Comemorações Natalinas pelo Mundo

 

Aproveitando a proposta de atividade para o início de Dezembro , para a educação Infantil, sobre as tradições natalinas, aproveito para compartilhar com vocês.

Os textos foram retirados da Web/Wizard/Montepio.org




O Natal é uma data em que comemoramos o nascimento de Jesus Cristo. Na antiguidade, o Natal era comemorado em várias datas diferentes, pois não se sabia com exatidão a data do nascimento de Jesus. Foi somente no século IV que o 25 de dezembro foi estabelecido como data oficial de comemoração. Na Roma Antiga, o 25 de dezembro era a data em que os romanos comemoravam o início do inverno. Portanto, acredita-se que haja uma relação deste fato com a oficialização da comemoração do Natal.

As antigas comemorações de Natal costumavam durar até 12 dias, pois este foi o tempo que levou para os três reis Magos chegarem até a cidade de Belém e entregarem os presentes (ouro, mirra e incenso) ao menino Jesus. Atualmente, as pessoas costumam montar as árvores e outras decorações natalinas no começo de dezembro e desmontá-las até 12 dias após o Natal.

Do ponto de vista cronológico, o Natal é uma data de grande importância para o Ocidente, pois marca o ano 1 da nossa História.

A Árvore de Natal e o Presépio. Em quase todos os países do mundo, as pessoas montam árvores de Natal para decorar casas e outros ambientes. Em conjunto com as decorações natalinas, as árvores proporcionam um clima especial neste período. Acredita-se que esta tradição começou em 1530, na Alemanha, com Martinho Lutero. Certa noite, enquanto caminhava pela floresta, Lutero ficou impressionado com a beleza dos pinheiros cobertos de neve. As estrelas do céu ajudaram a compor a imagem que Lutero reproduziu com galhos de árvore em sua casa. Além das estrelas, algodão e outros enfeites, ele utilizou velas acesas para mostrar aos seus familiares a bela cena que havia presenciado na floresta. Esta tradição foi trazida para o continente americano por alguns alemães, que vieram morar na América durante o período colonial. 



No Brasil, país de maioria cristã, as árvores de Natal estão presentes em diversos lugares, pois, além de decorar, simbolizam alegria, paz e esperança.

O presépio também representa uma importante decoração natalina. Ele mostra o cenário do nascimento de Jesus, ou seja, uma manjedoura, os animais, os reis Magos e os pais do menino. Esta tradição de montar presépios teve início com São Francisco de Assis, no século XIII. As músicas de Natal também fazem parte desta linda festa.

A origem do Papai Noel de acordo a estudiosos,  afirmam que a figura do bom velhinho foi inspirada num bispo chamado Nicolau, que nasceu na Turquia em 280 d. C. O bispo, homem de bom coração, costumava ajudar as pessoas pobres, deixando saquinhos com moedas próximas às chaminés das casas.

Foi transformado em santo (São Nicolau) pela Igreja Católica, após várias pessoas relatarem milagres atribuídos a ele. A associação da imagem de São Nicolau ao Natal aconteceu na Alemanha e espalhou-se pelo mundo em pouco tempo. Nos Estados Unidos, ganhou o nome de Santa Claus, no Brasil de Papai Noel e em Portugal de Pai Natal.

A roupa do Papai Noel.  Até o final do século XIX, o Papai Noel era representado com uma roupa de inverno na cor marrom ou verde escura. Em 1886, o cartunista alemão Thomas Nast criou uma nova imagem para o bom velhinho. A roupa nas cores vermelha e branca, com cinto preto, criada por Nast foi apresentada na revista Harper’s Weeklys neste mesmo ano.

Em 1931, uma campanha publicitária da Coca-Cola mostrou o Papai Noel com o mesmo figurino criado por Nast, que também eram as cores do refrigerante. A campanha publicitária fez um grande sucesso, ajudando a espalhar a nova imagem do Papai Noel pelo mundo.

Curiosidade: o nome do Papai Noel em outros países -- Alemanha (Weihnachtsmann, O "Homem do Natal"), Argentina, Espanha, Colômbia, Paraguai e Uruguai (Papá Noel), Chile (Viejito Pascuero), Dinamarca (Julemanden), França (Père Noël), Itália (Babbo Natale), México (Santa Claus), Holanda (Kerstman, "Homem do Natal), POrtugal (Pai Natal), Inglaterra (Father Christmas), Suécia (Jultomte), Estados Unidos (Santa Claus), Rússia (Ded Moroz). 

O Natal Americano tem vários costumes que já vimos aos montes nos filmes. Celebrado somente no dia 25 de dezembro, eles costumam utilizar pinheiros naturais para montar a árvore e os presentes para a família são colocados em grandes meias penduradas nas lareiras das casas. Como esta época é marcada pelo inverno, ter um Natal com neve, chamado de White Christmas, é um desejo geral dos americanos. 

A ceia é celebrada no almoço ou no jantar do dia 25 e, diferente do Brasil, eles têm o costume de comer peru somente no Thanksgiving. No Natal, a comida normalmente é presunto, pernil ou comidas típicas da família. Outra tradição dos Estados Unidos é montar casinhas de biscoito de gengibre para fazer parte da decoração natalina.

Na Inglaterra, os ingleses têm o hábito de ir à igreja para celebrar a missa da meia-noite no dia 24 e de colocar presentes debaixo da árvore para serem abertos na manhã do dia 25. Além disso, assistir ao discurso de Natal da rainha também é uma tradição antiga para os britânicos. A ceia é feita no dia 25 e o prato principal é peru com recheio e molho, acompanhado de batatas e couve de Bruxelas.

O pudim de ameixa é um doce natalício típico: leva groselhas ou uvas, frutas secas, manteiga, açúcar e temperos. Algumas famílias costumam esconder uma moeda dentro do Christmas pudding e quem a encontrar, terá sorte e um pedido realizado. Outra tradição são os “Christmas crackers” ou “bon-bons”, tubos de papelão que, quando puxados pelas extremidades, normalmente por duas pessoas, fazem um estalo ao abrir. Quem tiver a maior parte fica com o que tiver dentro, normalmente brinquedos, mensagens ou uma coroa de papel.  

O Natal na Austrália,  como no Brasil, comemora-se o Natal em pleno verão, trazendo dias longo com sol até quase 8 horas da noite. Com muita diversão ao ar livre e shows nas maravilhosas praias do país, o Natal na Austrália costuma ser muito festivo.

O menu de Natal inclui carnes assadas como peru e lombos, além de pudim como sobremesa. Porém, como o clima é quente, muitas famílias optam por comida mais leves como frutos do mar e peixes. No dia 26, a tradição é o “Boxing Day”, o dia das liquidações. Como o costume de presentear amigos e familiares é muito forte por lá, as lojas oferecem até 70% de desconto nos produtos após o Natal.

O Natal na África do Sul que é um país em que também se passa o Natal no verão e tem tradições muito parecidas com as australianas e britânicas. A ceia é feita no dia 25 no horário do almoço e não pode faltar peru, frango, arroz amarelo, rosbife, tortas e de sobremesa o tradicional Malva pudding, parecido com o pudim brasileiro de leite condensado, mas menos doce. Assim como na Inglaterra, uma tradição que não falta em nenhuma casa sul-africana são os “Christmas crackers”. Uma das diferenças da África do Sul para os outros países é a de que a figura do Papai Noel não é tão popular.

Em Portugal, um país maioritariamente católico como Portugal, o Natal tem fortes tradições. As famílias reúnem-se na noite de 24 de dezembro para a consoada, na qual o prato tradicional é o bacalhau. Já no dia 25, a tradição é o peru recheado. No Norte, o polvo também é tradicional. Os doces como as filhoses e as fatias douradas são populares em todo o país. Os presépios têm forte tradição de Norte a Sul do país. No Algarve, por exemplo, é costume montar-se um presépio em escadinha, com o menino Jesus em pé no alto, rodeado de laranjas, flores e searinhas.

Na Espanha, só no dia 6 de janeiro, dia de Reis, é que os espanhóis realizam a troca de presentes, mas na véspera de Natal, na noite de 24 de dezembro, as famílias também se reúnem para a ceia de Natal e depois assistem à tradicional missa do Galo. Na mesa natalícia pode encontrar-se o presunto “pata negra”, mariscos e peixes, paella, cordeiro assado, o torrone (doce feito de amêndoas e açúcar) e o roscón de reyes, parecido com o nosso bolo-rei.

Na Itália, é um Natal marcadamente religioso e a maioria das famílias assistem à missa da meia-noite. Tal como em Espanha, é necessário esperar pelo dia 6 de janeiro para a abrir os presentes. Na mesa natalícia italiana encontram-se diversos pratos de peixes, nomeadamente enguias e bacalhau, massas, peru recheado e o Panettone, um doce de Natal original de Milão que já se difundiu por todo o país.

Na Alemanha, a árvore de Natal nasceu neste país no século XVI. As coroas do Advento são típicas e as quatro velas que as compõem devem ser acesas, uma de cada vez, nos quatro domingos que antecedem o Natal. Os pratos de carne de porco, enchidos, chouriços e salsichas são comuns. O bolo Stollen, confecionado com uvas, amêndoas e cerejas, é muito popular, assemelhando-se a um bolo-rei mais alongado, em forma de torta.

Na França, como em outros países europeus, as famílias católicas vão à missa da meia-noite e depois juntam-se à mesa para cear. A gastronomia varia muito de região para região. Em Paris, por exemplo, o prato mais tradicional é feito à base de ostras, enquanto na Alsácia o ganso é o prato de eleição. O peru assado acompanhado por castanhas cozidas também é muito apreciado no país.

Na Grã-Bretanha, as crianças penduram meias junto à lareira para o Pai Natal colocar os presentes depois de descer pela chaminé. É na manhã do dia 25 de dezembro que se abrem as prendas. Na gastronomia, o pudim de ameixa é um doce muito típico desta quadra.

Na Suécia,  este país da Europa, o frio é intenso no Natal e as crianças acreditam que são duendes que lhes levam as ofertas natalícias. Nos países escandinavos, que incluem a Suécia, a Noruega e a Finlândia, entre outros, as comemorações iniciam-se a 13 de dezembro, quando se celebra o dia de Santa Luzia. É tradição a filha mais velha vestir-se de branco, colocar uma coroa de velas na cabeça e acordar os pais com uma canção.

Na Finlândia que é a terra do Pai Natal e a quadra decorre no cenário que compõe o nosso imaginário infantil, com neve na rua e a lareira acesa em casa. O abeto é a árvore do Natal. A troca de presentes decorre na noite de 24 para 25 de dezembro, quando a família se reúne para a refeição principal. Do menu constam purés variados (de cenoura ou batata), a salada de beterraba, o salmão cru salgado, o arenque e a perna de porco assada. A sobremesa inclui biscoitos de gengibre, creme de ameixas e doces com molhos de frutos. Como está muito frio, é usual os finlandeses fazerem sauna nesta data.

Nos EUA, grande foi a contribuição do cinema  que ajudou a criar no imaginário mundial a imagem do Natal norte-americano, com músicas da época a ouvirem-se na rua e uma corrida às lojas para comprar presentes. Nas casas, as decorações com luzes, velas, árvores de Natal, coroas e bonecos de neve completam o cenário. À mesa encontram-se diversas tradições gastronómicas, uma vez que os Estados Unidos integram uma grande multiplicidade de culturas.

No Japão, que apesar de ser um país de fraca tradição católica, a comemoração do Natal tem vindo a tornar-se popular entre as crianças e a troca de presentes, em especial eletrónicos, é já bastante comum. Quanto à gastronomia, os japoneses que festejam o Natal importaram os hábitos ocidentais, incluindo a refeição de peru, por exemplo, mas colocam também na mesa de Natal o sushi e o sashimi.

Na China,  não há tradição em se comemorar o Natal, por NÂO ser uma festa associada a sua história, por isso a data não é um feriado na China, mesmo assim, esta data vem se tornando uma data comercial, cada vez mais importante, devido a influência Ocidental. É comum que as pessoas se reunam para jantar e trocar presentes e como parte da nação ,  cerca de 10%   são católicos,  as empresas de decorações, investem nesse publico aproveitando o potencial mercadológico desta data e assim vão ganhando gradualmente força e espaço .

Na Austrália esta época está associada a temperaturas elevadas e as famílias festejam, frequentemente, a data com picnics e idas à praia. Nas celebrações frente ao mar, é habitual verem-se Pais Natal surgirem em pranchas de surf ou barcos salva-vidas. A troca de presentes acontece no dia 25.

No México existem as tradicionais “posadas”, festas que decorrem de 16 a 24 de dezembro, e nas quais se conta ao pormenor a história de Maria e José, os pais do Menino Jesus. Nestas festas é obrigatória a Piñata, um jogo típico no qual existe um pote de barro suspenso, cheio de guloseimas no interior, que as crianças (e os mais crescidos também) tentam quebrar de olhos vendados com um pau. Os mais bem-sucedidos ficam com os doces.

No Uruguai as famílias reúnem-se em casa dos avós ou parentes mais velhos. É tradição a “picadita”, que consiste na preparação e degustação de aperitivos frios, queijos, uísques, vinhos, pedaços de cordeiro ou leitão antes da ceia e ao longo da noite de Natal.

No nosso país, o Brasil, é mais um país onde o Natal decorre no verão. Aqui, é frequente a troca de presentes através de um amigo secreto. Os cânticos de Natal não fazem parte das tradições natalícias brasileiras, mas o peru já faz parte da mesa de Natal acompanhado por frutas tropicais.

Na  África, país/continente de  minoria católica, celebram a data substituindo o tradicional pinheiro pelo cipreste. Na mesa dos cabo-verdianos, por exemplo, costuma estar o cozido, enquanto os moçambicanos preferem o cabrito assado e os angolanos degustam pratos vegetarianos com mandioca. Muitas famílias realizam a festa de Natal ao ar livre por estar calor.

Na Índia , comemora-se parcialmente, todavia, as casas e cidades são enfeitadas por luzes. e flores e parte da população participa da missa da meia noite. Inclusive dia 25 de dezembro é feriado e  abriga vários festivais: hindus; sikhs; jainistas e mulçumanos. Portanto cultuam suas divindades, suas tradições enquanto absorvem novos costumes.


Quanto aos países que não comemoram o natal : China, por ser um estado laico, imparcial as questões religiosas e  por ser um povo Ateu, o Natal foi banido do País; Coréia do Norte; Tunísia; Qatar; Mongólia; Tailândia, população de maioria budista; Maldivas é Marrocos onde a população é em sua maioria mulçumanas; Arábia Saudita, dentre outros povos e nações que não cultuam o cristianismo.




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