Os Três Porquinhos
Coleção: Conto Ilustrado
Recontado por Ann Rocard
Ilustração: Serge Ceccarelli
Era uma vez três porquinhos que viviam felizes em uma floresta.
Juca era o mais novo. Joca era o mais velho. Jajá era o do meio.
_ Cada um de nós deve ter uma casa para se proteger do lobo mau! disse Joca, o mais esperto de todos. _ Precisamos começar a fazê-las, já!
Juca, o mais apressado, construiu uma casa de palha, toda enfeitada de flores.
_ Lobo mau? Ah! Ah! Ah!
Eu não tenho medo dele.
Jajá, o mais alegre, trabalhou tão depressa quanto Juca. Juntou rapidamente, algumas tábuas, colocou dois ou três pregos, um aqui, outro acolá... e sua casa ficou pronta!
_ Lobo mau? Ah! Ah! Ah!
Eu não tenho medo dele.
Juca foi mais prudente . Ele construiu uma casa bem firme. Cimentou uma pedra sobre outra e fez tudo com muito cuidado.
_ A cobertura de telha e a porta de madeira não vai cair nunca! - disse Joca, todo satisfeito.
As casa ficaram prontas e os porquinhos, felizes.
Um dia, estavam os três reunidos quando, de repente, Juca gritou assustado.
_ Olha o Lobo mau! Depressa, cada um para sua casa!
Os três porquinhos fugiram assustados e se trancaram em suas casas.
_ Abra, gritou o lobo, diante da casa de palha.
_ Não, de jeito nenhum! _ respondeu Juca.
Então, o lobo começou a soprar tão forte, tão forte, que toda a palha voou.
Juca, com medo, fugiu para a casa de Jajá.
_ Socorro! O lobo quer me agarrar!
Jajá abriu logo a porta para o irmão.
_ Nesta casa de madeira estaremos bem protegidos _ disse ele.
_ Abram a porta! _ gritou o lobo.
_ Não! de jeito nenhum! _ disseram os dois irmãos.
Então, o lobo pôs-se a soprar, soprar e soprou com tanta força que a casa de madeira desabou toda.
Não sobrou nada em pé!
Os dois porquinhos, apavorados, correram para a casa de Joca.
_ Vamos, entrem logo! disse ele.
_ Abram a porta! _ gritou o lobo diante da casa de pedra.
_ Não, de jeito nenhum!_ responderam Joca, Jajá e Juca.
Então, o lobo soprou com mais força ainda, mas a casa nem se mexeu!
O lobo deu murros, arranhou a porta com os dentes, mas a casa de Joca não saiu do lugar.
Ela tinha sido bem construída.
_ Ah! Ah! Ah! Já sei o que vou fazer!
Vocês sabem o que Jajá e Juca vão fazer?
Eles vão construir uma casa de pedra igual a do Joca, uma casa de verdade!
Chamei: "Senhor Porco, senhor Porco, está em casa?".
Ele gritou de volta: "Vá embora, Lobo. Você não pode entrar.
Estou fazendo a barba de minhas bochechas rechonchudas".
Eu tinha acabado de pegar na maçaneta quando senti outro espirro vindo.
Eu inflei. E bufei. E tentei cobrir a minha boca, mas soltei um grande espirro.
Você não vai acreditar, mas a casa desse sujeito desmoronou igualzinho à do irmão dele.
Quando a poeira baixou, lá estava o Segundo Porquinho - mortinho da silva. Palavra de honra.
Na certa você sabe que a comida estraga se ficar abandonada ao relento.
Então fiz a única coisa que tinha de ser feita.
Jantei de novo.
Era o mesmo que repetir um prato.
Eu estava ficando tremendamente empanturrado.
Mas estava um pouco melhor do resfriado.
E eu ainda não conseguia aquela xícara de açúcar para o bolo de aniversário da minha querida e amada vovozinha. Então fui até a casa do próximo vizinho.
Esse sujeito era irmão do Primeiro Porquinho e do segundo Porquinho.
(...)
Sabe, sou um cara geralmente bem calmo. Mas, quando alguém fala desse jeito da minha vovozinha, eu perco a cabeça.
Quando a polícia chegou, é evidente que eu estava tentando arrebentar a porta daquele porco. E todo o tempo eu estava inflando, bifando e espirrando e fazendo uma barulheira.
O resto, como dizem a história.
Tive um azar: os repórteres descobriram que eu tinha jantado os outros dois porcos.
E acharam que a história de um sujeito doente pedindo açúcar emprestado não era muito emocionante. Então enfeitaram e exageraram a história com todo aquele negócio "de bufar, assoprar e derrubar sua casa".
E fizeram de mim o Lobo Mau.
é isso aí.
Esta é a verdadeira história.
Fui vítima de uma armação.
Mas talvez você possa me emprestar uma xícara de açúcar.
Em meio a leitura, fiz esta paródia, aproveitando uma das músicas da tradicional história de Chapeuzinho Vermelho, já que nessas duas histórias também há um Lobo super esperto!
_ Cada um de nós deve ter uma casa para se proteger do lobo mau! disse Joca, o mais esperto de todos. _ Precisamos começar a fazê-las, já!
Juca, o mais apressado, construiu uma casa de palha, toda enfeitada de flores.
_ Lobo mau? Ah! Ah! Ah!
Eu não tenho medo dele.
Jajá, o mais alegre, trabalhou tão depressa quanto Juca. Juntou rapidamente, algumas tábuas, colocou dois ou três pregos, um aqui, outro acolá... e sua casa ficou pronta!
_ Lobo mau? Ah! Ah! Ah!
Eu não tenho medo dele.
Juca foi mais prudente . Ele construiu uma casa bem firme. Cimentou uma pedra sobre outra e fez tudo com muito cuidado.
_ A cobertura de telha e a porta de madeira não vai cair nunca! - disse Joca, todo satisfeito.
As casa ficaram prontas e os porquinhos, felizes.
Um dia, estavam os três reunidos quando, de repente, Juca gritou assustado.
_ Olha o Lobo mau! Depressa, cada um para sua casa!
Os três porquinhos fugiram assustados e se trancaram em suas casas.
_ Abra, gritou o lobo, diante da casa de palha.
_ Não, de jeito nenhum! _ respondeu Juca.
Então, o lobo começou a soprar tão forte, tão forte, que toda a palha voou.
Juca, com medo, fugiu para a casa de Jajá.
_ Socorro! O lobo quer me agarrar!
Jajá abriu logo a porta para o irmão.
_ Nesta casa de madeira estaremos bem protegidos _ disse ele.
_ Abram a porta! _ gritou o lobo.
_ Não! de jeito nenhum! _ disseram os dois irmãos.
Então, o lobo pôs-se a soprar, soprar e soprou com tanta força que a casa de madeira desabou toda.
Não sobrou nada em pé!
Os dois porquinhos, apavorados, correram para a casa de Joca.
_ Vamos, entrem logo! disse ele.
_ Abram a porta! _ gritou o lobo diante da casa de pedra.
_ Não, de jeito nenhum!_ responderam Joca, Jajá e Juca.
Então, o lobo soprou com mais força ainda, mas a casa nem se mexeu!
O lobo deu murros, arranhou a porta com os dentes, mas a casa de Joca não saiu do lugar.
Ela tinha sido bem construída.
_ Ah! Ah! Ah! Já sei o que vou fazer!
(...)
Vocês sabem o que Jajá e Juca vão fazer?
Eles vão construir uma casa de pedra igual a do Joca, uma casa de verdade!
O Diário do Lobo
A verdadeira história dos Três Porquinhos
Autor: Jon Scieszka
Ilustração: Lane Smith
Olha! eu diria que esse Lobo é muito cara de pau! Um certo cinismo... sei lá!
Sei que as ilustrações são suportes para interpretação, portanto, vale a pena adquirir está maravilhosa versão.
Sei que as ilustrações são suportes para interpretação, portanto, vale a pena adquirir está maravilhosa versão.
Em todo o mundo, as pessoas conhecem a história dos três porquinhos. Ou, pelo menos, acham que conhecem.
mas eu vou contar um segredo. Ninguém conhece a história verdadeira, porque ninguém jamais escutou o meu lado da história.
Eu sou o lobo Alexandre T. Lobo.
Pode me chamar de Alex.
Eu não sei como começou todo esse papo de Lobo mau, mas está completamente errado.
Talvez seja por causa da nossa alimentação.
Olha, não é culpa minha se os lobos comem bichos engraçadinhos como coelhos e porquinhos. É apenas nosso jeito de ser. Se os cheeseburgeres fossem uma gracinha, todos iam achar que você é mau.
(...)
Mas como eu estava dizendo, todo esse papo de Lobo Mau está errado.
A verdadeira história é sobre um espirro e uma xícara de açúcar.
Está é a verdadeira história
No tempo do Era Uma Vez, eu estava fazendo um bolo de aniversário para a minha querida e amada vovozinha.
Eu estava com um resfriado terrível, espirrando muito.
Fiquei sem açúcar.
Então resolvi pedir uma xícara de açúcar emprestada para meu vizinho.
Agora, esse vizinho era um porco.
E não era muito inteligente também.
Ele tinha construído sua casa toda de palha.
Dá para acreditar? Quero dizer, quem tem a cabeça no lugar, não constrói uma casa de palha.
É claro que, assim que bati, a porta caiu. Eu não sou de ir entrando assim na casa dos outros. Então chamei: "Porquinho, porquinho, você está aí?". Ninguém respondeu.
Eu já estava a ponto de voltar para casa sem o açúcar para o bolo de aniversário da minha querida e amada vovozinha.
Foi quando meu nariz começou a coçar.
Senti o espirro vindo.
Então inflei.
E bufei.
E soltei um grande espirro.
Sabe o que aconteceu? Aquela maldita casa de palha desmoronou inteirinha. E bem no meio do monte de palha.
Estava o Primeiro Porquinho - mortinho da silva.
Ele estava em casa o tempo todo daquela palha toda.
Seria um desperdício deixar um presunto em excelente estado no meio daquela palha toda. Então eu o comi.
Imagine o porquinho como se ele fosse um grande cheesburger dando sopa.
Eu estava me sentindo um pouco melhor. Mas ainda não tinha a minha xícara de açúcar. Então fui até a casa do próximo vizinho.
Esse vizinho era irmão do Primeiro Porquinho.
Ele era um pouco mais esperto, mas não muito.
Tinha construído uma sua casa com lenha.
Toquei a campainha da casa de lenha.
Ninguém respondeu.Chamei: "Senhor Porco, senhor Porco, está em casa?".
Ele gritou de volta: "Vá embora, Lobo. Você não pode entrar.
Estou fazendo a barba de minhas bochechas rechonchudas".
Eu tinha acabado de pegar na maçaneta quando senti outro espirro vindo.
Eu inflei. E bufei. E tentei cobrir a minha boca, mas soltei um grande espirro.
Você não vai acreditar, mas a casa desse sujeito desmoronou igualzinho à do irmão dele.
Quando a poeira baixou, lá estava o Segundo Porquinho - mortinho da silva. Palavra de honra.
Na certa você sabe que a comida estraga se ficar abandonada ao relento.
Então fiz a única coisa que tinha de ser feita.
Jantei de novo.
Era o mesmo que repetir um prato.
Eu estava ficando tremendamente empanturrado.
Mas estava um pouco melhor do resfriado.
E eu ainda não conseguia aquela xícara de açúcar para o bolo de aniversário da minha querida e amada vovozinha. Então fui até a casa do próximo vizinho.
Esse sujeito era irmão do Primeiro Porquinho e do segundo Porquinho.
(...)
Sabe, sou um cara geralmente bem calmo. Mas, quando alguém fala desse jeito da minha vovozinha, eu perco a cabeça.
Quando a polícia chegou, é evidente que eu estava tentando arrebentar a porta daquele porco. E todo o tempo eu estava inflando, bifando e espirrando e fazendo uma barulheira.
O resto, como dizem a história.
E acharam que a história de um sujeito doente pedindo açúcar emprestado não era muito emocionante. Então enfeitaram e exageraram a história com todo aquele negócio "de bufar, assoprar e derrubar sua casa".
E fizeram de mim o Lobo Mau.
é isso aí.
Esta é a verdadeira história.
Fui vítima de uma armação.
Mas talvez você possa me emprestar uma xícara de açúcar.
Em meio a leitura, fiz esta paródia, aproveitando uma das músicas da tradicional história de Chapeuzinho Vermelho, já que nessas duas histórias também há um Lobo super esperto!
" Sou um Lobo bem fortão,
Muito esperto , gulosão!
Como porcos e porquinhos,
Bem gordinhos e fofinhos,
Tudo isso é muito bom!
Lobo comilão,
Comilão, comilão, comilão, comilão."
Os Três Lobinhos e o Porco Mal
Esta leitura nos remete a questões sobre perseguição - agressão - violência - apelidos - insultos.
E, estas características são muito comuns em ambientes escolares.
Há sempre alguém que insiste em quebrar a tranquilidade , em desestabilizar o ambiente onde passa boa parte do seu dia, seja em seu espaço de convívio , na escola, enfim, achei o texto pertinente para se trabalhar sobre questões relacionadas a bullyng.
As vezes temos que optar por mudanças radicais e profundas em nossas vidas e e passar a enxergar as coisas sobre outros ângulos e, é isso que a leitura nos aponta!
Leia e perceba que o porco percebe a fragilidade dos lobos e o lobo percebe a sensibilidade do porco.