Jean Piaget na visão de Yves De La Taille



Jean Piaget



Na visão de Yves De La Taille

Considerado o "Einstein" da Pedagogia.


De acordo a Yves de La Taille,  a obra de Piaget  consiste em setenta livros e inúmeros artigos, essencial para trabalhar questões das fases do desenvolvimento, tendo por base a questão da inteligência infantil e de como o indivíduo constrói conhecimento.
Para Piaget deve ser definido enquanto função com a finalidade do individuo adaptar-se e modificar o meio em que está inserido.

Na Fase Estrutural que se define por uma organização mental, capaz de assimilar e acomodar determinadas situações, uma organização de processo mais ou menos complexa, sobretudo pela reorganização, assimilação do processo. Já a Assimilação significa interpretar o mundo e tudo que esta em sua volta.
O individuo frente ao objeto novo, entra em desequilíbrio, em conflito e em meio às modificações vai acomodando, desequilibrando e reacomodando, o que ele chama de Acomodação / Equilibração.

Piaget fala da Abstração Impírica que são as informações que se retira do objeto de conhecimento, e neste processo passa-se a refletir, passa-se a ter uma ação sobre o objeto.

Segundo Piaget os Estágios de desenvolvimento da inteligência não são  lineares e sim, por saltos, rupturas, no qual o individuo supera e avança.
O primeiro estágio definido por ele é o período Sensório Motor que acontece do 0 aos 24 meses de idade. Logo após vem o estágio Pré Operatório que acontece entre 2 e 7 anos de idade e na sequência, o Estágio Operatório, que
A partir dos 7 anos,  e dentro deste  estágio, por volta dos 12 anos acontece o período concreto e também o formal.

A fase de desenvolvimento começa a se estruturar muito antes da linguagem. São os pequenos passos e conquistas que preparam a criança para o mundo da linguagem, o qual Wallon estabelece como passos importantíssimos, relevantes, no qual o estímulo não verbal é de fundamental importância, chamado de inteligência prática, no qual as suas ações motoras e percepções sensório motoras, não verbais, apenas representativas, acontecem.

Quando a criança nasce ela precisa construir o Conceito de Objeto, a noção de objeto permanente, em que embora não  se veja, sabe que existe.
Surge o Conceito de Casualidade no qual os objetos interagem e causam efeitos entre si.
A construção de objeto, de tempo e espaço, estabelece na criança a noção de universalidade. Já a casualidade é saber a diferenciação entre meios e fins, perceber e associar as duas condutas, a compreensão de que determinada ação pode seguir de meios e fins, um exemplo é esconder determinado objeto na frente da criança (bebê) e ele não saber onde encontrá-lo, pois ainda não consegue situar o objeto dentro do espaço. A criança acha que sua ação é que causa determinados fatores no universo.

No estágio pré-operatório, o estágio da representação, onde a criança tem a capacidade de transformar um objeto em outro objeto.
Este é um momento em que a criança trabalha com a representação, sobre o objeto, e a partir disto, exerce a capacidade de organizar estas ações, em meio as lacunas, dificuldades,  surge a superação.
Quando entra no mundo da linguagem, à criança permite uma socialização da inteligência.

Conceito de Moral na visão de Jean Piaget tem início só a partir dos 4 anos, quando à criança começa a ter noção de valores, regras, o que é certo ou errado em determinadas situações.

Conceito de Egocentrismo, nesta fase a criança imagina que aqueles que estão a sua volta, tudo sabem sobre si, detectam o que ela está pensando, fazendo ou querendo fazer, e ela tem a dificuldade de sair deste ponto de vista, de entender.

No período pré-operatório e operatório é o período da ação sobre o mundo.
Ação Interiorizada quando acontece por meio da imaginação, no campo da representação.
Ação Reversiva quando a criança pensa na ação e na reversão e ou anulação dessa ação, situações que no período pré-operatório não aconteceria.

Neste período está o campo dos prováveis, onde ações in teriorizadas não são reversíveis, não se tem a certeza sobre algo.
Na passagem do pré-operatório para o operatório existe o campo da certeza, da real convicção, deduzidos por meio do raciocínio.

È a partir dos 2/8 anos que a criança começa a organizar seus pensamentos, através da aplicação da lógica, entretanto, no operátório formal ela já é capaz de aplicar a sua lógica com objetos puramente concretos, ela chega a conclusões mediante conceitos/dados. Constrói com suas hipóteses.
Quanto ao desenvolvimento moral da criança “o juízo moral da criança”, este deus base para uma série de pesquisas há inúmeros escritores.
E Piaget afirma que assim como o conhecimento evolui, a moral também evolui, entretanto, ela segue 3 estágios:
Anomia: quando à criança ainda está fora do universo moral.
Heteronomia: quando à criança respeita por convenção/convencimento.
Autonomia: legitimação da moral, respeito pelo outro, reciprocidade, (não faço porque não é correto).
A autonomia permite à criança se basear na dimensão, no agravo da questão, tirar suas próprias conclusões, estabelecer conceitos, julgar, mediante legitimação. Consegue enxergar o erro em si, perceber, analisar, refletir...

Período de Maturação, nesta fase consiste as Construções Endógenas, onde as impressões, as crenças se dão sobre os objetos do meio em que o indivíduo está inserido. Portanto Piaget não nega a interação social, apenas não aprofundou. Entretanto, para ele se não houver comunicação social, não há desenvolvimento.

Construção Hegenômica: difusão de determinada ideia, sem contestações.


Piaget tem em sua obra uma base teórica relevante, dando suporte à inúmeros pesquisadores, a todos aqueles que se apoiam em formalismos. Todavia não se pode falar em hegemonia à medida que há contestações, há novos olhares e novos conceitos em relação a sua obra, mas há de considera-lo como o “Pai da Pedagogia”, tamanha competência e respeito.

Em seu livro Construção do Real,  Piaget se considera um Construtivista.



O autor faz menção a alguns livros de Jean Piaget que em sua opinião são relevantes, riquíssimos em conceitos e pesquisas, instrumentos para entender o processo, o desenvolvimento da criança.

O nascimento da inteligência na criança.
A formação do símbolo na criança.
Da lógica da criança a lógica do adolescente.
O juízo moral da criança.
A psicologia da criança.
Seis estudos de psicologia.

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