A Era do Vazio


A Era do Vazio



Uma leitura que traz em si reflexões frente a aguçada visão do autor, em meio a muita sensibilidade e questionamentos sociais 
Um olhar minucioso em relação a vida, a humanidade e aos ditames sociais, aqui, lá, acolá...
O Autor , a meu ver  é maravilhoso ...


Autor -  Gilles Lipovetsky




A Pós Modernidade consagrou  a possibilidade  de viver sem sentido. De não crê na existência de um único e categórico sentido, mas de apostar na construção permanente de sentidos múltiplos, provisórios, individuais, grupais ou simplesmente fictícios.



Se caracteriza por uma tendência global  a reduzir as atitudes autoritárias e dirigistas, e ao mesmo tempo a aumentar a oportunidade de escolhas particulares, a privilegiar a diversidade e, desde já, a oferecer fórmulas e programas independentes, nos esportes, nas tecnologias psicanalíticas, no turismo, na moda casual, nas relações humanas e sexuais.



Para o filósofo Gilles Lipovetsky postula-se a intensidade do aqui e do agora,  como necessidades vitais. Um “pós tudo”, pós história, pós ideologia, pós moralismo,  um pós tudo em que tudo muda pela comunicação, pela  interação, contato, pela busca desenfreada do prazer e pela múltipla escolha.

Um tempo de comunicação...




Não mais de comunicação como conteúdo ou mensagem, no sentido moralizador, mas como forma de contato, expressão do desejo, emancipação do julgo utilitário. 

Gera medo e até horror uma época em que tudo pode ser questionado pois implica uma perda de poder pelo donos das sociedades ou um rearranjo das formas de controle: a manipulação sede lugar a sedução; a imposição deve transformar-se em conquista, cada um deve aderir a um valor, não mais ser obrigado a submeter-se a ele.

Onde alguns enxergam só ruina, pode vir a ser um campo de semeadura. 

O vazio e a era pós moralista, o fim de uma época de valorização do sacrifício e de condenação do prazer, a derrocada de uma moral rigorosa e o surgimento de uma era polissêmica de elaboração ética ou seja,  “à la carte”.

Menos carregados e mais livres, mais lúcidos e menos dependentes, mais exigentes e menos submissos, mais flexíveis e menos engessados por engrenagem de poder  em nome de verdades que se apresentam como transcendentais e universais.

A saída do “crepúsculo do dever” , a queda, elevando o efêmero a condição de atmosfera cultural propícia ao exercício de imaginários, que transbordam, fluem e refluem e não cabe mais nas medidas rígidas das religiões.  Todo se move, tudo muda, tudo é fluxo.  

O ideal moderno de subordinação do indivíduo a regras racionais  coletivas foi pulverizado, o processo de personalização promoveu  e encarnou maciçamente um valor fundamental : o do realização pessoal, do respeito, da singularidade subjetiva, da personalidade incomparável , quaisquer que sejam as novas formas de controle e de homogeneização realizadas simultaneamente .

O direito de ser absolutamente si mesmo,  de aproveitar à vida ao máximo e,  certamente, inseparável de uma sociedade que instituiu o indivíduo livre com valor principal e não é mis do que a manifestação definitiva da ideologia individualista; mas foi a transformação dos estilos de vida ligada a revolução de consumo que permitiu esse desenvolvimento dos direitos e desejos do indivíduo, essa mutação na ordem dos valores individualistas. Salto adiante da lógica individualista; o direito à liberdade: - teoricamente ilimitado, mas até então, circunscrito á economia, à política, à cultura – ganha os costumes e o cotidiano. Viver livre e sem pressões, escolher seu modo de existência são os pontos mais significantes no social e no cultural do nosso tempo, pontos da aspiração, do direito mais legítimo aos olhos dos nossos contemporâneos.

O processo de personalização não cessa de ampliar suas fronteiras, estamos destinados a consumir cada vez mais objetos e informações. Na sua extensão, até a esfera particular, até a imagem e o devir do ego conclamado a conhecer o destino da obsolescência acelerada, da mobilidade, da desestabilização.  

Consumismo da própria existência por meio da mídia multiplicada, dos lazeres, das técnicas relacionais, o processo da personalização gera o vazio colorido, a flutuação existencial na e pela abundância, sejam eles enfeitados pela conveniência, pela ecologia, pela psicologia. 

Busca pela qualidade de vida.

Paixão pela personalidade.

Sensibilidade.

Culto a participação e a expressão, reabilitação do local, do regional, de certos costumes e hábitos tradicionais. – identitários – descentrada, heteróclita, materialista, pornográfica e discreta, inovadora e retrógada, consumista e ecológica, sofisticada e espontânea,  espetacular e criativa.











Essa rua é nossa!

Essa  rua  é  nossa!

autora:  Beatriz Meirelles
Ilustrações:  Ivan  Zigg


ESSA LEITURA NOS TRAZ CONCEITOS DE CIDADANIA E DE QUE , SEM AS REGRAS E COMBINADOS, NÃO HÁ CONVIVÊNCIA, E ONDE NÃO HÁ COMBINADOS HÁ INDIFERENÇA E INTOLERÂNCIA. 
ISSO NÃO PODE FAZER PARTE DO NOSSO MUNDO.

 ESSAS ATITUDES DEIXAM DE LADO A EMPATIA,  O ALTRUÍSMO  E OPORTUNIZA O EGOCENTRISMO. POR ISSO É UMA LEITURA SE FAZ PRESENTE NAS ESCOLAS, NAS RODAS DE CONVERSA E DE LEITURA. NOS MOMENTOS DE CONFLITO ENTRE OS ALUNOS E
 MOMENTOS DE INDISCIPLINA .



VOCÊ JÁ DEVE TER OUVIDO
ALGUM ADULTO DIZER:
"PARECE UM MOLEQUE DE RUA!
ISSO NÃO É PRA FAZER!"

NA VERDADE, ESSE ADULTO
DEMONSTRA A OPINIÃO
DE QUE QUEM PASSA PELAS RUAS
NÃO TEM BOA EDUCAÇÃO.

SÓ QUE A RUA É UM LUGAR
IMPORTANTE DE VERDADE
PARA TODAS AS PESSOAS 
QUE SÃO DA COMUNIDADE.

TODOS PASSAM PELAS RUAS
PARA IR A QUALQUER LUGAR.
E, COMO EM QUALQUER OUTRO CANTO, 
É PRECISO COMPORTAR.

NEM TODOS QUE ESTÃO NA RUA,
SEJAM RICOS, SEJAM POBRES,
AGEM DE FORMA GROSSEIRA
OU POSSUEM JEITO NOBRE.

CABE A CADA UM DE NÓS
DECIDIR COMO AGIR,
RESPEITAR OU NÃO AS REGRAS,
SER DELICADO OU AGREDIR...

DE QUE ADIANTA FALARMOS:
"POR FAVOR, MUITO OBRIGADO",
SE BRINCAMOS NO ORELHÃO 
E O DEIXAMOS QUEBRADO ?

SE JOGAMOS LIXO NO CHÃO,
PASSAMOS O SINAL FECHADO, 
PICHAMOS PAREDES LIMPAS,
RISCAMOS CIMENTO MOLHADO ?

ACHAMOS QUE É BRINCADEIRA,
QUE TUDO VAI SER CONCERTADO.
MAS... E O DIREITO DO OUTRO
DE NÃO SER PREJUDICADO.

HÁ QUEM NÃO GOSTE DE REGRAS,
MAS É SÓ PARAR PRA PENSAR:
ELAS SERVEM PRA GENTE
PODER SE ORGANIZAR.

JÁ PENSOU SE EM VEZ DA FILA,
FOSSE TUDO NO EMPURRÃO ?
ISSO ACABARIA COM A ORDEM, 
VIRARIA CONFUSÃO!

SE OS MOTORISTAS RESOLVESSEM
NÃO RESPEITAR OS SINAIS,
OS PEDESTRES,  COM CERTEZA,
NÃO ATRAVESSARIAM  MAIS.

SE, POR SUA VEZ, OS PEDESTRES
CORRESSEM  SEM  SER  SUA VEZ,
PODERIAM SOFRER ACIDENTES,
SERIA UMA INSENSATEZ!






(...)

SEGURAMENTE AS PESSOAS
SE ENTENDERIAM BEM MAIS.
NÃO HAVERIA  MAIS GUERRA,
SERIA UM MUDO DE PAZ!


E , MESMO QUE O TEXTO NÃO ESTEJA NA ÍNTEGRA, POR CAUSA DOS DIREITOS AUTORAIS, VALE MUITO A PENA CONFERIR!

Girassóis e Miosótis


Girassóis e  Miosótis




O girassol é a flor raçuda que aguenta até a mais violenta intempérie. 
Acaba sobrevivendo. 
Ele quer luz e espaço e o dia inteiro seu corpo se contorce na direção da mesma. 
O girassol aprendeu a viver com o sol, por isso é forte.
Já o miosótis é plantinha linda, mais frágil. 
Aguenta pouco. 
Exige muito mais cuidado. 
Gosta mais de estufa. 
O girassol se vira, e como vira. 
O miosótis quando se vira, vira errado. 
Precisa de atenção redobrada.
Há filhos girassol e filhos miosótis. 
Os filhos tipo girassol, resistem a qualquer crise e descobrem um jeito de viver bem sem muita ajuda. As mães, chegam a reclamar da independência desses meninos, tal a sua capacidade de enfrentar problemas e sair-se bem.
Por outro lado, há filhos e filhas miosótis. 
A toda hora precisam de reparos e atenções. 
Todo cuidado é pouco diante deles. 
Reagem sem medida, melindram-se por qualquer coisa, são mais egoístas que os demais; ou às vezes são generosos, mas tímidos, caladões, encurralados. 
Estão sempre a precisar de cuidados.
O papel dos pais é o do jardineiro, que sabe as necessidades de cada flor e incentiva 
ou poda na hora certa. 
De qualquer modo fique atento, não abandone demais os seus filhos girassóis, porque eles também precisam de carinho, e não proteja demais os seus miosótis, senão acabarão dominando a  família.

As rédeas permanecem com vocês, a tesoura e o regador também. 
Não negue, mas não dê tudo o que eles querem;
 ambos, a falta e o excesso de cuidado matam a planta.

Autor Desconhecido

Planeta Terra - Bia Bedran

Planeta Terra

Esta leitura traz algumas reflexões sobre o nosso planeta e  pra contextualizar e agregar mais valor a curiosidade aos alunos ,  pode-se fechar uma aula sobre o Sistema Solar e  com a reflexão sobre  a  música  de Bia Bedran, Dança da Àrvore.


Bia Bedran


São dois os movimentos
Que ao mesmo tempo eu faço

(...)

O meu nome é Terra
Eu gosto de girar
Em volta de mim mesma
Pra me apreciar
Eu danço um dia inteiro e não me canso não
E a esse movimento chamam rotação
Eu tenho um namorado
Que vivo a rodear
O nome dele é Sol me dá luz e calor
Pra ele eu danço um ano e trago as estações
E não me canso não
E a esse movimento, chamam translação.



E mesmo que o texto não esteja na íntegra, vale a pena conferir.

O Sistema Solar

Alguns alunos chegam a aula conversando e perguntando algo sobre  o sol , a lua, as estrelas, há sempre  alguma curiosidade em questão.
 E foi assim que um aluno, muito questionador chegou ...
Ele estava lendo alguma coisa sobre o Sistema Solar e resolveu compartilhar comigo de suas descobertas , então fiz uma breve pesquisa a fim de agregar valor ao que ele tinha estudado.
Não leciono geografia mas pra contextualizar e fomentar maior interesse , selecionei algumas imagens e a partir disso , reforçamos o aprendizado sobre o sistema solar.




O Sistema Solar fica num dos braços da Via-Láctea. Ele é formado pelo Sol a única estrela, e mais de 1.700 corpos celestes menores, entre cometas, asteróides, e os planetas com seus satélites.

Pela ordem de distância do Sol os planetas são : Marte;Vênus;Terra; Mercúrio; Júpiter; Sol; Urano; Netuno; Plutão - O Planeta Anão!

Aqui fica uma frase para facilitar a memorização da sequência  : Minha Velha Traga Meu Jantar:  Sopa, Uva, Nozes e Limão.



As estrelas são corpos celestes que têm luz própria. O brilho recebe o nome de "magnitude" e é usado para a classificação. Por exemplo, o Sol é uma estrela de quinta magnitude.
As constelações e o Zodíaco. 
A união de grupos de estrelas foi chamada de constelação pelos povos da Antiguidade. Para eles, cada constelação formava um desenho no céu e 13 delas foram batizadas de acordo com representações de animais ou lendas dessas civilizações, o Zodíaco.

O ser humano desde a antiguidade possui curiosidade a respeito do céu estrelado. Isto é evidenciado em inscrições e construções antigas. O céu era visto com certo espanto, receio, admiração e respeito. O desconhecimento das causas científicas dos fenômenos astronômicos instigava o ser humano a destinar valores divinos aos astros celestes.

As constelações foram inventadas pelo ser humano. Cada povo e tribo possuíam suas próprias constelações. Às vezes, coincidia que quase o mesmo conjunto de estrelas tinha nome e significado diferentes para povos diferentes. Guardar a forma ou a localização dessas figuras no céu não era um trabalho fácil, e assim, criavam mitos e histórias sobre as constelações.

Com o tempo, os povos perceberam que as constelações podiam ser úteis. Era possível identificar os períodos de caça, agricultura e pesca. Serviam para determinar a passagem do tempo, as estações do ano e o clima. Foram feitos calendários inspirados nos fenômenos celestes (como os períodos lunares e solares). Demarcaram a trajetória do Sol durante o ano usando as constelações que chamaram de Zodíaco (dependendo da posição do Sol no Zodíaco, sabiam-se as condições do clima e as estações do ano).



Atualmente, as constelações não possuem a mesma importância da antiguidade. Mas ainda são úteis para os estudos astronômicos, como por exemplo, indicar direções no Universo e tornar mais fácil a identificação de astros no céu. Existem estrelas que são utilizadas para direcionar equipamentos de navegação espacial, como a Canopus, da constelação Carina, a Formalhaut, do Peixe austral, e Sírius, do Cão maior.

Algumas constelações só podem ser vistas completamente por alguém que se encontra num hemisfério terrestre. Por exemplo, a Ursa Menor, por quem está no Hemisfério Norte, e o Octante, por quem está no Hemisfério Sul. Constelações são agrupamentos aparentes de estrelas os quais os astrônomos da antiguidade imaginaram formar figuras de pessoas, animais ou objetos.



Das 88 constelações reconhecidas pela União Astronômica Internacional hoje, mais da metade foram descritas primeiramente pelos gregos antigos. Cláudio Ptolomeu *

A linha linha de estudo é com alunos da Educação Infantil, aproveitei para apresentar a eles a música da "Estrelinha".

VEJO  À  NOITE  UMA  ESTRELINHA
NO  CÉU, PISCANDO,  PISCANDO...
MAMÃE  DIZ  QUE  ELA, DE  LONGE,
PISCA, PISCA,  ME  CHAMANDO...

QUANDO  EU  CRESCER  E  PAPAI
ME  COMPRAR  UM  AVIÃO,
VOU  TE  BUSCAR,  ESTRELINHA,
NA  PALMA  DA  MINHA  MÃO.

OU

LÁ NO CÉU TEM UMA ESTRELINHA
QUE SÓ FICA PISCANDO PISCANDO;
MAMÃE DISSE QUE ELA PISCA
PISCA DE LONGE É ME CHAMANDO.

QUANDO EU CRESCER PAPAI
E COMPRAR UM AVIÃO;
EU TE BUSCAR ESTRELINHA
NA PALMA DA MINHA MÃO.

EU VOU TE BUSCAR ESTRELINHA 
NA PALMA DA MINHA MÃO.



O Pescador e sua Mulher

O Pescador e sua Mulher


Era uma vez um pobre pescador e sua mulher. Eram pobres, muito pobres. Moravam numa choupana à beira-mar, num lugar solitário. Viviam dos poucos peixes que ele pescava. Poucos porque, de tão pobre que era, ele não possuía um barco: não podia aventurar-se ao mar alto, onde estão os grandes cardumes. Tinha de se contentar com os peixes que apanhava com os anzóis ou com as redes lançadas no raso. Sua choupana, de pau-a-pique era coberta com folhas de palmeira. Quando chovia a água caía dentro da casa e os dois tinham de ficar encolhidos, agachados, num canto.

Não tinham razões para serem felizes. Mas, a despeito de tudo, tinham momentos de felicidade. Era quando começavam a falar sobre os seus sonhos. Algum dia ele teria sorte, teria uma grande pescaria, ou encontraria um tesouro – e então teriam uma casinha branca com janelas azuis, jardim na frente e galinhas no quintal. Eles sabiam que a casinha azul não passava de um sonho. Mas era tão bom sonhar! E assim, sonhando com a impossível casinha azul, eles dormiam felizes, abraçados.

Era um dia comum como todos os outros. O pescador saiu muito cedo com seus anzóis para pescar. O mar estava tranqüilo, muito azul. O céu limpo, a brisa fresca. De cima de uma pedra lançou o seu anzol. Sentiu um tranco forte. Um peixe estava preso no anzol. Lutou. Puxou. Tirou o peixe. Ele tinha escamas de prata com barbatanas de ouro. Foi então que o espanto aconteceu. O peixe falou. "Pescador, eu sou um peixe mágico, anjo dos deuses no mar. Devolva-me ao mar que realizarei o seu maior desejo…" O pescador acreditou. Um peixe que fala deve ser digno de confiança. "Eu e minha mulher temos um sonho," disse o pescador. "Sonhamos com uma casinha azul, jardim na frente, galinhas no quintal… E mais, roupa nova para minha mulher…"



Ditas estas palavras ele lançou o peixe de novo ao mar e voltou para casa, para ver se o prometido acontecera. De longe, no lugar da choupana antiga, ele viu uma casinha branca com janelas azuis, jardim na frente, e galinhas no quintal e, à frente dela, a sua mulher com um vestido novo – tão linda! Começou a correr e enquanto corria pensava: "Finalmente nosso sonho se realizou! Encontramos a felicidade!"

Foi um abraço maravilhoso. Ela ria de felicidade. Mas não estava entendendo nada. Queria explicações. E ele então lhe contou do peixe mágico. "Ele me disse que eu poderia pedir o que quisesse. E eu então me lembrei do nosso sonho…" Houve um momento de silêncio. O rosto da mulher se alterou. Cessou o riso. Ficou séria. Ela olhou para o marido e, pela primeira vez, ele lhe pareceu imensamente tolo: "Você poderia ter pedido o que quisesse? E por que não pediu uma casa maior, mais bonita, com varanda, três quartos e dois banheiros? Volte. Chame o peixe. Diga-lhe que você mudou de idéia."

O marido sentiu a repreensão e sentiu-se envergonhado. Obedeceu. Voltou. O mar já não estava tão calmo, tão azul. Soprava um vento mais forte. Gritou: "Peixe encantado, de escamas de prata e barbatanas de ouro!" O peixe apareceu e lhe perguntou: "O que é que você deseja?" O pescador respondeu "Minha mulher me disse que eu deveria ter pedido uma casa maior, com varanda, três quartos e dois banheiros!" O peixe lhe disse: "Pode ir. O desejo dela já foi atendido." De longe o pescador viu a casa nova, grande, do jeito mesmo como a mulher pedira.

"Agora ela está feliz," ele pensou. Mas ao chegar à casa o que ele viu não foi um rosto sorridente. Foi um rosto transtornado. "Tolo, mil vezes tolo! De que me vale essa casa nesse lugar ermo, onde ninguém a vê? O que eu desejo é um palacete num condomínio elegante, com dois andares, muitos banheiros, escadarias de mármore, fontes, piscina, jardins. Volte! Diga ao peixe desse novo desejo!"

(...)

"Homem, o peixe disse que você poderia pedir o que quisesse. Volte. Diga-lhe que eu desejo um palácio de rainha, com salões de baile, salões de banquete, parques, lagos, cavalariças, criados, capela."

O marido obedeceu. Voltou. O vento soprava sinistro sobre o mar cor de chumbo. "Peixe encantado, de escamas de prata e barbatanas de ouro!" O peixe apareceu e lhe perguntou: "O que é que você deseja?" O pescador respondeu "Minha mulher me disse que eu deveria ter pedido um palácio com salões de baile, de banquete, parques, lagos…" - "Volte!," disse o peixe antes que ele terminasse. "O desejo de sua mulher já está satisfeito."

Era magnífico o palácio. Mais bonito do que tudo aquilo que ele jamais imaginara. Torres, bosques, gramados, jardins, lagos, fontes, criados, cavalos, cães de raça, salões ricamente decorados… Ele pensou: "Agora ela tem de estar satisfeita. Ela não pode pedir nada mais rico."

O céu estava coberto de nuvens e chovia. A mulher, de uma das janelas, observava o reino vizinho, ao longe. Lá o céu estava azul e o sol brilhava. As pessoas passeavam alegremente pelo campo.

"De que me serve este palácio se não posso gozá-lo por causa da chuva? Volte, diga ao peixe que eu quero ter o poder dos deuses para decretar que haja sol ou haja chuva!"

O homem, amedrontado, voltou. O mar estava furioso. Suas ondas se espatifavam no rochedo. "Peixe encantado, de escamas de prata e barbatanas de ouro!" – ele gritou. O peixe apareceu. "Que é que sua mulher deseja?," ele perguntou. O pescador respondeu: "Ela deseja ter o poder para decretar que haja sol ou haja chuva!"

O peixe falou suavemente. "O que vocês desejavam era felicidade, não era?" - "Sim," respondeu o pescador. "A felicidade é o que nós dois desejamos." - " Pois eu vou lhes dar a felicidade!" O pescador riu de alegria. "Volte," disse o peixe. "Vá ao lugar da sua primeira casa. Lá você encontrará a felicidade…" E com estas palavras desapareceu.

O pescador voltou. De longe ele viu a sua casinha antiga, a mesma casinha de pau-a-pique coberta de folhas de coqueiro. Viu sua mulher com o mesmo vestido velho. Ela colhia verduras na horta. Quando ela o viu veio correndo ao seu encontro. "Que bom que você voltou mais cedo," ela disse com um sorriso. "Sabe? Vou fazer uma salada e sopa de ostras, daquelas que você gosta. E enquanto comemos, vamos falar sobre a casinha branca com janelas azuis…E depois vamos dormir abraçados" 

Ditas essas palavras ela segurou a mão do pescador enquanto caminhavam, e foram felizes para sempre.


Autor desconhecido.

O LIVRO DAS LÍNGUAS

O LIVRO DAS LÍNGUAS


Ruth Rocha
Otávio Roth
Raquel Coelho



Você já pensou como é importante saber falar?
Falando, a gente pode explicar o que quer, o que pensa, o que sente.
Muitos, muitos anos atrás, o bicho que foi o antepassado do homem não falava. Ele se comunicava, como os outros bichos, por gestos, por berros, por grunhidos.
E pouco a pouco foi se tornando um animal diferente.
Uma das coisas mais importantes que aconteceram com ele foi aprender a falar.

O que será que as pessoas falaram primeiro?
Será que foram palavras de queixa ou de dor, como "A i" e "U i" ?
Ou será que foram exclamações de medo, para chamar a atenção dos outros, num momento de perigo, como "Socorro"  ?
Será que as pessoas começaram a imitar o som das coisas, como alguns índios americanos que até hoje chamam o coração de "Tum-Tum" ?
Ou ainda, será que as pessoas começaram a falar imitando os bichos, como as crianças pequenas, que chamam os cachorros de "au-au" e os pássaros de "Piu-Piu" ?
Nós nunca vamos saber disso com certeza, mas podemos afirmar que essa invenção foi um grande sucesso ...

Os grupos de homens vivem isolados uns dos outros.
Cada um inventou uma língua diferente, que só aquele grupo compreendia.
Mas os homens, naquele tempo, mudavam muito de lugar, à procura de comida, ou fugindo do frio.
E levavam sua língua para outros grupos e aprendiam novas palavras com eles.
As pessoas que estudam como as línguas se formaram e espalharam dizem que n Terra já existiram mais de dez mil línguas diferentes.
Ainda hoje existem mais de três mil línguas.

Algumas dessas línguas são faladas por poucas pessoas, como entre as tribos da Amazônia, por exemplo.
outras são faladas por muitas pessoas.
As línguas mais faladas no mundo são o Chinês, o Inglês, o Hindi, o Russo, o Espanhol, o japonês, o Alemão, o Indonésio, o Português e o Frances.
Cada uma dessas línguas é falada por mais de cinquenta milhões de pessoas.
Mas se tirarmos dessa lista o chinês, o japonês e o indonésio, todas as outras começaram juntas, eram uma língua só.
Essa língua, que foi batizada de indo-europeu, surgiu no centro da Europa há vinte e cinco mil anos.
A gente sabe disso porque  nessas línguas há muitas palavras e muitos sons parecidos.
Veja a palavra "mãe".
Em inglês se diz mother, em alemão mutter, em latim mater, em espanhol madre, em português mãe, em russo mat, em hindi matar.

O povo que falava essa língua foi se espalhando pela Europa.
E assim, sua língua chegou à Itália, à Grécia, à França, à Russia e daí ao Irã, ao Afeganistão e à Índia.
Em cada lugar a língua se modificou durante muito tempo e acabou virando uma outra língua, um outro idioma.
E cada língua dessas se espalhou também, até mesmo por causa das guerras.
Os romanos, por exemplo,  conquistaram muitos lugares e espalharam o latim. O latim misturou-se às línguas faladas naqueles lugares e acabou se transformando no francês, no italiano, no espanhol, no catalão, no galego, no romeno.

Os homens começaram a se espalhar pelo mundo em busca de comida.
Então, começaram a fazer guerras, para tirar o que os outros povos tinham, continuando a se espalhar.
Algumas pessoas saíam de suas terras por curiosidade, para conhecer o mundo.
Outras viajavam para longe para ensinar sua religião.
Hoje existem palavras japonesas de origem portuguesa, palavras espanholas de origem chinesa, palavras inglesas de origem indiana.
Existem palavras latinas e gregas em muitos idiomas.
Por isso, mesmo que a gente não conheça uma língua, sempre consegue entender uma ou outra palavra dela.

Pesquisadores de todo o mundo saem em busca de informações sobre as línguas que ninguém mais fala, mas que deixaram documentos ou monumentos escritos. porém, nunca vamos saber qual o som que tinham essas línguas.
Por isso, estão tentando gravar a fala dos grupos que estão acabando, como por exemplo, das tribos de índios da América do Sul e do Norte.
Em outras partes do mundo estão fazendo a mesma coisa.
Os russos conseguiram gravar a voz e a língua do último sobrevivente da tribo dos tártaros negros na Sibéria.

Mas enquanto algumas línguas morrem, outras podem renascer.
O hebraico, por exemplo, deixou de ser falado por muitos séculos. Mas foi modernizado e hoje é a língua oficial de Israel.
Por outro lado, muitas invenções novas, como o automóvel, o telefone, o computador, tiveram que ganhar nomes à medida que surgiram.
Existem algumas palavras que são usadas no mundo todo, como taxi, hotel, whisky, menu, ópera, TV. Todo mundo entende, até os chineses.

O chinês, para os chineses é uma língua muito comum, é claro!
Mas para nós é interessante o fato de eu todas as palavras chinesas tenham apenas uma sílaba.
Óra, o número de sílabas simples que a voz humana é capaz de produzir, é pequeno. Então, em chinês, uma única palavra quer dizer um monte de coisas O que diferencia uma palavra da outra é a entonação com que se fala.
A palavra MA, por exemplo, quando dita num tonalidade alta, significa mãe; quando dita num tonalidade baixa, quer dizer cavalo.
O chinês é a língua mais falada do mundo todo e é uma das mais difíceis de aprender.
A escrita chinesa é ideográfica, quer dizer, para cada palavra existe um sinal. Por isso, para se ler um jornal ou livro em chinês é preciso conhecer pelo menos cinco mil "letras".

(...)

 Os próprios esquimós possuem um vocabulário com mais de vinte mil palavras!

(...)


E mesmo que o texto não esteja na íntegra, vale a pena conferir.



DIA DO PEDAGOGO


 Dia do Pedagogo


"Educar e educar-se, na pratica da liberdade, é tarefa daqueles que pouco sabem, por isto sabem que sabem algo e podem assim chegar a saber mais, em diálogo com aqueles que, quase sempre, pensam que nada sabem, para que estes, transformando o seu pensar, que nada sabem em saber que nada sabem, possa igualmente saber mais" .                                                                          Paulo Freire







O Decreto de Lei nº 7.264, de 20 de Maio de 2010, proposto pelo Deputado Eduardo Gomes, institui o Dia Nacional do Pedagogo no país.

A data surge como uma oportunidade para discutir o papel da família e da escola no desenvolvimento das crianças, além de delimitar papéis de responsabilidade.  Homenageia os profissionais responsáveis por auxiliar, participar ativamente, direcionar e orientar na formação educacional  e aconselhamento de crianças e adolescentes.
Todo o nosso trabalho, todo nosso contato com o mundo não é algo dado. Tudo se dá, tudo acontece por meio dos estímulos, sejam eles sinestésicos e ou sensoriais, e que nessa construção, nesse processo, geram teorias que vão além das técnicas de ensino e aprendizagem, onde o empírico toma forma e ganha espaço nesse processo, em que as experiências  vividas trazem consigo uma bagagem , um acúmulo de hipóteses, de sugestões,  situações e possibilidades .
O conhecimento é um fenômeno natural, já a epistemologia é uma descoberta da ciência que acontece pragmaticamente e que através dos erros e acertos se transforma em ciência e posteriormente, em normas de conduta.
A construção é um processo que ocorre por meio dessas experiências empíricas e pragmáticas,  desmembradas, observadas, analisada, estudada e por fim estabelecida.  Nada acontece aleatoriamente.
Cada profissional  precisa traçar o caminho a ser percorrido, estabelecer os objetivos a serem alcançados.
Ao pedagogo cabe a tarefa de educar, de ensinar, oportunizando  não só o acesso , mas também a  permanência desse aluno na escola, com aprendizagem efetiva, Não basta adentrar no ambiente escolar. Ele é especialista em educação e associa o aprendizado às questões sociais e à realidade em que o estudante se encontra.
Lembrando que cada educando tem as suas particularidades, seus princípios e que isto precisa ser considerado, e as individualidades de cada um mostrando o caminho a ser percorrido, as escolhas a serem feitas no decorrer do ano letivo, determinando as propostas de atividades, a busca por diferentes  estratégias a fim de contemplar a todos.
Na Educação Infantil em que a base do  processo  se constitui por meio das brincadeiras e pela ludicidade,  há também uma fundamentação teórica, conceitos que se delimitam por objetivos traçados, entendendo como acontece a aprendizagem significativa, o que é necessário para que se  efetive, É preciso dar voz à criança é,  é importante esse direito a voz.
A missão pedagógica consiste em saber elaborar perguntas, questionar, dialogar, fazer com que o educando, independente da idade, da faixa etária, participe ativamente, voluntariamente.
A pedagogia é o ato de ensinar, de fazer com que o outro aprenda e apreenda. Consiste no pensar juntos e fazê-los buscar ações para os resultados.
O indivíduo é reflexo da sua história, da sua cultura, dos ensinamentos apregoados e absorvidos em sua trajetória, fruto da própria história. As coisas são permanentemente relacionadas, um processo, uma construção conjunta onde todos participam, família, escola, comunidade, cada qual com sua contribuição.
Na certeza de que todos têm direito a educação de qualidade, caberá ao profissional  criar oportunidades de aprendizagens qualitativas, envolvimento das partes, engajamento, busca por conceitos, por habilidades que assegure tais práticas e resultados satisfatórios.
Promove por meio de diferentes atividades e estratégias, o pleno desenvolvimento seja na questão intelectual, na formação social ou técnica.
A escola precisa e deve ser valorizada pelos pais, pela comunidade, por todos que dela participam. E ao educando é necessário ressaltar valores quanto a leitura, a escrita, ao processo de interação , promovendo de maneira ampla e diferenciada os conceitos de aprendizagem. E cabe ao educador, ao pedagogo, mediar essas ações  , negociar, ampliar os horizontes, possibilitar diferentes meios para se chegar ao produto final que é o aprendizado.
Apresentando diferentes vertentes, fazendo ajustes sempre que necessário ou oportuno, com métodos acolhedores, desafiadores, que estimule que traga esse aluno para si, para a escola, e que consiga mostrar o quanto isso é importante, o quanto isso pode ressignificar.
O educador, o professor, o pedagogo é um facilitador deste processo. Que fará uso de ferramentas que garante tais aprendizagens, que envolva as partes e chegue no todo, sempre considerando e respeitando as particularidades , as especificidades, as singularidades do educando – considerando o que ele já sabe, o que ele traz consigo - , e a partir disto acrescentando conceitos e agregando valores que lhes são e serão significativos.
Garantir ao educando o acesso a diferentes espaços linguísticos, ambientes comunicacionais, artísticos, técnicos, ampliando assim seu saber.
Não é um caminho curto, simples, mas um processo, com início, meio e fim. Contextualizando seu mundo, sua cultura, seus valores, suas atitudes dentro e fora da escola, para além dos muros, para a vida.
A profissão de pedagogo é um sacerdócio, uma incumbência. Ele é um facilitador do desenvolvimento do indivíduo enquanto aluno - é ele que forma todos os profissionais. Portanto uma parceria importante que ultrapassa os limites da sala de aula, em prol da transformação - exige esforço, exige tempo, exige sensibilidade - e a recompensa é a transformação.
Está nos resultados alcançados.
Sempre considerando o antes , o agora e o depois!

Dia Das Mães Pelo Mundo


O Dia das Mães é comemorado em muitos lugares 
desde a antiguidade.







De acordo ao site de pesquisa Brasil Escola, é comum, no mundo contemporâneo, a comemoração do Dia das Mães em todo segundo domingo de maio. Essa data já se tornou sinônimo de afeto, carinho, consideração pelas genitoras e também símbolo de consumismo. A despeito do viés mercadológico, o Dia das Mães é uma data de singular importância para o mundo ocidental, sobretudo por reforçar os vínculos familiares. Mas como o segundo domingo de maio passou a ser considerado, mundialmente, como o Dia das Mães?

Desde a Idade Antiga há relatos de rituais e festivais em torno de figuras mitológicas maternas e de fenômenos como a fertilidade. Na Idade Média, havia também muitas referências a respeito da figura da Mãe, sobretudo o simbolismo judaico-cristão com as figuras de Eva e Maria. Mas foi apenas no início do século XX que as mães passaram a ter um dia oficial para serem homenageadas. A escolha da data (todo segundo domingo de maio) remete à história da americana Anna Jarvis.

Anna Jarvis perdeu sua mãe, Ann Marie Reeves Jarvis, em maio de 1905, na cidade de Grafton, no estado da Virgínia Ocidental, EUA. Com a morte da mãe, Anna, diante do sofrimento e da dor que sentiu, decidiu organizar com a ajuda de outras moças um dia especial para homenagear todas as mães e para ensinar as crianças a importância da figura materna.

Anna e suas amigas eram ligadas à Igreja Metodista da cidade mencionada acima. Em 10 de maio de 1908, o grupo de Anna conseguiu celebrar um culto em homenagem às mães na Igreja Metodista Andrews, em Grafton. A repercussão do tema do culto logo chamou atenção de líderes locais e do então governador do estado de Virgínia Ocidental, William E. Glasscock. Glassock definiu a data de 26 de abril de 1910 como o dia oficial de comemoração em homenagem às mães.










Logo a repercussão da celebração oficial em âmbito estadual alastrou-se para outras regiões dos Estados Unidos e foi adotada também por outros governadores.
 Por fim, no ano de 1914, o então presidente dos EUA, Woodrow Wilson, propôs que o dia nacional das mães fosse comemorado em todo segundo domingo de maio. 
O importante a ser mencionado é que a decisão de Wilson foi tomada a partir de sugestão da própria Anna Jarvis, que ficou internacionalmente conhecida como patrona do Dia das Mães.


1 - No Brasil, o Dia das Mães foi comemorado pela primeira vez em 12 de maio de 1918, na Associação Cristã de Moços de Porto Alegre. Em outros lugares, houve também outros focos de comemoração de mesmo teor, geralmente associados a instituições religiosas. Mas foi somente em 1932, durante o governo provisório de Getúlio Vargas, que o Dia das Mães passou a ser celebrado segundo o molde dos Estados Unidos, isto é, em todo segundo domingo do mês de maio.


2 – Tailândia - 12 de agosto - Sua Majestade a Rainha Sirikit da Tailândia também é considerada a mãe de todos os seus súditos tailandeses. À luz de seu status materno real, o governo tailandês decretou que seu aniversário, 12 de agosto, se tornasse também o dia das mães oficial da Tailândia em 1970. O dia continua a ser um feriado nacional, comemorado em todo o país, com fogos de artifício e iluminação especial.

3 – Bolívia - 27 de maio - Durante sua luta pela independência da Espanha no início do século 19, a Bolívia viu muitos de seus pais, filhos e maridos feridos e mortos nos campos de batalha. Um grupo de mulheres de Cochabamba recusou-se a ficar de braços cruzados e, em 27 de maio de 1812, eles se uniram para lutar contra o exército espanhol na Coronilla Hill.  Apesar de centenas de pessoas morrerem na batalha, o legado de suas contribuições vive graças a uma lei nacional aprovada em 1920, tornando o dia em que as "Heroínas de Coronilla" tomaram as ruas no Dia das Mães nacional.


4 – Indonésia - 22 de dezembro - Decretado oficialmente em 1953 pelo presidente do país, o Dia das Mães da Indonésia cai no dia 22 de dezembro, aniversário do Primeiro Congresso Indonésio das Mulheres (1928). A primeira convocação de mulheres em um órgão governamental ainda é considerada fundamental no lançamento de movimentos femininos organizados em toda a Indonésia. O feriado foi criado para celebrar as contribuições delas para a sociedade do país.

5– Oriente Médio- Equinócio de Primavera, 21 março  - O jornalista egípcio Mustafa Amin introduziu a ideia de um dia das mães para seu país de origem e rapidamente se espalhou por grande parte da região. Inspirado por uma história de uma viúva ingrata ignorada por um filho ingrato, Amin e seu irmão Ali propuseram com sucesso um dia para homenagear todas as mães no Egito.  Eles decidiram que o primeiro dia da primavera, 21 de março, era o mais apropriado para celebrar as doadoras fundamentais da vida. A data foi celebrada pela primeira vez no Egito, em 1956. Hoje, ela também é festejada em toda a região do Bahrein, Emirados Árabes Unidos e Iraque.

6 – Nepal – Último dia do mês  Baishakh (abril ou maio)-  Partindo de uma antiga tradição hindu, este festival de homenagens para as mães ainda é comumente comemorado no Nepal, tanto para as vivas quanto para as mortas. Tradicionalmente, é feita uma peregrinação até as lagoas Mata Tirtha perto de Katmandu. Um grande festival também é realizado na aldeia Mata Tirtha e as crianças mostram seu apreço pelas mães com doces e presentes.

7 – Israel – Dia da Família/Dia das Mães -  30° dia de Shevat (geralmente fevereiro)  - Henrietta Szold nunca teve seus próprios filhos, mas isso não a impediu de tocar a vida de muitos jovens. Szold desempenhou um papel ativo na organização Youth Aliya, entidade através da qual ela ajudou a proteger muitas crianças judias dos horrores do Holocausto. Isso lhe rendeu uma reputação como a "mãe" de todas as crianças.

Na década de 1950, uma menina de 11 anos chamada Nechama Biedermann escreveu para a publicação infantil Haaretz Shelanu propondo que eles tornassem a data da morte de Szold no Dia das Mães nacional de Israel. O jornal concordou prontamente, assim como o resto do país. Apesar de ter mudado para o Dia da Família, a popularidade do feriado diminuiu longo dos anos.

8 – Etiópia - Antrosht, quando termina a estação das chuvas (outubro/novembro)  - Em vez de se fixar a uma data específica, os etíopes esperam a estação chuvosa, em seguida, caminham para casa para uma grande festa de família de três dias. Esta festa é conhecida como "Antrosht". Ao contrário de alguns dias da mãe ocidentais, na Etiópia a mãe desempenha um papel fundamental na preparação das refeições tradicionais para o festival.

9 – França -  Último domingo de maio  -  A França celebra o Dia das Mães alguns domingos mais tarde do que aqui no Brasil. O país tem uma história de tentativas de criar um Dia das Mães nacional. Napoleão tentou impor um feriado nacional, na virada do século 19. Mas as coisas acabaram não funcionando tão bem. Mais de um século depois, Lyon criou o seu próprio Dia das Mães para homenagear as mulheres que perderam filhos na Primeira Guerra Mundial. O feriado só foi decretado oficialmente nacional em 24 de maio de 1950.  O Dia das Mães francês está oficializado para ocorrer no último domingo de maio. No entanto, se o mesmo domingo também coincide com o dia de Pentecostes, a comemoração é adiada para o primeiro domingo de junho.

10 – Nicarágua - 30 de maio - Na década de 1940, o presidente General Anastasio Somoza declarou o Dia das Mães em homenagem ao aniversário de sua madrasta. Apesar de suas origens por motivos pessoais do general, a data é bastante badalada e lucrativa na Nicarágua.

11-  Na Sérvia -  O Dia das Mães é comemorado de maneira inusitada na Sérvia. A data é celebrada em dezembro, dois domingos antes do Natal. As mães são amarradas por seus filhos, e só podem ser soltas após darem presentes e doces para as crianças. No domingo seguinte é comemorado o Dia dos Pais, de maneira semelhante.

12 - Na Tailândia, a data é celebrada em 12 de agosto, dia do aniversário da rainha consorte do país, Sirikit Kitiyakara, considerada a mãe de todos os tailandeses. A data foi celebrada pela primeira vez na década de 1980, em um esforço para promover a família real. Na data, casas e edifícios públicos do país são decorados e há queima de fogos.

13-  No Irã, o Dia das Mães é comemorado na data do aniversário de Fatimah, filha do profeta Maomé. A data cai no dia 20 do mês  Jumada al-thani, o sexto mês do ano islâmico, que segue o calendário lunar. A data foi instituída após a Revolução Iraniana, e é usada para promover o conceito tradicional da família.

14 - Na Coreia do Sul, não há distinção entre pais e mães na comemoração. Por isso, o Dia das Mães é comemorado junto com o Dia dos Pais, em 8 de maio. Antigamente, a data celebrava apenas a maternidade. Os pais passaram a ser homenageados posteriormente, para não ficarem excluídos das comemorações.


15- Na Inglaterra - Pela maioria dos relatos históricos, foi a Igreja da Inglaterra que criou o “Domingo das Mães” para homenageá-las e mais tarde para comemorar a "Igreja Mãe" em toda a sua glória e carinho espiritual. Centenas de anos atrás, bons cristãos eram esperados para fazer pelo menos um retorno à sua igreja-mãe a cada ano. Em outras palavras, o Domingo das Mães era a viagem para visitar a mulher ou entidade que lhes deu vida. Então, o quarto domingo da Quaresma tornou-se o dia designado para fazer esta viagem e continua até hoje.