História da Educação Infantil

                    


  HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL
A contribuição e a importância de inúmeros pesquisadores, filósofos e educadores desde o século XV, por meio de seus estudos e conceitos sobre a criança e a educação, trouxeram teorias que com o passar do tempo, serviram, e ainda servem, de material de apoio para que se possa estudar e adentrar no mundo da educação infantil.
A origem da educação infantil no mundo e o modo de lidar com as crianças desde a idade média era baseando em alguns costumes herdados da Antiguidade.
Nas sociedades antigas, o status da criança era nulo. Sua existência no meio social dependia totalmente da vontade do pai.
Com a ascensão do cristianismo, o modo de lidar com as crianças mudou.
No Brasil, por volta da década de 1970, com o aumento do numero de fábricas, iniciaram-se os movimentos de mulheres e os de lutas por creche, resultando na necessidade de criar um lugar para os filhos da massa operária, surgindo então as creches, com um foco totalmente assistencialista, visando apenas o “cuidar”.  Se nos anos 70 as atenções e atribuições estavam voltadas  para a mulher, nos anos 80, essa mulher lutou por direitos que atribuíram conceitos e valores voltados para as crianças, pois foram, em geral, as feministas intelectualizadas de classe média, contra a ditadura, que passaram a pesquisar sobre a infância e assessorar os governos progressistas e atendendo a estas reivindicações , prometeram creches nas suas campanhas eleitorais.
Em 1988 a educação infantil pela primeira vez, foi colocada como parte integrante da Constituição e logo à frente, em 1990, estabeleceu-se o Estatuto da Criança e do adolescente (ECA, Lei federal 8069/90), que dentre os direitos determinara o de atendimento em creches e pré- escolas para as crianças até os 6 anos de idade. Pela primeira vez na história, uma Constituição no Brasil faz referência a direitos específicos das crianças, que não sejam aqueles circunscritos ao âmbito do Direito da mulher ou em torno da família. Define claramente como direito  da criança de 0 a 6 anos de idade e dever do Estado o atendimento em creche e pré – escola. Posteriormente, entramos em um período de debate em torno da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), período que se estendeu até meados da década de 90. Nesse período, sem a aprovação da LDB, a lei maior, o Ministério da Educação da Educação em conjunto com outros segmentos define uma política nacional para educação infantil, propondo a criação de uma Comissão Nacional de Educação Infantil (CNEI), que tem por visão formular e implementar políticas na área, atuando de 1993 a 1996. Em 1994, aconteceu a Conferência Nacional de Educação para Todos, e o primeiro Simpósio Nacional de Educação Infantil, que aprovou a Política Nacional de educação Infantil, com o apoio da CNEI.
A partir da Constituição de 1988, e do Estatuto da Criança e do Adolescente em 1990 além da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional em 1996, à Educação Infantil fora colocada como a primeira etapa da Educação Básica no Brasil, abrangendo crianças de 0 a 6 anos, concedendo-lhes um olhar completo, perdendo seus aspectos assistencialistas e assumindo uma visão de caráter pedagógico. Nesse momento acontece a Municipalização, a Educação Infantil passa a ser responsabilidade dos municípios, com certo vínculo de verba com o Estado.
No Brasil considera-se como educação infantil o período de vida escolar em que se atende pedagogicamente, crianças entre 0 e 5 anos e 11 meses. A LDB chama o equipamento educacional que atende crianças de 0 a 3 anos de “creche”. O equipamento educacional que atende crianças de 4 a 6 anos de “pré-escola”.
Jean Jaques Rosseau foi o precursor dos métodos pedagógicos e com o passar do tempo, novos conceitos foram sendo introduzidos, chegando ao conhecimento dos métodos construtivistas de Jean Piaget, Emilia Ferreiro e Ana Teberosk, entre outros. Não podemos deixar de citar o método interacionista com a contribuição de Levy Vygotsky, ambos os métodos com inúmeras considerações a serem feitas e com uma visão diferenciada, dando abertura a novos conceitos.

A principal meta da educação é criar homens que sejam capazes de fazer coisas novas, não simplesmente repetir o que outras gerações já fizeram. Homens que sejam criadores, inventores, descobridores. A segunda meta da educação é formar mentes que estejam em condições de criticar, verificar e não aceitar tudo que a elas se propõe (PIAGET, 1928).


A partir desses estudos, muitos foram os teóricos e inúmeras foram as contribuições de cada um para o desenvolvimento do trabalho no que se refere ao termo educação Infantil.
Na sociedade medieval o sentimento de infância não existia. Posteriormente, e até o século XVIII, o conceito de infância tinha dois sentidos: paparicação familiar/ fonte de distração e apego e/ou preocupação com a disciplina.
A partir do século, a criança assume um lugar central e inicia-se a preocupação com a higiene, saúde e dignidade. Mas a frente surge a institucionalização, uma vez que as mães foram para o mercado de trabalho, logo após a revolução industrial.
Em 1875, criam-se os primeiros jardins de infância e surgem também os parques com tríplice finalidade: assistir, educar e brincar, momento em que foram inseridos os jogos e os esportes.
Por volta de 1960 já havia a preocupação de manter uma atividade organizada e saudável, promovendo o desenvolvimento físico, mental, intelectual, moral e estético, com ênfase no lúdico.
Em meados de 1970 outras atividades e programações foram inseridas, abordando quatro áreas: criança, família, escola e comunidade. Estes estudos compreendiam: linguagem, matemática, ciências e rotinas, expressão, escrita e leitura.
As creches eram destinadas a guardar as crianças órfãs e filhos de trabalhadores, a fim de compensar as carências infantis.
Neste período, houve o desenvolvimento do trabalho sistemático e intencional, respeitando as fases e favorecendo a educação.

A partir do referencial curricular, o cuidar significa parte integrante da educação, estabelecendo e exigindo conhecimentos, habilidades e instrumentos que extrapolam a dimensão pedagógica. Demanda a integração de vários campos do conhecimento e cooperação de profissionais de diferentes áreas, num processo de integração entre corpo e mente.
Em 1975 os parques infantis transformaram-se em Escolas Municipais de Educação Infantil, EMEI, e tiveram como proposta a preocupação de evasão e retenção escolar no 1º grau, preparar os alunos para a alfabetização e atender a conhecimentos necessários.
Até a chegada da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) (que em suas inúmeras abordagens a respeito da formação, estabeleceu normas que visassem uma educação igualitária independentemente de gênero, raça ou cor, de forma digna e cidadã), as EMEIS eram tidas como cuidar e, até então, não era responsabilidade do Estado. A partir daí, surgiram mudanças.
Em 1988, a lei maior do “novo” país, “a Constituição”, direito de todos, passa a garantir atendimento em creches à criança de 0 a 6 anos como dever do Estado, considerada como Educação Básica, com dimensões interdisciplinares e indissociáveis.
O cuidar consiste em noções de higiene, alimentação, aconchego e respeito, enquanto que o educar se traduz por aplicar atividades que ao mesmo tempo em que o aluno brinca ele aprende.


É necessário conhecer o processo de desenvolvimento da criança, saber como elas aprendem, porque algo é tão importante, tendo atenção específica a cada fase. Um trabalho organizado, norteando todas as ações da instituição.

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