De letra em letra

Hoje, 21 de Maio, por ser o Dia do Profissional de Letras me veio inspiração para postar este poema.


De letra em letra 

Autor: Bartolomeu Campos de Queiroz. 
Ilustrações: Elisabeth Teixeira.


COM A
 ALICE ABRAÇA AVE, ÁGUA, AMORA.
ALICE APRECIA ASAS E AVES,
 ADORA AZUIS E ÁGUAS,
 AMA AMORAS E ÁRVORES.

COM B
BEATRIZ BORDA BOSQUE, BALÃO, BORBOLETA.
BEATRIZ BRINCA EM BONITOS BOSQUES
COM BRILHOS DE BALÕES
E BELAS BORBOLETAS BRANCAS.

COM C
CARLOS COLECIONA CASA, CAMINHO, CRAVO.
NO CADERNO, CARLOS COLORE COM CARINHO
 A CASA E OS CAMINHOS
COBERTOS DE CRAVOS.

COM D
DANIEL DESENHA DRAGÃO, DINOSSAURO, DROMEDÁRIO.
NO DIÁRIO DE DANIEL OS DENTES DO DRAGÃO
DEVORAM O DINOSSAURO
E DOMINAM O DROMEDÁRIO.

COM E
EUGÊNIA ESCREVE ESPUMA, ESCADA, ESTRELA.
ENTRE ESPANTO E ESPUMA,
EUGÊNIA ESCALA A ESCADA
E ENCOSTA EM ESTRELAS.

COM F
FERNANDO FACILITA FLOR, FRUTO, FLORESTA.
FERNANDO É FILHO DA FORTUNA.
É FRUTO E FLOR FLORINDO A FLORESTA.

COM G
GABRIEL GOSTA DE GRILO, GATO, GAIVOTA.
GABRIEL GUARDA NA GAVETA
O GRILO GAGO,O GATO GAIATO
E A GAIVOTA GAGÁ.

COM H
HELENA HERDA HORTÊNCIA, HORTELÃ, HERA.
 A HORTA DE HELENA  É HOTEL.
HOJE HOSPEDA HORTÊNCIA, HORTELÃ, HERA.

COM I
IVANA INVENTA ILHA, IGREJA, IPÊ.
IVANA, IRMÃ DE IRIS,
ILUSTRA E ILUMINA A ILHA
COM IGREJA E INFINITOS IPÊS.

COM J
JULIANA JUNTA JABUTI, JACARÉ, JARARACA.
NO JARDIM DE JULIANA
O JACARÉ JOGA COM O JABUTI
E  JANTA JACA COM A JARARACA.

COM L
LUZIA LÊ LIVRO, LUZ, LUAR.
LUZ DO LUAR
LUZIA LÊ O LIVRO DE LILI
EM LARGA LIBERDADE.

COM M
MÁRIO MERGULHA EM MAR, MONTANHA, MUNDO.
MÁRIO, MENINO MARINHEIRO,
MOSTRA A MARIA
O MUNDO COM MARES E MONTANHAS.

(...)

COM Z
ZAÌRA ZELA ZEBRA, ZEBU, ZANGÃO.
NO ZOOLÓGICO DE ZAÍRA
 A ZEBRA ZANZA,
O ZEBU É ZONZO

E O ZANGÃO É ZANGADO.



Pra não passar batido pensei em dois versinhos...

BIBI ,
A BABA BOBOCA,
BEBEU A BABA 
 DO BEBÊ BABÃO!

DE REPENTE,
DEDÉ DEU AO DUDU
DUAS DEZENAS DE DADOS.
DISFARÇADAMENTE!
DUDU DOOU DADOS A DIDI
DURANTE DIAS E DIAS.

CAROL, CRIATIVA, CUIDADOSA E CARISMÁTICA.
CARINHOSAMENTE CURIOSA.





Gestos e símbolos

O Livro dos Gestos e dos Símbolos


Autores:  Ruth Rocha
               Otávio Roth
Ilustração: Raquel Coelho



Quando uma abelha quer contar às outras onde ela encontrou uma porção de flores, cheinhas de mel, executa uma espécie de dança, que é a forma que ela usa para se comunicar.
Os animais, embora não falem, têm formas sofisticadas de comunicação.
As baleias, por exemplo, emitem um canto prolongado, que atravessa os oceanos.
Os cães conseguem não só comunicar-se entre si, como até mesmo comunicar-se com seus donos.


As crianças também se comunicam, antes mesmo de saber falar, por gestos, por ruídos, por expressões.
O adulto, mesmo sabendo falar, também se comunica por gestos. O gesto de levantar ou abaixar o polegar é compreendido por todos, desde o tempo dos romanos. O aceno de quem vai embora, o sorriso, o abanar da cabeça, para dizer sim ou não, são formas de comunicação que dispensam a palavra, embora variem de significação, de um povo para outro.


Os surdo-mudos possuem dois tipos de linguagem. Ambas se valem de gestos das mãos.
Uma, para indicar letras, que formam palavras, nas mais variadas línguas. Outra, que expressa através dos gestos, uma linguagem própria, permitindo que os surdo-mudos possam ser compreendidos em qualquer parte do mundo, ao contrário do que acontece com as pessoas que ouvem e falam.

Não são apenas os gestos que comunicam sem palavras.
Até a maneira de uma pessoa ou de um grupo se vestir ou se enfeitar pode ser considerada uma forma de comunicação.

Os indígenas de vários lugares, por exemplo, costumam pintar seus corpos e usar certos tipos de enfeites, para mostrar que estão em guerra ou em festa.

Os jovens usam roupas e penteados diferentes dos adultos, o que equivale a um aviso: 
NÓS SOMOS DIFERENTES!
Os hippies dos anos 60 também mostravam o que eram, do que gostavam e do que acreditavam, mediante as roupas e os cabelos que usavam. Os trajes dos hippies mostravam seus ideais:
PAZ E AMOR!

As cores também tiveram sempre grande importância na comunicação.
Assim, a bandeira branca, há muito, significa paz.
Na antiguidade, a cor púrpura significava realeza.
Entre os ocidentais o negro representa o luto, enquanto entre alguns grupos orientais é o branco que simboliza o luto.
A roupa branca tem uma conotação de pureza. Por isso as noivas usam branco.

Entre os escoceses,  o padrão e a cor dos tecidos da roupa indicam um determinado grupo familiar.
Os monges tibetanos usam o amarelo com emblema de seu grupo.
Entre os católicos, o roxo é a cor característica dos bispos.
Até entre equipes esportivas as cores têm seu papel importante, invadindo as torcidas sob a forma de camisetas e bandeiras.

A necessidade de usar distintivos durante as batalhas nasceu no tempo em que os cavaleiros começaram a usar armaduras.
Não se podia ver quem estava por trás dos elmos. Assim, cada cavaleiro escolhia um desenho, um sinal pelo qual poderia ser reconhecido: um animal, uma flor, uma figura qualquer.
Aos poucos, esses sinais foram passando para os escudos e para os estandartes. E suas cores foram adotadas para roupas e para enfeites, até dos cavalos.
Esse fato deu origem à heráldica, que é o estudo dos brasões.


Os índios da América do Norte, além de se comunicarem pela fala ou pelos enfeites e pinturas corporais, comunicavam-se à distância, por sinais de fumaça.
Os nativos da África usavam também as batidas de tambores, como forma de "se falarem" de longe.
Entre os Aborígenes de todo o mundo, são muitos usados os "sinais de pista", que consistem em avisos, que eles fazem na mata, com galhos e pedras.


Antes que fossem inventados o rádio e o telégrafo, usava-se nos barcos a sinalização por bandeiras.
Além da bandeira principal, que é içada no mastro e que pode indicar o país de origem de um navio, assim como doenças a bordo ou a presença de alguém importante, há mais duas formas de comunicação por bandeiras.

Uma delas usa uma bandeira diferente para cada letra. E a outra usa combinações de duas bandeiras em diferentes posições.
Entre barcos usava-se também a comunicação por sinais luminosos. A língua usada é o Código Morse, que foi inventada para uso do telégrafo.
É uma linguagem  que usa a combinação de sinais luminosos longos e breves, para expressar letras e números.
Ainda se usam entre os barcos sinais sonoros de buzinas, para a comunicação durante períodos em que a visibilidade esteja prejudicada.

A música é outra forma de comunicação. Ela transmite estados de espírito: alegria, tristeza, romantismo ou entusiasmo.
Quando a música é acompanhada de letra, pode emitir uma mensagem específica, que vai desde as ingênuas canções infantis até os mais exaltados hinos patrióticos.
A emoção que se sente quando se assiste a uma simples premiação esportiva, acompanhada do içar de uma bandeira e da execução de um hino, mostra como estes símbolos trazem mensagens ligadas a eles.


O sonho do entendimento universal está ainda longe de se realizar.
No entanto, a busca de uma linguagem que possa ser compreendida por todos é constante.
Hoje, em todas as cidades do mundo, encontramos sinais de trânsito, avisos que proíbem o fumo, indicações para toaletes masculinos e femininos, praticamente, iguais.

Depois de inventar a fala, que é a forma mais importante de comunicação, o homem continuou procurando outras formas, para aumentar essa sua capacidade. Contamos, neste livro, algumas delas.

Hoje, o homem atingiu uma nova era: a da comunicação por aparelhos, que amplia extraordinariamente suas possibilidades de contato com outros homens.
Esperemos que ele saiba usar esse fantástico privilégio com o objetivo de fazer a vida de todos nós um pouco melhor.




O homem e a Comunicação é uma coleção de Ruth Rocha e Otávio Roth que vale a pena conferir...

Gostei, postei!




Você troca?

Você troca?
                                                                            Autora: Eva Funari


Você troca 
um gato contente
por um pato com dente?

Você troca 
um  canguru de pijama
por um urubu na cama?


(...)

Você troca 
um mamão bichado
por um bichão mimado?

Você troca
um gato de bota
por um sapo boboca?

Você troca
um varal de feiticeira
por um final de brincadeira?


Sabor de infância...


Rima ou Combina? Voa ou não voa?

Rima ou Combina?

E

VOA OU NÃO VOA?

                                                                                                           Autora: Marta Lagarta
                                                                                                           Ilustração: Suppa



Voa ou não voa?



Balão não tem asa e voa.
Peru tem asas, mas não voa.
Perua voa?

Pipa não tem asa e voa.
Ema tem asa, mas não voa.
Seriema voa?

Balão de gás voa.
Fogão a gás não voa.

Pato tem pena e voa.
Marreco tem pena, mas não voa.
Peteca voa?

Anjo tem perna e voa.
Índio tem pena,
Mas que pena! não voa.

Gavião bate as asas e voa.
Avião não bate as asas e voa.

Foguete tem rabo e voa.
Cavalo tem rabo. E voa?
Menina de rabo de cavalo voa?

Dragão tem rabo e voa.
Baleia tem rabo, mas não voa.
Sereia voa?

Tapete voa, mas não voa.
Vassoura não voa, mas voa.

Príncipe tem capa, mas não voa.
Guarda-chuva tem capa e voa.
Príncipe de guarda-chuva voa?




Rima ou combina?



Rato rima com gato.
Rima, mas não combina.

Vaca não rima com café.
Não rima, mas combina.

Dragão rima com tufão.
Rima e combina.

Lobo não rima com porco.
Não rima nem combina.

Casa rima ou combina com asa?
Toca rima ou combina com oca?

Jasmim combina com jardim.
E rima?

Marina não rima com mar.
E combina?

Artur combina com rei.
E rima?

Serafim rima e combina com fim.




                                      





Festa da Salamandra




Festa da Salamandra





Imaginem quantos bichinhos, super amigos a Salamandra convidou para sua grande festa na floresta?

Este livro é uma graça, um encanto!

A beleza das cores, do entrelaçar das salamandras e da criatividade do autor.

Selecionei esta leitura para trabalhar conceitos matemáticos com os alunos e aproveitei para trabalhar também as cores.

Uma salamandra corre para chegar a grande Festa das Salamandras. 
Quer se juntar a seus amigos para agitar, dançar e se divertir até cansar.
Conte junto aos alunos, quantos insetos estão voando...

Duas salamandras logo se juntam a ela, com os rabos entrelaçados correm sem parar.
Elas não podem perder a grande festa, por isso têm de se apressar.
Pergunte aos alunos quantos besouros azuis eles estão enxergando na imagem...

(...)

Nove vagalumes iluminam a entrada da grande Festa das Salamandras!
Dez salamandras já estão por lá.
Todos já chegaram e agora botam pra quebrar!

Folhei novamente o livro e descubra alguns bichinhos escondidos  e solicite dos alunos atenção para que percebam quais outros bichos ou insetos também estão a caminho da festa e que não foram citados na leitura/história...

Gostei, postei!

Meu Coração é um Zoológico

Meu Coração é um Zoológico

A leitura é interessante pois trabalha as características de alguns animais.
 E as imagens são de se admirar, realmente, maravilhosas!

Muita criatividade em questão...

Depois da leitura com os alunos pretendo fazer uma releitura, entretanto, com algumas mudanças em que procurarei dar algumas características físicas ou psicológicas aos alunos.
 Faremos uma roda de história e na releitura da obra, aos invés dos bichos citarei o nome dos alunos e alunas, e a cada nome será acrescentada uma característica.
Os alunos adoram quando se sentem envolvidos, fazendo parte da história.
Eu já havia feito este trabalho na leitura de outro livro e o resultado foi mesmo maravilhoso.



Meus coração é um zoológico...
encantador como um Castor,
tranquilo como um Touro
confiante como a Garça pescando seu tesouro...
faceiro como a Foca,
forte como o Alce,
feliz como os hipopótamos tomando suco de alface.



Elegante como o Pinguim,
ardiloso como o Raposo,
galante como a Lagarta em seu passo silencioso.
Livre como a Lebre,
leve como a Rã,
belo como o Lobo na neblina da manhã.



Arisco como o Marisco,
tagarela como a gralha,
cansado como o menino no zoológico em que trabalha.



Agora, atentem para o comentário do autor na capa do livro...



Uma Meia Azul

Somos todos diferentes...


UMA MEIA AZUL
                                                                                                       Autores: Emily Ballou
                                                                                                                    Stephen Michael King

Você conhece alguém que gosta de comer minhocas???

A gente sabe que existem pessoas muito diferentes de nós...



Era uma vez um menino chamado Teo Leo.
Teo Leo perguntava se ele era como as outras crianças.
Ele tinha olhos castanhos que piscavam e um pequeno nariz arrebitado.
-Isso parece normal- dizia Teo Leo.
Ele gostava de pular, "poim", "poim", "poim", "poim"gostava de cavar buracos na terra, gostava de ficar deitado olhando para o céu e gostava de comer minhocas...

_Espera aí!
_Comer minhocas?????
_ Ninguém come minhocas!
_ As crianças gritaram.
_Eu como! _disse Teo Leo, sugando uma minhoca como se fosse um delicioso espaguete.
_Que nojo!

Teo Leo usava um longo cachecol laranja, na primavera, no verão, no outono e no inverno...
Teo Leo usava somente uma meia azul, na primavera, no verão, no outono e no inverno.
Ele havia perdido o outro pé de meia muito tempo atrás, e tinha a impressão de que por toda a vida sempre fora conhecido como o garoto que usava somente UMA MEIA AZUL.
E como Teo Leo não queria furar sua única meia azul, ele pulava em um pé só por todo o caminho de casa para a escola, e novamente por todo o caminho de volta para casa.
Todos os dias.

"PÓIM"  ,  "PÓIM"   , "PÓIM"   "PÓIM"  ,  "PÓIM"   , "PÓIM"  "PÓIM"  ,  "PÓIM"   , "PÓIM"

Teo Leo achava encantador usar somente UMA MEIA AZUL e fazer barulho ao sugar minhocas rosadas, recolher pedacinhos de QUALQUER COISA do seu eternamente esvoaçante cachecol laranja, e também PULAR, PULAR, PULAR num pé só para todos os lugares aonde fosse.
No entanto...
Teo Leo não gostava de seus LOOONGOS E FELPUDOS BRAÇOS VERMELHOS.
Ah, não. Não mesmo.
NEM UM POUCO!
Mas  O QUE  há de errado em  ter LOOONGOS E FELPUDOS BRAÇOS VERMELHOS se você é um menino chamado Teo Leo, se você usa somente UMA MEIA AZUL, se você recolhe COISAS ENCANTADORAS E MUITO ÚTEIS no seu eternamente esvoaçante cachecol laranja, se você gosta de comer MINHOCAS ROSADAS e se você PULA, PULA, PULA NUM PÉ SÓ para todos os lugares aonde vai?
Bem...

(...)

Teo Leo que sempre tivera orgulho do seu gosto por SUGAR, SUGAR, SUGAR, minhocas rosadas, ou do seu ENCANTADOR E MUITO ÚTIL cachecol laranja, ou de ter somente UMA MEIA AZUL, ou ainda do seu PULAR, PULAR, PULAR NUM PÉ SÓ por onde quer que fosse, de repente não se orgulhava mais.
_Eu sou muito desastrado! _ ele lamentava.
_Você só precisa praticar _ disse uma voz acima dele.
Teo Leo olhou para cima e viu um passarinho pousado num galho. Ele achou que o passarinho se parecia com uma meia azul, mas não disse isso para ele.
_Praticar O QUE? _ Teo Leo perguntou.

(...)

- É NORMAL SE VOCÊ FOR UM PÁSSARO!  gritou Teo Leo.
No dia seguinte Teo Leo carregou todas as coisas encantadoras e muito úteis que havia recolhido dos fios de seu eternamente, esvoaçante e sempre flutuante cachecol laranja e construiu para si mesmo um lindo, encantador e perfeitamente normal...
NINHO.

Como disse a autora, a leitura nos mostra a alegria de um garoto que ousa ser diferente!



Obs.:  O texto não está na íntegra mas vale muita a pena conferir...







O Que Não Cabe e o Que Cabe No Meu Mundo

 O que não cabe no meu mundo

Autor: Fábio Gonçalves Ferreira
Ilustração: Ricardo Tokumoto

Uma coleção maravilhosa para se trabalhar valores.
Todo ano é necessário conversar com os alunos a respeito de inúmeras questões relacionadas a moral, ética, hábitos de convivência, enfim, o dia a dia do aluno e o seu convívio social.


Selecionei apenas uma história tratando a questão do preconceito, todavia acredito que todas deveriam ser lidas para que tanto professores quanto alunos aprendam a entender o outro , a respeitá-lo em seus diferentes aspectos sócio culturais. E numa situação oportuna poderão interferir e  também  orientá-los sobre alguns aspectos/características.

Basta um olhar diferenciado e/ou uma palavra ou comentário para que surja mudanças e esclarecimentos quanto a determinadas "manias" que muitas vezes passam despercebidas.



Existe um monstro que é muito bobo, desses que invadem e tomam o nosso coração.
Ele tem o corpo todo peludo; seus dentes são grandes, como de um cachorro raivoso; e ele vive babando.
Apesar de ter uma cara de bobão, ele é muito perigoso e malvado, e nem sabe direito o mal que faz aos outros.
Essa criatura mal-humorada, conhecida como bobomonstro, quando consegue entrar em nosso coração, deposita lá um veneno chamado preconceito.
Este veneno faz com que as pessoas pensem que não gostam de outras pessoas ou coisas diferentes , só porque não as conhecem direito.

Quem está contaminado pelo preconceito acha que tudo que é diferente dele é ruim, chato ou menor.

Por exemplo: acha que uma pessoa é perigosa ou inferior só porque tem o cabelo diferente, fala de outro jeito, se veste de maneira mais simples ou mesmo com outro gosto.

Já viu tamanha bobeira? por isso que esse monstro ridículo é chamado de bobomonstro, pois não existe coisa mais boba do que julgar os outros pelas aparências.
Todas as pessoas são diferentes. Você é diferente de seus coleguinhas! E não significa que alguém seja ruim por conta disso. Mas o bobomonstro e as pessoas dominadas por ele  não querem saber.
Vivem julgando os outros pela maneira como são. E pior, quando o bobomonstro se junta com o crudêncio, um monstro malvado, eles acabam magoando ou até mesmo machucando essas pessoas que eles acham estranhas...

Fazendo assim o bobomonstro terá tanto medo de você que nem vai se atrever a envenená-lo com o preconceito. E o melhor de tudo é que você fará novos amigos, com novas maneiras de ver o lindo mundo que existe ao nosso redor.

Como o autor diz, veja bem o nome já diz tudo. Pré-conceito, conceito antecipado sobre algo ou alguém. Daí o julgamento.
È importante educar as crianças para o mundo, para tudo que esta a sua volta. Ensine-os a não classificar, a ser carinhoso, a respeitar e valorizar aqueles que estão a sua volta e fazem parte ou farão de suas vidas.

Os demais livros sobre o que não cabe no mundo são:  bagunça; crueldade; egoísmo; gula; impaciência; inveja; mentira; preguiça e teimosia.
Em todas as leitura há sempre um monstrinho indesejável, bagunceiro, preguiçoso, maldoso, cruel, mentiroso, invejoso, guloso, impaciente e teimoso como ele só.

O que cabe no meu mundo

Sensibilidade

Sensibilidade é a capacidade de sentirmos o mundo à nossa volta.
De percebermos os sentimentos das pessoas e dos animais e as coisas de uma maneira  muito especial.
Significa experimentarmos, no fundo do nosso coração, sentimentos bons ou ruins. Como, por exemplo, tristeza por ver alguém doente ou machucado.

(...)

Quando temos sensibilidade, é possível notar o que o outro está sentindo, até mesmo por uma conversa a distância ou por um simples olhar. Assim, também é possível percebermos a saudade que sentimos uns dos outros.
É um dom que precisa ser cultivado entre nós. 
Deve ser regado como uma plantinha, pois é por meio da sensibilidade que conseguimos expressar nossos verdadeiros sentimentos e também percebermos os sentimentos dos outros.







Projeto Alimentação


Projeto Alimentação Saudável


O Projeto Alimentação está sendo elaborado para uma turma de 33 alunos, da Educação Infantil, EMEI Professora Zuleika Pereira Leite, situada em São Paulo, do qual faço parte do quadro de professores. Trabalhando com alunos na faixa etária de 4 a 5 anos, lembrando que esses alunos estão em processo de iniciação, sendo este o primeiro ano deles na escola e o primeiro contato, uso e manuseio de materiais.            


Objetivo:
·         Promover  consciência e consumo de alimentos saudáveis.

Objetivo Específico:
·         Conhecer melhor as frutas, legumes, carnes e demais alimentos e incluir o cardápio escolar, mostrando a importância destes alimentos  oferecidos pela escola na alimentação diária, incentivando bons hábitos alimentares.
            Reconhecer os alimentos que fazem bem à saúde.

Metodologia:
·         O Projeto Alimentação Saudável envolverá diversas áreas de conhecimento.
    A medida que pesquisamos e conversamos sobre a importância de uma boa alimentação, equilibrada e saudável, exemplificando , em especial, a alimentação semanal da Escola , assim como os demais alimentos do nosso dia a dia, trabalharemos diversas áreas, em especial, ciências e artes.  
·   Vamos conversar, listar e registrar os alimentos preferidos dos nossos alunos e alimentos consumidos diariamente e a partir daí, trabalhar a letra inicial de cada alimento. Faremos também um gráfico quantificando os alimentos mais consumidos por eles em sua alimentação diária. 
                                           
·          Justificativa:
Conscientizá-los sobre a importância de se consumir varios tipos de alimentos.
Orientá-los quanto ao consumo de alguns alimentos que precisam ser moderados (bolachas recheadas, pirulito, chiclete, balas, doces e refrigerantes).

Avaliação:
Faremos uma pirâmide alimentar onde serão colocados todos os alimentos feitos por eles, para que apreciem o trabalho e também para que seja um suporte a mais de aprendizagem. E será confeccionado um mural, em sala de aula com o contorno do corpo do aluno, e faremos recorte e colagem de inúmeros alimentos que foram impressos e pintados por eles no qual ali serão fixados, reforçando por meio de imagens o uso de  alimentos importantes ao nosso organismo.                               

A realização deste projeto teve a parceria do Clube Educador.







O Projeto teve início na primeira semana do mês de março.
Começamos conversando com  os alunos sobre a importância de uma boa alimentação e perguntando a eles o que seria uma boa alimentação?
Conversamos também sobre o cardápio da nossa escola, procurando valorizar e incentivar o consumo.
Após inúmeras chamadas,  já que todos querem participar, perguntei a eles quais alimentos eram consumidos no dia a dia, o que eles mais gostavam de comer e aí, fizemos uma lista com estes alimentos.
Frutas: morango; maçã; pêra; uva. Melancia; banana.
Almoço/ jantar: arroz; feijão; carne; hambúrguer; batata; macarrão; ovos; "miojo".
Lanche: bolo; bolinhos; biscoito; pão; leite; achocolatado; bolachas.
Doces: bolinho; pirulitos; chocolate; arroz doce; sucrílios.
Logo após essa listagem  foi feito uma demonstração de alguns alimentos com fantoches e em meio as apresentações, brincamos de adivinha. 
Eles ficaram  super eufóricos...



Também foi colocado a disposição deles alguns alimentos fabricados com isopor e plástico para que eles percebessem as formas, tamanhos  e cores dos alimentos.
Em seguida, foi colocado sobre a mesa dos alunos potes de massa , cola bastão, tesouras, réguas e lápis para que estes materiais pudessem servir de  ferramenta/suporte para a criação dos alimentos.
A princípio foi solicitado aos alunos trabalhar com uma única cor, e sei que isso foi pedir demais, pois eles adoram misturar as cores...
Logo após a experimentação do material foram criados inúmeros alimentos.
Foram feitas algumas interferências para que os alunos não saíssem do foco, para criarmos uma pirâmide alimentar.
Colocamos todo material para secar para que na próxima aula déssemos continuidade ao projeto.
A Mega Massa é um material de secagem rápida e quando seco, promove uma textura aveludada, o que possibilitou um bonito trabalho e, um detalhe, depois de seca o objeto conserva o tamanho original.
Iniciamos as atividades com a Mega Massa, preparando o cardápio da escola.
Dando continuidade ao projeto, conversando sobre a alimentação da nossa escola, o almoço, o jantar e o lanche. 
Elaborei dois pratos com estes alimentos, fazendo uma pequena demonstração e comentários, mostrando a eles o valor de cada alimento e sua real importância para um crescimento saudável.

Amostras de legumes; frutas; café/lanche; almoço/jantar e também doces/guloseimas.






Na Educação Infantil a questão do gênero, para alguns alunos é fator determinante.






Tem alunas que não aceitam trabalhar com outra cor, senão a cor de rosa; assim  como tem meninos que só querem a massinha de cor azul ou verde, e fica difícil convencê-los de que não se pode modelar determinados alimentos com essas cores, por exemplo. Nisso tive toda paciência e esperei para que eles fizessem e refizessem alguns alimentos, até chegarmos num acordo.













 Em meio as brincadeiras percebe-se criatividade  e interesse dos alunos.








Fizeram de tudo um pouco...
Difícil foi convencê-los a fazerem arroz e feijão para colocarmos na pirâmide, em meio às sugestões consegui fazer com que um aluno apenas um aluno fizesse o feijão.





Procurei valorizar cada atividade, mesmo aqueles alunos que apresentam dificuldades para manusear ou mesmo modelar os alimentos, tiveram seu espaço garantido.


Na montagem da pirâmide  foram muitos os questionamentos e a procura dos alimentos criados por eles.
Foi colocado todos os alimentos, tanto aqueles feitos pelos alunos quanto os que foram  feitos por mim.
Eles ficaram muito atentos a explicação e parece ter ficado claro que é na base da pirâmide  que estão os alimentos de maior importância para o nosso organismo. E que estes devem ser ingeridos diariamente.

Para montagem da pirâmide os alimentos foram fixados com cola quente sobre a superfície do e.v.a.




Foi uma atividade bastante produtiva pois os alunos amam manusear, criar e recriar objetos com massinhas.
E a Mega Massa é um produto diferenciado. De fácil manuseio, cores vibrantes, super maleável e o melhor de tudo, não mancha as mãos. E, caso o aluno queira misturar  as cores, a massa tem uma aderência incrível! Outro ponto positivo é a possibilidade de se refazer ou reaproveitar a massa, pois sua secagem não é muito rápida e mesmo seca possibilita reaproveitamento/ reciclagem.

É um momento rico, criativo, gostoso e eles nem percebem que enquanto brincam, aprendem.


Aqui foi feita uma amostra para que eles observassem as inúmeras possibilidades.
Não resisti e postei também!

Foram impressos diferentes tipos de alimentos para continuidade do trabalho/projeto com a  montagem de um painel que será feito, primeiramente com o contorno do corpo de um dos alunos, no qual serão  fixados inúmeros alimentos, numa demonstração do quanto  são importantes para um crescimento saudável.
Reforçando o que foi conversado sobre a pirâmide alimentar .

Os Lápis Crystal Jumbo, por serem grandes e de ponta grossa facilita, e muito o trabalho de coordenação motora nesta faixa etária. Muitos ainda não conseguem sequer manusear, de forma correta o lápis. Daí foram impressas algumas atividades para que os alunos, primeiramente exercitassem a coordenação.















Com as canetas hidrocores jumbo usamos a técnica do pontilhismo, no qual os alunos foram preenchendo os espaços do desenho com pontinhos, até que este ficassem  totalmente preenchidos "pintado". As canetas por terem a ponta grossa, facilita  e promove um bom rendimento do trabalho.
Os alunos gostaram muito de aprender e fazer uso desta técnica que evita o desgaste do material.






















Com os lápis de cores,  por terem a ponta grossa , não quebra com facilidade , o que pra nós é um facilitador pois os alunos quando descobrem o uso do apontador, parece um momento mágico, pois eles ficam observando e encantados com o resultado e,  isso faz com que a atividade fique em segundo plano, pois parece ser  uma "delícia" apontar lápis.








O mesmo eu diria das borrachas.
 Quando eles descobrem o efeito "mágico" que elas tem, se não tivermos controle a atividade não sai.





Os lápis por serem jumbos facilita e muito o trabalho nesta faixa etária, pois eles apresentam pouca habilidade no manuseio das peças, sem contar o rendimento, até porque, eles se cansam com muita facilidade e muitas vezes um desenho que para nós é tão simples, para muitos é trabalhoso .































As réguas flexíveis foram colocadas sobre a mesa para servirem de suporte e eu fiquei surpresa quando uma aluno pegou para medir o tamanho de um desenho, demonstrando curiosidade.
Isso nos mostra que a criança precisa ter em mão uma gama de materias a sua disposição, despertando interesse e curiosidade, instigando o aluno.



Logo após estas atividades, foram estabelecidas mais duas atividades voltadas especificamento para os alimentos servidos na escola.








No dia da visita a sala de leitura , fizemos a Roda de Leitura e pedi a todos os alunos que fechassem os olhos e tentassem adivinhar qual tinha sido a história selecionada para leitura do dia?

Falei que na história havia uma "pedra mágica"!



Perguntei a eles se eles já tinham ouvido falar da história da Sopa de Pedra.
Também perguntei quais ingredientes são necessários para se fazer uma sopa? Eles responderam que os alimentos são: batata; cenoura; peixe; arroz; feijão; frango e macarrão. O detalhe é que muitos não se pronunciam e se falam alguma coisa é repetindo o que o amigo já disse.

De acordo a pesquisas sopa da pedra ou sopa de pedra é uma sopa típica da culinária de Portugal, em particular da cidade de Almeirim, situada no coração da região do Ribatejo, considerada a "capital da sopa da pedra".
Ao contrário do que o nome indica, a sopa de pedra é uma sopa com muitos ingredientes, em que a “pedra” é apenas o “pretexto”.
Esta designação encontra-se em muitas culturas ocidentais e tem como base uma lenda. 



A Sopa da Pedra

Era uma vez um viajante que andava de país em país, de terra em terra. 
Um dia quando estava de passagem por uma pequena aldeia reparou que a sua comida tinha acabado, e já estava a ficar com muita fome.
Foi andando de um lado para o outro a pensar numa forma de arranjar comida. Tinha muita vergonha de ir pedir, mas parecia que daquela vez não tinha outra hipótese.
Enquanto ia andando deu um pontapé numa pequena pedra que estava no chão, era uma pedra muito lisa e bonita, foi então que teve uma ideia de conseguir almoçar sem sentir tanta vergonha.
Bateu à porta de uma casa, que parecia ser de um grande agricultor da região.
Quando o dono da casa abriu a porta o viajante disse-lhe:
– Bom dia senhor, eu sou viajante e trago comigo uma pedra mágica capaz de fazer a melhor sopa do mundo, quer provar?
Ao dizer isto retirou do bolso uma pedra muito lisa e redonda. Era parecida com outras que o agricultor conhecia, mas como gostava muito de sopa decidiu aceitar provar a tal melhor sopa do mundo.
O viajante entrou e pediu uma panela grande com água e um pouco de sal, colocaram a panela ao lume e a pedra lá dentro. Quando a água começou a ferver o viajante provou e disse:
– Está quase pronta, mas ficava ainda melhor se lhe pusermos umas batatas.
– Oh homem! Não seja por isso, eu sou um grande agricultor desta região, batatas é coisa que não me falta.
– Obrigado, assim a sopa vai ficar muito melhor.
Passado mais algum tempo voltou a provar.
– Está quase, mas ficava ainda melhor se lhe pusermos umas cenouras.
O agricultor lá foi buscar as melhor cenouras que tinha em casa.
Após provar várias vezes o viajante foi pedindo outros vegetais, couve, cebola, feijão, entre outros. Quando a sopa já estava rica em vegetais, o viajante disse:
– Caro amigo, a sopa está a ficar uma delícia.
O agricultor mal podia esperar para provar a sopa, que é uma coisa que ele adora.
O viajante após provar mais uma vez pediu:
– Oh amigo esta sopa ficava ainda melhor se lhe pusermos um pouco de carne de porco, tem ai alguma coisa? Chouriço, por exemplo.
– Mau, mau, já lhe disse que sou agricultor, coisas dessas não faltam cá em casa.
Mais uma vez foram colocando algumas carnes na sopa.
Provou mais uma vez e disse com um grande sorriso:
– Está pronta!!!
– Já não era sem tempo, vamos lá provar essa sopa.
O viajante serviu a sopa para os dois.
Depois de a provar, o agricultor exclamou:
– Tinha razão, é mesmo a melhor sopa que já comi até hoje, essa sua pedra é realmente mágica. Não me a quer vender?
– Não está à venda, é muito valiosa para mim, foi-me oferecida por um mago de um país distante.
– Muito bem, obrigado na mesma por me ter deixado provar esta sopa.
– Obrigado eu.

Despediram-se e o viajante continuou a sua viagem por outras terras, utilizou várias vezes a sua pedra mágica e assim conseguiu comer sem ter vergonha de pedir e foi desta forma que a receita da sopa de pedra foi passando de terra em terra e hoje ainda a podemos provar em vários locais, com diferentes receitas.


 FINALIZAÇÃO


E para finalizar o projeto foi feita um desenho do contorno do corpo de alguns alunos, aliás eles amaram fazer esse esboço, todos queriam participar. 



Este esboço serviu como  suporte para montagem e exposição dos desenhos das frutas, legumes e demais alimentos que fazem parte do dia a dia do aluno, na escola, em casa ou onde quer que estejam. 
Fizemos o recorte no papel craft, do contorno do corpo deles e a partir disto, os alunos foram colando as imagens dos inúmeros alimentos.
Cada aluno colou seu desenho, ou seja, o alimento que ele coloriu.
O interesse é fazer com que o aluno perceba, valorize e acrescente, em sua alimentação, alimentos que muitas vezes são desconhecidos ou rejeitados por eles.

Aqui são os alunos no pátio da escola . Fizemos o primeiro esboço.








O trabalho de recorte e colagem foi colocado na janela da sala para apreciação dos alunos e de quem passa pelo corredor.
A ideia funcionou! realmente, esta chamando atenção!




Gostei muito de conhecer, manusear e trabalhar com o material que me foi apresentado, e certifico que há qualidade, beleza e muita praticidade.


Agradeço a oportunidade, parceria e confiança.


Rúbia Nery