NO CANTO DOS OLHOS

NO CANTO DOS OLHOS


Autora:  Maria Cristina Peixoto
Ilustração: André Flauzino

Vamos pensar um pouquinho mais sobre a diversidade, até porque são tantos olhares sobre este vasto, imenso e rico espaço que denominamos de Planeta Terra ou se preferir, de Sociedade. E que nele encontramos muitos povos de diferentes nações e de diferentes visões.
Aqui, está sendo retratado o olhar físico mas que nos permite pensar, visionar também o olhar nas entre linhas, crítico, que por vezes dispensa palavras, dispensa gestos.
Basta um olhar e muito se quer falar...



Existem olhos de muitos jeitos...

Olhos pretos, marrons, verdes e azuis. E também os vermelhos de tanto chorar.

Os alegres que buscam um amigo, dizendo: Você quer brigar comigo?

Olhos tristes cheios de lágrimas, que escorrem até o dedo mindinho do pé.

Há também os olhos sensíveis, que , conversando com o Pai do Céu, fazem prece e agradecem.

E os do menino bem moleque que entram escondido no Jipe do pai e lá se vão...

Têm os que brincam de pique, soltam pipas gigantes, e se perdem longe, no horizonte...

Olhos sorrisos que parecem até bocas, onde não cabem tanta folia!!!

Olhos com medo que pedem colo, mas que logo se esticam que nem gatos.

(...)

Já ficou de olhos bem fechadinhos?  Ah! vemos tantas coisas!

E quando eles ficam assim, tem gente que diz:  Silêncio! Eles estão meditando.

Os que saltam como sapos, quando assustados...

Tem os olhos que ficam com raiva, mas, na verdade, desejam ser amados e abraçados.


(...)

E lá se vão tantos olhos...




Alegres, tristes, teimosos e felizes, que entram na roda, brincam, cantam e voam, arrepiando o corpo dentro e fora. Porque lá, no canto dos olhos, querem brilhar como estrelas!



E mesmo que o texto não esteja na íntegra, vale a pena conferir.

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