Será que esta  leitura nos faz pensar ou lembrar de algo!?

Agora  só lendo o restante desta graciosa história para entender o que aconteceu. 

Algum tempo depois , um barulhão acordou Jaca terceiro.

-Ronc , Ronc! Oinc, Oinc! Jacarezinho deixe-me entrar!

Um jacarezinho macio estou a cheirar...

Jaca terceiro estremeceu dentro da casa, mas respondeu:

- Vá embora, bundudão! A porta eu não abro, não!

E claro que vocês já até imaginam o discorrer desta encantadora história, certo!? Só que não!

É preciso dar continuidade a leitura para saber que o Javali gigante tentou até descer pela lareira da casa do primeiro Jacaré, rs. E essa situação nos remete a outra história. Pois é!


Super indico!

Gostei! Postei!


MEU DENTE CAIU

 MEU DENTE CAIU

Autora: Vivina de Assis Viana

Ilustrações: Mirian Costa Araújo




CHUIM, VOCÊ TEM NOME DE PERSONAGM.

E ESTE LIVRO É SEU.


CHUIM TINHA CINCO ANOS E MORAVA NUMA CIDADE GRANDE.

À TARDE , MOCHILA NAS COSTAS, ELE IA PRA ESCOLA. JÁ ESTAVA SABENDO ESCREVER UNS NÚMEROS, MUITOS, UNS  NOMES, POUCOS, E AS LETRAS TODAS.


NA ESCOLA, GOSTAVA DE FAZER BOLO DE ANIVERSÁRIO: ENCHIA UM BALDE COM AREIA ÚMIDA, APERTAVA BEM, VIRAVA DE CABEÇA PRA BAIXO, PUXAVA COM CUIDADO E LÁ ESTAVA O BOLO, PRONTO, MACIO.


UM DIA, QUANDO ACABOU DE CANTAR PARABÉNS, EM VEZ DE PARTIR O BOLO, CHUIM FICOU PARADO, CALADO E MUITO ASSUSTADO. DEPOIS GRITOU SUA COLEGA , LÁ DO OUTRO LADO.

LOLA!  OLHA MEU DENTE!


CHUIM GRITAVA E EMPURRAVA O DNTE COM A LÍNGUA, PRA LÁ E PRA CÁ.

- ELE ESTÁ MOLE"

- LOLA GRITAVA TAMBÉM

- ELE ESTÁ MOLE E VAI CAIR!QUANDO ELE CAIR, SABE O QUE VOCÊ FAZ?

- O QUE?

- VOCÊ JOGA EM CIMA DO TELHADO. SE NÃO JOGAR, NÃO NASCE OUTRO.

- E ONDE É QUE EU VOU ACHAR UM TELHADO?

- NÃO SEI, POR AÍ, POR AÍ.

ENQUANTO CHUIM PENSAVA, LOLA IA EXPLICANDO: 



AGORA, A EXPLICAÇÃO DE LOLA, SERÁ QUE CONVENCEU CHUIM!?


SÓ LENDO O RESTO DA HISTÓRIA PRA SABER, RS.


NESTA LEITURA, MINHA PROPOSTA É CONVERSAR COM OS ALUNOS SOBRE A QUESTÃO DA HIGIENE E DO QUANTO É IMPORTANTE REALIZAR ESCOVAÇÃO DIÁRIA, TAMBÉM CONVERSEI COM AS CRIANÇAS PARA  EXPLICAR A ELAS QUE TODOS VÃO TROCAR OS DENTES. QUE LOGO QUE CAI UM DENTE,  NASCE OUTRO.

CONVERSAMOS SOBRE A IMPORTÂNCIA DE ESCOVAR OS DENTES APÓS AS REFEIÇÕES.

CONVERSAMOS SOBRE A LEITURA, SOBRE OS COSTUMES POPULARES E QUE AGORA SABEMOS QUE TEM OUTRO JEITO DE JOGAR O DENTE, ALÉM DA HISTÓRIA DO TELHADO, RS.  E QUE ELES PODERIAM ESCOLHER UMA DAS DUAS OPÇÕES, QUANDO FOSSEM TROCAR O DENTE DE LEITE POR UM DENTE FORTE E BONITO, OU FAZER COMO CHUIM, QUE NÃO ESCOLHEU NEMUMA , NEM OUTRA, RS.

FINALIZAMOS COM A APRESENTAÇÃO DO POEMA "CASINHA TORTA", E O QUESTIONAMENTO DO PORQUÊ "UM DENTE COM DOR DE DENTE?"

OUTRA PROPOSTA CONSISTE EM APRESENTAR AS CRIANÇAS A MÚSICALIZAÇÃO "SEU LOURO DIZ QUE ESTÁ", ONDE LISTAMOS VARIAS SITUAÇÕES QUE INCOMODAM SEU LOURO E AS ATITUDES DA MAMÃE EM RESOLVER OS INÚMEROS PROBLEMAS , EM MEIO A CANTORIA.


SEU LOURO DIZ QUE ESTÁ COM DOR DE CABEÇA, 

MAMÃE MANDOU COMPRAR CHAPÉU PARA CABEÇA.

SEU LOURO DIZ QUE ESTÁ CO DOR OLHOS, MAMÃE MANDOU COMPRA ÓCULOS PARA OS OLHIOS , CHAPÉU PARA CABEÇA.

SEU LOURO DIZ QUE ESTÁ COM DOR NO NARIZ

MAMÃE MANDOU COMPRA LENÇO PRO NARIZ, ATCHIMM, ÓCULOS PARA OS OLHOS, CHAPÉU PARA CABEÇA.

SEU LOURO DIZ QUE ESTÁ COM DOR DE DENTE, MAMÃE MANDOU COMPRAR ESCOVA PARA O DENTE, LENÇO PRO NARIZ, ATCHIMM, ÓCULOS PARA OS OLHOS, CHAPÉU PARA CABEÇA.

SEU LOURO DIZ QUE ESTÁ COM DOR DE GARGANTA, MAMÃE MANDOU COMPRAR PASTILHA PRA GARGANTA .

SEU LOURO DIZ QUE ESTÁ COM DOR DE BARRIGA, MAMÃE MANDOU COMPRAR REMÉDIO PRA BARRIGA .

SEU LOURO DIZ QUE ESTÁ COM DOR NO JOELHO, MAMÃE MADOU COMPRAR POMADA PRO JOELHO .

SEU LOURO DIZ QUE ESTÁ COM DOR NOS PÉS , MAMÃE MAMDOU COMPRAR CALÇADOS PARA OS PÉS ...



Vira Bicho

 Vira Bicho

Autor Luciano Trigo

Ilustração Mariana Massarani





PENÉLOPE É UMA MENINA

DE IMAGINAÇÃO MUITO FINA

E CHEIA DE CAPRICHOS.

AGORA DEU PRA INVENTAR

QUE SABE VIRAR MUITOS BICHOS...


NÃO É SÓ CACHORRO E GATO

OU BICHO DE ESTIMAÇÃO

QUE ELA GOSTA DE IMITAR.

É UM ZOOLÓGICO INTEIRO

QUANDO COMEÇA A SONHAR!

VAMOS COMEÇAR?


HORA DO ALMOÇO. QUE FOME!

PENÉLOPE, COME, COME...

DEPOIS NÃO TEM QUEM LEVANTE

VIRA ELEFANTE!


PENÉLOPE É ALTA E ELEGANTE

E TEM O PESCOÇO COMPRIDO

COMO UMA GARRAFA

ESSA É FÁCIL: VIROU GIRAFA!


(...)


E ASSIM, ESTA MENINA

 ESPERTA E INTELIGENTE 

VAI SEGUE PENSANDO E RIMANDO 

TUDO QUE VÊ PELA FRENTE!


A PROPOSTA DE ATIVIDADE  FOI DEIXAR QUE OS ALUNOS CRIASSEM MAIS ALGUMAS SITUAÇÕES DE RIMA, ACRESCENTANDO ALGUNS BICHOS Á HISTÓRIA.


O GRITALHÃO

 O GRITALHÃO

Autores: Philip Waechter e Moni Port





Era uma vez uma garotinha chamada Helena.

Ela vivia com a família em uma casinha torta, num vale profundo, à beira de um rio azul.

A vida de helena era quase perfeita. Ela tinha talento musical, seu irmãozinho era tranquilo e sua mãe, bem divertida. Quase perfeita...

É que o pai dela não conseguia conversar normalmente. Tudo que ele dizia era em forma de berros:


             ONDE ESTÃO AS MINHAS BOTAS???


                               ESTOU COM SEDE!!!


  QUEM DEIXOU OS SAPATOS JOGADOS NA SALA???


                MEU OVO COZIDO FICOU MOLE!!


Helena não se conformava com isso.

- Por que você está triste , minha filha? - perguntou a mãe de Helena, depois de lhe contar uma história de ninar.

- É que o papai sempre grita muito! - sussurrou ela.

- Ah, é, você não sabe ... - disse a mãe - é que seu pai é um gritalhão,

- Um gritalhão? - perguntou Helena, surpresa.

- Sim, um gritalhão - respondeu a mãe.

- E como é que alguém vira um gritalhão? - perguntou a menina.


A mãe teve que pensar bastante antes de responder, pois era uma pergunta difícil. Finalmente disse: 

- Os pais do papai já eram gritalhões e o avô dele era um gritalhão famosos...


(...)


E agora , só acompanhando as imagens contidas na história e finalizando a leitura  para saber o que aconteceu. Será que a  menina aceitou ou não aquela situação? E, de antemão eu digo que o final é surpreendente, por isso vale muito a pena conferir.

Nesta leitura , a  proposta de atividade é retomar as palavrinhas mágicas e também fazer uma roda de conversa com os alunos e levantar questões do tipo: 

Quem aqui fala bem baixinho? Quem fala alto? Quem precisa gritar pra ser ouvido? Será que aqueles que estão a nossa volta gostam de gritos? 

E assim, fazer com que reflitam  sobre tal atitude e percebam que assim como Helena, ninguém gosta quando alguém fala gritando. 


Pra descontrair, brincamos como a musica "casinha torta", contextualizando a leitura da história.













COMO É QUE SE DIZ?

 COMO É QUE SE DIZ?





Autor: Laurence Schimel e Thiago Lopes

Tradução: Raquel Parrine


Como é que se diz quando você vai a uma confeitaria e te dão um biscoito para provar?


E quando você quer que alguém pegue um livro de uma estante que ainda não alcança, como é que se diz?


Quando um urso te deixa hibernar na caverna dele até chegar a primavera, como é que se diz?

 E assim discorre esta graciosa história de uma criança,  muito esperta e que já sabe como é que se diz, de maneira educada e fazendo uso das "palavras mágicas", quando se quer conseguir alguma coisa de alguém.

E você , já sabe como é que se diz? 

A Criança Mais Velha do Mundo

 A criança mais velha o mundo 

Autor : Marcelo Romagnoli

Ilustração: Camila Carrossine





Ontem.

Hoje.

Amanhã.


Tudo é igual.

E ao esmo tempo tão diferente.

Hoje, por exemplo, é meu aniversário.

De novo.

Eu sei, ainda sou criança. 

Mas ninguém precisa me contar.

Um dia vou ficar velha.

Eu, você e todo mundo.

E não adianta reclamar.

Porque tudo que exste envelhece junto.

Envelhecer é o mesmo que viajar no trem.

Cada ano é uma paisagem ova na janelinha.

Quanto mais paisagem a gente vê, ais velhinho fica.

E começa a saber de muita coisa.


E assim a menina discorre, falando sobre o tempo, o agora, as muitas experiências e vivências, as lembranças, as memórias. Fala do nascimento, da vida e do envelhecimento, do que somos e o que formos e no que nos tornamos...


A Descoberta de Roberta

 A Descoberta de Roberta

Autora: Cristina Von





Roberta era ruiva.

Tinha o cabelo cor de laranja, e pintinhas se espalhavam pelo seu rosto, como se tivessem sido feitas por uma canetinha saltitante.

Todos os dias ela tomava o café da manhã com sua mãe, que a levava para a escola e depois corria para o trabalho.

Roberta tinha muitos amigos e fazia tudo por eles.

Não podia ver ninguém triste que ficava por perto para fazer companhia e ouvir suas histórias.

Ela almoçava na escola, após as aulas. Quem servia o almoço era Catita, sempre mal-humorada.


E ai, como será que elas vão fazer para se entenderem, já que uma é tão contrária a outra? 

E Estela? E João,? Qual a função deles no discorrer da história?

Será que no final elas vão ser amigas? 

Eu só sei dizer que não é bom julgar as pessoas sem conhecer suas histórias.

A VACA QUE NÃO PARAVA DE SONHAR

 A VACA QUE NÃO PARAVA DE SONHAR

Criação: Ziu de Paula

Ilustração : Paula Kranz







A VACA FICAVA A MATUTAR:  ETA, VIDA BESTA!

E O TEMPO PASSAVA, 

ASSIM, ASSIM, DEVAGAR.

BOM SERIA VOAR COMO A GARÇA SOBRE O PASTO.

BEM...

UM BELO DIA , DE TANTO OUVIR CONVERSA MOLE PARA BOI DORMIR, A VACA PEGOU NO SONO E SONHOU QUE ERA UMA BORBOLETA.

E COMO SONHO É UMA BAGUNÇA, TAMBÉM SONHOU QUE ERA UMA NUVEM COR-DE-ROSA E ACORDOU COM UM NEGÓCIO ESQUISISTO NAS COSTAS,

ORA, COMO NÃO ERA TOLA, SABIA QUE NÃO PODIA DECOLAR COM TANTAS ARROBAS.]E TRATOU DE FICAR COM AS PATAS NO CHÃO.

ESTAVA ALEGRE, POIS NÃO MAIS PRECISAVA DO RABO PARA ESPANTAR AS MOSCAS.

BASTAVA UM TOQUE DE ASAS!

MAS LOGO VOLTOU A FICAR ENTEDIADA. TAMBÉM PUDERA!

Agora, só lendo o restante da história para saber o quanto essa graciosa vaquinha sonhava, sonhava e sonhava. E era cada bicho que ela invejava, rs... 

Sonhou até que era trem de ferro, vejam só quanta imaginação! e também quanta confusão!

O Rei Que Queria a Lua

 O Rei que queria a Lua

Autoria de Milton Célio de Oliveira Filho

Ilustração de Marcia Grossmann Coken





ERA UMA VEZ UM REI, CONHECIDO EM SEU TEMPO PELA IMENSA FORTUNA: DIAMANTES, ESMERALDAS, MINAS DE OURO E PRATA  E ALMOFADAS DE VELUDO.

ERA FARTA SUA MESA SOBRE AS TOALHAS DE LINHO: LAGOSTAS E CANAPÉS, CAMARÕES E NOZ-MOSCADA, DOCE DE COCO E GOIABADA...

AS MAIS FINAS IGUARIAS.

MAS DO ALTO DO CASTELO, SONHAVA ELE ACORDADO SEM CONTROLAR O BOCEJO:

"O QUE MAIS POSSO QUERER SE NA TERRA TENHO TUDOM SÓ ME FALTA MESMO A LUA."

DIA E NOITE, NOITE E DIA COM A CABEÇA NO ALTO , ALIMENTAVA O DESEJO:

"HEI DE SER



DONO DA LUA, SEJA NOVA, SEJA CHEIA, SEJA MINGUANTE OU CRESCENTE."

BAIXOU, ENTAÃO O DECRETO:


E FORAM TANTAS AS INVESTIDAS PARA SE CONSIGUIR TAL DESEJO, QUE SÓ LENDO O RESTANTE DA HISTÓRIA PARA VER O QUE REALMENTE ACONTECEU...


NESTA PROPOSTA TRABALHO JUNTO AOS ALUNOS AS ESTAÇÕES DO ANO, O CONCEITO DE DIA E NOITE E AS FASES DA LUA .



RECEITA PARA BEM CRESCER

 RECEITA PARA BEM CRESCER


AUTORIA DE ALESSANDRA ROSCOE

ILUSTRAÇOES DE VANESSA PREZOTO





PROMETO GRITAR SÓ DE FELICIDADE E CHORAR SÓ DE EMOÇÃO, SEMPRE QUE DER VONTADE .

PROMETO FAZER GUERRAS , MAS SÓ DE TRAVESSEIROS.

PROMETO PULAR SEMPRE MAIS ALTO PARA TENTAR PEGAR AS ESTRELAS.

E ASSIM ESTA GRACIOSA MENINA FAZ TANTAS PROMESAS A SI MESMO QUE MAIS PARECE QUE ELA NÃO QUER CRESCER, QUER MESMO É FICAR PEQUENINA E CHEIA DE SONHOS DE CRIANÇA.

UMA LEITURA GRACIOSA E CHEIA DE SONHOS DE CRIANÇA.

EU, SUPERMALVADO

 EU, SUPERMALVADO


Autor: Alessandro Sanna

Tradução: Daniel Benevides



Jacaré diz ao Elefante

Fique na sua, pois sou supermalvado".


O Elefante diz ao Jacaré: 

"Fique na sua, pois sou superpesado".


O Jacaré diz ao Chacal:

"Fique na sua, pois sou supermalvado".


O Chacal diz ao Jacaré:

"Fique na sua, pois sou superbarulhento".


Agora, se você quiser saber quais são os demais animais dessa graciosa história e que não temem as ameaças do jacaré, só lendo o restante da história, para  conhecer. 


Isso , porque não foi mencionado o Lobo, a Coruja, a Avestruz , a Águia, o Tubarão e e tantos outros animais, cada qual com suas características .


O PEQUENO CROCODILO

 O PEQUENO CROCODILO

CRIAÇÃO E ILUSTRAÇÃO:  DAVE SANTANA


Num certo lugar do mundo, numa grande selva, nasceu um pequeno crocodilo...  que logo recebeu o nome de Francis.


Francis nasceu muito menor que seus irmãos...   Mas com fome...   

gigantesca!


Quando olhou pra cima e viu como sua mãe era grande e forte, resmungou baixinho:

- Como posso ser filho dela?

Ela é tão grande, e eu...     tão pequeno!


Sua mãe já foi logo avisando:

- Vá procurar sua própria refeição!

Vida de crocodilo é assim, cada um por si e ...  

Deus por todos!


Que mãe despreocupada ! - reclamou Francias.

Com esse tamanho, se muito,  consigo é uma barata, ou com sorte, uma libélula dando sopa por aí!  Eca...

Que nojo!

Um dia serie tão grande quanto minha mãe.

E vou devorar todos os bichos do lago ...


Como este!  


  Estas!   


Este!   

                                         

E assim o filhote vai apontando alguns animais que avista nas proximidades por onde passa, rs. E o que ele não esperava, sequer imaginava, aconteceu...




E pra saber mais sobre esta graciosa história e o quanto sua imaginação é fértil, só lendo o restante da história. E vale muito a pena, garanto  que você vau se surpreender!






Piolhos na Escola

 TRABALHANDO ANO A ANO QUESTÕES SOBRE HIGIENE E SAÚDE, CRIEI ESTE POEMA PARA SER APRESENTADO AOS PAIS E RESPONSÁVEIS, NAS REUNIÕES DA ESCOLA.




CHEGAM,  MARCANDO PRESENÇA,

E ENTRAM SEM PEDIR LIÇENÇA.

 ANDANDO NA  MINHA CABEÇA,

SEM NENHUMA PROCEDÊNCIA.

E POIS  POR MAIS QUE EU OS DISPENSA,

SE ESCONDEM, CAMUFLANDO SUA  PRESENÇA.


PIOLHOS! INSISTEM EM QUERER  FICAR COMIGO

ACHO QUE ELES PENSAM QUE SÃO MEU AMIGO

PERCEBO QUE NÃO SAEM DA MINHA CABEÇA

E, POR MAIS QUE EU ME ENTRISTEÇA

DISFARÇO! PRA  QUE NÃO  ABORREÇAM

E SAEM O QUANTO ANTES! E ME ESQUEÇAM!


ACHO QUE ELES SEACHAM MEUSAMIGOS

PORQUE  GOSTAM  DE FICAR COMIGO.

O QUE ELES NÃO SABEM E EU DIGO

É QUE EU ACHO ELES ENXEERIDOS

E TAMBÉM MUITO ATREVIDOS

EU DIRIA,  ENTROMETIDOS.


JÁ DISSE QUE NÃO TÔ COM GRAÇA

E O PORQUÊ DE TANTA PIRRAÇA,

ACHO QUE ELES SE ACHAM UMA GRAÇA,

E POR  MAIS QUE ELES SE DISFARÇAM

EU SEI QUE SÃO TRAÇAS

E NÃO PODEM SER UMA CONSTANTE AMEAÇA


PRECISO ENCONTRAR  UM REMEDINHO,

ACHO ATÉ QUE É UM SHAMPOOZINHO,

 SEI LÁ!  UM CERTO  COMPRIMIDINHO

OU MESMO,  UM TAL  PENTE FININHO.

O QUE IMPORTA MESMO  É O MEU CABELINHO

PENTEADO, PRESO, CURTINHO  E SEMPRE MUITO LIMPINHO


PIOLHO FOLGADO,  QUE SE ALIMENTA

QUE ME FERE ENQUANTO SE SUSTENTA

QUE CHEGA SEM PEDIR LICENÇA, 

E QUE INCOMODA COM SUA PRESENÇA.

QUE TIRA A PACIÊNCIA E TRAZ Á CONSCIÊNCIA, 

DE QUE É PRECISO ATENÇÃO, PREVENÇÃO E PRUDÊNCIA.


PARA QUE NA AMEAÇA DESTES PIOLHINHOS

AQUI, JÁ NÃO ENCONTRE CAMINHOS

POIS, COM MUITO CUIDADO E CARINHO

 LIMPINHO, PENTEADINHO E BEM CHEIROSINHO

ELE NÃO QUEIRA ACHAR UM ESPACINHO,

NEM TÃO POUCO ENCONTRE UM LUGARZINHO.






Rubia Nery








Chapeuzinho Vermelho e a Bruxa

                                               Poema

Este poema foi feito para contextualizar a leitura do livro : Bruxa, Bruxa



Na proposta de um Convite.
No primeiro convidado.
Na espera da resposta,
A surpresa, o inesperado.

A Bruxa assim que recebe,
Agradece e já adverte.
Só irei a sua festa
Se tiver um animal rupestre!

E assim a Bruxa estabelece
Um Gato Malhado, rupestre
E nesse embalo da Bruxa
Cada convidado se enaltece.
 
Exigindo pelo convite 
Querendo  dar um  palpite
Escolhendo quem leva pra festa
Mesmo que não receba convite.

Intrigante, me coloco a pensar
O entusiasmo dessa  menina
Os convidados tirando proveito
Levando consigo um amigo do peito

E é cada convidado interessante
Que ás vezes me deixa empolgado. 
E fico mais e mais radiante
Pois sei que os terei ao meu lado.

Um Convite Especial.
Uma festa vai rolar.
E vai ser em um castelo.
E todas as crianças vão estar.

De repente um convite
Uma festa a fantasia
Cada criança com sua escolha
Imagine só, que alegria!

Chapeuzinho Vermelho,
Do cabelo Amarelo,
De olhos azuis,
Que aparecerá no Castelo.

Sua pele branca,
Seu cabelo cacheado,
Sua touca vermelha,
Seu dentinho escovado.

Graciosa Menina
Que encanta e fascina
Com seu carisma e atenção
E também, muita educação.

Me coloca a pensar
No que pode acontecer
Se  o Lobo lá chegar
E a ela querer convencer.

Será que o Lobo gosta de festa?
De bolo? De brigadeiro?
De música,? De baladinha?
Ou será que é sorrateiro?

E assim convida a todos,
Que encontra pelo caminho.
A pedido dos convidados,
Que sempre querem dar um jeitinho.

Esta festa será animada!
Quantos convidados e que bicharada!
Tem Fantasma, tem Duende,
Tem até uma Árvore Encantada.

E a menina recebe a todos
Com carinho e muita atenção.
Por fim um convite especial,
Que venham Todas as Crianças , então!

Rubia Nery

Este poema foi criado para contextualizar e agregar mais maior valor a leitura, ou seja, colocar os alunos a pensar sobre as festas em que somos convidados.
Em meio a leitura já deixo em destaque a postura dos convidados que ao receberem o convite, fazem uso de duas palavrinhas mágicas.  Por favor! Muito Obrigado! Muito Obrigada! 

E então, faço algumas perguntas:

1- Se podemos ou não ir numa festa sem ser convidado.
2- Se podemos levar um amigo.
3- Se podemos fazer bagunça na casa do amigo.
4- Se precisamos levar ou não um presente.
5- Se na hora de assoprar a velinha, podemos apagá-la ,  no lugar do aniversariante.

CHAPEUZINHO VERMELHO E O BOTO-COR-DE-ROSA

 CHAPEUZINHO VERMELHO E O BOTO COR-DE-ROSA


Adaptação: Cristina Agostinho

                    Ronaldo Simões

                     Walter Lara



Era uma vez uma menina que morava com a mãe numa aldeia de casas flutuantes, às margens do Rio Negro. No dia do seu aniversário, ela ganhou da avó uma capa vermelha com capuz para se proteger da chuva que caia todos os dias. Como não tirava a capa nunca, ganhou o apelido de Chapeuzinho Vermelho.

Uma manhã, sua mãe a chamou e disse:

- Olha, Chapeuzinho, a vovó está doente e não posso ir vê-la. Vai até a casa dela e leve este tacará pra ela se fortalecer. Leve também estas frutas que colhi ontem: tucumâ, abius e camu-camu.

Enquanto a mãe arrumava tudo num cesto, Chapeuzinho Vermelho sentiu o cheiro do tacará na marmita e pensou: Com certeza, a vovó vai dividir o caldo comigo. Tinha certeza também de que ganharia um ou dois abius, a fruta de que mais gostava no mundo.

- E, preste atenção, minha filha, nada de ficar brincando com os botos na beira d'agua. Boto é bicho perigoso, leva as crianças pro fundo do rio. Quero que volte antes das quatro da tarde, entendeu? Quando chegar na casa da vovó, dê um beijo nela e não esqueça de dizer que estou mandando um abraço.

- Pode deixar, mamãe, vou fazer tudo direitinho.






(..)  agora, o aconteceu no trajeto , só lendo o resto desta criativa história  pra saber e entender um pouquinho da questão cultura inserida neste texto.


Por que essas frutas?

Por que um rio e não uma floresta?

Por que um boto?

Por que chegar antes das quatro horas?


l

MEU CRESPO É DE RAINHA

 MEU CRESPO É DE RAINHA

Autora: Bell Hooks

Ilustração: Chris Raschka





MENININHA DO CABELO LINDO E DE CHEIRO DOCE

MACIO COMO ALGODÃO, PÉTALA DE FLOR ONDULADA E FOFA, 

CHEIO DE CHAMEGO E DE ACONCHEGO.

UMA TIARA, UMA COROA, COBRINDO CABEÇAS CHEIA DE ESTILO!


E SERÁ QUE É SÓ ISSO !?

(...)


ESTA LEITURA NOS POSSIBILITA TRABALHAR AFRICANIDADES E DAR MAIOR VISIBILIDADE AOS DIFERENTES PENTEADOS DAS MENINAS E MENINOS QUE POR LÁ  E POR  AQUI PASSAM E NOS FAZ PERCEBER E  CONHECER UM POUQUINHO DE SUA CULTURA

E O CORTE, O QUE IMPORTA!? O QUE IMPORTA MESMO É SABER QUE ESTÁ GRACIOSA MENINA ESTÁ MUITO  FELIZ COM O SEU CRESPO, DE RAINHA!

Projeto Música e Pedagogia

 A importância de se trabalhar á Música desde a Educação Infantil




Música é a forma de arte de se combinar sons e silêncio, seguindo ou não uma pré- organização, trabalhando a harmonia, o ritmo, a melodia entre outros aspectos.

De acordo a Platão  " Primeiro tem que se educar a alma com a música e o corpo com as atividades físicas" .

Já Friedrich Nietzsche adverte que " ... a vida sem a música seria um grande erro."

A musicologia é simplesmente o estudo científico da música, ou seja, a ciência da música.

O responsável por realizar esses estudos é o musicólogo.

Assim como um compositor é responsável pela criação e um músico pela interpretação, um musicólogo é o responsável pela parte de pesquisa.

Ou seja, no mundo da música temos essa divisão entre pesquisa, invenção e interpretação.

Ciência da música

A ciência de um elemento procura saber todos os detalhes a respeito dele, e com a ciência da música não é diferente.

Com ela, todos os elementos da música são estudados, elementos esses que são: Acústica; Estética; História; Instrumentos; Harmonia e Notação.

Ao passar dos anos a música evoluiu em todos os sentidos, se fazendo presente em áreas que nunca se imaginou, indo além de uma manifestação artística.

Estando presente em grande parte do dia a dia das pessoas, seu poder de influência é considerável, logo seu estudo se torna cada dia mais importante.

Onde tudo começou…

Estudos mostram que a música foi descoberta ainda na pré-história e desde lá começou a ser praticada.

Quanto ao desenvolvimento da música, acredita-se que esse aconteceu junto ao desenvolvimento da inteligência humana.

Mas como isso começou?

Uma das possibilidades mais convincentes, é a de que os homens se atentaram a música, quando ouviram os sons emitidos pela natureza.

Claro que a música e os sons que tratamos aqui, não são nada parecidos aos que temos acesso hoje em dia, porém para a época, era o suficiente para despertar o interesse e o desenvolvimento

Porém a musicologia em si, acredita-se que essa iniciou por volta do século IV a.C, com Aristóxeno de Tarento, um filósofo grego, teórico da música.

Para o filósofo, a música é ao mesmo tempo arte e ciência, por isso seu estudo é tão amplo e envolve inúmeros elementos.

A musicologia não se prende apenas aos fatores internos que envolvem a música, mas referências externas do cotidiano são sempre levadas em consideração.

A música entra na vida das pessoas deixando marcas, memórias, talento, percepção. Ela aguça os sentidos, acionando lembranças e sentimentos passados e presentes.

Musicologia é o estudo científico ou mesmo a ciência da música. Considera-se musicologia a atividade do musicólogo enquanto ofício do pesquisador em música, diferenciando-se das outras duas grandes áreas da música: a invenção (ofício do compositor) e a interpretação/performance (ofício do instrumentista, cantor ou regente).

A musiciência, o estudo e as pesquisas,  nos afirmam  o quanto a musicalização,  o som bilateral atinge as ondas cerebrais, e promove relaxamento, influenciando, impulsionando nossos sentidos, nossa coordenação motora e nossos sentimentos.

A memória musical demora a se apagar da mente de uma pessoa, resgata funções, trabalha o cognitivo e ativa e estimula o aprendizado.

Propicia uma velocidade de sinapses, conexões e cognições.

O sistema de linguagem aflora e a criança ou mesmo o adulto ganha vocabulário, pronúncias.

O ritmo, a harmonia, a boa letra, fazem o corpo reagir, as vezes de maneira imperceptível.

Todas as escolas brasileiras terão de incluir, no currículo da educação básica, o ensino de música. A determinação consta na Lei 11.769, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e passa a ser conteúdo obrigatório nas escolas.

O período de três anos serviu para que os sistemas de ensino se adaptassem às exigências estabelecidas. Segundo o presidente da Associação Brasileira de Educação Musical (Abem), Sérgio Luiz de Figueiredo, a música contribui para o desenvolvimento dos alunos e traz benefícios cognitivos. "De uma forma geral, a música faz parte das manifestações culturais. Contribui para a formação humanística, para que as pessoas participem da interação social e compreendam as manifestações sociais.”

Segundo Clélia Craveiro, conselheira da Câmara de Educação Básica do CNE (Conselho Nacional de Educação), o ano de 2011 foi data limite para que toda escola pública e privada do Brasil tenham incluído o ensino de música em sua grade curricular. "O objetivo não é formar músicos, mas desenvolver a criatividade, a sensibilidade e a integração dos alunos", diz a professora.

A função mais evidente da escola é preparar os jovens para o futuro, para a vida adulta e suas responsabilidades, propiciando uma alegria que seja vivida no presente, dimensão essencial da pedagogia, sempre considerando que a educação visa o desenvolvimento pleno do educando.

Atualmente existem diversas definições para música, mas, de um modo geral, ela é considerada ciência e arte, na medida em que as relações entre os elementos musicais são relações matemáticas e físicas; a arte manifesta-se pela escolha dos arranjos e combinações. Houaiss apud Bréscia (2003, p. 25) conceitua à música como “[...] combinação harmoniosa e expressiva de sons e como a arte de se exprimir por meio de sons, seguindo regras variáveis conforme a época e a civilização”.

"A musica promove a sociabilidade e a expressividade, introduz o sentido de parceria e cooperação, e auxilia o desenvolvimento motor, pois trabalha com a sincronia de movimentos", explica Sonia Regina Albano de Lima, diretora regional da Associação Brasileira de Ensino Musical.

O MEC recomenda que, além das noções básicas de música, dos cantos cívicos nacionais e dos sons de instrumentos de orquestra, os alunos aprendam cantos, ritmos, danças e sons de instrumentos regionais e folclóricos,  o que possibilita conhecer a diversidade cultural do nosso país, além do que, permitirá aos educadores trabalhar a coordenação motora, o senso rítmico e melódico, a voz, o movimento corporal, a percepção, a notação musical sob bases sensibilizadoras. É preciso enxergá-la como arte, dando importância às sensações que diferentes autores querem aguçar nas pessoas e fazer um comparativo dos resultados, sempre considerando que o processo de criação é intencional, no qual o professor discute e estabelece alguns temas para que sejam explorados, abrindo espaço a novas criações e/ou composições, pertinentes ao ambiente escolar. Um espaço ideal para criação, para que novos valores sejam estabelecidos e que o até então desconhecido, seja apreciado.

De acordo a Gardner e a teoria das inteligências múltiplas “Mesmo que um indivíduo possua grande potencial biológico para determinada habilidade, ele precisa de oportunidades para explorá-la e desenvolvê-la, a cultura circundante desempenha um papel predominante na determinação do grau em que o potencial intelectual de um indivíduo é realizado” (Gardner, 1995, p, 47). A escola deve estimular as habilidades de cada um e propiciar o contato com atividades que desenvolvam todas as inteligências. Assim, todo ser humano possui certas capacidades essenciais em cada uma das inteligências, mas, mesmo que um indivíduo possua grande potencial biológico para determinada habilidade, ele precisa de oportunidades para explorar e desenvolver. Gardner (1995) destaca ainda que, as inteligências são parte da herança genética humana, todas se manifestam em algum grau em todas as crianças, independente da educação ou apoio cultural.

Segundo Lisiane Bassi , coordenadora música da Rede Municipal de Franca diz que é preciso entender que queremos desenvolver o espírito crítico, conhecer nossas raízes, preservar nosso patrimônio e aumentar o repertório musical nacional. A intenção é dar ao aluno a oportunidade de questionar o que é música, refletir sobre sua linguagem e experimentar possibilidades ao agir como compositores, ir além da apreciação e produção musical.

É importante considerar à seleção musical devendo esta, contemplar diversas categorias (como música eletrônica, erudita, concreta e aleatória) e estilos musicais (como pop, rock, jazz, funk e blues) e priorizar o que os alunos não estão acostumados a ouvir. É uma maneira inteligente de apresentar novos parâmetros para que eles façam releituras e selecionem ou modifiquem suas ideias e conceitos musicais, adquirindo o senso crítico.

Segundo historiadores, o fazer musical de uma forma ou de outra, sempre esteve presente nas sociedades, desde as mais primitivas épocas até os dias atuais. Sem dúvida, o nível de complexidade musical se alterou com o passar do tempo, mas não perdeu a sua característica de reunir pessoas.

Os estudos comprovam a importância da música ao ser humano, especialmente às crianças, em fase de desenvolvimento e aprendizado do mundo.

Verifica-se que os jovens se identificam por um mesmo gênero musical, o que lhes dá e reforça a sensação de pertencerem a um grupo, de possuírem um mesmo conhecimento.

A música ajuda a afinar a sensibilidade dos alunos, aumenta a capacidade de concentração, desenvolve o raciocínio lógico-matemático e a memória, além de ser forte desencadeador de emoções. E fazer música, principalmente em grupo, no coletivo, traz a noção da importância da ordem e da disciplina, da organização, do respeito ao outro e a si mesmo.

Segundo a professora, membro da Sociedade Brasileira de Musicologia, compositora e regente Miria Therezinha Kolling “A música é uma força geradora de vida, uma energia que envolve o nosso ser inteiro, atuando de forma poderosa sobre o nosso corpo, mente e coração. Além de alegrar, unir e congregar mensagens e valores, disciplinar e socializar, a música forma o caráter e favorece o desenvolvimento integral da personalidade, o equilíbrio emocional e social”.

Visto que a música , em suas diferentes possibilidades, comprovadamente traz benefícios para a saúde física e mental, incluí-la no cotidiano escolar certamente trará benefícios tanto para o educando quanto para o educador. 

Havendo planejamento, os educadores encontrão nela mais um recurso de aprendizagem, e os alunos se sentirão ainda mais  motivados de forma lúdica e prazerosa.

De que maneira trabalhar a música no contexto escolar?

• Pedir aos alunos que traga um objeto sonoro à escola. Reunir os objetos e trabalhar com pesquisa, manipulação, exploração e classificação desses objetos.

• O educador poderá gravar sons e pedir para que as crianças identifiquem cada um, ou produzir sons sem que elas vejam os objetos utilizados e pedir para que elas os identifiquem, ou descubram de que material é feito o objeto (metal, plástico, vidro, madeira) ou como o som foi produzido (agitado, esfregado, rasgado, jogado no chão). Assim como são de grande importância as atividades onde se busca localizar a fonte sonora e estabelecer a distância em que o som foi produzido e posteriormente trabalhar os atributos do som: 

· Altura: agudo, médio, grave.

· Intensidade: forte, fraco.

· Duração: longo, curto.

· Timbre: é a característica de cada som, o que nos faz diferenciar as vozes e os instrumentos.




Descobrir os sons da escola, a paisagem sonora, aproveitar um passeio dentro ou fora da escola e descobrir sons característicos de cada lugar, captando a característica do som, sua intensidade, sua duração. Perceba que alguns alunos com audição mais aguçada perceberão inúmeros sons enquanto que outros quase nada identificarão. Esses exercícios os tornarão cúmplices no processo de construir um ambiente sonoro adequado a eles e a comunidade a que estão inseridos. 

Faça o registro destas atividades:

Trabalhar os movimentos corporais e de locomoção.

· Imitar e criar movimentos.

· Andar seguindo a pulsação.

· Andar e correr com paradas súbitas e/ou mudando a direção.

· Criar e realizar pequenas coreografias.

· Experimente combinar sons e imagens, associando a imagem de determinado personagem ao som. O gordo som grave, o magro som agudo; o movimento pesado som grave, o movimento leve, som agudo; o personagem grande, som grave, o personagem pequeno som agudo. Ou mesmo numa brincadeira de Morto Vivo, o vivo/som grave, o morto/som agudo. São inúmeras as possibilidades.

Com crianças menores, experimente criar uma estrofe e que possibilite trabalhar conceitos de rima, aliterações, gestos, onde o importante é buscar dos pequenos, atenção, curiosidade e satisfação.

Experimente parodiar uma determinada canção e trazer consigo criatividade e diversão.

Em sala, convide os alunos para participarem da brincadeira de "Show de Calouros", esta brincadeira traz consigo o desenvolvimento da oralidade, vocabulário, auto estima, etc.

Crianças em idade pré escolar têm em sua essência o gosto pela música e pelo movimento. O trabalho com cantigas, parlendas e rimas na Educação Infantil é essencial para um desenvolvimento motor e rítmico de qualidade. Mas além destes benefícios, a música também ajuda a criança na concentração, na ampliação de seu vocabulário e também na valorização do conhecimento cultural.

A instituição escolar precisa estar sensível às oportunidades diárias de se trabalhar de forma lúdica, cooperando para uma aprendizagem significativa. E a música promove isso: traz de maneira prazerosa o conhecimento e o desenvolvimento de diversas habilidades, dentre elas o prazer em brincar com as palavras, rimas e sons.

A Base Curricular estabelece que desde a tenra infância faz necessário o trabalho , o conceito de musicalização, na escola.

Bebês (zero a 1 ano e 6 meses):

Explorar sons produzidos com o próprio corpo e com objetos do ambiente.

Explorar diferentes fontes sonoras e materiais para acompanhar brincadeiras cantadas, canções, músicas e melodias.

Crianças bem pequenas (1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses):

Criar sons com materiais, objetos e instrumentos musicais, para acompanhar diversos ritmos de música.

Utilizar diferentes fontes sonoras disponíveis no ambiente em brincadeiras cantadas, canções, músicas e melodias.

Deslocar seu corpo no espaço, orientando-se por noções como em frente, atrás, no alto, embaixo, dentro, fora ,  ao se envolver em brincadeiras e atividades de diferentes naturezas.

Identificar e criar diferentes sons e reconhecer rimas e aliterações em cantigas de roda e textos poéticos.

Crianças pequenas (4 anos a 5 anos e 11 meses:

Utilizar sons produzidos por materiais, objetos e instrumentos musicais durante brincadeiras de faz de conta, encenações, criações musicais, festas.

Reconhecer as qualidades do som (intensidade, duração, altura e timbre), utilizando-as em suas produções sonoras e ao ouvir músicas e sons.

Inventar brincadeiras cantadas, poemas e canções, criando rimas, aliterações e ritmos.

Sugestões para ampliar o processo de criação junto as crianças são os sites que trabalham com musicalização e dentre eles : Ninho Musical e Pedagogia  Sonora, maravilhosos!

Deixo aqui como sugestão,  um exemplo de uma música infantil em que fiz a paródia e que é muito apreciada pelos alunos e que se insere no planejamento anual, visto que possibilita trabalhar com inúmeras atividades, tais como a ludicidade,  atenção,  criatividade , musicalização e diversão.





O ELEFANTE QUERIA SKATEAR

E TODOS DISSERAM , NÃO CUSTA TENTAR

O ELEFANTE TEIMOSO TENTOU,

TENTOU, TENTOU E SE ESBORRACHOU.


O ELEFANTE QUERIA VOAR

E A MOSCA DISSE: VOCÊ VAI CAIR.

O ELEFANTE TEIMOSO VOOU, 

VOOU, VOOU E LOGO CAIU. 


O ELEFANTE QUERIA NADAR.

O PEIXE DISSE, SE VAI SE AFOGAR.

O ELEFANTE TEIMOSO NADOU , 

NADOU, NADOU E SE AFOGOU.


O ELEFANTE QUERIA PULAR.

O  CANGURU DISSE VOCÊ VAI É ROLAR.

O ELEFANTE TEIMOSO PULOU,

 PULOU, PULOU E LOGO ROLOU. 


O ELEFANTE QUERIA CORRER.

A LEBRE DISSE , EU QUERO É SÓ VER!

O ELEFANTE TEIMOSO CORREU, 

CORREU, CORREU,  E LOGO PERDEU. 


O ELEFANTE QUERIA SE PENDURAR.

O MACACO DISSE,  NÃO VAI AGUENTAR.

O ELEFANTE TEIMOSO SE PENDUROU, 

PENDUROU, PENDUROU , E O GALHO QUEBROU. 


O ELEFANTE QUERIA LUTAR..

O PANDA DISSE, NÃO VAI AGUENTAR.

O ELEFANTE TEIMOSO LUTOU, 

LUTOU, LUTOU E NÃO AGUENTOU. 


O ELEFANTE QUERIA FALAR.

O LOURO DISSE NEM ADIANTA TENTAR.

O ELEFANTE TEIMOSO TENTOU , 

TENTOU, TENTOU  E CALADO FICOU. 


O ELEFANTE QUERIA LATIR.

O CACHORRO DISSE, NÃO VAI CONSEGUIR.

O ELEFANTE TEIMOSO TENTOU, 

TENTOU, TENTOU E NADA ADIANTOU.


O ELEFANTE QUERIA MIAR.

O GATO DISSE SE PODE TENTAR.

O ELEFANTE TEIMOSO TENTOU,

 TENTOU,TENTOU E NADA MIOU. 


O ELEFANTE QUERIA SE LAMEAR,

O PORCO DISSE, MAS SEM SE SUJAR.

O ELEFANTE TEIMOSO TENTOU,

 ROLOU,  ROLOU E SE LAMBUZOU.


O ELEFANTE QUERIA RUGIR.

O LEÂO  DISSE,  NÃO VOU TE IMPEDIR.

O ELEFANTE TEIMOSO TENTOU, 

TENTOU, TENTOU E LOGO PAROU.


O ELEFANTE QUERIA PASSEAR.

OS BICHOS DISSERAM, É SÓ SE AJUNTAR.

O ELEFANTE ESPERTO FICOU,

ANDOU, ANDOU E NÃO SE CANSOU.


O ELEFANTE QUERIA ESTUDAR.

A  "PRO" JÀ DISSE,  VEM LOGO PRA CÁ!

O ELEFANTE NA ESCOLA CHEGOU, 

ENTROU, SENTOU,  E SE APRESENTOU.


O ELEFANTE QUERIA CRESCER, 

E LER, E SER,  E TUDO ENTENDER.

E NA ESCOLA FOI LOGO APRENDER,

BRINCAR, ESTUDAR E TUDO SABER. 


O ELEFANTE QUERIA BRINCAR

OS AMIGOS  DISSERAM , VEM LOGO PRA CÁ.

O ELEFANTE SE APROXIMOU, 

 BRINCOU , BRINCOU  E CONTENTE FICOU.


Pode-se trabalhar também, dependendo da faixa-etária a leitura da música “Orquestra Dos Bichos” de Chico Roque e Carlos Colla e/ou a leitura do livro “Coral dos Bichos” de Tatiana Belink que servirão de suporte ao trabalho, além de que possibilitará conhecer diferentes animais, suas características e também alguns instrumentos musicais e que integrada às aulas de artes pode-se estudar e criar diferentes atividades e até mesmo fazer a reprodução desses instrumentos. Ainda pode-se acrescentar a leitura e apreciação da música “A Orquestra Dos Bichos” com a participação do grupo musical Trem da Alegria, fazendo uma releitura e/ou reprodução musical.

Outra dica de leitura está no Livro -  Música de Raquel Coelho, maravilhoso!

A autora fez uma minuciosa pesquisa de campo e apresenta um apanhado de textos informativos e diferentes instrumentos musicais, os primeiros instrumentos, os mais atuais, os mais conhecidos, isso sem contar o encanto das imagens, enriquecendo ainda mais a leitura.

Também pode ser oferecido aos alunos a leitura do Livro Tambores, Clarineta,  de Svjetlan Junakovic, graciosíssimo. Os alunos vão amar, pois em meio aos inúmeros instrumentos apresentados o autor trabalhou as características e formas de alguns animais, instigando a curiosidade e maior atenção dos alunos.

Tudo dependerá da faixa etária, da intencionalidade, do planejamento e do objetivo em questão.

A proposta não é criar artistas, mas sim a exploração da musicalidade, promovendo uma reflexão crítica sobre as relações entre música, sociedade e indivíduo, assegurando uma educação significativa e relevante, reconhecendo que, seguindo as palavras de Piaget “[...] o quanto antes for estimulado, o quanto antes através do estímulo, se possibilitará o aprendizado”.

Se considerarmos as propriedades terapêuticas da música, veremos que as atividades, assim relacionadas, servem de estímulo aos alunos com dificuldade de aprendizagem e contribuem, para a inclusão. O educando fica envolvido numa atividade cujo objetivo é ele mesmo, sua ação, sua participação está sendo valorizada.

Estudos indicam que crianças mentalmente deficientes e autistas geralmente reagem positivamente à música quando todas as possibilidades se esgotaram, pois a música ativa a tensão emocional, superando dificuldades de fala e de linguagem, também os estudiosos atestam que a terapia musical é amplamente utilizada em casos em que existe distúrbio de fala.

Eu super indico professores/grupos musicais  que trabalham diferentes conceitos musicais e que buscam ampliar as possibilidades de aprendizagem, unindo observação, percepção, sensibilidade, aguçando assim os sentidos da criança. 

Quando se apresenta uma música em que tem a opção de trabalhar os gestos, a linguagem, a audição, a visão, se coloca a disposição da criança, inúmeras possibilidades de aprendizagem.

Caberá à escola e a comunidade incentivar, aprimorar e participar de forma ativa, consciente dá importância de se trabalhar á música em seus diferentes aspetos, gostos e gêneros, possibilitando prazer em aprender, assegurando igualdade de chances, conhecimento, numa manifestação permanente e harmoniosa da vida. Quanto as metodologias e estratégias a serem utilizadas, integrada as aulas de artes, a ideia é trabalhar com uma equipe multidisciplinar e nela ter entre os profissionais, o professor de música e, cada escola de forma autônoma decidirá a inclusão desse conteúdo de acordo ao seu projeto político-pedagógico.

É importante ressaltar que dependendo da carga de emoção direcionada a determinado conteúdo, se obterá os resultados. Além do atrativo há também a carga emocional, o estímulo, a maneira como se vai trabalhar esse conteúdo e que de acordo a Wallon “[...]o professor de ensino específico quer que o aluno assimile determinado conteúdo, mas esquece que é preciso desenvolver habilidades de concentração, interesse, capacidade de assimilação, atenção ao conteúdo”.

Ao criar as estratégias precisamos selecionar com objetividade o repertório que iremos apresentar aos alunos. Com isso a escolha dos diferentes gêneros musicais é muito significativa, pois estaremos desenvolvendo em nossas crianças a sensibilidade, a criatividade e o potencial artístico de maneira, ao mesmo tempo, útil e agradável.

Deixo aqui mais uma sugestão de leitura.

O artigo Musicalização: a nova BNCC e suas implicações na prática pedagógica de professores na educação infantil no município de Irecê - Bahia. - Neuroeducação Musical (neuroeducacaomusical.com.br), contribui para ampliar o conceito de musicalização na escola.

Vale a pena fazer a leitura do texto na íntegra e perceber a relevância de se trabalhar e não só a importância mas , alinhado a proposta da BNCC.

        A Base Nacional Curricular Comum e o Ensino de Música na Educação Infantil

A expansão do olhar mais sensível quanto a Educação Infantil no Brasil, possibilita a valorização de novos conhecimentos neste nível escolar, assim como a inserção da importância da música no processo de aprendizagem. Na sociedade atual, a música vem se tornando fundamental para o desenvolvimento cognitivo na educação. Desta forma, salientando a necessidade de inserção ao mundo musical desde cedo. A iniciação musical para criança deve ser de forma sensível e atraente, considerando a ludicidade como meio de aprendizagem nesta fase.

A nova Base Nacional Curricular Comum (BRASIL, 2019) para a Educação Infantil amplia a carga horária destinada aos campos de experiências, que envolve a Arte e suas linguagens, tendo a música como conteúdo obrigatório desde a infância. Neste sentido, as discussões em torno da formação dos professores para aplicação deste conhecimento cresce em torno da qualificação pedagógica para a utilização de métodos adequados à primeira infância.

De acordo com Oliveira e Fernandes (2013), a música é uma linguagem artística que deve fazer parte da expressão e formação da criança de forma integral, ampliando o repertório cultural. Possibilitar esse contato é estimular e potencializar o processo cognitivo e motor ainda na infância. Sabemos, ainda, que a criança aprende por meio da brincadeira, pois é como ela vê o mundo. Desta forma, a musicalização infantil relacionada às maneiras em que a criança aprende, torna a aprendizagem mais significativa.

Musicalizar significa ampliar o mundo sonoro e desenvolver um ouvinte sensível, oportunizando criação, fruição e contextualização sonora. Durante este processo, a criança aumenta a atenção, memória, concentração, coordenação motora, socialização, afetividade, linguagem musical, dentre outras habilidades e competências. A ludicidade faz parte deste desenvolvimento ainda na infância, estimulando a imaginação e o jogo simbólico.


Rúbia Nery


Esse artigo foi publicado na Revista Educador, edição de janeiro de 2012. E com o passar dos anos vou fazendo alguns acréscimos e contribuir para um trabalho cada dia mais eficiente , diante as propostas que se estabelecem na Educação, em especial, na Educação Infantil, onde atuo.

Fontes de pesquisa: blog: Neuroeducacãomusical.com.br ; blog: aprendateclado.com.

Sugestão: Blog: pedagogiasonora, com e dicas para se trabalhar com música desde a educação Infantil.

Currículo da Cidade - Educação Infantil e a BNCC - Projetos Pedágógicos 

Revista Educador - artigo - Musicart

LÁPIS COR DE PELE


Lápis cor de pele
Autora: Daniela de Brito
Ilustrações: Polly Duarte




Era nosso primeiro dia na escola. Já tínhamos sete anos.
Nossa mãe sempre contava histórias para nós, ensinava as coisas. Como eu adorava viver no meio dos livros, sabia ler um pouco mais que meu irmão, Miguel. Ele gostava mesmo era de correr e brincar no quintal.
A escola era perto da nossa casa, em frente à praça. Fomos a pé, acompanhados de nossos pais.
Assim que chegamos, Miguel saiu correndo e subiu no balanço, feliz da vida. Eu não sabia se queria ficar lá, mas minha mãe me deu um abraço bem apertado e disse, olhando bem nos meus olhos:
-  No final da manhã venho buscar vocês - e então ela beijou a minha testa com doçura, e fiquei corajosa de repente.
Sai correndo pelo corredor, e a professora Roberta veio me receber. 
A professora já nos conhecia. No dia que fomos visitar a escola, ela nos recebeu com a diretora. Aliás, a diretora nos pareceu um doce de pessoa. Depois fiquei sabendo que os meninos e as meninas morriam de  medo dela.

(...)

No início da aula, a professora pediu que cada um dissesse seu nome. Meu coração ficou tão, tão acelerado que, quando fui dizer, acabei esquecendo meu nome.

(...)

Depois a prô Roberta formou um círculo, pediu que sentássemos e explicou como seria o dia. Faríamos alguns desenhos, ouviríamos músicas , faríamos um piquenique, brincaríamos no parque e teríamos um gincana.
Eu nem sabia o que era gincana, mas assim que ela amarrou fitas azuis nos punhos de alguns e fitas vermelhas nos punhos de outros, entendi que iríamos brincar muito. Eu adorei. Você gosta de brincar?
Ao final da aula , a prô pediu que cada um se desenhasse . Então, Gabriele , lá do fundo, gritou:
- Prô, me empresta lápis cor de pele?
Fiquei sem entender. Luis logo respondeu:
- Eu tenho!
E emprestou pra ela um lápis clarinho, meio rosa...  "Que estranho, eu pensei.

(...)

Fomos pra casa e fiquei observando o que tinha acontecido na escola. Não entendia como um lápis rosinha poderia ser "lápis cor de pele". Minha pele era tão, mais tão branquinha, Não era rosa.   
Na-na-ni-na-não.
Em casa observei meu pai, também era branquinho como eu e tinha os olhos azuis.

(...)

Quando minha mãe veio perguntar se a gente já tinha lavado as mãos, foi aí que notei! Minha mãe tem a pele bem escura igual a de Miguel.

(...)

No outro dia cheguei muito animada à escola, ansiosa para contar a minha descoberta.  (...)

  



E assim vai ficando claro o contexto da leitura, e as belíssimas  ilustrações se encarregam de contextualizar a fala desta encantadora menina. Vale muito a pena conferir.

Não posto o texto na íntegra por causa dos direitos autorais , mas vale a pena finalizar a leitura. Um tema atual e bastante relevante para o contexto escolar.

Nesta proposta trabalhei identidade e também grandezas e medidas, e muitos foram os questionamentos dos alunos e a percepção de que somos todos diferentes em nossas características físicas, tipo: no que se refere a altura, peso, cor da pele, etc.

Outra sugestão é fazer uma roda de conversa  no início do ano letivo e perguntar aos alunos sobre o que eles esperam da escola, o que acham que vai acontecer, pra que serve a escola, qual o espaço mais gostoso . 
Outra sugestão após a leitura e conversar  sobre as regras e combinados, tema importante e que tratamos já na primeira semana de aula, e assim conversamos e buscamos deles informações sobre o que pode e o que não pode na escola. Do respeito aos amigos. E do uso dos diferentes espaços, sem agressões e ou atitudes que com certeza possam trazer desconforto ou incômodos,   etc.




EU, O OUTRO E NÓS

 EU, O OUTRO E NÓS


Este poeminha fiz num momento de reflexão sobre meus alunos e tentando imaginar suas escolhas futuras.

È interessante perceber que a criança, já na sua infância nos aponta características psicológicas por meio das conversas e atitudes no ambiente escolar e no convívio com o grupo.



ALGUNS  DEFINEM-SE POR SUTILEZAS,

UMA  PARTE POR SUAS GRANDEZAS,

E A MAIORIA PELA ESPERTEZA.


POUCOS CONSEGUEM A FIRMEZA,

MUITOS BUSCAM A BELEZA,

ENQUANTO OUTROS, NA  LEVEZA.


PRA UNS RIQUEZA.

OUTROS,  NOBREZA!

E ALGUNS,  GENTILEZA.


DIGO NÃO A POBREZA!

BUSCO A GENTILEZA!

ABOMINO A CERTEZA.


VEJO MUITA FRANQUEZA,

  TAMBÉM SUTILEZAS

E MUITA ESPERTEZA.


E VOCÊ!?

Rubia Nery


    As crianças , se bem observadas e com diferentes registros nos mostra, se deixa perceber, traz consigo características bem específicas em cada fase de sua infância e desde de pequenos, apresentam características peculiares e que sabemos que levará consigo para a adolescência e para a vida adulta.





Dia dos Pais pelo Mundo


 

Brasil – Dia dos Pais

Informações retiradas do blog Remitly.

No Brasil, a do  comemoração Dia dos Pais é sempre no segundo domingo de Agosto.  Este dia, conhecido como Dia dos Pais, teve início em meados dos anos 50, entretanto em outros países já se comemorava . Aqui, a intenção ou ideia era homenagear São Joaquim, padroeiro dos pais e avôs.

Assim como nos Estados Unidos, as crianças costumam comprar um presente exclusivo para o pai. Eles também costumam fazer um presente para homenagear seus pais na escola. Algumas escolas também oferecem concertos ou cerimônias especiais. Muitas vezes, é preparado um grande almoço e as famílias costumam participar de uma das muitas saídas.

Como o Dia dos Pais chega em um domingo, não é um feriado público, e os pais não têm dia de folga do trabalho. A maioria das empresas também segue o horário normal.

A História do Dia dos Pais



O primeiro Dia dos Pais nacional nos Estados Unidos foi celebrado em 19 de junho de 1910, no estado de Washington – mas ainda não era oficial.


Este dia foi iniciado por Sonora Dodd, que queria estabelecer um dia equivalente ao Dia das Mães para todos os pais do sexo masculino em todo o país. Depois de buscar o apoio de lojas locais, igrejas, do YMCA e do governo, a primeira grande celebração aconteceu em 1910.

Com o passar dos anos, muitas mudanças ocorreram e, a certa altura, muitos se uniram para criar um único feriado – o Dia dos Pais. Após a Grande Depressão, os donos de lojas começaram a anunciar o Dia dos Pais como um “segundo Natal” para homens com filhos, vendendo de tudo, desde cachimbos e tabaco a tacos de golfe e chapéus.

Somente em 1972, 58 anos depois que o Dia das Mães se tornou oficial é que  o Dia dos Pais se tornou um feriado nacional.

Hoje, o Dia dos Pais nos Estados Unidos é comemorado no terceiro domingo de junho,  mas não é o caso em todos os lugares. Em algumas áreas da América Latina e da Europa, o Dia dos Pais cai no Dia de São José, um feriado católico tradicional.

Na Alemanha, os pais têm folga do trabalho para beber cerveja e desfrutar de pouca ou nenhuma responsabilidade. Conhecido como Vatertag (ou Männertag), este dia divertido para os homens. Uma vez que a sexta-feira após o Vatertag é geralmente um Brückentag (dia da ponte), isso dá aos pais um fim de semana de quatro dias.

Na verdade, o feriado começou na Idade Média como uma cerimônia religiosa em homenagem a Gott, den Vater (Deus, o pai). E até meados de  1700, o dia se transformou em Vatertag, um dia familiar em homenagem aos pais de cada família.

O pai com mais filhos na aldeia receberia uma recompensa – geralmente um presunto. Embora o Vatertag tenha fracassado por algum tempo, ele fez um forte retorno no século 19, sendo rotulado como Männertag – fazendo a transição para algo mais como um “dia de garotos”.

Algumas das maneiras mais populares de aproveitar este dia incluem: Passeios por bares;Grande inclinação a comer e beber; Passeios de Beer bike ou carroças;Reuniões no parque para churrascos, jogos e bebidas.

Tailândia – Wan Por

O Dia dos Pais na Tailândia é único, pois é comemorado em 5 de dezembro. Este dia comemora o Rei Bhumibol Adulyadej, o monarca mais antigo do país. É um feriado oficial, que representa o aniversário do Rei e o Dia dos Pais. Isso porque o rei era visto por muitos como o pai simbólico da Tailândia. O povo da Tailândia homenageia seus pais e avós neste dia, geralmente dando a eles uma flor de canna ou “dok phuttha raksa” – que é semelhante a um lírio.

Durante anos, celebrações em todo o país ocorreram em homenagem ao rei. Muitos tailandeses acampavam na noite anterior, geralmente vestindo amarelo. A cor representa segunda-feira, o dia em que o rei nasceu, em 1927.

As atividades acontecem em todo o país, e o Sistema de Transporte em Massa de Bangkok permite que os pais viajem gratuitamente quando acompanhados pelos filhos. O objetivo é incentivar o tempo de união familiar.

Costa Rica – Día Del Padre

Na Costa Rica, o país comemora o Dia dos Pais no terceiro domingo de junho, assim como os americanos. Os costarriquenhos celebram os pais vivos e falecidos, bem como as mães solteiras que desempenham os dois papéis.

Não existem tradições particulares, além do tempo para a família. 

Muitos países celebram o Dia dos Pais no terceiro domingo de junho, como a Costa Rica e os Estados Unidos! Isso inclui vários outros países latino-americanos, como Argentina, Peru e Colômbia.

Noruega – “Farsdag” é comemorado no segundo domingo de novembro.

França – “Fête des Pères” é celebrada no terceiro domingo de junho.

Austrália, Nova Zelândia, Fiji – “Dia do Pai” é comemorado no primeiro domingo de setembro.

Itália – “Festa del Papà” é celebrada em 19 de março – a mesma data que na Espanha e Portugal.

Islândia – “Feðradagurinn” é comemorado no segundo domingo de novembro.