Medos na Infância

Medos na Infância  e o juízo de valores.

Se eu fosse um Peixinho

A canoa virou virou


 A linguagem se define como qualquer forma de comportamento intercomunicativo, verbal ou não-verbal (Cabral & Nick, 1998), que compreende um sistema de expressão humana por meio de palavras, de sinais e movimentos usados para expressar significados ou sentimentos. A linguagem é um instrumento de transmissão de informações e é essencial em vários aspectos da vida social e acadêmica (ALVAREZ, SANCHES, & CARVALHO, 2008).

Através da organização, combinação e articulação de palavras, tanto de forma oral como escrita, a linguagem tem como objetivo a comunicação. Para tanto, é necessário tanto a compreensão verbal, ou seja, o entendimento acerca do input linguístico, como também a capacidade de produção verbal — denominada output linguístico (STERNBERG, 2008).


A aquisição da linguagem é um componente fundamental para que a criança se insira socialmente, mas será este o único elemento importante? Acreditamos que não. Participar de interações sociais positivas requer atenção às expectativas e normas sociais, o que faz do desenvolvimento moral um componente crucial durante os anos pré-escolares.

A moralidade diz respeito ao conjunto de regras que norteiam os variados contextos sociais, e a legitimidade dessas regras está na convivência social (VINHA, 1999). De acordo com Pereira e Morais (2017), é importante para o professor da educação infantil conhecer o desenvolvimento cognitivo, social e motor, incluindo o desenvolvimento moral, para que possa planejar ações que contribuam com o desenvolvimento infantil. 

No curso desse desenvolvimento, à medida que a criança se torna mais independente e passa a interagir com o meio que a cerca de forma mais sistemática, ampliando seus círculos sociais, ela também se torna mais consciente dos perigos e dos limites desse mundo. Segundo Brazelton (2002), na mesma proporção em que a criança evolui e se torna independente, ela precisa de limitadores que a impeçam de ir longe demais – se colocando em risco. E este limitador é o medo! Durante os anos pré-escolares, ainda sem clareza de quais são os reais perigos do mundo, é muito comum que estes medos se intensifiquem e sejam depositados em elementos que, na realidade, não representam perigos reais (como monstros, personagens fictícios e escuro).

 Medos na Infância

Por que as crianças sentem medo? E por que será que na etapa pré-escolar – especialmente entre os 3 e os 5 anos – os medos parecem estar tão presentes? Para responder esta pergunta é preciso considerar, que cada emoção teve e tem uma função na nossa sobrevivência. Então, por que será que o medo é importante?

O medo coloca o nosso organismo em estado de alerta, prevenindo que nos aproximemos de situações potencialmente arriscadas e acionando rapidamente um repertório de ações, caso já estejamos em uma situação de perigo.  Em função do caráter adaptativo e da importância dessa emoção para a sobrevivência da espécie, alguns medos parecem vir pré-programados, principalmente dois deles: medo de altura e medo de sons muito altos.

Vou citar aqui uma  experiência, vivência minha em sala de aula, pois sou professora de Educação Infantil, em que uma criança de 5 anos, num momento de brincadeiras no pátio da escola, se aproximou de uma das colaboradoras  e disse: " Prô, você sabia que eu vou morrer. Eu sei que eu vou morrer . E como ninguèm gosta de mim , você vai ver, você vai ouvir a notícia" . E uma fala dessa nos impressiona muito, mas é importante considerar que aí está a presença do medo, a formação do inconsciente sobre questões emocionais, como por exemplo, a noção de que existe a morte, a perda. E foi esta a minha interpretação quando esta colaboradora me procurou para repassar a conversa. E eu disse a ela que por volta dos 5 anos a criança começa a perceber que existe a morte, a perda de pessoas queridas e que é um bom momento para uma roda de leitura sobre o tema. 

Os medos fazem parte do desenvolvimento infantil (MURIS, MERCKELBACH, MAYER, & PRINS, 2000). Apesar de a presença destes medos “clássicos” ser relativamente comum tanto em crianças quanto em adultos, a maior parte dos medos é, na verdade, aprendida através das interações sociais. Parte dos medos que observamos em crianças pode ter relação com o medo existente nos seus cuidadores: quando um deles apresenta reação de medo ao ver, por exemplo, determinado animal, a criança pode incorporar aquele medo ao seu próprio repertório (MURIS, STEERNEMAN, MERCKELBACH & MEESTERS, 1996). 

Outros medos são aprendidos (OLLENDICK & KING, 1991) através das narrativas dos cuidadores. Quando dizemos “cuidado” e “não precisa ter medo”, por exemplo, estamos antecipando potenciais perigos e contribuindo para o desenvolvimento do medo. Essa construção é muito importante por manter a criança atenta e vigilante em etapas em que ela terá que tomar decisões por ela mesma. 

Esses medos, pré-programados ou aprendidos em níveis moderados e adaptados ao contexto, cumprem sua função de proteção. Contudo, por vezes os medos se exacerbam e se tornam não adaptativos. 

A linha divisória é quando a presença daquele medo impacta no cotidiano da vida da criança e na intensidade da resposta emocional frente à presença do objeto de medo. Assim, se o medo impede que a criança participe e aproveite atividades típicas para o seu desenvolvimento, ou se a resposta emocional é tão intensa que a criança não consegue regular, mostrando sinais de pânico ou terror, sabemos que o medo está ultrapassando a fronteira do esperado. 

Para compreendermos as origens dos medos das crianças precisamos considerar as realidades que integram seu mundo:  a realidade externa, que se refere ao meio em que vive, e a interna, que está relacionada com sua vida emocional. Desde os primeiros meses de vida a criança começa a ter medo, sendo que inicialmente o medo é de sons altos. À medida que as funções cognitivas se desenvolvem, a consciência sobre si mesma e sobre o mundo se aprimora. O aprimoramento da capacidade de dedução permite que a criança antecipe situações e favorece o desenvolvimento de medos.

Entre os 3 e os 5 anos de idade, a imaginação e a capacidade simbólica estão em pleno desenvolvimento e, assim, os medos imaginários – não derivados de deduções da realidade – se tornam muito comuns. 

Desta forma, o universo pré-escolar é repleto de monstros e fantasmas, e há uma série de situações em que eles podem aparecer para amedrontar a criança. 

Segundo Ballone (2001), normalmente esses elementos imaginários despertam o medo na criança durante a noite e/ou no meio de uma brincadeira. Outros estudos sugerem que aproximadamente dois terços das crianças entre 4 e 12 anos experienciam algum grau de medo de coisas que aparecem à noite (escuro; pesadelos; monstros). E o que fazer em relação aos medos infantis? Como agir? 

E quais são os medos típicos : nos bebês, até os 2 anos é de ficar longe dos pais, de pessoas desconhecidas, ruídos fortes, lugares novos e luzes intensas. Ente 2 e 4 anos têm medo de animais, ficar sozinhos, monstros, máscaras e fantasias , ficar no escuro. E entre 5 e 6 anos medo de  animais, trovões, ficar no escuro, ser deixado na escola, perder-se dos pais.

A vivência típica do medo se dá na representação desta emoção através de brincadeiras, num contexto que afasta a brutalidade do real e controla o medo, sem de todo excluí-lo (BITTENCOURT, 2010). Portanto, o estímulo à representação dos medos através de expressão gráfica e de brincadeiras favorece a aproximação gradativa e aumenta a sensação de regulação da criança sobre seu próprio medo. 

Por outro lado, propiciar a criança a se manter distante do objeto amedrontador contribuem para o desenvolvimento de medos exacerbados, como fobias (EWING, 2020).

É importante não menosprezar o medo da criança com falas do tipo “você não deve ter medo”, “que bobagem ter medo disso”, ou ainda “ninguém da sua idade tem medo disso”. Por outro lado, sem diminuir a importância desta emoção, incentive a naturalização do medo através de brincadeiras como “Eu tenho medo de .... E você?”, as quais podem favorecer a expressão dos medos e diminuir a ansiedade. 

Neste tipo de atividade as crianças devem se sentar em círculo e o educador, utilizando um fantoche, afirma: “Eu tenho medo dos trovões! E você?”.  Ao dizer isto, dirige-se a uma criança que irá expressar o seu medo: “Eu tenho medo de…”, repetindo esse processo sucessivamente até que todas tenham falado. Quando cada criança partilhar o seu medo, deve, concomitantemente, fazer o som correspondente a esse medo (som do trovão, do trem, das sirenes da polícia) ou então fazer o gesto correspondente, caso não seja possível fazer um som (montanhas muito altas, etc).

Vale lembrar que o contexto em que a criança está inserida pode modificar o padrão típico de medo. O estudo de Vilhena et al. (2011), por exemplo, mostrou que crianças de diferentes níveis socioeconômicos manifestavam diferentes medos associados às suas experiências sociais.

Sugestões de leituras

São vários os livros infantis com a temática do Medo. O Vai Embora Grande Monstro Verde de Ed Emberley auxilia crianças a assumir o gerenciamento do seu medo. Com pouco texto e favorecendo a leitura compartilhada, este livro é muito bem recebido por crianças muito pequenas. O livro Quando Sinto Medo de Trace Moroney é ideal para crianças pequenas e trata dos pensamentos associados ao medo trazendo, no final, dicas para os adultos lidarem com os medos infantis. Já o Tenho Medo, Mas Dou um Jeito de Ruth Rocha trata das estratégias de regulação do medo.

É típico haver algum grau de ansiedade frente ao ingresso na escola ao longo de todos os anos pré-escolares, especialmente no primeiro ingresso e no retorno de períodos de ausência, como feriados, férias ou questões médicas. Geralmente, a inserção gradual no ambiente escolar, com aumento progressivo do tempo de estadia, e a separação gradual do cuidador de referência são estratégias eficazes e suficientes de sensibilização. 

No entanto, quando a criança manifesta comportamentos exacerbados que sugerem fobia escolar, como choro ininterrupto e intenso, tremor, suor excessivo, palpitações, vômito e dor de cabeça, os quais ocorrem não apenas no momento e durante a estadia na escola, mas também na etapa que antecede a ida à escola, é importante estarmos atentos. 

A fobia escolar em geral se associa às características da criança, do cuidador e do apego da criança com o cuidador primário. Características como maior sensibilidade, do cuidador com maior grau de ansiedade e da díade como apego inseguro contribuem para a exacerbação do medo típico. O estudo de Veríssimo, Alves, Monteiro e Oliveira (2003), por exemplo, investigou 168 crianças entre 3-4 anos e suas mães e concluiu que a ansiedade da separação materna influenciou a qualidade da adaptação psicossocial da criança na pré-escola. 

Nestas situações intensas, o acolhimento do cuidador e uma abordagem conjunta com a família é ainda mais fundamental, além de avaliação da necessidade de acompanhamento especializado para ajudar a criança e a família a vivenciarem com menos intensidade a inserção em um ambiente novo, como a escola.

Sugestão de leitura

O livro Soltei o Pum na escola! de Blandina Franco trata do nervoso que naturalmente sentimos no primeiro dia de aula. Até os cachorros ficam nervosos. O Pum, por exemplo, quando visitou a escola do seu dono, ficou todo quietinho no começo. Mas logo se soltou e saiu correndo feito um rojão! 

Portanto, desde o nascimento a criança é inserida em um universo de linguagens. A linguagem não está restrita apenas à oralidade e à escrita, mas envolve também diferentes modos de expressão que se relacionam entre si, como as imagens, os movimentos corporais e os sons presentes no cotidiano. Por isso, é preciso abordá-la em sua pluralidade.

Sendo assim, todos os tipos de linguagens, tanto musical, verbal, escrita, pictográfica, visual, são formas de comunicação. As crianças possuem, por isso, diversas formas de se comunicar, se expressar, mostrar os seus desejos, seja entre elas ou com os adultos. Partimos, portanto, do pressuposto de que a linguagem e a comunicação estão aliadas ao desenvolvimento moral da criança.

A Educação Moral, segundo Piaget, deve ser experienciada de todas as formas e em todos os ambientes da escola. O autor afirma que os procedimentos de Educação Moral devem levar em consideração a criança, oferecendo situações em que seja possível vivenciar princípios morais de reciprocidade, de cooperação, de respeito mútuo, construindo, desta forma, sua autonomia moral:

Se, realmente, o desenvolvimento moral da criança ocorre em função tanto do respeito mútuo como do respeito unilateral, [...] a cooperação no trabalho escolar está apta a definir-se como o procedimento mais fecundo de formação moral. (Piaget, 1996, p.21).

Buscando formar seres humanos autônomos, ativos e criativos, não podemos perder de vista a perspectiva lúdica do processo de participar e explorar. Sendo assim, os jogos, brincadeira e a literatura podem estar presentes nesse processo, levando a criança a traçar seus caminhos e estratégias de ação em busca do desenvolvimento da linguagem, comunicação e desenvolvimento moral para solucionar problemas referentes ao medo, por exemplo, com a mediação do professor, de forma lúdica e prazerosa. 

ATIVIDADES


Dados das Aulas

O que a criança poderá aprender com as atividades propostas

Ampliar vocabulário;

Desenvolver habilidades de leitura e de expressão oral;

Desenvolver atitudes de interação, de colaboração e de troca de experiências em grupos;

Despertar o gosto por ouvir histórias;

Ter contato com a literatura infantil;

Ampliar  a capacidade de imaginação;

Criar possibilidades de interação mediante o conhecimento e reconhecimento do outro;

Desenvolver competências e habilidades para expor ideias próprias;

Estabelecer vínculos afetivos entre os pares;

Desenvolver atitudes de interação, de colaboração e de troca de experiências;

Desenvolver atitudes de respeito durante a escuta e fala do outro;

Reconhecer emoções e sentimentos por meio da influência que pessoas e situações exercem sobre eles;

Desenvolver a oralidade;

Expressar sentimentos, opiniões, emoções, dúvidas, vontades, angústias, medos, dentre outros;

Trabalhar em equipe;

Utilizar diferentes tipos de linguagens;

Identificar e interpretar as situações, comportamentos e eventos que provocam cada emoção e sentimento;

Aprender a expressar seus sentimentos e emoções de maneira assertiva e respeitosa;

Aprender a respeitar os sentimentos e emoções dos colegas;

Desenvolver a noção de pesquisa como propulsora da construção do conhecimento.

Duração das atividades

Aproximadamente 60 minutos cada uma

Conhecimentos prévios trabalhados pelo professor com o aluno

Não há necessidade de conhecimentos prévios, tratam-se de atividades que irão ampliar a linguagem e comunicação, o desenvolvimento moral e os medos da infância por meio de alguns de seus direitos de aprendizagem: Participar e Explorar.

Professor, faça uma reflexão dos seus conhecimentos sobre linguagem e comunicação, desenvolvimento moral e medos na infância. Registre informações sobre os mesmos.

Professor, ao planejar, analise o perfil da turma, a proposta (projetos) desejada pelas crianças, fique atento aos seus interesses, busque contemplar as experiências no contexto diário, semanal, mensal, bimestral. Situe-se no ambiente escolar, ou seja, nos espaços a serem apropriados pelas crianças, áreas internas e externas, cantos de interesses, entre outros.  Considerando as aprendizagens selecionadas para sua turma, organize rotinas diárias, considere diferentes modalidades organizativas que levem em consideração sua frequência e encadeamento, reflita e proponha apoios para atender às necessidades e diferenças de cada um. Caso você não possua professor auxiliar, convide crianças maiores para ajudar as menores, convide outros profissionais da instituição ou familiares das crianças para participar dos momentos que você considerar necessário.

Para ter um planejamento condizente com a aprendizagem das crianças, é necessário que você fique atento às suas diferentes necessidades, garantindo os direitos de aprendizagem a todos. Assim, é fundamental considerar o conhecimento prévio, se for o caso, e as necessidades das crianças, e isso passa pelos saberes cotidianos que são a ponte para a construção de novos conhecimentos. Orientamos que em alguns momentos incentivem as crianças a eleger por si próprias o tipo de registro que usará, que pode ser: desenhos, colagens, pinturas, escrita, fotos, objetos que representam e expressam os acontecimentos da atividade proposta. Se ela optar pela escrita, permita que realize tentativas livres e espontâneas dessa linguagem, ou você poderá escrever por ela, se esse for seu desejo, ou seja, respeitando exatamente o que a criança disser. 

O mais importante desse processo é explorar a criatividade, a expressão e a autonomia da criança na realização das ações propostas. Em vez de explicar de forma expositiva o que é cada material que irá compor determinada atividade, permita que os alunos explorem, com suas próprias mãos, esses materiais. É por meio da exploração que as crianças se familiarizam com diferentes formas, texturas, movimentos, sons e cores.


ATIVIDADE  CONTAÇÃO D HISTÓRIA

Professor, um dos recursos mais prazerosos, é a leitura infantil. Através das histórias, as crianças podem se identificar com os personagens e encontrar soluções plausíveis para os seus medos e suas coragens, por exemplo. A leitura pode apresentar o sentimento de forma simbólica, indicando caminhos para a sua superação de modo mais leve e até divertido.

Por meio de histórias, as crianças podem falar sobre seus medos, por exemplo, mostrando que nós adultos também sentimos medo, e mesmo que estes não desapareçam por completo, se tornam menores e escassos com o tempo. Nesse caso, estamos falando de medos como medo do escuro, de monstros, de ficar sozinho, de trovões, raios, barulhos estranhos, os quais podemos ajudar os pequenos com zelo, a não menosprezar seus sentimentos, a permitir que eles falem para “espantar” o medo.

O medo é um sentimento comum na infância, mas, se você observar, vai notar que ele aparece com características bem variadas. Bebês pequenos podem se assustar diante de sons ou luzes fortes, enquanto os maiorzinhos demonstram temor quando surgem pessoas ou ambientes novos. É só a partir de um ano e meio que as crianças começam a ter medo de escuro, objetos grandes e posteriormente, entre 2 a 5 anos, a temerem palhaços, pessoas fantasiadas, insetos, monstros, fantasmas e outras criaturas assustadoras. Aos 5 anos os medos se tornam mais concretos, como de ladrões, de cachorro, por exemplo. 

Veja alguns questionamentos que proporcionarão o diálogo com as crianças no decorrer da atividade proposta a seguir:

Quais medos as crianças sentem? 

O que as crianças fazem quando sentem medo de algo? 

O que ajuda a passar o medo? 

Para esta atividade, leve as crianças para um local diferente da sala de aula. Pode ser na biblioteca, debaixo de uma árvore ou outro espaço onde possam estar em conforto para ouvirem a história que você vai contar. 

Quem gosta de ouvir histórias?

Quem conta histórias para vocês em suas casas?

Alguém já contou alguma história que o personagem tinha algum medo?

Vocês sentiram medo ao ouvir a história?

Vocês têm medo de alguma coisa?

Como vocês fazem para não terem medo?

Alguém ajuda vocês a vencerem o medo?

O que ajuda a passar o seu medo?

Que tal ouvir uma história que fala sobre o medo?

LEMBRE-SE - Ouça as ideias das crianças;

Elabore questionamentos a partir do diálogo estabelecido;

Insira aquelas que não têm o hábito de falar;

Dê oportunidade para que as crianças possam relatar seus sentimentos sobre a temática desenvolvida;

Ao abordar o tema, seja cauteloso! Algumas crianças poderão não se sentir à vontade para mencionar seus medos;

Procure trabalhar de forma lúdica, respeitando as características de sua turma;

Deixe as crianças à vontade para expressarem, ou não, seus sentimentos; 

Manifestações do tipo “eu não tenho medo de nada” também devem ser respeitadas;

Crie o hábito de ler histórias para sua turma;

Leia ou conte várias histórias; 

Para ler um conto, por exemplo, você poderá utilizar a estratégia de fazer a leitura em capítulos;

Dialogue com a turma sobre os capítulos que já ouviram e o que poderá acontecer no próximo capítulo a ser lido.

Quando lemos para nossos alunos, já estamos os inserindo no mundo letrado, por isso podemos dizer que essa atividade pode auxiliar no processo de alfabetização. Ouvindo, a criança pode perceber que a história possui início, meio e fim e essa percepção pode auxiliá-lo nos momentos de produção de textual. 

Quando eu disser fada, vocês dizem bruxa.

Quando eu disser bruxa vocês dizem fada.

 Fada, Fada, Fada 

Bruxa, bruxa, bruxa. 

Bruxa, bruxa, bruxa 

Fada, fada, fada 

Quando eu disser agora, vocês dizem história.

Quando eu disser história, vocês dizem agora. 

Agora, agora, agora 

História, história, história 

História, história, história 

Agora, agora, agora

Ao final da música conte a história “Quem tem medo de quê” da autora Ruth Rocha. (Apresente a autora para as crianças. Diga o nome dela, onde nasceu, há quanto tempo escreve histórias para crianças. 

Dados bibliográficos da autora você poderá encontrar no site:  

http://www.ruthrocha.com.br/biografia

Dados bibliográficos da autora você poderá encontrar no site:  

https://www.youtube.com/watch?v=wLoeGeFyhg0 

DICA DE LEITURA

Antes de contar a história, você poderá explorar os elementos da capa do livro, como imagens, texto escrito, nome do autor, ilustradora, editora, cores. Ressalte o título, pergunte o que as crianças acham que vai acontecer na história, apresente-lhes a capa do livro. E durante a leitura do texto, faça paradas para dialogar com a turma. A cada página lida, questione:  você também tem esse tipo de medo? O que você faz quando ele aparece? Qual será o próximo medo?

Ao término da leitura do texto, pergunte o que acharam da história e peça-lhes que justifiquem a resposta.

A leitura é primordial em todas as fases da vida. É essencial que o bebê e as crianças pequenas se familiarizem com os livros, com as histórias. Para bebês as histórias devem ser curtas, mas, independentemente de qualquer coisa, a criança e seu interesse é que definirão o tempo de leitura. Portanto, reconheça o tempo dela e não vá além de seu interesse.

Registro da atividade

Com base nos diálogos e de acordo com os medos manifestados pelos alunos desde o primeiro momento, solicite que cada um registre, por meio de desenho e/ou palavras (de acordo os conhecimentos de cada um), resposta para a pergunta: Como é o seu medo?

Você poderá propor que essa resposta seja registrada na lousa/quadro de caixa de leite, construída pelos alunos. Isso mesmo! Um quadro feito com caixa de leite! Para construí-lo, basta abrir uma caixinha de leite e com uma caneta hidrocor escrever/desenhar na parte prata. Se desejar um quadro maior, junte várias caixinhas, e para apagar e escrever novamente, use um pano molhado. 

Veja as instruções de como construir esse material:

Abrir a caixa de leite usando uma tesoura;

Lavar a caixa de leite;

Cortar as laterais;

Utilize cola quente ou cola instantânea para colar uma caixa na outra, caso queira um quadro maior;

Para retirar o rótulo da caixa, você poderá esguichar um pouco de detergente ou sabonete na água. Esses produtos vão ajudar a soltar o rótulo. (Mas, se preferir, você poderá deixar o rótulo e trabalhar com as crianças as vogais, consoantes, leitura, escrita de palavras, dentre outros);

Preparada a caixa, é só desenhar, escrever etc...

Ao final da atividade, socialize as produções das crianças. Peça que apresentem sua obra para os colegas. Solicite também que falem o que acharam da atividade. É importante que justifiquem suas respostas.

Outras possibilidades:

Faça uma entrevista com os familiares sobre os medos das crianças. 

Solicite às famílias que registrem os medos que a criança tem. Essa atividade deverá ser realizada dias antes de você contar a história. Dessa forma você poderá organizar seu planejamento baseando-se nas informações prévias e poderá acolher com mais “zelo” os medos apresentados pelas crianças.

Durante a realização da atividade, faça registros sobre o comportamento das crianças. Procure observar se elas foram capazes de relatar seus medos, se elas conseguiram perceber a relação entre seus medos e os de seus colegas, se identificaram possíveis maneiras de lidar com seus medos. Avalie também a linguagem oral e escrita nas atividades propostas.

Solicite às crianças que pensem em quais medos as levariam ao choro.

Reforce que o fato de chorar faz parte da vida das pessoas. Depois, proponha uma atividade de mímicas, pedindo que cada uma faça a mímica do que teria medo, para que os seus colegas adivinhem.

Produza de um texto coletivo após a realização da atividade anterior. 

Apresente aos alunos uma imagem que representa medo, por exemplo:

Por fim, elabore questionamentos, suscitando a criatividade:

 O que você vê na imagem? 

 Como será que essa criança está se sentindo? Por quê?

O que será que aconteceu com ela?

Como será que ela vai resolver essa situação?

Anote na lousa as sugestões dadas pelas crianças para auxiliá-las na produção oral e coletiva. Induza-as a nomear a personagem, local e tempo da história, auxiliando-as na produção textual. 

À medida que as crianças forem expondo suas ideias, você as vai registrando na lousa. Ao escrever cada frase ou parágrafo, retome o diálogo para que possam discutir sobre a sequência e a coerência dos fatos. Quando terminar de escrever o texto, refaça a leitura e reorganize, se for o caso, mostrando-lhes a lógica da narrativa.  Ao fim, peça que as crianças façam a cópia do texto e também sua ilustração.

Caso as crianças não consigam fazer o registro por meio da escrita, você poderá pedir que reescrevam os acontecimentos utilizando imagens e palavras, sendo você o escriba quando se fizer necessário.

Convide as crianças para produzirem um painel coletivo registrando aquilo de que elas têm medo e aquilo de que não têm.  

Divida o painel em duas partes: Tenho medo e Não tenho medo. Peça que a turma folheie revistas, jornais, panfletos de propaganda, dentre outros, e selecione imagens e/ou palavras que correspondam aos seus medos para serem coladas no painel. 

Proponha que as crianças desenhem o que as assusta e causa medo. 

Converse sobre os desenhos de cada uma. Em seguida, solicite que rasguem o papel onde está o medo, passe uma sacolinha e recolha os medos. Faça uma encenação dizendo: “Vou jogar os medos no lixo”. Jogue no lixo e converse novamente com as crianças. 

Pergunte à elas: o que vocês acharam da minha ideia de jogar os medos no lixo? Vocês acham que podemos vencer nossos medos jogando-os no lixo? 

Ouça as crianças. Em seguida, proponha que escrevam uma frase dizendo o que acharam da atividade. Você poderá entregar uma ficha para que cada uma delas escreva essas frases e, na sequência, colá-las no painel da sala. Não se esqueça de escrever um título, que deve ser definido pela turma.

Organize a turma em uma roda de conversa. 

No centro da roda, coloque cartazes com emojis representando a diversidade de sentimentos (medo, tristeza, alegria, raiva, surpresa, dentre outros). 

Explore cada um dos elementos, perguntando para as crianças o que representam. Ouça as respostas e acrescente questionamentos que se fizerem necessários a fim de que seja esclarecido um por um dos sentimentos. 

Informe que os sentimentos e emoções são pertencentes a todas as pessoas, independentemente da idade, e eles devem ser manifestados. 

Cole as imagens na lousa ou na parede da sala e solicite às crianças que elas fiquem de frente à imagem que representa como elas estão se sentindo naquele momento. Peça que justifiquem suas escolhas.

Promova um diálogo solicitando que as crianças busquem em suas memórias um acontecimento que as deixou felizes. Peça que comentem a respeito da situação vivenciada e relatada. Você poderá questionar:

O que aconteceu que te deixou feliz?

Por que você ficou feliz?

Quem estava com você?

Onde você estava?

Como estava o dia? Estava chovendo ou era um dia de sol?

O que mais te deixa feliz?

Convide a turma para registrar esse acontecimento por meio de um desenho, uma produção textual ou uma história em quadrinho, avaliando e fazendo as adequações necessárias. Disponibilize lápis de cor, giz de cera, tinta colorida, folhas de papel sulfite e deixe que cada um expresse sua criatividade. 

Caso opte por história em quadrinhos, providencie uma folha de papel sulfite dividida em 8 partes a fim de que as crianças registrem suas histórias. Você poderá diminuir ou aumentar a quantidade de quadrinhos. Faça de acordo com os conhecimentos de sua turma.

Oriente as crianças para que leiam o texto, disponibilize tempo e considere que façam a leitura em colaboração. Auxilie-os na leitura, se for necessário. 

Exponha os trabalhos das crianças no mural da sala para que todos tenham acesso às produções dos colegas. 

Outras opções de literatura infantil com a temática medo:

Alguns Medos e Seus Segredos – Ana Maria Machado  

O livro é dividido em três histórias: “Mãe com medo de lagartixa”, “Com licença, seu bicho-papão” e “O lobo mau e o valente caçador”. Todas elas são narradas com muito bom humor e mostram para a criança que o medo faz parte da vida de todos nós.

O Medo Que Mora Embaixo Da Cama – Mariza Tavares. 

O escuro pode ser bem desafiador, ainda mais quando levamos em conta a imaginação fértil dos pequenos. E é por isso que passa João, o protagonista desta trama. Em uma noite de coragem, o menino vence os temores que moram em seu quarto. 

Chapeuzinho Amarelo – Chico Buarque 

Nesse livro, a personagem é uma garotinha que teme tudo. Ela teme tanta coisa que tem até medo de sentir medo. De tanto medo, ela já não se divertia, não brincava e nem comia, e seu maior receio era encontrar o lobo mau. 

Medo do Escuro – Antônio Carlos Pacheco

Uma estrelinha parece como todas as outras, se não fosse por uma coisa: ela morre de medo do escuro! Por isso, toda vez que o sol vai dormir e a noite chega, ela se recusa a entrar na escuridão. Até que um dia, depois de muitas tentativas, ela recebe a ajuda da lua e descobre como o seu brilho tem poder. A promessa é uma narrativa singela, mas cheia de significado. 

Enfrentar o medo é um processo de evolução. O apoio de familiares e professores é essencial nesse momento. Professor, é imprescindível demonstrar para as crianças que elas não estão sozinhas, que poderão contar com nosso apoio. É importante oferecer segurança, respeitar o momento e o medo manifestado por cada criança e por todos. Sugerimos que, caso a criança seja bem pequena, você ofereça estímulos de maneira suave, fale com carinho. Esteja por perto e com disposição para conversar e entender o medo dela. Não a subestime. O acolhimento é essencial. Não incentive o medo. Esclareça que muitos medos são criados e alimentados por nós. Bicho papão, bruxas e lobo mau são personagens de histórias. Mostre que é normal sentir medo e que todos têm os seus. Fale a respeito de seus próprios medos.

Caso você perceba mudanças bruscas no comportamento da criança, como mudança de humor, perda de interesse nas atividades que ela gosta, pode ser que o medo tenha extrapolado. Assim, recomendamos que um profissional especializado seja consultado.

Professor, atualmente as crianças contam com inúmeras possibilidades de comunicação, que são viabilizadas pelos recursos tecnológicos. As tecnologias digitais oferecem possibilidades para selecionar informações significativas, organizar as memórias da aprendizagem e transformá-las em novos conhecimentos, expandindo os poderes cognitivos. 

Desta forma, sugerimos que você utilize alguns sites para trabalhar a temática “medo” com sua turma. Faça a leitura prévia do conteúdo de cada um e defina o que melhor lhe convém. Nos sites, você terá acesso a um conjunto de atividades que buscam incluir a criança no mundo digital e a lidar com seus medos.

Contação de história “Casa dos sentimentos” 

https://www.youtube.com/watch?v=XptatS9eGQ8

Um medo de arrepiar (Esse livro tem opção de Leia para mim ou Eu mesmo leio). 

https://www.escolagames.com.br/livros/umMedoDeArrepiar/#

Dinâmicas para lidar com o medo 

https://minhasatividades.com/dinamicas-para-lidar-com-o-medo/  


Atividades lúdicas  - BEBÊS

Nos primeiros anos de vida, os pequenos estão descobrindo o mundo, curiosos e atentos a tudo que acontece ao seu redor. Cheirar, morder, apertar, observar, ouvir, tatear... são ações que aguçam os cinco sentidos que deverão ser explorados e estimulados a todo momento.  Seja na hora do banho, na hora de mamar e comer, dar os primeiros passos, ou realizar um passeio, nas brincadeiras, nos momentos de leitura, tudo deverá se transformar em estímulo para o desenvolvimento das crianças. Nessa perspectiva, sugerimos algumas atividades que os bebês e crianças bem pequenas possam vivenciar.

Utilize legumes como batatas, cenouras, quiabo e beterrabas para transformá-los em carimbos. Depois, com um pedaço de papel, um pouco de tinta e muita criatividade, é só soltar a imaginação!

No site, a seguir, você terá acesso a aula: “Carimbos: possibilidades de escrita”, que descreve como produzir e utilizar carimbos artesanais. Não se esqueça: é necessário que você faça adaptações ao nível de suas crianças.

http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=50365. 

Professor, a caixa sensorial é normalmente uma caixa de papelão ou outro recipiente grande cheio de objetos selecionados para estimular os sentidos. A caixa sensorial ou tátil pode ser preenchida com uma grande variedade de materiais, desde papel picado, folhas secas, areia e muito mais. Essa atividade é como um mundo de descobertas: estimula o livre brincar e oferece oportunidades infinitas para a criança experimentar e aprender.

Você poderá utilizar a caixa sensorial colocando objetos para que as crianças possam pegar e brincar. Veja como fazer:

Separe de 3 a 5 caixas (calcule uma média de 4 crianças por caixa). 

Feche todos os lados de cada caixa com fita adesiva e confeccione em um deles um buraco com cerca de 10 cm de diâmetro que seja suficiente para a entrada e saída da mão da criança com facilidade. 

Separe alguns objetos para colocar dentro delas, como bolas, cones, brinquedos de empilhar, brinquedos de encaixe e materiais que lembrem músicas do cotidiano das crianças, como aranha (música da Dona Aranha), pintinho (música do Pintinho Amarelinho), ursino (música Ursinho Pimpão) etc.

A caixa sensorial também poderá ser usada assim:

Coloque areia, gelatina ou grãos, arroz, milho e feijão crus, por exemplo;

Basta pegar uma caixa plástica e enchê-la com o que preferir;

Se for um bebê e uma caixa grande, é possível deixá-lo sentadinho dentro da caixa para brincar;

Se for criança pequena, ela pode brincar com ferramentas, forminhas e baldinhos, do lado de fora da caixa.  

Outra ideia para caixa sensorial

Coloque dentro da caixa brinquedos e, à medida que as crianças forem pegando, explore-o com perguntas como: Que brinquedo é esse?  Como é? Faz barulho? Qual é sua cor? Como posso usar esse brinquedo?..;

Sugira que utilize o brinquedo em uma brincadeira com outra criança;

Se for algum brinquedo de empilhar, ajude-os na construção;

Deixe as crianças brincarem livremente. Esteja sempre próximo explorando as diferentes situações: dialogue com a criança, problematize o que está sendo vivenciado (faça perguntas sobre o que estão fazendo, como conseguiram realizar...)

Atividade - Peixes no aquário

Campos de Experiência: 

O eu, o outro e o nós

Traços, sons, cores e formas

Corpo, gestos e movimentos

Escuta, fala, pensamento e imaginação

Espaço, tempo, quantidades, relações e transformações

entendemos que valores morais são os princípios e normas que determinam o comportamento de uma pessoa e a sua interação com a sociedade. 

Existem alguns valores que são apresentados como “universais”, pois estão presentes em quase todas as sociedades do mundo por serem considerados importantes para uma vida social harmoniosa. 

PARA REFLETIR

Professor, o que entende sobre valores morais? 

Qual a sua concepção? 

Qual/is a importância dos valores morais em nossa sociedade? 

Você tem trabalhado essa questão com as crianças? De que maneira?  

Você tem possibilitado que as crianças façam escolhas construtivas, se responsabilizando por elas? 

Sua turma consegue resolver situações problemas com ética? 

LEMBRE-SE

Os valores morais podem ser variáveis, ou seja, podem divergir entre sociedades ou grupos sociais diferentes. Isso porque os valores morais são baseados em diversos fatores, como cultura, tradição, cotidiano, religião e educação de determinado povo.

Realizando a brincadeira

Esta atividade poderá ser realizada com o intuito de trabalhar o raciocínio lógico-matemático, o senso reflexivo e crítico, de forma que as crianças possam tornar-se cidadãos conscientes de seus direitos e deveres, além de ser uma oportunidade para comparar igualdades e diferenças. 

Materiais necessários: Durex;  Papel sulfite ou papel pardo; Lápis de cor e de escrever; Tesoura;

Borracha; Giz de cera.

Desenvolvimento: Faça uma roda de conversa e descubra o que as crianças sabem sobre peixes e aquários. Você poderá iniciar o diálogo a partir dos seguintes questionamento.

Quem já viu um aquário?

Como ele é?

Alguém tem aquário em casa?

Que peixes podem ser colocados em aquário?

Como devemos cuidar de um aquário?

Que alimentos podemos dar aos peixes de aquário?...

Cole um papel pardo ou sulfite (cole uma folha ao lado da outra) para simbolizar um aquário. Se preferir poderá contornar no formato de aquário redondo ou quadrado, por exemplo.

Cante com as crianças a música “Peixe Vivo”. Você poderá colocar a música e cantar com as crianças. Se achar conveniente, escreva a letra da música em um cartaz, faça a leitura da mesma, explore letras, palavras, frases... leia com as crianças e depois cante!

A partir disso, devem ser entregues às crianças alguns pedaços de papel (1/4 da folha sulfite) para cada participante. Oriente-as a desenhar um peixinho da forma que conseguirem nesse papelzinho.

Depois que terminarem, devem colar o peixe no “aquário”.

Após, faça uma reflexão conjunta sobre os peixinhos:

Eles não são todos iguais?

São do mesmo tamanho? Do mesmo jeito?

Tem a mesma cor?

Quantos peixinhos são da mesma cor?

Quantos são de cores diferentes?

Todos os peixinhos estão indo para o mesmo lado?...

Destaque para a turma que, assim como os peixinhos, somos todos diferentes e com características próprias. Além disso, cada um está indo para um lado, ou seja, cada um tem seu caminho, seus sonhos, seus desejos etc.  

O aquário é o mundo onde vivemos e os peixinhos são todos nós, com nossas diferenças.

 Atividade - A canoa virou

Campos de Experiência: 

O eu, o outro e o nós

Traços, sons, cores e formas

Corpo, gestos e movimentos

Escuta, fala, pensamento e imaginação

Convide as crianças para realizar uma brincadeira usando uma cantiga de roda. Faça um levantamento dos conhecimentos prévios das crianças sobre a realidade musical vivida por elas. Para a realização do diálogo, você poderá apresentar imagens que lembrem cantigas de roda. 

Apresente-as e explore-as por meio de questionamentos como os sugeridos a seguir:

Quem gosta de ouvir música?

Que músicas vocês gostam de ouvir?

Onde e com quem vocês escutam música?

Vocês têm algum brinquedo com música? Como ele é?

Quem conhece alguma brincadeira com música? Que brincadeira é essa?

Quem sabe o que é cantiga popular? Alguém pode me dar algum exemplo?

Ouça as crianças, faça outros questionários de acordo com o desenrolar do diálogo. Em seguida, pergunte se as crianças conhecem a cantiga popular “A canoa virou”. Caso alguém conheça, peça-lhe que cante a música. Após cantar, registre a letra da música na lousa ou fixe um cartaz na parede com a letra em caixa alta.

Se a turma conseguir fazer tentativa de leitura, solicite que façam uma leitura silenciosa, pois esse tipo de leitura possibilita a adaptação da criança às suas características individuais de ritmo, pontuação, compreensão e interpretação. Em seguida, faça uma leitura em voz alta junto com as crianças. Se preferir, peça-lhes que façam tentativas de leitura, cada uma lê uma estrofe, por exemplo. 

A canoa virou

A canoa virou

Pois deixaram ela virar

Foi por causa de Maria

Que não soube remar

 

Se eu fosse um peixinho

E soubesse nadar

Eu tirava Maria

Do fundo do mar

 

Siri pra cá,

Siri pra lá

Maria é bela

E quer casar.


Como brincar

Em roda, as crianças giram cantando somente a primeira parte da música, que vai até o verso ”Que não soube remar”. Um a um, os nomes vão sendo chamados e o escolhido se solta, vira de costas para o centro da roda e dá as mãos novamente para os vizinhos. A cantoria recomeça e o grupo vai elegendo um a um os colegas até que todos tenham sido chamados e estejam de costas. Ainda girando, eles começam a cantar a segunda parte da canção, chamando novamente os colegas, um a um. O escolhido se solta dos amigos e volta à posição original. A brincadeira termina quando todos estiverem novamente de frente para o centro da roda.

ATENÇÃO

Você poderá apresentar uma lista de cantigas de roda para as crianças e fazer uma votação, uma pesquisa de opinião para decidir qual cantiga será usada. Nesse caso, a definição deverá ser feita em dia anterior para que você possa providenciar possíveis materiais e local para realização da atividade. 

Após cada atividade, solicite que as crianças expressem de forma oral ou escrita sua opinião sobre ela. Como registro, as crianças poderão representar com desenhos o momento vivido ou produzir um texto coletivo.

Avaliação alternativa 

Se a criança não for capaz de responder verbalmente, ou se tiver dificuldades importantes na fala ou não verbais, você poderá utilizar a Comunicação Alternativa abaixo para avaliar a atividade. Solicite que elas apontem ou peguem a ficha, para representar se gostaram ou não.

Sugestões de cantigas de roda

A barata  -    https://www.vagalume.com.br/galinha-pintadinha/a-barata.html 

Eu vi uma barata na careca do vovô 

https://www.cifraclub.com.br/temas-infantis/eu-vi-uma-barata/letra/

Cachorrinho está latindo  - https://www.ouvirmusica.com.br/cantigas-populares/983985/

 A galinha do vizinho  - https://www.ouvirmusica.com.br/temas-infantis/1746902/



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