Identidade- Quem sou eu

Quem sou eu ...

Meu nome é ...

Minha  idade ...

Onde nasci ...

Dia...  Mês... Ano  ...

Qual a cor dos meus olhos, dos meus cabelos é da minha pele ?

 O nome da minha mãe é ...

O nome do meu pai  é...

 Quem escolheu meu nome ? Porquê escolheram esse nome?  Qual significado desse nome ?





IDENTIDADE -   Pedro  Bandeira

Às vezes nem eu mesmo
Sei quem sou.
Às vezes sou
“o meu queridinho”,
Às vezes sou
“moleque malcriado”.
Para mim
Tem vezes que sou rei,
Herói voador,
Caubói lutador, jogador campeão.
Às vezes sou pulga,
Sou mosca também,
Que voa e se esconde
De medo e vergonha.
Às vezes eu sou Hércules,
Sansão vencedor,
Peito de aço,
Goleador!
Mas o que importa
O que pensam de mim?
Eu sou quem sou,
Eu sou eu,
Sou assim, sou menino.
QUEM SOU EU?
Eu às vezes não entendo!
As pessoas em um jeito
De falar de todo mundo
Que não deve ser direito.

Aí eu fico pensando
Que isso não está bem.
As pessoas são quem são,
Ou são o que elas têm?

Eu queria que comigo
Fosse tudo diferente.
Se alguém pensasse em mim,
Soubesse que eu sou gente.

Falasse do que eu penso,
Lembrasse do que eu falo,
Pensasse no que eu faço
Soubesse por que me calo!

Porque eu não sou o que visto.
Eu sou do jeito que estou!
Não sou também o que eu tenho.
Eu sou mesmo quem eu sou!


Refletindo sobre a  sociedade onde se  vive, constituída por  grupos étnicos, crenças, religiosidades, hábitos, atitudes e costumes,  características diferentes e que por meio da socialização, da relação com o outro é  que o indivíduo se desenvolve, apreende, aprende e se constitui.

No ambiente  escolar há o espaço ideal para que  o aluno se desenvolva, crie autonomia, aprenda   a conviver com as diferenças de forma harmoniosa e pacífica, rompendo com atitudes de intolerância, desrespeito e discriminação.

COMOVER


Esta poesia é de minha autoria, fiz para apresentação de um trabalho sobre abusos e maus tratos.
Para dar continuidade a ideia fiz uma adaptação para outro curso sobre Bullyng. 
Em meio a criação foram necessárias algumas alterações pois percebi que o texto promove reflexões a estas situações , assim como a  questão da identidade e a importância de se trabalhar a autonomia e auto estima.
O título foi minuciosamente escolhido, sugerindo uma dupla intenção que é a de comover quem o lê e,  num outro momento, de como ver, como enxergar tais situações...

Leiam e releiam, com muita atenção e carinho, pois assim foi elaborado. 


Quando criança, a inocência ainda está em mim.
Quando adolescente, simplesmente,  não cresci,
Mas, às vezes me pergunto...
Por que é que eu nasci!?

Num momento inesperado,
Muitas vezes abordado,
Caminhando lado a lado,
Nem sei pra onde ir.

Receio das pessoas,
Daqueles que nunca vi,
Daqueles com quem eu moro,
Daqueles com quem cresci.

Pessoas que me conduz, 
Pessoas que me seduz.
E que por vezes me reduz.
Olho, não vejo luz.

Careço da confiança,
Dos sonhos de uma criança,..
Da viva esperança, 
Da pureza da infância.

Ajude-me quem puder,
Seja um homem ou uma mulher,
Seja minha família, minha escola,
Ou mesmo aquele amiguinho...

Que sabe que estou sofrendo
E, nem sempre entendendo,
O porquê de tudo isso
E, a falta de compromisso.

Por vezes, o olhar omisso,
Diante de tudo isso!
De pessoas que insistem em nada ver!
Vendo tudo acontecer...

E, eu, no mundo, a sofrer,
Sem ter pra onde correr!
Esperando, apenas esperando,
“Um novo dia! Um novo amanhecer!”.

 Sabe aquele velho ditado...
“Quem cala consente”?
Faz de você conivente,
E, de mim, consciente... E, às vezes inconsciente!

Contudo, que prevaleça a confiança,
Pois haverá sempre esperança
De que no meu mundo criança,
Um dia existirá o respeito à infância.

Nesse mundo de incertezas, seja você a porção.
Que fará a diferença, que trará mais crença,
Firmeza e perseverança, para que na infância
Conquista-se  autoestima e, no rosto, um sorriso que fascina! 

Assim podemos refletir sobre a infância e os direitos da criança, direitos estes conquistados por meio  de decretos, de lutas de classes, da sensibilidade e do devido respeito á criança, em sua singularidade.
E há de se considerar que este é um compromisso social, tendo a escola o  papel de trabalhar estas e outras questões a fim de garantir , esclarecer e fortalecer esses direitos.




Em  20  de novembro de 1959 surge :  Á Declaração do Direito da criança, dotada de inúmeros princípios.


Toda criança tem Direitos                                      
Princípio I - À igualdade, sem distinção de raça, religião ou nacionalidade.
•         A criança desfrutará de todos os direitos enunciados nesta Declaração. Estes direitos serão outorgados a todas as crianças, sem qualquer exceção, distinção ou discriminação por motivos de raça, cor, sexo, idioma, religião, opiniões políticas ou de outra natureza, nacionalidade ou origem social, posição económica, nascimento ou outra condição, seja inerente à própria criança ou à sua família.
Princípio II - Direito a especial proteção para o seu desenvolvimento físico, mental e social.
•         A criança gozará de proteção especial e disporá de oportunidade e serviços a serem estabelecidos em lei e por outros meios, de modo que possa desenvolver-se física, mental, moral, espiritual e socialmente de forma saudável e normal, assim como em condições de liberdade e dignidade
Princípio III - Direito a um nome e a uma nacionalidade.
•         A criança tem direito, desde o seu nascimento, a um nome e a uma nacionalidade.
Princípio IV - Direito à alimentação, moradia e assistência médica adequadas para a criança e a mãe.
•         A criança deve gozar dos benefícios da previdência social. Terá direito a crescer e desenvolver-se em boa saúde; para essa finalidade deverão ser proporcionados, tanto a ela, quanto à sua mãe, cuidados especiais, incluindo-se a alimentação pré e pós-natal. A criança terá direito a desfrutar de alimentação, moradia, lazer e serviços médicos adequados.
Princípio V - Direito à educação e a cuidados especiais para a criança física ou mentalmente deficiente.
•         A criança física ou mentalmente deficiente ou aquela que sofre de algum impedimento social deve receber o tratamento, a educação e os cuidados especiais que requeira o seu caso particular.
Princípio VI - Direito ao amor e à compreensão por parte dos pais e da sociedade.
•         A criança necessita de amor e compreensão, para o desenvolvimento pleno e harmonioso de sua personalidade; sempre que possível, deverá crescer com o amparo e sob a responsabilidade de seus pais, mas, em qualquer caso, em um ambiente de afeto e segurança moral e material; salvo circunstâncias excepcionais, não se deverá separar a criança de tenra idade de sua mãe.
Princípio VII - Direito á educação gratuita e ao lazer infantil.
•         O interesse superior da criança deverá ser o interesse diretor daqueles que têm a responsabilidade por sua educação e orientação; tal responsabilidade incumbe, em primeira instância, a seus pais.
•         A criança deve desfrutar plenamente de jogos e brincadeiras os quais deverão estar dirigidos para educação; a sociedade e as autoridades públicas se esforçarão para promover o exercício deste direito.
•         A criança tem direito a receber educação escolar, a qual será gratuita e obrigatória, ao menos nas etapas elementares. Dar-se-á à criança uma educação que favoreça sua cultura geral e lhe permita - em condições de igualdade de oportunidades - desenvolver suas aptidões e sua individualidade, seu senso de responsabilidade social e moral. Chegando a ser um membro útil à sociedade.
Princípio VIII - Direito a ser socorrido em primeiro lugar, em caso de catástrofes.
•         A criança deve - em todas as circunstâncias - figurar entre os primeiros a receber proteção e auxílio.
Princípio IX - Direito a ser protegido contra o abandono e a exploração no trabalho.
•         A criança deve ser protegida contra toda forma de abandono, crueldade e exploração. Não será objeto de nenhum tipo de tráfico.
•         Não se deverá permitir que a criança trabalhe antes de uma idade mínima adequada; em caso algum será permitido que a criança dedique-se, ou a ela se imponha, qualquer ocupação ou emprego que possa prejudicar sua saúde ou sua educação, ou impedir seu desenvolvimento físico, mental ou moral.
Princípio X - Direito a crescer dentro de um espírito de solidariedade, compreensão, amizade e justiça entre os povos.
•         A criança deve ser protegida contra as práticas que possam fomentar a discriminação racial, religiosa, ou de qualquer outra índole. Deve ser educada dentro de um espírito de compreensão, tolerância, amizade entre os povos, paz e fraternidade universais e com plena consciência de que deve consagrar suas energias e aptidões ao serviço de seus semelhantes.

Daí a  reflexão sobre o poema de Ruth Rocha...

 Direitos da Criança.


Toda criança do mundo
Deve ser bem protegida
                                                     Contra os rigores do tempo                                                             
Contra os rigores da vida.  
                                                                         
Criança tem que ter nome
Criança tem que ter lar
Ter saúde e não ter fome
Ter segurança e estudar.

Não é questão de querer nem questão de concordar
Os direitos das crianças todos tem de respeitar.

Direito de perguntar... ter alguém pra responder.
A criança tem direito de querer tudo saber.
A criança tem direito até de ser diferente.
E tem que ser bem aceita seja sadia ou doente.

Tem direito à atenção
Direito de não ter medos
Direitos a livros e a pão
Direitos de ter brinquedos.

Mas a criança também tem
O direito de sorrir.
Correr na beira do mar, 
Ter lápis de colorir...

Robô-brinquedo
Ver uma estrela cadente, 
Filme que tem robô,
Ganhar um lindo presente, 
Ouvir histórias do avô.

Descer no escorregador, 
Fazer bolha de sabão,
Sorvete, se faz calor,
Brincar de adivinhação.

Morango com chantilly, 
Ver mágico de cartola,
O canto do bem-te-vi,
Bola, bola, bola bola!

Lamber fundo de panela
Ser tratada com afeição
Ser alegre e tagarela
Poder também dizer não!

Carrinho, jogos, bonecas, 
Montar um jogo de armar,
Amarelinha, petecas, 
E uma corda de pular.

Um passeio de canoa, 
Pão lambuzado de mel,
Ficar um pouquinho à toa... 
Contar estrelas no céu...

Ficar lendo revistinha,
Um amigo inteligente,
Pipa na ponta da linha,
Um bom dum cachorro quente.

Festejar o aniversário, 
Com bala, bolo e balão!
Brincar com muitos amigos, 
Dar uns pulos no colchão.

Livros com muita figura,
Fazer viagem de trem,
Um pouquinho de aventura..
Alguém para querer bem...

Festinha de São João, 
Com fogueira e com bombinha,
Pé de moleque e rojão, 
Com quadrilha e bandeirinha.

Andar debaixo de chuva,
Ouvir música e dançar.
Ver carreiro de saúva,
Sentir o cheiro do mar.

                                                        Pisar descalça no barro,                                                         
Comer frutas no pomar,
Ver casa de joão-de-barro,
Noite de muito luar.

Ter tempo pra fazer nada, 
Ter quem penteie os cabelos,
Ficar um tempo calada... 
Falar pelos cotovelos.

E quando a noite chegar,
Um bom banho, bem quentinho,
Sensação de bem estar... 
De preferência com colinho.


                                                            Uma caminha macia,                                                               
Uma canção de ninar,
Uma história bem bonita,
Então, dormir e sonhar...

Embora eu não seja rei, 
Decreto, neste país,
Que toda, toda criança 
Tem direito a ser feliz!


Selecionei algumas musicas para contextualizar ainda mais o trabalho. 
Aqui vão as dicas...


Deveres e  Direitos   

Composição: Toquinho e  Elifas Andreatto


Crianças: iguais são seus deveres e direitos.
Crianças: viver sem preconceito é bem melhor. 
Crianças: a infância não demora, logo, logo vai passar, 
Vamos todos juntos brincar. 
Meninos e meninas, 
Não olhem cor, nem religião nem raça. 
Chamem os que não tem mamãe, 
Que o papai tá lá no céu,
E os que dormem lá na praça.                           
Meninos e meninas, 
Não olhem raça, religião nem cor. 
Chamem os filhos do bombeiro, 
Os dois gêmeos do padeiro 
E o caçula do doutor. 
Meninos e meninas, 
                                  O futuro ninguém adivinha.                                      
Chamem os que não tem ninguém, 
Pois criança é também 
O menino trombadinha.
Meninos e meninas, 
Não olhem cor nem raça ou religião. 
Bons amigos valem ouro, 
A amizade é um tesouro 
Guardado no coração.
Fonte (letra e vídeo):


Poema Musical: Toquinho
        É Bom Ser Criança  


  

É bom ser criança
Ter de todos atenção
Da mamãe, carinho
                                                        Do papai, a proteção                                                         
É tão bom se divertir
E não ter que trabalhar
Só comer, crescer, dormir, brincar
É bom ser criança
Isso às vezes nos convém
Nós temos direitos
Que gente grande não tem
Só brincar, brincar, brincar
Sem pensar no boletim
Bem que isso podia nunca mais ter fim
É bom ser criança
E não ter que se preocupar
Com a conta no banco
Nem com filhos pra criar
É tão bom não ter que ter
Prestações pra se pagar
Só comer, crescer, dormir, brincar
É bom ser criança
Ter amigos de montão
Fazer cross saltando
Tirando as rodas do chão
Soltar pipas lá no céu
Deslizar sobre patins
Bem que isso podia nunca mais ter fim.


Ser Diferente é Normal  -  nas vozes  de Lenine  e  ou   Gilberto Gil/ Preta Gil


Todo mundo tem seu jeito singular
De ser feliz de, de viver e de enxergar
Se os olhos são maiores ou são orientais
E daí? Que diferença faz?

Todo mundo tem que ser especial
Em oportunidades, em direitos, coisa e tal
Seja branco, preto, verde, azul ou lilás
E daí? Que diferença faz?

Já pensou, tudo sempre igual?
Ser mais do mesmo o tempo todo não é tão legal
Já pensou, sempre tão igual?
Tá na hora de ir em frente
Ser diferente é normal

Sha nana
Ser diferente é normal
Sha nana
Ser diferente é normal
Sha nana
Ser diferente é normal
Sha nana
Ser diferente é normal
Sha nana
Ser diferente é normal

Todo mundo tem seu jeito singular
De crescer, aparecer e se manifestar
Se o peso na balança é de uns quilinhos a mais
E daí, que diferença faz?

Todo mundo tem que ser especial
Em seu sorriso, sua fé e no seu visual
Se curte tatuagens ou pinturas naturais
E daí, que diferença faz?

Já pensou, tudo sempre igual?
Ser mais do mesmo o tempo todo não é tão legal
Já pensou, sempre tão igual?
Tá na hora de ir em frente:
Ser diferente é normal!

Sha nana
Ser diferente é normal
Sha nana
Ser diferente é normal
Sha nana
Ser diferente é normal
Sha nana
Ser diferente é normal
Sha nana
Ser diferente é normal











   

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