A RAIVA

A  RAIVA

AUTORES: BLANDINA FRANCO
                   JOSÉ CARLOS LOLLO


E , MESMO QUE O TEXTO NÃO ESTEJA NA ÍNTEGRA, POR CAUSA DOS DIREITOS AUTORAIS, VALE MUITO A PENA CONFERIR!


NO COMEÇO ERA SÓ UMA RAIVINHA À TOA.
UMA COISA BOBA  QUE NEM TINHA RAZÃO DE SER, MAS QUE, MESMO ASSIM, ERA.
E NO COMEÇO ELA FICAVA NUM CANTO, RUMINANDO
 E SE ALIMENTANDO DELA MESMA.
DEPOIS DE UM TEMPINHO, ELA COMEÇOU A SE ALIMENTAR DE OUTRAS COISAS.
UM OLHAR DE ALGUÉM MEIO DE LADO, UM SORRISO DIFERENTE, UMA PALAVRA TORTA, UMA IMAGEM DISTORCIDA.
ATÉ QUE TUDO, TUDO MESMO, ALIMENTAVA AQUELA RAIVA.
SE AS PESOAS ESTAVAM DANÇANDO OU SE ESTAVAM SENTADAS CONVERSANDO.
SE ESTAVAM APAIXONADAS OU SE PRATICAVAM ALGUM ESPORTE.
E NÃO ADIANTAVA ALGUÉM TENTAR FALAR COM ELA,
 PORQUE A RAIVA É SURDA.
NÃO ADIANTAVA TENTAR MOSTRAR ALGUMA COISA PRA ELA, 
PORQUE A RAIVA É CEGA.
E MUITO MENOS TENTAR CONVENCER A RAIVA DE ALGUMA COISA,
 PORQUE ELA É VAIDOSA, BURRA E SÓ PENSA NELA.
E ASSIM A RAIVA FOI CRESCENDO E FICANDO ENORME.
E NÃO ERA MAIS UMA RAIVINHA À TOA.
ERA UMA FÚRIA.

(...)





Essa leitura nos possibilita refletir sobre nossa vida; nossas indiferenças, nossos anseios, nossas frustações  e do quanto precisamos carregar em nossa bagagem diária esse tal de "bom senso" , uma peculiaridade que deve fazer parte do nosso cotidiano para que possamos com muita cautela lidar com inúmeras situações onde diferentes pessoas se conversam e tentam chegar a um acordo que seja o ideal pra ambos .
Considerando que a raiva está a um passo de grandes destruições, abalos e perdas , muitas vezes irrecuperáveis, é preciso ter atenção, cuidado e a constante busca por conciliação em meio as adversidades e  indiferenças que fazem parte da vida , das pessoas, de adultos e crianças.

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