Princípios e Regras

Princípios e Regras


"A escola é um espaço de transição entre o público e o privado. 
É preciso valorizar esse espaço, as oportunidades no processo de socialização".

Telma Vinha




Para que existem as regras? Será que viveríamos melhor sem elas?  

Muitas vezes a grande quantidade de regras estabelecidas são geradoras de conflitos.
As regras são criadas a partir de conflitos. Se faz regras sem princípios, sem justificativas, sem critérios, ao invés de auxiliar, trará um retorno negativo.
Segundo a autora os princípios são norteadores das regras de convívio. As justificativas, se coerentes, validam e dá sentido a regra. Não se faz regra para evitar conflitos, se faz regras para justificar algo comum a todos.
A autora afirma que não se usa autoridade como forma de punição e que em inúmeras regras escolares tem como princípio, o controle, a obediência e a punição.
A regra precisa ser entendida, estabelecida, desde que se entendam princípios de respeito, saber o que se pode fazer num espaço público ou em um espaço privado. É preciso clareza, entendimento, reflexão,  o porquê de determinadas regras, para que estas sejam justas para todos.
Às vezes o princípio pode ser até quebrado e as regras são negociáveis...
A ideia é que a escola tenha poucos princípios, poucas regras, entretanto, um princípio não pode ir contra o outro. Você faz o combinado, do que pode ser mudado. Regras ligadas a saúde, a questões de preconceito, a educação são negociáveis.
Num ambiente escolar mão estabeleça situações de confronto, isso faz com que o aluno se sinta desafiado, você, despercebidamente, motiva o aluno a ameaça e, consequentemente, se sentindo desafiado ele irá se vingar.
O ideal é transformar estas ameaças em opções possíveis, alternativas respeitosas.
É preciso ser firme, mas jamais humilhante.

As regras surgem  mediante necessidades. Não estabeleça regras sem que haja problemas. Ela se legitima por conta da necessidade, da convivência dos envolvidos.
Passe a responsabilidade mediante o que foi estabelecido a todos. Já que o objetivo de determinadas regras serve para que a convivência melhore, seja um facilitador, que crie harmonia.
É importante considerar quais regras são,  realmente, relevantes, daí a necessidade de serem poucas, porém, bem sucedidas.
É necessário perceber o que é comum a todos, o que está tendo abuso, gerando tensão. O desrespeito e a indignação gera ofensa.

Regras convencionais, por serem culturais, se encaixam em algumas situações, em outras não!
Já as regras morais se diferenciam das convencionais a medida que fazendo uso de normas rigidamente estabelecidas, estas não são flexíveis, como as morais. Às vezes é preciso voltar atrás, reavaliar e mudar.
É fundamental a reflexão, o espaço para a conversa, percebendo os pontos positivos e negativos. Problemas podem ser conversados e negociados.
As relações estão cada dia mais complexas, é preciso princípios que pautam tais decisões.
Valorizar e potencializar o espaço escolar, como ideal para o processo de socialização.

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