Cocô de Passarinho

Cocô de Passarinho

Eva  Furnari



A leitura traz em si o dia a dia de um determinado grupo social, que mora numa pacata cidade.
Nos remete ao ciclo natural da vida, onde o tempo ; os dias, os meses e  os anos é que ditam as pequenas mudanças , que acontecem de maneira lenta e progressiva.
Tudo a seu tempo e no seu espaço. Sem pressa...
É uma boa leitura para trabalhar conceitos de onomatopeias. maravilhoso!
E outra dica para confirmar se houve mesmo atenção a leitura , por parte dos alunos, seria  questionar sobre  os nomes das flores que nasceram nos chapéus, dos filhotes de passarinhos e também dos  filhos  dos moradores. Só aí já temos três questões avaliativas.

Quanto as ilustrações, maravilhosas! Pois, contextualizam  e complementam de maneira belíssima a leitura.



Era uma vez uma cidade bem pequena.
Tinha só 6 habitantes.
Todo fim de tarde eles se encontravam na praça  central.  
Gostavam de conversar.
Sentavam sempre no mesmo lugar e diziam sempre as mesmas coisas.

-  Puxa, que calor!
- Calor horrível!
- Como vão os negócios?
- Vão mal.
- O ano que vem vai ser pior.
-  Vai.

Os passarinhos da praça também pousavam sempre nos mesmos galhos e piavam sempre as mesmas coisas.

- Piu!
- Piu!
- Piu, piu!
- Piiiu.
- Piu, piu, piupiu!
- Piu.

Os seis moradores da pequena cidade tinham um grande problema.
Todos os dias , os passarinhos faziam cocô na cabeça deles e isso os deixava aborrecidos.
Certo ia, eles ficaram mais aborrecidos que o normal e resolveram que era hora de dar um jeito naquilo...


A conversa dos passarinhos mudou um pouco...

- Piu!
- Burp!
- Piu!
- Piu, piu!
- Pi-iu.
- Glurp.



Três meses depois.
- Nasceram os filhotes.  Vamos escolher os nomes.
- Popoguto, Ticotinho e Zululeco?
- Ou Popotinho, Ticoleco e Zuluguto?
Quatro meses depois.
- Eu gosto quando eles dançam valsa.
- Eu prefiro tango, é mais divertido.

Um ano depois...

No dia da festa os passarinhos piavam animados.
- Piu!
- Iupii! Pip-urra!
- Piup!
- Hic!
- Inhé. sgluf, spling!
- Piau!

E os moradores conversavam e dançavam entusiasmadas....

Alguns anos depois, nasceram os filhos dos moradores da cidade: Popin, Tukin e Zulin.
E assim, a vida da pequena cidade ficou ainda mais alegre e mais cheia de chapéus.



Obs.:Por causa de Direitos Autorais , tanto o  texto quanto as ilustrações não se encontram na íntegra.

PINOQUIADA

PINOQUIADA

TATIANA BELINKY



A FOCA MUITO ASSANHADA
SE FANTASIOU DE CAIPIRA-
-MENTIRA!

A LESMA SAIU CORRENDO
E DEU UMA CAMBALHOTA-
-LOROTA!

UM PAPAGAIO ARRETADO
GANHOU UM PRÊMIO NO RODEIO-
-NÃO CREIO!

UMA PREGUIÇA ESTRESSASA
ARMOU UM FORROBODÓ!
-DUVUDEODÓ!

UM RATO, AO MORDER O GATO,
MIOU DE DOR DE BARRIGA!
-NÃO DIGA!

(...)



Obs.:Por causa de Direitos Autorais , tanto o  texto quanto as ilustrações não se encontram na íntegra.

Currículo na Educação

Currículo




Currículo é a maneira como a escola organiza  e se organiza
 a partir dos encontros, tempos , espaços e materiais.


Sistemática, pedagógica e que se constrói com acontecimentos dialógicos entre culturas.
Um conjunto de práticas que busca articular as experiências e os saberes com o conhecimento técnico-científico, artístico e cultural, de modo a promover o desenvolvimento integral do aluno. Respeitando a individualidade e as especificidades de cada sujeito. São as diversas áreas do conhecimento.

Princípios da integração entre as etapas e modalidades da Educação Básica: Criatividade e autonomia, incentivados desde à Educação Infantil, e que precisam ser princípios orientadores também no Ensino  Fundamental. 
Considerando os ciclos da vida na Educação Básica, é necessário trabalhar à convivência entre as diferentes gerações ,diferentes idades, em práticas pedagógicas comum. tendo à Unidade Educacional como pólo cultural da comunidade, tendo envolvimento da escola e comunidade na promoção da aprendizagem a fim de que  o currículo contemple espaços educativos para além da sala de aula. baseando-se em princípios éticos, estéticos e políticos de atuação, em todas as etapas e modalidades. Exercendo total respeito e apoio a diversidade.

O Currículo formal só entra em ação se for transformado em Projeto Político Pedagógico, sinônimo de trabalho coletivo, aquele que orienta toda a vida escolar e que está sendo constantemente mediado pelo coordenador, e pelo  trabalho coletivo dos professores, em ação.

 Indagações Curriculares: Currículo, Conhecimento e Cultura

Os estudos de currículo: desenvolvimento e preocupações. - .Diferentes fatores sócio-econômicos políticos e culturais contribuem, assim, para  que o currículo venha a ser entendido como”. conteúdos / experiências de aprendizagem / planos pedagógicos /objetivos  do ensino /processos de avaliação.

DISCUSSÕES E PREOCUPAÇÕES - Conhecimentos escolares/procedimentos e relações sociais no cenário educativo/ transformações no educando/valores/construção de identidades.

CURRÍCULO OCULTO -  conteúdos que  não estão explícitos nos planos e propostas.

PLURALIDADE CULTURAL  - Diversidade/ confrontos e conflitos x enriquecimento e renovação
“O currículo é, em outras palavras o coração da escola, o espaço central em que todos atuamos, o que nos torna, nos diferentes níveis do processo educacional, responsáveis  por sua elaboração”. 
Esclarecendo o que entendemos por conhecimento escolar - Uma construção específica da esfera educativa, o conhecimento escolar tem característica própria. O conhecimento escolar:  impressão de “pronto”, “acabado”, impermeável a características e discussões.O processo de construção do conhecimento escolar sofre efeitos das relações de poder.A Diversidade cultural que marca nossa sociedade e pode ser entendida de diferentes formas.
Conhecimento escolar: descontextualização e recontextualização. Cultura, diversidade cultural e currículo -  Conceitos: Séc XV: cultivo da terra e de animais. Séc XVI: mente humana. Séc XVIII: caráter classista. Séc XX: cultivo popular. E como temos considerado, no currículo, essa pluralidade, esse caráter muticultural de nossa sociedade? Como articular currículo e multiculturalismo? Que estratégias pedagógicas podem ser selecionadas? 
Princípios para a construção de currículos multiculturalmente orientados  -  A necessidade de uma nova postura  -O daltonismo cultural é aquele que não valoriza o arco-íris de culturas. O professor enxerga todos os estudantes como idênticos não levando em conta a necessidade de estabelecer diferenças entre eles e nas atividades pedagógicas. ... necessidade de desconstruir e desnaturalizar esteriótipos de "verdades" que impregnam e configuram a cultura escolar e a cultura da escola.
Um currículo como espaço que se reescreve o conhecimento escolar - Trata-se de desafiar a ótica do dominante e de promover o atrito de diferentes abordagens, diferentes obras literárias, diferentes interpretações de eventos históricos, para que se favoreça ao(à) aluno(a) entender como o conhecimento socialmente valorizado tem sido escrito de uma dada forma e como pode, então, ser reescrito.
A escola precisa, assim, acolher, criticar e colocar em contato diferentes saberes, diferentes manifestações culturais e diferentes óticas. A contemporaneidade requer culturas que se misturem e ressoem mutuamente, que convivam e se modifiquem.
O aluno tem sua própria cultura, o que reflete de sua  família, e isso a escola precisa trabalhar de acordo com seus  contextos sociais e culturais.
É possível dividirmos a realidade humana com as culturais, tradições sociais. Para focarmos este contexto em sala de aula, é preciso diversificar e tornar evidente construções históricas de categorias, como raça, nação, sexualidade etc.
Reconhecimento de novas identidades culturais.   Espera-se que os princípios usados para a construção dos currículos multiculturalmente orientados para induzir professores a trabalhar a educação cultural; Se pendura há anos a visão única e estereotipada sobre a nossa cultura.  Desvelar essa realidade (pluralismo cultural, nosso enraizamento cultural...) e favorecer uma visão dinâmica, contextualizada e plural das identidades culturais é fundamental, articulando-se as dimensões pessoal e coletiva desses processos.
Um espaço de questionamentos de nossas representações sobre os outros  - Junto ao reconhecimento da própria identidade cultural as representações que construirmos dos outros, daqueles que consideramos diferentes, estão carregados de dramaticidade e ambiguidades e refletem nos currículos e nas relações sociais.
Quem são os “nós”? Nós todas aquelas pessoas que tem referenciais semelhantes ao nossos e que tem hábitos de vida e valores, estilo e visões de mundo que se aproximam dos nossos .
Quem são os outros? O outro como fonte de todo mal, como alguém a tolerar.
Desejamos destacar que o modo como concebemos a condição humana pode bloquear nossa compreensão dos outros .
Espaço de crítica cultural  -  Fazer com que os alunos conheçam as diversidades, a fim de ampliar seus horizontes culturais, colaborando com o processo de formação de identidade das crianças e adolescentes.
Tirar o foco do modismo da sociedade que de uma certa forma e  imposta pela mídia, como: as drogas, o preconceito, erotização das crianças e adolescentes.
Levando mais cultura para a escola através dos currículos orientados para que o estudante interaja com outras culturas e manifestações.
Currículo como espaço de desenvolvimento de pesquisas  - Estamos defendendo, em resumo, que se torne o currículo, em cada escola, um espaço de pesquisa. A pesquisa, concebida em um sentido mais amplo, reiteramos, não está restrita  à universidade.  Como  professores(as) / intelectuais que atuamos na escola, precisamos enfrentar esse desafio, tornando-nos pesquisadores(as) dos saberes, valores e práticas que ensinamos e/ou desenvolvemos, centrando nosso ensino na pesquisa. Nesse processo, poderemos aperfeiçoar nosso desempenho profissional, poderemos nos situar melhor no mundo, poderemos, ainda, nos engajar na luta  por melhorá-lo. Nesse processo, poderemos despertar nos alunos e nas alunas o espírito de pesquisa, buscar conhecer coisas novas, na próxima reunião devemos começar  a discutir essa questão. 


Precisamos mudar a postura, a maneira de pensar. Pensar o heterogêneo como positivo, porque a homogeneidade da escola precisa ser superada.

Currículo e avaliação um diálogo necessário por  Francisco José Soares

A  importância de se garantir ao aluno o acesso, a permanência e o aprendizado.
devemos refletir na escola de todos, planejando  e refletindo sobre o planejamento/ação, atentos ao porque do sujeito estar ali.
A avaliação possibilita ver o que o aluno aprendeu e o que ainda não apreendeu, portanto , não aprendeu. Os resultados das aprendizagens permite que se traça um olhar científico em relação a ação pedagógica, gerenciando seus processos e progressos, assim como sua dificuldades. O aluno precisa de alguém que continuamente o esteja guiando, direcionando seus passos, suas competências e habilidades.
O aluno é sujeito de direitos, portanto, isso precisa se considerado e estar especificado, explícito, registrado, documentado em meio ao planejamento, na construção do currículo que , por sua vez, precisa e deve estar amparado/ancorado dentro do PPP.
E é aí que se apresenta e se constata à competência do educador frente as necessidades e os direitos dos educandos, a competência de se realizar tais tarefas.

Alípio Casali discorre sobre a Educação Pública, estabelecendo relação entre qualidade e quantidade.
Em Educação a quantidade é sempre parte da substância da qualidade. Entendendo que educação é um direito universal, uma referência a qualidade de vida e, por ser um direito deve ser estendida, Extensão, que remete a quantidade, a todos!
Ele sinaliza que existem pré-condições já alicerçadas e que não depende só da escola. Essas,  por sua vez , são as ampliações de possibilidades em busca da qualidade. São as constantes lutas em busca das inúmeras mudanças para que elas se efetivem, para que o sistema , por ser aberto ao diálogo, por ser democrático, possibilita tais ações e cobranças. Estamos num estado de direito democrático, representativo e participativo, baseado em políticas públicas  e está por sua vez traz em si, garantias. Daí serem pertinentes as cobranças, as intervenções, a colaboração , o trabalho coletivo/equipe para que se efetivem.
Considerando que em meio a tantas rupturas que acontecem por conta das  mudanças, de tudo e de todos que envolvem os profissionais da educação, o sistema em si, apresenta como um dos grandes questionamentos, elencados por Casali, diz respeito as mudanças dos profissionais em busca de melhores oportunidades e  , assim sendo, não tem como haver continuidade , ou seja , há muita quebra, muita troca de profissionais por unidade e isso interfere, causa instabilidade, fracasso escolar. E se tem que reiniciar o processo constantemente.
Portanto a remuneração é a base desse fortalecimento/estabelecimento e que cabe as políticas públicas tais responsabilidades para que se efetive essa inserção,  condições de trabalho adequadas para que não haja tanta migração de cargo, e assim as ações se efetivem.

O governo federal, o MEC , em meio as políticas pedagógicas , como orgão que tem que observar , avaliar e refletir para que haja mudanças, para que elas realmente aconteçam, precisa estar em anãlise contínua de alguns documentos.
Casali descreve sobre as condições para um bom trabalho e diz que é preciso pensar na infraestrutura da escola, tanto para os alunos quanto para os profissionais.
No  projeto político pedagógico ficam registrados as intenções da escola, da comunidade, um documento que se efetive a participação de todos. Ações de escuta, de diálogo, com objetivos comum a todos.
Planos de carreira para os profissionais, incentivos e valorização.
Quanto a avaliação, ela tem co-relação com mérito e a avaliação é um bem público, um direito social, e que é preciso visibilidade , não pode ser distorcida, mascarada, fruto de acordos internos, ela tem por base intervir no sistema.
Quanto as práticas, todas as ações da escola estão no currículo, desde o momento que se entra na escola, já se faz uso deste currículo. Aqui ficam registrados/impregnadas  diversas experiencias dos profissionais, da equipe e o foco é desenvolver as potencialidades do educando. Lembrando que tudo deve ser valorizado no aluno, as vezes a cobrança é pontual e ele deve ser visto em sua totalidade.
A comunidade precisa ser uma comunidade aprendente.
Os profissionais precisam ser parceiros e é importante respeitar as diversidades. Todos nós temos nossa identidade própria e isto precisa ser considerado.
Quanto aos resultados o autor discorre sobre a qualidade social, calcada na boa  formação do educando, isto faz com que  todos se beneficiam. A escola deve contribuir com o mundo do trabalho para que com a formação ele tenha e saiba fazer escolhas, trabalhando a ética e a cidadania, preparando-o para o convívio social, formando sujeitos conscientes, humanizados e além do que , essa formação promove o duplo vínculo onde se ensina e se aprende.
Quanto as ações públicas para que se efetivem, pois a lei assim determina, só acontece quando há posicionamentos e fortes cobranças frente a estas determinadas/ações , participação efetiva, assim sendo , há resultados positivos.

E a colaboração tem por base o trabalho coletivo.
Portanto o autor fala de ações efetivas, a busca constante por resultados daquilo que se espera, que se quer, que se tem por direito e a colaboração, a força que se tem no trabalho em equipe.

Definição e Seleção de Competências, denominada de DESECO, define competência como mais do que conhecimentos e habilidades, envolve a capacidade de atender as demandas complexas, por meio da identificação e mobilização de recursos psicossociais em um determinado contexto.

Por Bernardo Toro, competências são objetivos da Educação Básica que acontece por meio do domínio da leitura,; escrita; cálculos; interpretações; criatividade; socialização, etc.

Para DESECO, competências é saber fazer uso das tecnologias , é ter a capacidade de interagir com as pessoas e grupos de diferentes culturas, é saber gerir conflitos, é saber cooperar, é saber agir de modo autônomo e responsável,  é saber fazer valer seus direitos, é saber planejar e saber decidir.
Portanto, o aprendizado na escola deve estar pautado na análise,na compreensão,  na criação e na aplicação.  E estes questionamentos apontam para o processo de socialização, ou seja, aos 4 pilares da Educação que são: aprender a conhecer; aprender a fazer; aprender a viver juntos; aprender a ser. Dimensões indispensáveis e inseparáveis.

Na visão de Boaventura Santos, é importante afirmar a igualdade sempre que a diferença a inferioriza, e afirmar a diferença, sempre que a igualdade se  descaracteriza. Pois a ideia de igualdade cabe apenas naquilo que é universal e comum a todos, a igualdade de direitos inerente a todo e qualquer ser humano, em qualquer circunstância, o direito à vida,  à liberdade e, o direito de aprender o que é de todos.

Assim sendo, equidade refere-se a correção ética e a justiça no modo de se julgar e tratar toda e qualquer pessoa, aqui entra as políticas públicas, considerando-os nos seus direitos universais, e ao mesmo tempo, nos seus direitos mais diferenciados.

Daí a LDB apresentar um currículo com base nacional comum,

Avaliação e Currículo, legitimidade e responsabilidade , dimensão política pedagógica.  tendo por finalidade não um julgamento de valor, classificatório  à medida que se estabelece um currículo, também se estabelecem as diretrizes que vão ser tomadas tendo como perspectiva levar o aluno a uma progressiva aprendizagem, levando em consideração o que esse aluno já sabe, o que foi construído e o que precisa ser construído.

Avalia-se para a aprendizagem , dentro de uma dimensão formativa e uma perspectiva de futuro. Essa avaliação pressupõe diálogo, reflexão sobre o processo, responsabilidades tanto do aluno quanto do professor, fornecendo informações de como o aluno está aprendendo, acompanhando o processo cognitivo, possibilitando ajustes, com um olhar atento sobre cada sujeito, a avaliação se torna um registro com vistas a planejar o futuro, a voltar um pouco, analisar as ações, os resultados, reconhecendo as diferenças de formação. Ser co-responsável pelo processo de ensino-aprendizagem, orientando o aluno, possibilitando redirecionamento do processo, considerando que se aprende numa rede de relações e é importante considerar que o trabalho deve ser condizente que a postura do professor em sala de aula. Ele fala e ele faz. 

Avaliação como possibilidade de transformação voltada para a autonomia.
O primeiro movimento significativo em relação à Escola Tradicional deu-se no início do século XX - o movimento da educação progressista. Ocorrido nos Estados Unidos da América e na Europa por meio do movimento de renovação pedagógica, conhecido por Escola Nova expõe fortemente o pensamento de John Dewey.

Segundo Dewey, a criança deve ser o centro da educação e, logo, seu desenvolvimento o guia para toda a organização de experiências educacionais a ela proporcionadas. Experiências estas organizadas de forma democrática, inseridas em uma sociedade que assim pretende ser.
O desejo é o de potencializar as qualidades de interação e continuidade.

A escola, portanto, é um dos locais de fortalecimento de inter-relações, que familiariza os educandos às características fundamentais do que venha a ser uma sociedade democrática, sendo as experiências escolares as que permitem aprender que elas próprias são um processo social, interativo.

O cuidado está em organizar experiências que venham a satisfazer os educandos e suas necessidades individuais e as ligadas à sua atuação em grupo. Portanto, o conhecimento não pode ser entendido como uma contemplação sem finalidade.

O ambiente é pensado e organizado para proporcionar experiências que permitam aos alunos crescerem e não o seu contrário, uma forma de participação efetiva, onde novas situações são apresentadas não de modo rígido nem fixo, mas parte de um processo de tentativa e erro, que valoriza o esforço individual para encontrar sentido em um corpo de conhecimentos socialmente transmitido. Nesta concepção, que considera que conhecer implica a reconstrução da experiência, os educandos são ativos.

Avaliá-los significa a necessidade de analisar o trabalho desenvolvido pelas escolas, se esta cumpre o seu papel que é o de formar qualidades essenciais ao desenvolvimento de uma cidadania democrática - ou seja, formar pessoas cooperativas, criativas, perseverantes, que arriscam e são confiáveis, entre outras. Múltiplas formas de avaliação são necessárias, bem como o papel desempenhado pelo educador neste momento, pois ele é considerado aquele que conhece o educando, sendo a autoridade para partilhar as evidências da aprendizagem com o próprio, com a família e com a comunidade. 

Evidenciar a aprendizagem na educação progressiva ocorre por meio da documentação da mesma, que se faz pela observação, pelo registro, pela interpretação e pelo compartilhamento - um conceito de prestação de contas. Este conceito implica que educandos e seus educadores observem o que realizaram, comparando com os objetivos propostos, revistando o que foi feito e refletindo sobre como manter e modificar a experiência vivida, em um processo que permite estreitar os laços entre eles e aprender a aprender.

Prestar contas também permite a constituição de uma identidade coletiva, do fortalecimento de uma comunidade de aprendizagem. Nesse processo, o uso de portfólios é muito utilizado como um dos meios em mostras de resultados de aprendizagem para toda a comunidade. A avaliação apresenta o papel de evidenciar padrões de sucesso, possibilitando uma exposição e uma crítica públicas.


Os preceitos e a influência da educação progressista perdurou na sociedade norte-americana até aos anos 70 do século passado. A partir da década de 80, fragilidades na competitividade econômica do país abriram espaço para o questionamento da educação progressiva, por esta ser associada por muitos a uma abordagem educativa menos rigorosa, que desautoriza os adultos. Uma agenda mais tradicional em termos de educação inicia-se por meio de ofensivas da opinião pública.
As exemplificações postas no texto anteriormente, por meio da citação de autores que acreditaram em uma educação contrária a prática tradicional de avaliação foi importante para esclarecer que não há simplicidade nesse processo. Estudar sobre e perceber se nosso desejo encontra-se em realizar um modo de fazer a avaliação diferente foi o objetivo, uma vez que é preciso questionar as concepções que estão no cotidiano pedagógico e ver possibilidades deste ser outro.
O processo de não questionar a relação saber-poder posto no ato avaliativo fornece ao mesmo a certeza de sua reprodução, da consolidação da prática de examinar e medir. E mesmo considerar a experiência reflexiva importante não é suficiente para uma educação emancipatória realizar-se.
A prática avaliativa na escola só será mediadora quando a reflexão superar pensamentos pragmáticos, próprios da nossa sociedade industrializada, que modela os ramos da cultura segundo os ditames da produção, e que não proporciona a contradição. Por isso, o modelo de transmissão, seguido da verificação e do registro deve ser constantemente oposto, pois este paradigma é muito forte, consolidado.
Então, pensar em avaliação mediadora é refletir que a própria deve ser compreendida como uma prática que se encontra limitada pela organização da escola. Ela ainda se encontra configurada em torno de uma obtenção de nota, de um resultado objetivo. Percebê-la como uma tarefa complexa que não se resume a realização de provas e atribuição de notas é o primeiro passo para modificar a percepção do que é avaliar.
A escola deve estar vinculada à vida, ao mundo, à comunidade. A escola deve desafiar-se, questionar o senso comum e enxergar-se, por mais que tenha limites, como uma instituição que pesquisa e que aprende.
Para as escola novistas, avaliar significa a necessidade de analisar o trabalho desenvolvido pelas escolas, se esta cumpre o seu papel, que é o de formar qualidades essenciais ao desenvolvimento de uma cidadania democrática - ou seja, formar pessoas cooperativas, criativas, perseverantes, que arriscam, que são confiáveis, entre outras.
Para os humanistas, avaliar é respeitar e valorizar a capacidade de escolha de cada educando, uma premissa, uma vez que estão preocupados em vivenciar uma escola onde os educandos sejam mais livres de regras estabelecidas, sendo respeitados como partícipes.
Para os libertadores, avaliar é emancipar, uma atitude política realizada em comunhão, uma vez que ninguém educa ninguém. A avaliação é realizada por meio do diálogo, pois considera o conhecimento como sendo construído nesta relação. Não há como avaliar sem estar envolto em um processo de investigação e de participação, em uma prática de esforço, problematizadora, crítica, onde avaliador e avaliado não se polarizem, mas interpretem um ao outro, enriquecendo a prática e a si mesmos.
Vygotsky demonstra que avaliar é compreender se o educando está desenvolvendo ou desenvolveu capacidades de utilizar o que aprendeu - como algo que enriquece o seu pensamento e que possibilita adentrar à sua cultura.
Adorno preocupa-se com uma avaliação que contribua para que todos os indivíduos tenham o maior número de possibilidades de saber sobre o conhecimento acumulado, que é patrimônio da humanidade, pois este lhe dará a possibilidade de romper sentimentos de inferioridade, de submissão e de pensar por conta própria.
Assim, a avaliação mediadora é aquela que ocorre na relação sujeito e objeto para que o sujeito adquira conhecimento. Mas, o sujeito aqui não é só o educando. O sujeito são ambos.
Ação-reflexão-ação. A avaliação é construída na ação e na reflexão sobre esta, mas não termina por aí, exige uma nova ação e assim continua. O diálogo é que enriquece as possibilidades de agir, pensar e operar o pensado, aprimorar e constantemente enriquecer objeto de conhecimento e o sujeito.
A avaliação mediadora caracteriza-se pelo cuidado de não fazer do resultado avaliativo uma identificação com um coletivo naturalizado. E sim, questionar ideais padronizados de conduta, perceber o diferente, perguntar, ouvir, refletir em conjunto, estudar teorias, formular hipóteses, investigar, errar, refazer, registrar, transformar.

Maluquices - Pedro Bandeira

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Ideal para trabalhar conceitos  digráfos, silabas complexas, um processo lento na aprendizagem...

A Casa Sonolenta

A Casa Sonolenta
Autori: Andrey Wood - Ilustração de Don Wood

Era uma vez uma casa sonolenta, onde todos viviam dormindo. Nessa casa tinha uma cama, uma cama aconchegante, numa casa sonolenta, onde todos viviam dormindo. Nessa casa tinha uma avó, uma avó roncando, numa cama aconchegante, numa casa sonolenta, onde todos viviam dormindo. Em cima dessa avó tinha um menino, um menino sonhando, em cima de uma avó roncando, numa casa aconchegante, numa casa sonolenta, onde todos viviam dormindo. Em cima desse menino tinha um cachorro, um cachorro cochilando, em cima de um menino sonhando, em cima de uma avó roncando, numa casa aconchegante, numa casa sonolenta, onde todos viviam dormindo. Em cima desse cachorro, tinha um gato. Um gato ressoando, em cima de um cachorro cochilando, em cima de um menino sonhando, em cima de uma avó  roncando, numa casa aconchegante, numa casa sonolenta, onde todos viviam dormindo.

(...)

Seria possível? Uma pulga acordada, em cima de um rato dormitando, um gato ressonando, em cima de um cachorro cochilando, em cima de um menino sonhando, em cima de uma avó roncando, numa casa aconchegante, numa casa sonolenta, onde todos viviam dormindo.
Uma pulga acordada que picou o rato, que assustou o gato, que arranhou o cachorro, que caiu sobre o menino, que deu um susto na avó, que quebrou a cama, numa casa sonolenta, onde ninguém mais estava dormindo.


Obs.:Por causa de Direitos Autorais , tanto o  texto quanto as ilustrações não se encontram na íntegra.


   A leitura é muito agradável, as crianças amam! Considerando a beleza e criatividade das ilustrações, cada cantinho, cada personagem, tem sua real importância para a leitura e o desfecho da história, deixando os alunos curiosos e atentos "Deixa eu ver?! deixa eu ver!?"
   Vale a pena conferir!!!


Em meio a leitura e a empolgação dos alunos levanto algumas questões, a fim de deixá-los mais atentos e curiosos.

Também fiz uma poesia para incrementar a leitura.

A  CASA ESTAVA BARULHENTA?
A CASA  ESTAVA FEDORENTA?
NÃO!   A CASA ESTAVA SONOLENTA!

A CAMA ESTAVA REFRESCANTE?
A CAMA ESTAVA CONGELANTE?
NÃO!  A CAMA ESTAVA ACONCHEGANTE!

A  AVÓ ESTAVA COCHICHANDO?
A  AVÓ ESTAVA BALBUCIANDO?
NÃO!  A AVÓ ESTAVA RONCANDO!

O MENINO  ESTAVA BRINCANDO?
O MENINO ESTAVA CONVERSANDO?
NÃO!  O MENINO ESTAVA SONHANDO!

O CACHORRO ESTAVA ROSNANDO?
O CACHORRO ESTAVA UIVANDO?
NÃO!  O CACHORRO ESTAVA COCHILANDO!

O GATO ESTAVA ASSOBIANDO?
O GATO ESTAVA MIANDO?
NÃO! O GATO ESTAVA RESSONANDO!

O RATO ESTAVA FOFOCANDO?
O RATO ESTAVA CHIANDO?
NÃO!  O RATO ESTAVA DORMITANDO!

A PULGA  ESTAVA AGITADA?
A PULGA ESTAVA  ASSUSTADA?
NÃO! A PULGA ESTAVA ACORDADA!





A PULGA PULOU!
A CAMA QUEBROU!
A AVÓ SE ESBORRACHOU!

O MENINO SUBIU!
O CACHORRO SAIU!
O GATO ESCAPULIU!

A  AVÓ DESPERTOU!
O MENINO ACORDOU!
O CACHORRO VOOU!

O GATO FUGIU!
O RATO CAIU!
A PULGA SUMIU!

A NOITE PASSOU!
A CHUVA PAROU!
O DIA RAIOU!

O SOL SAIU! 
A PORTA SE ABRIU!
O ARCO-IRIS SURGIU!

E NINGUÉM MAIS DORMIU!


AGORA! IMAGINEM SE DENTRO DESTE QUARTO TIVESSEM OUTROS BICHOS...

RUBYA NERY


Textos , Frases e Reflexões

Selecionei alguns textos dos quais considero importantes para momentos de reflexão junto aos pais, a equipe escolar ou num momento oportuno...




Torcida

Carlos Drummond de Andrade

Mesmo antes de nascer, já tinha alguém torcendo por você. Tinha gente que torcia para
você ser menino, outros torciam para você ser menina.
Torciam para você puxar a beleza da mãe, o bom humor do pai. Estavam torcendo para
você nascer perfeito. Daí continuaram torcendo.
Torceram pelo seu primeiro sorriso, pela primeira palavra, pelo primeiro passo. O seu
primeiro dia de escola foi a maior torcida. E o primeiro gol, então? E de tanto torcerem
por você, você aprendeu a torcer.
Começou a torcer para ganhar muitos presentes e flagrar Papai Noel. Torcia o nariz
para o quiabo e a escarola. Mas torcia por hambúrguer e refrigerante. Começou a torcer
até para um time. Provavelmente, nesse dia, você descobriu que tinha gente que torce
diferente de você.
Seus pais torciam para você comer de boca fechada, tomar banho, escovar os dentes,
estudar inglês e piano. Eles só estavam torcendo para você ser uma pessoa bacana. Seus
amigos torciam para você usar brinco, cabular aula, falar palavrão. Eles também
estavam torcendo para você ser bacana.
Nessas horas, você só torcia para não ter nascido. E por não saber pelo que você torcia,
torcia torcido. Torceu para seus irmão se ferrarem, torceu para o mundo explodir.
E quando os hormônios começaram a torcer, torceu pelo primeiro amasso. Depois
começou a torcer pela sua liberdade. Torceu para viajar com a turma, ficar até tarde na
rua. Sua mãe só torcia para você chegar vivo em casa. Passou a torcer o nariz para as
roupas da sua irmã, para as idéias dos professores e para qualquer opinião dos seus
pais.
Todo mundo queria torcer o seu pescoço. Foi quando até você começou a torcer pelo seu
futuro. Torceu para ser médico, músico, advogado. Na dúvida, torceu para ser físico
nuclear ou jogador de futebol.
Seus pais torciam para passar logo essa fase. No dia do vestibular, uma grande torcida
se formou. Pais, avós, vizinhos, namoradas e todos os santos torceram por você. Na
faculdade, então, era torcida pra todo lado. Para a direita, esquerda, contra a
corrupção, a fome na Albânia e o preço da coxinha na cantina.
E, de torcida em torcida, um dia teve um torcicolo de tanto olhar para ela. Primeiro,
torceu para ela não ter outro. Torceu para ela não te achar muito baixo, muito gordo,
muito magro. Descobriu que ela torcia igual a você. E de repente vocês estavam
torcendo para não acordar desse sonho.
Torceram para ganhar a geladeira, o microondas e a grana para a viagem de lua-demel.
E daí pra frente você entendeu que a vida é uma grande torcida. Porque, mesmo
antes de seu filho nascer, já tinha muita gente torcendo por ele.
Mesmo com toda essa torcida, pode ser que você ainda não tenha conquistado algumas
coisas. Mas muita gente ainda torce por você! 






De Mão em Mão

Nas suas Mãos eu entrego
todas as Mãos que aqui estão
Vamos ficar de Mãos dadas
Disso eu não abro Mão.

Tem gente que é Mão aberta
Tem gente que é Mão de vaca
Tem gente que é Mão de ferro
Tem gente que tem Mãos de fada.

Não boto a minha Mão no fogo
Pelos que andam na contramão
Depois, eu fico de Mão queimada
E não posso fazer mais nada.

Tem gente  que é uma Mão na roda
Gosta de sempre dar uma Mão
Coloca logo a Mão na massa
Para eles, eu estendo a minha Mão.

Tem gente com Mãos leves, bondosas
Tem gente que maltrata com as Mãos
Tem gente com Mãos carinhosas
Que agradam, afagam, consolam.

Tem Mãos fracas, pequenininhas
Que precisam das nossas Mãos
Tem Mãos que trabalham sozinhas
Pelo pão  nosso de cada dia.

De minhas Mãos sai esta história
Que você lê em primeira Mão!
Aperto sua Mão e agradeço
Ter me dado sua atenção.

De Mãos atadas, eu não fico não!



Autor  desconhecido.





Quem são esses que ensinam, reforçam, educam, instigam?

Que se orgulham com os avanços diários, que se alegram quando o potencial é atingido?

Que apresentam um mundo de possibilidades?

Que respondem a mesma pergunta diversas vezes?

Que entendem o olhar de dúvida, o receio de errar?

Que se divertem com a euforia da descoberta?

Que tratam a todos igualmente, mas entendem que cada um é único e tem caminhos diferentes para o aprendizado?

Que não se intimidam com cara feia?

Que respiram fundo, às vezes choram um pouco, mas a cada manhã renovam suas forças?

Que estão a todo tempo buscando outras formas de transmitir o conhecimento, novas formas de conquistar a atenção?

Que compreendem sua responsabilidade e a grande oportunidade de construírem um país mais justo e melhor, a despeito de tão pouco reconhecimento e valorização?

Quem são estes que são um pouco mãe, um pouco pai? Que se tornam influência, exemplo, amigo?

Esses são os Professores!

Desejamos que, neste dia, sejam lembrados pela sua importância. E que, em todos os outros, encontrem gratidão, reconhecimento e os bons frutos que plantaram!

Autora -  Alessandra  Correa




Marcas de Dedo

Às vezes, você se aborrece
Porque ainda sou criancinha
 E sempre deixo marcas de dedos
 Nos móveis da casa inteirinha.
 Mas estou crescendo dia a dia
 E logo adulto vou ser
 E essas marcas de dedos
 Vão todas desaparecer.
 Agora deixo uma marca bem especial
 Pra você nunca esquecer
Como eram meus dedinhos
Antes de eu crescer.

Autor  Desconhecido  -  indicado  para o Dia das Mães













De Todas as Cores

De Todas as Cores




Nye  Ribeiro  e   Ellen  Pestili

Essa leitura promove muita reflexão , e possibilita abordar de maneira clara a questão da inclusão, o respeito as diferenças e o valor que cada um exerce sobre o outro, ou pelo menos , deveria exercer...



Olha lá o Juvenal, cuidando de seu jardim no maior capricho!
No primeiro canteiro, Juvenal plantou apenas margaridas brancas.
No segundo canteiro, Juvenal plantou apenas girassóis amarelos.
No terceiro canteiro, Juvenal plantou apenas tulipas vermelhas .
No quarto canteiro, Juvenal plantou apenas hortênsias azuis.
No quinto canteiro, Juvenal plantou apenas petúnias roxas.

E assim por diante...

Os girassóis amarelos olhavam com desprezo para o canteiro de hortênsias  azuis:
- Que florzinha mais sem graça!

As hortênsias azuis olhavam com desprezo para o canteiro de petúnias roxas:
- Que cor estranha!

As petúnias roxas olhavam com desprezo para o canteiro de margaridas brancas:
-Que flor mais desbotada!

As margaridas brancas olhavam com desprezo para o canteiro de tulipas vermelhas:
-Que flor esnobe!

As tulipas vermelhas olhavam com desprezo para o canteiro de girassóis amarelos:
- Que flor esquisita!

E assim por diante...

E as flores ?o que será que aconteceu com elas?

No começo todas se estranhavam um pouco.
As tulipas não suportavam os girassóis.
Os girassóis não gostavam das hortênsias.
As hortênsias não queriam saber das petúnias.
As petúnias faziam pouco das margaridas.
As margaridas mal olhavam para as tulipas.

E assim por diante...

Mas, com o tempo, foram aprendendo a conviver. 
E ficaram amigas umas das outras. 
Descobriram que cada uma tem a sua beleza e o seu perfume.
 E que ninguém é melhor que ninguém. 

Hoje, as pessoas que passam por ali se encantam por ver aquele jardim tão perfumado e colorido.

E juvenal, o jardineiro, fica todo feliz e orgulhoso!

Obs.:Por causa de Direitos Autorais , tanto o  texto quanto as ilustrações não se encontram na íntegra.






Afinal, Juvenal,
Será que é legal
Ser igual 
A fulano de tal...





CURRÍCULO INTEGRADOR



CURRÍCULO  INTEGRADOR
CUNHO  INOVADOR

APRESENTA-SE PARA SOMAR
JAMAIS  SEGMENTAR!

INÚMEROS PRECEITOS,
SEM RAÍZES, SEM PRECONCEITOS.

REFLEXÃO,
PARA QUE HAJA INTERVENÇÃO.

ESTABELECE  CONTINUIDADE
E TAMBÉM RESPONSABILIDADES.

TRANSFORMAÇÃO,
POR CONTA DA PARTICIPAÇÃO.

RESPEITANDO À INFÂNCIA,
PERÍODO MARCADO POR EXUBERÂNCIAS.

AÇÃO, INTERAÇÃO
E MUITA OBSERVAÇÃO.

MÚLTIPLAS  LINGUAGENS
INÚMERAS  APRENDIZAGENS.

INTEGRANDO  AÇÕES,
BUSCANDO  SOLUÇÕES.

SUPERAÇÃO 
ENTRE RAZÃO E  EMOÇÃO.

CONVICÇÃO
E BOA ORGANIZAÇÃO

RECONHECENDO A DIVERSIDADE
CONSOLIDANDO A IGUALDADE

RESPONSABILIDADE 
NA SUA INTEGRALIDADE


Rúbia  Nery





O Currículo Integrador da Infância Paulistana busca orientar e promover  ações integradoras , continuidade ao que já está estabelecido, tendo como desafio e propósito o real comprometimento com a qualidade social da Educação. 

Considerando a diversidade que compõe as infâncias que habitam a cidade, além do que, se contrapondo as desigualdades, raciais, étnicas, econômicas, de gênero, geográficas, religiosas e etárias, que condicionam a vida de bebês e crianças, propondo integração dos espaços coletivos na educação infantil e no ensino fundamental, buscando constantes intervenções das ações e práticas pedagógicas, por meio de reflexões permanentes, envolvendo todo o coletivo, educandos, educadores e equipe, assim como a família, compondo o Projeto-Político-Pedagógico.

Sendo o educador o mediador de todo o processo, torna-se  imprescindível  o diálogo, atento ao todo, aos mínimos detalhes para que intervenções aconteçam, um desafio a ser conquistado cotidianamente, rompendo assim com as marcas do currículo colonizador, dotado de determinismos, machista e elitista.
Oportunizar visibilidade aos atores do processo, desnaturalizando as hierarquizações  e estratificações por idade, gênero, formas corpóreas e sexualidade, a fim de construir possibilidades de interação, superação, reconhecendo a infância como uma construção social e histórica de bebês e crianças, sujeitos de direitos , autônomos, portadores e construtores de histórias e culturas, que ao interrogar o mundo , a vida, os adultos e o  currículo, influenciam e produzem transformações no cenário social político e cultural.  Considerando que a criança não vem a ser, ela é! Que se manifestam diariamente nas diferentes formas de agir, se expressar e que manifestam de forma autoral e criativa, sua forma de ver, estar e entender o mundo. 

Evidenciar a pluralidade das infâncias; a criança como ser integral; o direito a voz ; o bom uso dos espaços.

Questionar o currículo eurocêntrico; a visão adultocêntrica; a alfabetização descontextualizadas;
prepoderãncia de atividades em sala, além do que a hierarquia de saberes.

A base sempre ser´o respeito ao outro, as suas singularidades.

A educação não é um preparo, são experiências a mais para além do que o individuo já conhece.

Os novos referenciais na contra mão das  expectativas, abrem espaço ao direito de aprender. 

O processo de avaliação acontece diariamente, em diferentes momentos e a escrita é uma parte deste processo.
A sua realidade é o seu material de pesquisa e de acordo as aprendizagens, os resultados, favoráveis ou não!
Todos são responsáveis pelo processo, todos são responsáveis pelo material oferecido, a fim de garantir que a aprendizagem aconteça.
Quando os saberes são reconhecidos, respeitados e aceitos, cada unidade é um universo, com suas especificidades onde todos são co-responsáveis pelos resultados. atento a questão de que as famílias se estruturam de diferentes formas e há a necessidade do respeito, da aceitação e da troca dessas experiencias, sempre com uma dose de acréscimos de saberes, culturalmente vivenciados por ambos, para que das partes se forme o todo.

As ações pedagógicas, se bem elaboradas e organizadas, traz consigo domínio frente as ações dos alunos. o saber só é legitimado e reconhecido mediante medição. Saber ouvir, saber falar, trabalhando de maneira a acrescentar, somar, jamais seccionar, escolher partes ou priorizar.

Considerar que os recursos necessários aos alunos com necessidades especiais venha possibilitar o melhor desenvolvimento possível, que haja progresso para que se desenvolva ao máximo, para que suas potencialidades sejam aprimoradas e evidenciadas.
Um aluno com dificuldades, seja ela uma deficiência auditiva, visual, uma dificuldade de comunicação, de aprendizagem ou mesmo motora, exigirá  do educador atenção é cuidados para que , mesmo ele estando anos atrás das demais crianças da mesma idade em seu aprendizado, deverá haver um currículo  envolvendo um trabalho associado a uma idade anterior, mas ser apresentado de um modo adequado a idade cronológica, com nível de interesse adequado a idade do aluno.
A avaliação deve ser planejada para que mostre qualquer progresso alcançado pelo educando, possibilitando motivações tanto  para o aluno quanto para o professor.

O que incomoda, o que é preciso rever, o que é possível,  e, o que é aplicável? 

Daí a importância de abrir mão das imposições, deixar de lado os esteriótipos, desconstruir para reconstruir junto, abrindo espaço ao diálogo.










PASSEIO BACANA

UM PASSEIO AO ZOOLÓGICO COM TATIANA BELINKY



DIA LINDO!
A PROPOSTA DO PAPAI
É UM LANCE LÓGICO:
- QUE TAL, FILHO, VER OS BICHOS?
VAMOS AO JARDIM ZOOLÓGICO!

DONA FOCA É ANIMADA,
BATE PALMAS SEM PARAR,
JOGA A BOLA, ESPEVITADA,
DE FOCINHO PARA O AR!

"POSSO PARECER CACHORRO,
MAS NÃO SOU - SOU UM GUARÁ,
LOBO SUL-AMERICANO
EM PERIGO DE ACABAR."

"VOCÊ SABE A DIFERENÇA
ENTRE MIM, O JABUTI,
MINHA PRIMA, A TARTARUGA
E O CÁGADO, MEU TIO?"

"LENTO, O TEMPO SE CONSOME,
A PREGUIÇA É MINHA LEI,
É PREGUIÇA O MEU NOME:
PREGUIÇAR É SÓ O QUE EU SEI."

" SOU A CASCAVEL, SERPENTE,
COM MEU GUIZO A CHACOALHAR:
EU SOU PERIGOSA, GENTE!
É MELHOR NÃO PROVOCAR!"

"NÃO, NÃO  SOU UM SIMPLES PORCO-
SOU UM SUÍNO, E DAÍ?
EU SOU FERA E DAS TERRÍVEIS:
O MEU NOME É JAVALI."

"SOU FELPUDO, SOU UM URSO!
SOU DE CIRCO, TRUQUES FAÇO,
POSSO ATÉ GANHAR CONCURSO-
MAS EVITE O MEU ABRAÇO!"

"SOU A ZEBRA, TODA GENTE
VÊ EM MIM GRAÇA, E ME AMA-
SOU UM LINDO E DIFERENTE
CAVALINO DE PIJAMA!"

MAS QUE BICHO ESQUISITO!
QUE PESCOÇO DE GARRAFA
"É PRA ALCANÇAR BEM ALTO
AS FOLHINHAS", DIZ A GIRAFA.

(...)

E AO PAI DIZ O MENINO,
"QUE LUGAR INTERESSANTE!
UM JARDIM CHEIO DE BICHOS-
É UM PROGRAMA FASCINANTE!"

Obs.:Por causa de Direitos Autorais , tanto o  texto quanto as ilustrações não se encontram na íntegra.








O Macaco e a Velha

O Macaco e a Velha



Uma velha muito velha
Chamada Firinfinfelha
Tinha um lindo bananal
No fundo do seu quintal

Mas a coitada da velha
Poucas bananas comia
Pois o macaco Simão
Roubava todas que havia



- Macaco Simão, macaco ladrão! (bis)

Um dia a Firinfinfelha
Cansada de ser roubada
Teve uma ideia de noite
E acordou de madrugada

Comprou na loja da esquina
Vários quilos de alcatrão
Com eles fez um boneco
Pretinho como um tição

- Boneco valente! Parece ser gente! (bis)

Pôs um grande tabuleiro
Na cabeça do negrinho
Cheio de lindas bananas
Escolhidas com carinho

Levou depois o boneco
Para o fundo do quintal
E lá o deixou repintado
No meio do bananal


- Macaco Simão, vai ver a lição! (bis)

E mal a Firinfinfelha
Voltou para o seu trabalho
Lá veio o mestre Macaco
Pulando de galho em galho



Quando avistou o boneco
Fez uma cara zangada
E dedilhando a viola
Cantou esta batucada

- Que muleque sem vergonha
Que muleque mais ladrão
Roubando minhas bananas
Sem me dar satisfação
Bililim bililim
Bololom bololom
Ninguém deve roubar
O macaco Simão (bis)

Mal terminou a cantiga
Coçou-se no reco-reco
Pôs a viola no saco
Foi enfrentar o boneco

E agora, meus amiguinhos
Prestem bastante atenção
À conversa do macaco
Com o boneco de alcatrão


- Ô moleque atrevido
Ô moleque ladrão
Me dá minha banana
Ou lá vai bofetão

- Banana é dá velha! Boneco dá não!! (bis)

- Então (puf!) (cócócó)

- Tá vendo macaco
Peguei sua mão
Ficou bem grudada
No meu alcatrão (bis)

- Ô moleque atrevido
Ô negrinho guiné
Me solta esta mão
Ou lá vai pontapé

- Não solto ela não que a velha não quer! (bis)

- Então (puf!) (cococó)

- Tá vendo macaco
Macaco lelé
No meu alcatrão
Grudei o seu pé (bis)

- Ô moleque negrinho
Da velha malvada
Me soltas o pé
Ou lá vai cabeçada

- Não solto, que a velha tá muito zangada! (bis)

- Então (puf!)

- Tá vendo macaco
Macaco danado
Agora ficou
Todinho grudado (bis)

De fato o pobre macaco
Pobre macaco Simão
Acabou todo grudado
No boneco de alcatrão

Então, a Firinfinfelha
Saindo do seu barraco
Pegou num grande chicote
Deu de surrar o macaco

- Apanha macaco
Macaco Simão
Apanha macaco
Macaco ladrão!

(...)

- A velha vai ver
Que eu tenho razão
Macaco zangado
Pior que leão (bis)

De sua grande vingança
Chegara o dia afinal
Pulou o muro da velha
E se escondeu no quintal

E quando a velha chegou
No meio do bananal
Soltou um urro terrível (Uhgraurrr!)
E deu o bote fatal

- Socorro vizinhos, senão não escapo!

- Sossegue velhinha! Você está no papo!

- Socorro vizinhos, senão não escapo!

- Sossegue velhinha! Você está no papo!

A velha Firinfinfelha
Levou um susto tremendo
Botou a boca no mundo
E quis livrar-se correndo

Tentou fugir para casa
Porém naquele alvoroço
Não viu direito o caminho
E caiu no fundo de um poço

- Socorro vizinho
Socorro seu moço
Senão eu me afogo
No fundo do poço! (bis)

Mas, vendo aquilo, o macaco
De medo ficou sem fala
Queria assustar a velha
Mas não queria matá-la

Saiu de dentro da pele
Foi procurar um cipó
Enquanto a velha gritava
Gritava que dava dó

- Socorro! Me acode! Me tira daqui!

- Aguenta velhinha! Que eu já vou aí!

- Socorro! Me acode! Me tira daqui!

- Aguenta velhinha! Que eu já vou aí!



Não encontrou o cipó
Mas encontrou solução
Quando avistou junto ao poço
Lindo pé de jamelão ...


- Sinhá velha me enganou
Com o boneco de alcatrão
Enganei a sinhá velha
Com a pele de leão (bis)

Bililim bililim
Bololom bololom
Ninguém deve enganar
O macaco Simão.