Educação Especial e Educação

Educação Especial - Síndromes




Na busca por informações a cerca de algumas síndromes , de situações vivenciadas na minha escola, resolvi fazer uma pesquisa de campo, afim de entender melhor o porque de algumas questões na vida escolar dos meus alunos, e sendo assim, aqui vou adicionando, de acordo a minha necessidade, alguns apontamentos, e se servir a você também,  fica o registro.

Acredito ser necessário para que possa melhorar meus esforços na busca por resultados frente as vivências das crianças que chegam na escola com diagnósticos ou com algumas características que me levam a refletir e a buscar por suporte técnico, se assim posso dizer e ampliar meu conhecimento e consequentemente, fazer ajustes, planejamentos e busca por resultados significativos em minhas ações enquanto educadora. 

Boa parte destes informes foram retirados do site:https://drauziovarella.uol.com.br/ 

 Síndrome de Down 

É uma alteração genética causada por erro na divisão celular. 

As pessoas apresentam características como olhos oblíquos, rosto arredondado, mãos menores e comprometimento intelectual. 

Síndrome de Down, ou trissomia do cromossomo 21, é uma alteração genética causada por um erro na divisão celular durante a divisão embrionária. Os portadores da síndrome, em vez de dois cromossomos no par 21 (o menor cromossomo humano), possuem três. Não se sabe por que isso acontece.

Às vezes, pode ocorrer a translocação cromossômica, isso é, o braço longo excedente do 21 liga-se a um outro cromossomo qualquer. Nesses casos, portanto, não existe um cromossomo a mais, pois o 21 em excesso se encontra ligado a outro cromossomo.

Alterações provocadas pelo excesso de material genético no cromossomo 21 determinam as características típicas da síndrome:

Olhos oblíquos semelhantes aos dos orientais, rosto arredondado e orelhas pequenas;

Hipotonia: diminuição do tônus muscular, que faz com que o bebê seja menos rígido e contribui para dificuldades motoras, de mastigação e deglutição, atraso na articulação da fala e, em 50% dos casos, problemas do coração;

Às vezes, a língua é grande, o que, junto com a hipotonia, faz com que o bebê fique com a boca aberta;

Mãos menores com dedos mais curtos e prega palmar única em cerca de metade dos casos;

Em alguns casos existe excesso de pele na parte de trás do pescoço;

Em geral a estatura é mais baixa;

Há tendência à obesidade e a doenças endócrinas, como diabetes e problemas como hipotireoidismo;

Cerca de 5% dos portadores têm problemas gastrointestinais;

A articulação do pescoço pode apresentar certa instabilidade e provocar problemas nos nervos por compressão da medula;

Deficiências auditiva e de visão podem estar presentes;

Maior risco de infecções (principalmente as otites, infecções de ouvido) e leucemias;

Comprometimento intelectual e, consequentemente, aprendizagem mais lenta.

DIAGNÓSTICO DA SÍNDROME DE DOWN

Durante a gestação, o ultrassom morfológico fetal para avaliar a translucência nucal (realizado entre 11 e 14 semanas) pode sugerir a presença da síndrome, que só é confirmada pelos exames de amniocentese e amostragem das vilosidades coriônicas.

Depois do nascimento, o diagnóstico clínico de síndrome de Down é comprovado pelo exame do cariótipo (estudo dos cromossomos), que também ajuda a determinar o risco, em geral baixo, de recorrência da alteração em outros filhos do casal. Esse risco aumenta quando a mãe tem mais de 40 anos.

TRATAMENTO DA SÍNDROME DE DOWN

É essencial que bebês e crianças com síndrome de Down sejam acompanhadas desde cedo com exames diversos para diagnosticar o quanto antes quaisquer anormalidades cardiovasculares, gastrointestinais, endócrinas, auditivas e visuais. Muitas vezes, o tratamento precoce pode até impedir que esses problemas cheguem a afetar a saúde do indivíduo.

Ao longo da vida, é importante manter um acompanhamento médico para avaliação geral e para monitorar o surgimento de fatores como obesidade ou qualquer outra condição que exija atenção, como apneia do sono.

O Ministério da Saúde elaborou uma cartilha completa de orientação para cuidados com a saúde da pessoa com síndrome de Down de acordo com a fase da vida. Consulte o material aqui.

Crianças com síndrome de Down precisam ser estimuladas desde o nascimento para que sejam capazes de vencer as limitações que essa alteração genética lhes impõe. Como têm necessidades específicas de saúde e aprendizagem, exigem assistência profissional multidisciplinar e atenção permanente dos pais. O objetivo deve ser sempre habilitá-las para o convívio e a participação social.

RECOMENDAÇÕES PARA LIDAR COM A SÍNDROME DE DOWN

A notícia de que uma criança nasceu com síndrome de Down causa enorme impacto nos pais e na família. Todos precisam de tempo para aceitá-la do jeito que é, e adaptar-se às suas necessidades especiais;

A estimulação precoce desde o nascimento é a forma mais eficaz de promover o desenvolvimento dos potenciais da criança com síndrome de Down. Empenhe-se nessa tarefa, mas procure levar a vida normalmente. Como todas as outras, essa criança precisa fundamentalmente de carinho, alimentação adequada, cuidados com a saúde e um ambiente acolhedor;

O ideal é que essas crianças sejam matriculadas em escolas regulares, onde possam desenvolver suas potencialidades, respeitando os limites que a síndrome impõe, e interagir com os colegas e professores. Em certos casos, porém, o melhor é frequentar escolas especializadas, que lhes proporcionem outro tipo de acompanhamento;

O preconceito e a discriminação são os piores inimigos dos portadores da síndrome. O fato de apresentarem características físicas típicas e algum comprometimento intelectual não significa que tenham menos direitos e necessidades. Cada vez mais, pais, profissionais da saúde e educadores têm lutado contra todas as restrições impostas a essas crianças.


Síndrome de Asperger   -   Autismo 

A Síndrome de Asperger é um transtorno do espectro autista, que antigamente era considerada uma condição relacionada, mas distinta do autismo. A redefinição ocorreu após maio de 2013.

As crianças com Asperger não apresentam grandes atrasos no desenvolvimento da fala e nem sofrem com comprometimento cognitivo grave. Esses alunos costumam escolher temas de interesse, que podem ser únicos por longos períodos de tempo - quando gostam do tema "dinossauros", por exemplo, falam repetidamente nesse assunto. Habilidades incomuns, como memorização de sequências matemáticas ou de mapas, são bastante presentes em pessoas com essa síndrome.

Na infância, essas crianças apresentam déficits no desenvolvimento motor e podem ter dificuldades para segurar o lápis para escrever. Estruturam seu pensamento de forma bastante concreta e não conseguem interpretar metáforas e ironias - o que interfere no processo de comunicação. Além disso, não sabem como usar os movimentos corporais e os gestos na comunicação não-verbal e se apegam a rituais, tendo dificuldades para realizar atividades que fogem à rotina.

Segundo a Associação Norte-Americana de Psiquiatria, além da reclassificação, houve mudança ainda nos critérios para o diagnóstico. Antes, ele era baseado em três grupos de sintomas (déficits de interação social, de comunicação linguagem e padrões repetitivos de comportamento/esteriotipias). Agora há dois grupos de sintomas para o diagnóstico, baseado na presença dos critérios abaixo:

- Déficits de comunicação/interação social: déficit na reciprocidade das interações, déficits nos comportamentos não-verbais, dificuldade de desenvolver/manter relacionamentos

- Presença de um padrão repetitivo e restritivo de atividades, interesses e comportamentos: estereotipias (ecolalia, p.ex.), insistência no mesmo, adesão estrita a rotinas, interesses restritos/incomuns, hiper/hipo reatividade a estímulos sensoriais.

Como lidar com a Síndrome de Asperger na escola?

As recomendações são:

Respeite o tempo de aprendizagem do aluno e estimule a comunicação com os colegas. 

Converse com ele de maneira clara e objetiva e apresente as atividades visualmente, para ampliar e também evitar ruídos na compreensão do que deve ser feito.

Também é aconselhável explorar os temas de interesse do aluno para abordar novos assuntos, ligados às expectativas de aprendizagem. Se ele tem uma coleção de carrinhos, por exemplo, utilize-a para introduzir o sistema de numeração. Ações que escapam à rotina devem ser comunicadas antecipadamente.

 SÍNDROME DE OSSOS DE CRISTAL  - OSTEOGÊNESE

osteogênese imperfeita (também denominada como doença de Lobstein ou doença de Ekman-Lostein) e é popularmente conhecida por expressões como “ossos de vidro” ou “ossos de cristal”. Como a denominação leva a imaginar, a principal característica dessa enfermidade é que os ossos do indivíduo portador da síndrome não têm a rigidez normal e correm o risco de se quebrar com grande facilidade.

A osteogênese imperfeita (OI) é descrita como uma rara condição do tecido conjuntivo, que tem caráter genético e hereditário. Por ser congênita, ela pode afetar o feto. Nesses casos, ele está vulnerável a sofrer fraturas ainda dentro do útero materno, levando a deformidades graves ao nascer. Essas fraturas, em virtude da fraqueza do osso, são conhecidas como fraturas patológicas ou de insuficiência; são lesões recorrentes, muitas vezes espontâneas, que acontecem durante toda a vida, tendo maior frequência desde o nascimento até à adolescência. 

A osteogênese é um conjunto de, pelo menos, quatro doenças caracterizadas por fragilidade óssea em consequência de um defeito em uma proteína fundamental para conferir resistência ao osso. Essas diferentes condições têm a mesma denominação, porém sua gravidade varia enormemente. Nos casos mais graves, ocorrem fraturas que podem levar à morte, logo após o nascimento ou na primeira infância, enquanto que, nos casos tardios e leves, ocorrem mais tardiamente e em menor número. Os quadros intermediários são caracterizados por inúmeras fraturas, deformidades, parada de crescimento e deficiência física com incapacidade para andar. Os pacientes com quadros leves apresentam fraturas frequentes, baixa estatura, entretanto, a sua longevidade geralmente não é afetada. 

Sabe-se que a causa da doença é uma deficiência na produção do colágeno do tipo 1, que é a principal proteína constituinte do osso e responsável por conferir a característica de resistência desse tecido. É isso que faz com que ocorram os quadros de osteopenia grave, ou seja, perda de resistência com consequente fragilidade óssea. Na osteogênese imperfeita tipo I, o colágeno é produzido de forma normal, porém em quantidades insuficientes; nos demais tipo, é produzido de forma alterada. Como essa proteína é fundamental não só para a formação do osso, mas também para todo o tecido conjuntivo, a sua deficiência compromete também a pele e os vasos sanguíneos.

As pessoas portadoras de osteogênese imperfeita podem sofrer com diferentes graus de fragilidade óssea, que vão desde os mais leves até os considerados muito graves. Além dos ossos curvados e das fraturas sem causa aparente, são também sintomas típicos da doença que o branco dos olhos (a parte que é chamada de esclera) tenha um tom azulado e o rosto tome a forma triangular; cabeça volumosa; dentição escura e frágil (que é denominada dentinogênese imperfeita), diminuição progressiva da audição, baixa estatura, dificuldade de locomoção e deformidades na coluna e na caixa torácica, associadas a complicações pulmonares e cardíacas.

O diagnóstico da osteogênese imperfeita leva em conta o exame clínico, a recorrência das fraturas e demanda ainda exames de raios X, ultrassonografia e densitometria do esqueleto. Exames como marcadores do metabolismo ósseo e do colágeno e a análise do DNA são frequentemente solicitados como complementares. A definição do diagnóstico pode demorar a ser concluída também pelo fato de a osteogênese imperfeita ser uma enfermidade ainda pouco conhecida pela maioria dos médicos.

Embora seja sempre útil um diagnóstico pré-natal, no caso da osteogênese imperfeita apenas é possível se conseguir dados que podem deixar margem para uma dupla interpretação. Ainda assim, sabe-se que são apenas as formas mais graves da doença, que são as do tipo II e III (veja quadro com os quatro tipos da doença), que apresentam graves deformidades e fraturas desde o útero, que podem ser eventualmente detectadas no pré-natal, devendo ser acompanhadas por exames ultrassonográficos.  

USO DOS BIOFOSFANATOS

Vários tratamentos para a osteogênese imperfeita foram experimentados ao longo da história, entre eles a aplicação de hormônios sexuais, em vista da redução das fraturas na puberdade e o aumento delas no período pós-menopausa. Essa tentativa não foi bem-sucedida e logo abandonada pois a injeção de estrógeno ou andrógeno provocou reações adversas. O fluoreto de sódio também foi testado e, apesar de inicialmente ter possibilitado o aumento da densidade óssea e a diminuição de fraturas, também provocou efeitos colaterais  em médio e longo prazos. 

Infelizmente não há, até hoje, uma cura para a osteogênese imperfeita e seu tratamento tem como objetivo proporcionar uma melhor qualidade de vida ao paciente, sendo desenvolvido, de preferência, por uma equipe multidisciplinar, já que o portador do distúrbio precisa de atendimento clínico, cirúrgico e também de reabilitação fisioterápica. Entre os medicamentos que vêm sendo utilizados com alguma eficácia para inibir a reabsorção óssea, aliviar a dor e diminuir o número de fraturas estão o pamidronato dissódico e o ácido zoledrônico, que são biofosfanatos.

Osteogênese: uma doença hereditária

SÍNDROME DE TOURETTE

A síndrome de Tourette caracteriza-se por tiques motores ou vocais que ocorrem com frequência e intensidade variáveis. Em alguns casos, podem causar constrangimento aos pacientes.

Síndrome de Tourette é um distúrbio neuropsiquiátrico caracterizado por tiques múltiplos, motores ou vocais, que persistem por mais de um ano e geralmente se instalam na infância.

Na maioria das vezes, os tiques são de tipos diferentes e variam no decorrer de uma semana ou de um mês para outro. Em geral, eles ocorrem em ondas, com frequência e intensidade variáveis, pioram com o estresse, são independentes dos problemas emocionais e podem estar associados a sintomas obsessivo-compulsivos (TOC), ao distúrbio de atenção com hiperatividade (TDAH) e a transtornos de aprendizagem. É possível que existam fatores hereditários comuns a essas três condições. A causa do transtorno ainda é desconhecida.

SINTOMAS DE SÍNDROME DE TOURETTE

Em 80% dos casos, os tiques motores são a manifestação inicial da síndrome. Eles incluem piscar, franzir a testa, contrair os músculos da face, balançar a cabeça, contrair em trancos os músculos abdominais ou outros grupos musculares, além de movimentos mais complexos que parecem propositais, como tocar ou bater em objetos próximos.

São típicos dos tiques vocais os ruídos não articulados, tais como tossir, fungar ou limpar a garganta. Com o passar do tempo e o desenvolvimento cognitivo, os tiques podem evoluir para a emissão parcial ou completa de palavras.

Embora sejam menos frequentes, os sintomas que tornaram a síndrome mais conhecida são os que envolvem o uso involuntário de palavras (coprolalia) e gestos (copropraxia) obscenos, a formulação de insultos, a repetição de um som, palavra ou frase dita por outra pessoa (ecolalia). Esses sintomas provocam alto nível de estresse aos pacientes, e o sofrimento e frustração que eles experimentam é visível.

Alguns pacientes conseguem suprimir a eclosão do tique por alguns períodos, ao custo de muito esforço. Você pode ter uma ideia ao tentar não piscar por vários segundos, por exemplo, e perceber o alívio que sente quando finalmente pisca. Por seus efeitos, que podem causar desconforto em meios sociais, a síndrome também pode provocar sentimentos de fobia social, ansiedade e irritabilidade.

DIAGNÓSTICO DE SÍNDROME DE TOURETTE

O diagnóstico da síndrome de Tourette é essencialmente clínico, feito por um neuropediatra ou psiquiatra especializado, e deve obedecer aos seguintes critérios: Tiques motores múltiplos e um ou mais tiques vocais devem manifestar-se durante algum tempo, mas não necessariamente ao mesmo tempo;

Os tiques devem ocorrer em salvas (diversas vezes por dia), quase todos os dias ou intermitentemente por um período de pelo menos três meses consecutivos;

O quadro deve começar antes dos 18 anos de idade.

TRATAMENTO DA SÍNDROME DE TOURETTE

A síndrome de Tourette é uma desordem que não tem cura, mas pode ser controlada. 

Estudos clínicos têm demonstrado a utilidade de uma forma de terapia comportamental cognitiva, conhecida como tratamento de reversão de hábitos. Ela se baseia no treinamento dos pacientes para que monitorem as sensações premonitórias e os tiques, com a finalidade de responder a eles com uma reação voluntária fisicamente incompatível com o tique. É importante ressaltar, entretanto, que a eficácia depende de cada caso.

Medicamentos antipsicóticos têm se mostrado úteis na redução da intensidade dos tiques, quando sua repetição se reverte em prejuízo para a autoestima e aceitação social. Em alguns casos de tiques bem localizados, podem ser tentadas aplicações locais de toxina botulínica (botox). Alguns autores defendem que, excepcionalmente, pode ser indicado o tratamento cirúrgico com estimulação cerebral profunda, aplicada em certas áreas do cérebro.

Atividades como meditação e ioga podem ser úteis para aliviar o estresse. Esportes, de maneira geral, também podem ajudar tanto ao promover o relaxamento como por sua prática demandar atenção.


RECOMENDAÇÕES EM CASO DE SUSPEITA DE SÍNDROME DE TOURETTE

Não adie a consulta ao médico se notar que seu filho apresenta alguma forma de movimentos involuntários. Especialmente nas fases iniciais da vida, os portadores precisam de tratamento, e não de repreensão;

O tratamento precoce é fundamental para obter melhores resultados e permitir uma vida escolar normal;

Conscientizar pais e pessoas que convivem com a criança sobre o fato de que os tiques são involuntários é um grande passo para melhorar o cotidiano do paciente.

PERGUNTAS FREQUENTES SOBRE SÍNDROME DE TOURETTE

Sou professor. Como posso lidar com alunos que têm a síndrome?

Repreender a criança por um ato involuntário certamente não é a forma correta. Atitudes desse tipo podem torná-la avessa ao ambiente escolar, abrir caminho para que os colegas também a repreendam e piorar o quadro clínico. Informar a classe sobre o caráter incontrolável do tique e promover a tolerância é o melhor caminho.

Conheça bem como a síndrome se manifesta naquela criança em particular. Se você notar, por exemplo, que os tiques são mais facilmente disparados quando a criança é estimulada a responder uma pergunta em voz alta na sala, evite fazê-lo e encontre formas de inclui-la nesse tipo de aprendizado (você pode fazer as perguntas em momentos em que ela não esteja diante da classe, ou pedir que ela grave as respostas, por exemplo).

Conhecendo a dinâmica da criança também é possível permitir a ela alguns intervalos fora da sala para que possa dar vazão aos tiques. Lembre-se que suprimi-los causa muito desgaste e exige grande concentração do paciente, o que interfere na atenção que ele pode dedicar à aula.

Se possível, particularmente em momentos de prova é interessante permitir que a criança use um local reservado para que ela não precise conter os tiques e ao mesmo tempo não haja interferência no exame dos colegas.

Por fim, é comum que portadores da síndrome de Tourette apresentem também dificuldades de aprendizagem por diversos motivos. É importante sempre procurar adequar o dia a dia em classe para aquele aluno. Os tiques motores podem atrapalhar a cópia da lousa, por exemplo. Nesse caso, permita que a aula seja anotada de outra forma, seja por gravação, seja por cópias de outros alunos. Garantir o aprendizado com alternativas é mais importante que engessar o aluno com necessidades específicas nos métodos convencionais.

De onde vem o nome da síndrome?  Embora historicamente se considere que o primeiro relato da doença tenha sido feito pelo médico francês Jean Itard em 1825, ao descrever o quadro da Marquesa de Dampierre (que apresentava o quadro mais estereotipado, caracterizado pela emissão de palavras obscenas em público), o nome vem do neurologista Georges Gilles de la Tourette. A partir do caso da marquesa e de outros pacientes que analisou, ele sugeriu em 1885 que tal quadro clínico constituía uma condição específica, diferente de distúrbios neuropsiquiátricos similares.


TDHA  - Transtorno de Déficit de Atenção

TDAH é um distúrbio que afeta de 3% a 5% das crianças em idade escolar e sua prevalência é maior entre os meninos. Dificuldade para manter o foco nas atividades propostas e agitação motora caracterizam a síndrome. 

TDAH (transtorno do déficit de atenção com hiperatividade) é um distúrbio neurobiológico crônico que se caracteriza por desatenção, desassossego e impulsividade. Esses sinais devem obrigatoriamente manifestar-se na infância, mas podem perdurar por toda a vida, se não forem devidamente reconhecidos e tratados.

O distúrbio afeta de 3% a 5% das crianças em idade escolar e sua prevalência é maior entre os meninos. A dificuldade para manter o foco nas atividades propostas e a agitação motora que caracterizam a síndrome podem prejudicar o aproveitamento escolar e ser responsável por rótulos depreciativos que não correspondem ao potencial psicopedagógico dessas crianças.

TDAH não é uma doença nova. Já foi descrita em meados do século 19 e sua frequência é igual em todo o mundo. De acordo com o DSM.IV, o manual de classificação das doenças mentais, a síndrome pode ser classificada em três tipos:

TDAH com predomínio de sintomas de desatenção;

TDAH com predomínio de sintomas de hiperatividade/impulsividade;

TDAH combinado/misto.

Em todas as faixas etárias, portadores do transtorno estão sujeitos a desenvolver comorbidades, isto é, a desenvolver simultaneamente distúrbios psiquiátricos, como ansiedade e depressão. Na adolescência, o risco maior está no uso abusivo do álcool e de outras drogas.

Até os 4 anos de idade não há como avaliar e os sintomas  surgem até os 12 anos de idade. Além do que para um diagnóstico eficaz, o tempo de permanência é em média 6 anos. E baseando-se nas escalas, quando apontados seis ou mais sintomas, analisa-se estes indícios e a partir dai se tem ou não o diagnóstico. 

Se apresentar critérios de hiperatividade, agressão e impulsividade, a criança é predominantemente hiperativo. Se apresentar quadro de desatenção e hiperatividade, define-se como misto. 

As características são: isolamento, agitação, se colocar em situações de perigo, timidez aparente, impulsividade, agressão e ou desatenção.

O tratamento se faz necessário para que não se apresente com sinais de rejeição, propensão a delinquência, aparente falta de disciplina, labildade/instabilidade emocional, obesidade, além do que é importante considerar que junto ao TDH outros sintomas, outras características podem fazer parte, tais como: Epilepsia, autismo, discalculia, disfunção intelectual, déficit de atenção, timidez, baixa auto estima, hiperatividade, baixo nível de  empatia, impulsividade,  etc. 

É preciso trabalhar numa visão de dupla perspectiva, ou seja, calculando os riscos frente as atitudes, as características da criança, atentos as situações de risco advindas do processo de desenvolvimento, buscando por tratamentos , por cuidados, seja psicológico, educacional, pedagógico, terapias, educação parental, enfim,  discorrendo sobre a questão e atentos aos resultados  frente aos cuidados necessários para uma vida com qualidade no presente e no futuro .

CAUSAS: Estudos apontam a predisposição genética e a ocorrência de alterações nos neurotransmissores (dopamina e noradrenalina) que estabelecem as conexões entre os neurônios na região frontal do cérebro como as principais causas do transtorno do déficit de atenção. Algumas pesquisas indicam que fatores ambientais e neurológicos podem estar envolvidos, mas ainda não há consenso sobre o assunto. 

SINTOMAS: Desatenção, hiperatividade e comportamento impulsivo são sintomas do TDAH com reflexos negativos no convívio social e familiar, assim como no desempenho escolar ou profissional dos portadores do transtorno. Esses sintomas podem manifestar-se em diferentes graus de comprometimento e intensidade.

Quando predomina a desatenção, os pacientes apresentam dificuldade maior de concentração, de organizar atividades, de seguir instruções, e podem saltar de uma tarefa inacabada para outra, sem nunca terminar aquilo que começaram. São pessoas que se distraem com facilidade e frequentemente esquecem o que tinham para fazer ou onde colocaram seus pertences. Não conseguem também prestar atenção em detalhes, demoram para iniciar as tarefas e cometem erros por absoluto descuido e distração, o que pode prejudicar o processo de aprendizagem e a atuação profissional.

Nos casos em que prevalece a hiperatividade, os portadores do distúrbio são inquietos, agitados e falam muito. Dificilmente conseguem participar de atividades sedentárias e manter silêncio durante as brincadeiras ou realização dos trabalhos. Se é a impulsividade que se destaca os sinais mais marcantes são a impaciência, o agir sem pensar, a dificuldade para ouvir as perguntas até o fim, a precipitação para falar e a intromissão nos assuntos, conversas e atividades alheias.

Na adolescência e na vida adulta, os sintomas de hiperatividade costumam ser menos evidentes, mas as outras dificuldades permanecem inalteradas e os prejuízos se acumulam no dia a dia com reflexos negativos sobre a autoestima.

DIAGNÓSTICO : Para efeito de diagnóstico, que é sempre clínico, os sintomas devem manifestar-se na infância, antes dos sete anos, pelo menos em dois ambientes diferentes (casa, escola, lazer, trabalhos), durante seis meses, no mínimo. Devem também ser responsáveis por desajustes e alterações comportamentais que dificultam o relacionamento e a performance dos portadores nas mais diversas situações.

Via de regra, o problema fica claro nos primeiros anos de escola, apesar de estar presente desde o nascimento, e o diagnóstico deve ser feito por especialistas com base nos critérios  estabelecidos .

TRATAMENTO:  O tratamento varia de acordo a existência, ou não, de comorbidades ou de outras doenças associadas. Basicamente, consiste em psicoterapia e na prescrição de metilfenidato (ritalina), um medicamento psicoestimulante, e de antidepressivos. Crianças podem exigir os cuidados de equipe multidisciplinar, em função dos desajustes pedagógicos e comportamentais associados ao TDAH.

Em geral, os efeitos benéficos da medicação aparecem em poucas semanas e as reações adversas – insônia, falta de apetite, dores abdominais e cefaleia – são leves e ocorrem no início do tratamento, enquanto o organismo não desenvolveu tolerância a essas drogas.

As falhas de atenção e a hiperatividade de algumas crianças podem não ser características do temperamento e personalidade, nem de má educação, mas sintomas de uma doença que pode ser controlada;

Não é má vontade, mas os portadores do transtorno realmente têm enorme dificuldade para organizar as atividades do dia a dia, manter horários e planejar o futuro.

O TDH desvia facilmente sua atenção.

Apresenta-se com excessos de pensamentos.

Excessos de velocidade no que faz.

Instabilidade de atenção, hiperfoco.

Apresenta brancos no meio da conversa.

È desastrado.

Interrompe a fala do outro, por falta de paciência de ouvir, ansioso.

Comete erros na fala, na leitura, na escrita - come letras.

Apresenta talento específico.

Faz várias coisas ao mesmo tempo, projeta ideias mas não chega ao fim, para no meio do caminho.

Tendencioso a se envolver em situações de risco.

Compulsivo por comida, compras, uso de drogas.

Se acha inadequado, sem noção, tem consciência de suas atitudes.

prejuízos na vida social, acadêmica, afetiva.

Apresenta inquietação e está sempre em busca de algo.

A criança , apresenta Cialorréia, que é a baba excessiva.

Portanto:

Se há desatenção trabalha-se o cognitivo.

Se apresenta hiperatividade, trabalha-se o comportamental.

Se é preciso atentar-se ao emocional, estabeleça prioridades para cada situação, com planejamento, registros , avaliações periódicas, monitorando caso a caso, 


A necessidade de desenvolver algumas técnicas para compensar as dificuldades próprias da TDAH (uso de agenda, lugar fixo para guardar os objetos, lembretes colocados em posições estratégicas e em quadros de avisos, lista de tarefas e dos compromissos diários e semanais) exige muito esforço e disciplina;

Pais e professores devem manter-se informados sobre as características da doença e intervenções que podem ajudar os pacientes a superar suas limitações. Deve-se colocar a criança longe de distrações, para que tenha foco, maior atenção, mensagens claras, objetivas, associadas a imagens . Trabalhando a uto estima, o elogio pelo que fez e não pelo resultado do que fez. Evidenciar as conquistas, fazer junto.

O AEEs , acompanhamento e apoio paralelo ao trabalho pedagógico, geralmente nos CEUS.

AVDs, promove atividades de vida diária.

AVE, auxilia na vida escolar.

A psicoterapia pode representar um caminho eficaz para a recuperação da autoestima, quase sempre comprometida pelos sentimentos de fracasso e frustração provenientes das dificuldades de lidar com situações rotineiras.

Síndrome de Marfan

A síndrome de Marfan é um distúrbio raro do tecido conjuntivo que causa anomalias nos olhos, nos ossos, no coração, nos vasos sanguíneos, nos pulmões e no sistema nervoso central.

A síndrome é causada por mutações no gene que codifica uma proteína chamada fibrilina.

Os sintomas típicos variam de leves a graves e incluem braços e dedos longos, articulações flexíveis e problemas do coração e dos pulmões.

O diagnóstico se baseia nos sintomas e no histórico familiar.

A maioria das pessoas com essa síndrome vive até por volta dos 70 anos de idade.

Não existe cura para a síndrome de Marfan, nem forma de corrigir as anomalias do tecido conjuntivo.

A síndrome de Marfan é causada por mutações no gene que codifica uma proteína chamada fibrilina. A fibrilina ajuda o tecido conjuntivo a manter sua força (tecido conjuntivo é o tecido resistente, normalmente fibroso, que une as estruturas do corpo e fornece sustentação e elasticidade). Se houver mutação no gene da fibrilina, algumas fibras e outras partes do tecido conjuntivo (o tecido resistente e normalmente fibroso que une as estruturas do corpo e fornece sustentação e elasticidade) passam por alterações que acabam enfraquecendo o tecido. A fraqueza afeta os ossos e as articulações, bem como as estruturas internas, como o coração, os vasos sanguíneos, os olhos, os pulmões e o sistema nervoso central (o cérebro e a medula espinhal). Os tecidos debilitados se distendem, distorcem e podem até se romper. Por exemplo, a aorta (a principal artéria do corpo) pode enfraquecer, ficar saliente ou rasgar. Tecidos fracos em uma válvula cardíaca podem causar o vazamento da válvula. Os tecidos conjuntivos que unem estruturas podem se enfraquecer ou se romper, separando estruturas anteriormente unidas. O cristalino e a retina podem, por exemplo, se soltar da sua fixação normal.

Sintomas da síndrome de Marfan

Os sintomas da síndrome de Marfan variam de leves a graves. Muitas pessoas com síndrome de Marfan nunca notam os sintomas. Em algumas pessoas, os sintomas podem apenas se tornar evidentes na idade adulta.

As pessoas com síndrome de Marfan são mais altas que o esperado para a sua idade e hereditariedade. A amplitude dos braços (a distância entre as pontas dos dedos com os braços estendidos) é superior à altura delas. Os dedos da mão são compridos e finos. O esterno está frequentemente deformado, o que faz com que ele sobressaia ou afunde. As articulações podem ser muito flexíveis. Pés chatos, uma deformidade da articulação dos joelhos que faz com que os joelhos se dobrem para trás e uma corcunda com curvatura anômala da coluna vertebral ( cifoescoliose), bem como hérnias, são frequentes. Essas pessoas em geral têm pouca gordura sob a pele. O céu da boca costuma ser alto.

Problemas cardíacos

As complicações mais perigosas se desenvolvem no coração e nos pulmões. Pode se desenvolver fraqueza do tecido conjuntivo na parede da aorta.

Síndrome de Burnout

A síndrome de Burnout é um distúrbio psíquico causado pela exaustão extrema, sempre relacionada ao trabalho de um indivíduo. Essa condição também é chamada de “síndrome do esgotamento profissional” e afeta quase todas as facetas da vida de um indivíduo.

O que é síndrome de burnout?

A síndrome de burnout é um distúrbio psíquico causado pela exaustão extrema, sempre relacionada ao trabalho de um indivíduo. Essa condição também é chamada de “síndrome do esgotamento profissional” e afeta quase todas as facetas da vida de um indivíduo.

Ela é o resultado direto do acúmulo excessivo de estresse, de tensão emocional e de trabalho e é bastante comum em profissionais que trabalham sob pressão constante, como médicos, publicitários e professores.

Toda essa pressão, ansiedade e nervosismo resultam em uma depressão profunda, que precisa de acompanhamento médico constante.

A tendência é que a síndrome de burnout se torne cada vez mais comum, sendo que seu diagnóstico é realizado por meio de uma consulta médica com um psicólogo ou um psiquiatra.

Quais os sintomas da síndrome de burnout?

Os sintomas da síndrome de burnout podem ser físicos ou psicológicos, sendo que a pessoa pode apresentar:

– Cansaço mental e físico excessivos;

– Insônia;

– Dificuldade de concentração;

– Perda de apetite;

– Irritabilidade e agressividade;

– Lapsos de memória;

– Baixa autoestima;

– Desânimo e apatia;

– Dores de cabeça e no corpo;

– Negatividade constante;

– Sentimentos de derrota, de fracasso e de insegurança;

– Isolamento social;

– Pressão alta e

– Tristeza excessiva.

Como é o tratamento da síndrome de burnout? 

O tratamento da síndrome de burnout pode ser feito por meio de medicamentos para tratar de seus sintomas.

No geral, o burnout requer que o indivíduo faça terapia e acompanhamentos com um médico de forma constante.










 

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