Pedagogia Moderna por Celestin Feinet

Pedagogia Moderna

Celestin Freinet

Por Rosa Maria Whitaker Sampaio

“Se o povo não tiver Educação, nada pode acontecer”


Considerado o “Pai” da Pedagogia Moderna. 


Havia em sua Pedagogia um profundo respeito pela criança. Grande questionador do universo infantil, onde os alunos interagiam com o professor.
Freinet foi o percursor das ideias de Pestalozzi, Montaigne, Rabenet e Roneaut.
Questionador do ensino tradicional percebeu a importância da Aula Passeio, a aula das descobertas. Quando voltavam dos passeios, sentavam, conversavam e escreviam.
Trouxe a Impressa para dentro da sala de aula, e neste momento ele abriu o mundo, uma abertura infinita para o processo de criação, onde os alunos faziam textos, criavam poemas e jornais,  dando sentido a escrita do aluno. Logo, a ideia se espalhou, as demais escolas aderiam e houve troca de informações, promovendo grandes resultados e reconhecimento.
E teve como grande destaque  a criação do poema “As Papoulas”.
A partir daí, surgiu a ideia das Correspondências, pois havia troca de cartas entre os alunos das demais escolas.

Fugindo ao ensino tradicional Freinet acreditava que a criança precisava escrever o que ela queria escrever, o que lhe dava sentido, o texto deveria ser livre e a partir disto, ele seria apresentado aos demais alunos. Ali o texto era comentado de maneira tanto positiva quanto negativa e muitas vezes, com a aprovação do criador, eram feitas alterações e ou acréscimos de acordo à necessidade. Às vezes palavras, frases inteiras. E foram essas frases que deram início as cartilhas, junto a Cartilha surge também o Livro da Vida.
Abaixe os Manuais Escolares, essa foi a grande ideia com o surgimento do Livro da Vida. Ali era registrado o dia a dia do aluno em sala de aula. Esse registro diário era feito a cada dia por um aluno e quando o texto era pequeno e rápido, o professor também registrava. Portanto o método Freinet é feito diariamente, até os dias atuais.
O livro aponta projetos, resultados positivos e negativos da aula, reforçando a avaliação tanto do professor quando dos alunos. Ali surgem comentários e ideias para novos afazeres.
Freinet buscava tirar proveito de tudo que estava a sua volta. Seus alunos ouviam Rádio, aprendiam técnicas quanto ao uso do Fonógrafo, assistiam filmes, através do Projetor, na Cinemateca, aprendiam técnicas trabalhando na Marcenaria, na Horta, enfim, onde havia possibilidades, lá estavam reunidos. O importante era o contato com matérias e técnicas de aprendizagens, o concreto; fugindo a propostas puramente teóricas.
Freinet criou utensílios, instrumentos e técnicas para trabalhos manuais. Sempre com determinados objetivos  e aulas expositivas. Para ele os avanços acontecem porque compartilha-se as idéias, fruto da própria criação, sejam elas positivas ou negativas.
A Motivação, Cooperação e Afetividade tornavam peças chaves para seu trabalho.
Freinet criou o quadro de apoio ao registro diário. Eram três envelopes onde estavam escritos: “Eu proponho; Eu acredito; Eu felicito”, ali eram colocados os bilhetes com sugestões, e toda semana, havia uma banca de reunião,  onde era eleito o Redator, o Coordenador e o Professor para discutir e apresentar, comentar e avaliar as propostas. Todos participavam, ouvindo, avaliando, criticando e registrando.
Uma das principais críticas de Freinet era a quantidade de alunos por sala. O ideal eram vinte e cinco alunos por sala.



Outro grande questionamento de Freinet era o Respeito à Infância, apresentando uma serie de valores e princípios, respeitando o tempo livre para brincadeiras.
Freinet criou também trinta princípios, também denominado de valores diários, chamados por ele de Invariantes, valores estes que poderiam ser aplicados em qualquer lugar, por qualquer grupo, feitos mensalmente, onde caberia ao professor  atenção, reflexão e alteração, quando necessário.

“É preciso ter a esperança otimista da vida”

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