A Casa Sonolenta

A Casa Sonolenta
Autori: Andrey Wood - Ilustração de Don Wood

Era uma vez uma casa sonolenta, onde todos viviam dormindo. Nessa casa tinha uma cama, uma cama aconchegante, numa casa sonolenta, onde todos viviam dormindo. Nessa casa tinha uma avó, uma avó roncando, numa cama aconchegante, numa casa sonolenta, onde todos viviam dormindo. Em cima dessa avó tinha um menino, um menino sonhando, em cima de uma avó roncando, numa casa aconchegante, numa casa sonolenta, onde todos viviam dormindo. Em cima desse menino tinha um cachorro, um cachorro cochilando, em cima de um menino sonhando, em cima de uma avó roncando, numa casa aconchegante, numa casa sonolenta, onde todos viviam dormindo. Em cima desse cachorro, tinha um gato. Um gato ressoando, em cima de um cachorro cochilando, em cima de um menino sonhando, em cima de uma avó  roncando, numa casa aconchegante, numa casa sonolenta, onde todos viviam dormindo.

(...)

Seria possível? Uma pulga acordada, em cima de um rato dormitando, um gato ressonando, em cima de um cachorro cochilando, em cima de um menino sonhando, em cima de uma avó roncando, numa casa aconchegante, numa casa sonolenta, onde todos viviam dormindo.
Uma pulga acordada que picou o rato, que assustou o gato, que arranhou o cachorro, que caiu sobre o menino, que deu um susto na avó, que quebrou a cama, numa casa sonolenta, onde ninguém mais estava dormindo.


Obs.:Por causa de Direitos Autorais , tanto o  texto quanto as ilustrações não se encontram na íntegra.


   A leitura é muito agradável, as crianças amam! Considerando a beleza e criatividade das ilustrações, cada cantinho, cada personagem, tem sua real importância para a leitura e o desfecho da história, deixando os alunos curiosos e atentos "Deixa eu ver?! deixa eu ver!?"
   Vale a pena conferir!!!


Em meio a leitura e a empolgação dos alunos levanto algumas questões, a fim de deixá-los mais atentos e curiosos.

Também fiz uma poesia para incrementar a leitura.

A  CASA ESTAVA BARULHENTA?
A CASA  ESTAVA FEDORENTA?
NÃO!   A CASA ESTAVA SONOLENTA!

A CAMA ESTAVA REFRESCANTE?
A CAMA ESTAVA CONGELANTE?
NÃO!  A CAMA ESTAVA ACONCHEGANTE!

A  AVÓ ESTAVA COCHICHANDO?
A  AVÓ ESTAVA BALBUCIANDO?
NÃO!  A AVÓ ESTAVA RONCANDO!

O MENINO  ESTAVA BRINCANDO?
O MENINO ESTAVA CONVERSANDO?
NÃO!  O MENINO ESTAVA SONHANDO!

O CACHORRO ESTAVA ROSNANDO?
O CACHORRO ESTAVA UIVANDO?
NÃO!  O CACHORRO ESTAVA COCHILANDO!

O GATO ESTAVA ASSOBIANDO?
O GATO ESTAVA MIANDO?
NÃO! O GATO ESTAVA RESSONANDO!

O RATO ESTAVA FOFOCANDO?
O RATO ESTAVA CHIANDO?
NÃO!  O RATO ESTAVA DORMITANDO!

A PULGA  ESTAVA AGITADA?
A PULGA ESTAVA  ASSUSTADA?
NÃO! A PULGA ESTAVA ACORDADA!





A PULGA PULOU!
A CAMA QUEBROU!
A AVÓ SE ESBORRACHOU!

O MENINO SUBIU!
O CACHORRO SAIU!
O GATO ESCAPULIU!

A  AVÓ DESPERTOU!
O MENINO ACORDOU!
O CACHORRO VOOU!

O GATO FUGIU!
O RATO CAIU!
A PULGA SUMIU!

A NOITE PASSOU!
A CHUVA PAROU!
O DIA RAIOU!

O SOL SAIU! 
A PORTA SE ABRIU!
O ARCO-IRIS SURGIU!

E NINGUÉM MAIS DORMIU!


AGORA! IMAGINEM SE DENTRO DESTE QUARTO TIVESSEM OUTROS BICHOS...

RUBYA NERY


Textos , Frases e Reflexões

Selecionei alguns textos dos quais considero importantes para momentos de reflexão junto aos pais, a equipe escolar ou num momento oportuno...




Torcida

Carlos Drummond de Andrade

Mesmo antes de nascer, já tinha alguém torcendo por você. Tinha gente que torcia para
você ser menino, outros torciam para você ser menina.
Torciam para você puxar a beleza da mãe, o bom humor do pai. Estavam torcendo para
você nascer perfeito. Daí continuaram torcendo.
Torceram pelo seu primeiro sorriso, pela primeira palavra, pelo primeiro passo. O seu
primeiro dia de escola foi a maior torcida. E o primeiro gol, então? E de tanto torcerem
por você, você aprendeu a torcer.
Começou a torcer para ganhar muitos presentes e flagrar Papai Noel. Torcia o nariz
para o quiabo e a escarola. Mas torcia por hambúrguer e refrigerante. Começou a torcer
até para um time. Provavelmente, nesse dia, você descobriu que tinha gente que torce
diferente de você.
Seus pais torciam para você comer de boca fechada, tomar banho, escovar os dentes,
estudar inglês e piano. Eles só estavam torcendo para você ser uma pessoa bacana. Seus
amigos torciam para você usar brinco, cabular aula, falar palavrão. Eles também
estavam torcendo para você ser bacana.
Nessas horas, você só torcia para não ter nascido. E por não saber pelo que você torcia,
torcia torcido. Torceu para seus irmão se ferrarem, torceu para o mundo explodir.
E quando os hormônios começaram a torcer, torceu pelo primeiro amasso. Depois
começou a torcer pela sua liberdade. Torceu para viajar com a turma, ficar até tarde na
rua. Sua mãe só torcia para você chegar vivo em casa. Passou a torcer o nariz para as
roupas da sua irmã, para as idéias dos professores e para qualquer opinião dos seus
pais.
Todo mundo queria torcer o seu pescoço. Foi quando até você começou a torcer pelo seu
futuro. Torceu para ser médico, músico, advogado. Na dúvida, torceu para ser físico
nuclear ou jogador de futebol.
Seus pais torciam para passar logo essa fase. No dia do vestibular, uma grande torcida
se formou. Pais, avós, vizinhos, namoradas e todos os santos torceram por você. Na
faculdade, então, era torcida pra todo lado. Para a direita, esquerda, contra a
corrupção, a fome na Albânia e o preço da coxinha na cantina.
E, de torcida em torcida, um dia teve um torcicolo de tanto olhar para ela. Primeiro,
torceu para ela não ter outro. Torceu para ela não te achar muito baixo, muito gordo,
muito magro. Descobriu que ela torcia igual a você. E de repente vocês estavam
torcendo para não acordar desse sonho.
Torceram para ganhar a geladeira, o microondas e a grana para a viagem de lua-demel.
E daí pra frente você entendeu que a vida é uma grande torcida. Porque, mesmo
antes de seu filho nascer, já tinha muita gente torcendo por ele.
Mesmo com toda essa torcida, pode ser que você ainda não tenha conquistado algumas
coisas. Mas muita gente ainda torce por você! 






De Mão em Mão

Nas suas Mãos eu entrego
todas as Mãos que aqui estão
Vamos ficar de Mãos dadas
Disso eu não abro Mão.

Tem gente que é Mão aberta
Tem gente que é Mão de vaca
Tem gente que é Mão de ferro
Tem gente que tem Mãos de fada.

Não boto a minha Mão no fogo
Pelos que andam na contramão
Depois, eu fico de Mão queimada
E não posso fazer mais nada.

Tem gente  que é uma Mão na roda
Gosta de sempre dar uma Mão
Coloca logo a Mão na massa
Para eles, eu estendo a minha Mão.

Tem gente com Mãos leves, bondosas
Tem gente que maltrata com as Mãos
Tem gente com Mãos carinhosas
Que agradam, afagam, consolam.

Tem Mãos fracas, pequenininhas
Que precisam das nossas Mãos
Tem Mãos que trabalham sozinhas
Pelo pão  nosso de cada dia.

De minhas Mãos sai esta história
Que você lê em primeira Mão!
Aperto sua Mão e agradeço
Ter me dado sua atenção.

De Mãos atadas, eu não fico não!



Autor  desconhecido.





Quem são esses que ensinam, reforçam, educam, instigam?

Que se orgulham com os avanços diários, que se alegram quando o potencial é atingido?

Que apresentam um mundo de possibilidades?

Que respondem a mesma pergunta diversas vezes?

Que entendem o olhar de dúvida, o receio de errar?

Que se divertem com a euforia da descoberta?

Que tratam a todos igualmente, mas entendem que cada um é único e tem caminhos diferentes para o aprendizado?

Que não se intimidam com cara feia?

Que respiram fundo, às vezes choram um pouco, mas a cada manhã renovam suas forças?

Que estão a todo tempo buscando outras formas de transmitir o conhecimento, novas formas de conquistar a atenção?

Que compreendem sua responsabilidade e a grande oportunidade de construírem um país mais justo e melhor, a despeito de tão pouco reconhecimento e valorização?

Quem são estes que são um pouco mãe, um pouco pai? Que se tornam influência, exemplo, amigo?

Esses são os Professores!

Desejamos que, neste dia, sejam lembrados pela sua importância. E que, em todos os outros, encontrem gratidão, reconhecimento e os bons frutos que plantaram!

Autora -  Alessandra  Correa




Marcas de Dedo

Às vezes, você se aborrece
Porque ainda sou criancinha
 E sempre deixo marcas de dedos
 Nos móveis da casa inteirinha.
 Mas estou crescendo dia a dia
 E logo adulto vou ser
 E essas marcas de dedos
 Vão todas desaparecer.
 Agora deixo uma marca bem especial
 Pra você nunca esquecer
Como eram meus dedinhos
Antes de eu crescer.

Autor  Desconhecido  -  indicado  para o Dia das Mães













De Todas as Cores

De Todas as Cores




Nye  Ribeiro  e   Ellen  Pestili

Essa leitura promove muita reflexão , e possibilita abordar de maneira clara a questão da inclusão, o respeito as diferenças e o valor que cada um exerce sobre o outro, ou pelo menos , deveria exercer...



Olha lá o Juvenal, cuidando de seu jardim no maior capricho!
No primeiro canteiro, Juvenal plantou apenas margaridas brancas.
No segundo canteiro, Juvenal plantou apenas girassóis amarelos.
No terceiro canteiro, Juvenal plantou apenas tulipas vermelhas .
No quarto canteiro, Juvenal plantou apenas hortênsias azuis.
No quinto canteiro, Juvenal plantou apenas petúnias roxas.

E assim por diante...

Os girassóis amarelos olhavam com desprezo para o canteiro de hortênsias  azuis:
- Que florzinha mais sem graça!

As hortênsias azuis olhavam com desprezo para o canteiro de petúnias roxas:
- Que cor estranha!

As petúnias roxas olhavam com desprezo para o canteiro de margaridas brancas:
-Que flor mais desbotada!

As margaridas brancas olhavam com desprezo para o canteiro de tulipas vermelhas:
-Que flor esnobe!

As tulipas vermelhas olhavam com desprezo para o canteiro de girassóis amarelos:
- Que flor esquisita!

E assim por diante...

E as flores ?o que será que aconteceu com elas?

No começo todas se estranhavam um pouco.
As tulipas não suportavam os girassóis.
Os girassóis não gostavam das hortênsias.
As hortênsias não queriam saber das petúnias.
As petúnias faziam pouco das margaridas.
As margaridas mal olhavam para as tulipas.

E assim por diante...

Mas, com o tempo, foram aprendendo a conviver. 
E ficaram amigas umas das outras. 
Descobriram que cada uma tem a sua beleza e o seu perfume.
 E que ninguém é melhor que ninguém. 

Hoje, as pessoas que passam por ali se encantam por ver aquele jardim tão perfumado e colorido.

E juvenal, o jardineiro, fica todo feliz e orgulhoso!

Obs.:Por causa de Direitos Autorais , tanto o  texto quanto as ilustrações não se encontram na íntegra.






Afinal, Juvenal,
Será que é legal
Ser igual 
A fulano de tal...





CURRÍCULO INTEGRADOR



CURRÍCULO  INTEGRADOR
CUNHO  INOVADOR

APRESENTA-SE PARA SOMAR
JAMAIS  SEGMENTAR!

INÚMEROS PRECEITOS,
SEM RAÍZES, SEM PRECONCEITOS.

REFLEXÃO,
PARA QUE HAJA INTERVENÇÃO.

ESTABELECE  CONTINUIDADE
E TAMBÉM RESPONSABILIDADES.

TRANSFORMAÇÃO,
POR CONTA DA PARTICIPAÇÃO.

RESPEITANDO À INFÂNCIA,
PERÍODO MARCADO POR EXUBERÂNCIAS.

AÇÃO, INTERAÇÃO
E MUITA OBSERVAÇÃO.

MÚLTIPLAS  LINGUAGENS
INÚMERAS  APRENDIZAGENS.

INTEGRANDO  AÇÕES,
BUSCANDO  SOLUÇÕES.

SUPERAÇÃO 
ENTRE RAZÃO E  EMOÇÃO.

CONVICÇÃO
E BOA ORGANIZAÇÃO

RECONHECENDO A DIVERSIDADE
CONSOLIDANDO A IGUALDADE

RESPONSABILIDADE 
NA SUA INTEGRALIDADE


Rúbia  Nery





O Currículo Integrador da Infância Paulistana busca orientar e promover  ações integradoras , continuidade ao que já está estabelecido, tendo como desafio e propósito o real comprometimento com a qualidade social da Educação. 

Considerando a diversidade que compõe as infâncias que habitam a cidade, além do que, se contrapondo as desigualdades, raciais, étnicas, econômicas, de gênero, geográficas, religiosas e etárias, que condicionam a vida de bebês e crianças, propondo integração dos espaços coletivos na educação infantil e no ensino fundamental, buscando constantes intervenções das ações e práticas pedagógicas, por meio de reflexões permanentes, envolvendo todo o coletivo, educandos, educadores e equipe, assim como a família, compondo o Projeto-Político-Pedagógico.

Sendo o educador o mediador de todo o processo, torna-se  imprescindível  o diálogo, atento ao todo, aos mínimos detalhes para que intervenções aconteçam, um desafio a ser conquistado cotidianamente, rompendo assim com as marcas do currículo colonizador, dotado de determinismos, machista e elitista.
Oportunizar visibilidade aos atores do processo, desnaturalizando as hierarquizações  e estratificações por idade, gênero, formas corpóreas e sexualidade, a fim de construir possibilidades de interação, superação, reconhecendo a infância como uma construção social e histórica de bebês e crianças, sujeitos de direitos , autônomos, portadores e construtores de histórias e culturas, que ao interrogar o mundo , a vida, os adultos e o  currículo, influenciam e produzem transformações no cenário social político e cultural.  Considerando que a criança não vem a ser, ela é! Que se manifestam diariamente nas diferentes formas de agir, se expressar e que manifestam de forma autoral e criativa, sua forma de ver, estar e entender o mundo. 

Evidenciar a pluralidade das infâncias; a criança como ser integral; o direito a voz ; o bom uso dos espaços.

Questionar o currículo eurocêntrico; a visão adultocêntrica; a alfabetização descontextualizadas;
prepoderãncia de atividades em sala, além do que a hierarquia de saberes.

A base sempre ser´o respeito ao outro, as suas singularidades.

A educação não é um preparo, são experiências a mais para além do que o individuo já conhece.

Os novos referenciais na contra mão das  expectativas, abrem espaço ao direito de aprender. 

O processo de avaliação acontece diariamente, em diferentes momentos e a escrita é uma parte deste processo.
A sua realidade é o seu material de pesquisa e de acordo as aprendizagens, os resultados, favoráveis ou não!
Todos são responsáveis pelo processo, todos são responsáveis pelo material oferecido, a fim de garantir que a aprendizagem aconteça.
Quando os saberes são reconhecidos, respeitados e aceitos, cada unidade é um universo, com suas especificidades onde todos são co-responsáveis pelos resultados. atento a questão de que as famílias se estruturam de diferentes formas e há a necessidade do respeito, da aceitação e da troca dessas experiencias, sempre com uma dose de acréscimos de saberes, culturalmente vivenciados por ambos, para que das partes se forme o todo.

As ações pedagógicas, se bem elaboradas e organizadas, traz consigo domínio frente as ações dos alunos. o saber só é legitimado e reconhecido mediante medição. Saber ouvir, saber falar, trabalhando de maneira a acrescentar, somar, jamais seccionar, escolher partes ou priorizar.

Considerar que os recursos necessários aos alunos com necessidades especiais venha possibilitar o melhor desenvolvimento possível, que haja progresso para que se desenvolva ao máximo, para que suas potencialidades sejam aprimoradas e evidenciadas.
Um aluno com dificuldades, seja ela uma deficiência auditiva, visual, uma dificuldade de comunicação, de aprendizagem ou mesmo motora, exigirá  do educador atenção é cuidados para que , mesmo ele estando anos atrás das demais crianças da mesma idade em seu aprendizado, deverá haver um currículo  envolvendo um trabalho associado a uma idade anterior, mas ser apresentado de um modo adequado a idade cronológica, com nível de interesse adequado a idade do aluno.
A avaliação deve ser planejada para que mostre qualquer progresso alcançado pelo educando, possibilitando motivações tanto  para o aluno quanto para o professor.

O que incomoda, o que é preciso rever, o que é possível,  e, o que é aplicável? 

Daí a importância de abrir mão das imposições, deixar de lado os esteriótipos, desconstruir para reconstruir junto, abrindo espaço ao diálogo.