CHAPEUZINHO VERMELHO E O BOTO COR-DE-ROSA
Adaptação: Cristina Agostinho
Ronaldo Simões
Walter Lara
Era uma vez uma menina que morava com a mãe numa aldeia de casas flutuantes, às margens do Rio Negro. No dia do seu aniversário, ela ganhou da avó uma capa vermelha com capuz para se proteger da chuva que caia todos os dias. Como não tirava a capa nunca, ganhou o apelido de Chapeuzinho Vermelho.
Uma manhã, sua mãe a chamou e disse:
- Olha, Chapeuzinho, a vovó está doente e não posso ir vê-la. Vai até a casa dela e leve este tacará pra ela se fortalecer. Leve também estas frutas que colhi ontem: tucumâ, abius e camu-camu.
Enquanto a mãe arrumava tudo num cesto, Chapeuzinho Vermelho sentiu o cheiro do tacará na marmita e pensou: Com certeza, a vovó vai dividir o caldo comigo. Tinha certeza também de que ganharia um ou dois abius, a fruta de que mais gostava no mundo.
- E, preste atenção, minha filha, nada de ficar brincando com os botos na beira d'agua. Boto é bicho perigoso, leva as crianças pro fundo do rio. Quero que volte antes das quatro da tarde, entendeu? Quando chegar na casa da vovó, dê um beijo nela e não esqueça de dizer que estou mandando um abraço.
- Pode deixar, mamãe, vou fazer tudo direitinho.
(..) agora, o aconteceu no trajeto , só lendo o resto desta criativa história pra saber e entender um pouquinho da questão cultura inserida neste texto.
Por que essas frutas?
Por que um rio e não uma floresta?
Por que um boto?
Por que chegar antes das quatro horas?
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