O Direito das Crianças

O Direito das Crianças

Ruth Rocha



Criança tem que ter nome
Criança tem que ter lar
Ter saúde e não ter fome
Ter segurança e estudar.


Não é questão de querer
Nem questão de concordar
Os diretos das crianças
Todos tem de respeitar.






Mas criança também tem
O direito de sorrir.
Correr na beira do mar,
Ter lápis de colorir...

Ver uma estrela cadente,
Filme que tenha robô,
Ganhar um lindo presente,
Ouvir histórias do avô.




Lamber fundo da panela
Ser tratada com afeição
Ser alegre e tagarela
Poder também dizer não!

Carrinho, jogos, bonecas,
Montar um jogo de armar,
Amarelinha, petecas,
E uma corda de pular.



E , MESMO QUE O TEXTO E AS IMAGENS NÃO ESTEJAM NA ÍNTEGRA, POR CAUSA DOS DIREITOS AUTORAIS, VALE MUITO A PENA CONFERIR!

Trava lingua

Fiz uma pesquisa sobre os trava-línguas, em especial, Uni-duni-tê e acabei conhecendo alguns trava-línguas do Ziraldo e vou publicá-los para vocês.
Espero que gostem!

Uni-duni-tê
Salamê minguê
Um sorvete colorê
uni-duni-tê
à-bê-cê vossa mercê
Bambolê cutiliquê
bambê banguê dendê
Qué qui sai você!



Seja bem-vinda,
Dona Linda.
Não se apresse, 
Dona Gesse.
Não se aflija, 
Dona Ligia.
Não dê folga, 
Dona Olga.
Não se irrite,
Dona Judite.
Não se intrometa,
Dona Antonieta.
Não se embanane,
Dona Eliane.
(...)



Pra ìndio, pirá é peixe,
Peixe em tupi é pirá.
Tem muito pirá na àgua:
Pirabóca, piragaia,
Piraca, piracanjuba,
Pirajuba, piraíba, pirarucu,piraí.
Tem muito peixe pirando,
Pirá, peixe, por aí.








O Felipe tá com gripe.
O Dado tá resfriado.
Judite tá com bronquite.
Na Flora, deu catapora.
Impetigo, no Rodrigo.
Na Brigite, apendicite,
No Vicente, dor de dente,
E no João, indigestão.




Ninguém é igual a Ninguém

Ninguém é igual a ninguém


"O lúdico no conhecimento do ser"



Este livro traz uma leitura rica na questão da diversidade.
As ilustrações são graciosas e leva o leitor ao conceito de infância, trazendo inúmeras lembranças...

Moro numa rua que não grande nem pequena e tem jeito de todo jeito.
Paulinho, meu vizinho da esquerda, é gorducho. Alguns meninos vivem gritando pra ele:
"Paulinho, baleia, saco de areia".
Ele chora e chora.

Joana, a vizinha da direita, é negra e sempre diz que queria ser branca.

Davi que mora em frente, é ruivo e fica furioso quando o chamam de cabeça de fogo.

Já pensou se todos fossem iguais? Acho que as pessoas tinham que andar com o nome escrito na testa para não serem confundidas com as outras.

A partir daí o livro se torna um espaço de inúmeras anotações , questionamentos e reflexões do tipo: 
- E a sua casa, como é?
- Qual o lugar da casa que você mais gosta?
- Qual o lugar que você não gosta?
- Como é a sua família?



E , MESMO QUE O TEXTO E AS IMAGENS NÃO ESTEJAM NA ÍNTEGRA, POR CAUSA DOS DIREITOS AUTORAIS, VALE MUITO A PENA CONFERIR!

É assim a leitura discorre, levando o leitor a inúmeras reflexões sobre si e sobre todos que estão a sua volta que direta ou indiretamente tem ou teve algum significado em sua vida.
Dá pra gente trabalhar a questão da auto estima, gênero, enfim, questões relacionadas a diversidade.
Boa leitura e mãos a obra!


E por falar em ludicidade, que tal acrescentar a esta leitura uma leitura de imagens de Gustavo Rosa.
Gustavo Rosa em suas inúmeras e variadas obras trata, e muito bem, a questão da diversidade.
De a cordo a ele, o mundo  e a natureza nos mostram o quanto as diferenças e os contrastes estão presentes em nossas vidas e o quanto são importantes e elas, fazem parte da nossa existência".
Quando as diferenças são individuais os conflitos começam a surgir, já que alguns gostam de azul e outros de rosa, preto, verde. Isso , sem contar o tão cobiçado vermelho...


Tem aqueles que nascem negros, brancos ou amarelos, que crescem demais e ficam muito altos. Outros não crescem tanto e ficam baixos, enquanto alguns ficam gordos e outros muito magros.




Alguns gostam de maçã, outros de melancia e ainda a outros que gostam de abaxi, sem aqueles aqueles que não gostam de nenhuma dessas frutas...



Pois é!!


O que nos cabe é respeitar as diferenças, perceber o valor do outro em nossa vida.
Sua obra é rica em diversidade de conceitos, cores e formas. Tem gente de todo jeito.

Quem não conhece este personagem!!



É só conferir e elaborar uma boa roda de conversa com os alunos, apresentando este maravilhosos trabalho e as ideias virão, com certeza!

Aproveitei a leitura das imagens, trabalhei conceitos de grandezas e medidas; lateralidade; noção de profundidade; cores e formas...
 Sei que dá pra explorar outros conceitos mas, o tempo programado foi curto.

Já pensei na ideia de trabalhar grandes personalidades brasileiras, já que é outra característica de sua obra.








Nosso Brasil Rimado

Este poema é um repente do compositor Plebe Rude. 
Uma amiga está por fazer uma apresentação na Escola, uma  Mostra Cultural e eu conheco um repente maravilhoso, falando sobre o universo geográfico, os países, continentes, estados, etc. Entretanto não foi possível encontrá-lo pois é datado de mais ou menos 1950 e,
em meio a busca, encontrei este Repente e vou postá-lo pra vocês.
E por falar em Repente,no entender de alguns estudiosos (intelectuais) o cantador e ou repentista tem uma imagem completamente distorcida da sua formação verdadeira.
A cantoria de versos improvisados ao som da viola é uma arte que floresceu no meio rural do Nordeste, especialmente no sertão, e que só aos poucos vem conquistando o público das grandes cidades. A razão principal desse fato e possivelmente, o número crescente de pessoas que se deslocam do interior para as metrópoles em busca de melhores condições de vida, e levando consigo hábitos culturais profundamente enraizados.

Confiram!!




Nosso Brasil Rimado




De repente distância
diferença regionais
de repente ignorância
o estado das capitais

No nordeste a terra descansa em paz
longe da Fortaleza não está mal
João é uma Pessoa comum e feliz
no horizonte tem as luzes de Natal

Dona Terezina vira pro lado
e pergunta se seu São Luiz está bem
Olhando na mesma direção cristã
vendo o meninozinho de Belém

Eu procuro além dos Recifes
eu só quero uma visão melhor
Se não der de ver, de Aracajú
vou ver se a vista é boa em Maceió

A negligência vem mais de cima
Estado, Deus, país, tanto faz
a esperança é o que sustenta
e o improviso é um dito popular

A festa da raça e da tradição
da cidade baixa subo de elevador
Senhor do Bonfim, por favor olhe por mim
vai ver me entendo em São Salvador

Em nome do pai e do Espirito Santo
de Vitória ganho Minas Gerais
terra fértil eu quero, mas um horizonte belo
o sol nascente se põe em Goiás

De Cuiabá, Campo Grande
posso ouvir tiros da caça animal
mas o que vejo é a ameaça
refletida nas águas do Pantanal

De repente um repentista
a rima de improvisar bem
sem querer um repentista
faz prosa com o pouco que tem

Na Amazônia, Roraima, Acre, Rondônia
índio faz canoa com poucos paus
então alguma coisa errada, floresta devastada
mas francamente que zona perto de Manaus

Pra atingir em cheio nosso coração
Eu chego no Distrito Federal
Uma vista honrada e privilégiada
entendo agora porque o país esta mal

Passo por Curitiba e Floripa
e navego o Rio Grande do Sul
nas margens do lado, terra abençoada
que diferença faz água e dinheiro

De repente um repentista
espremida em uma nação
por mais óbvio que for a rima
unísono na mesma canção

(...)

E , MESMO QUE O TEXTO E AS IMAGENS NÃO ESTEJAM NA ÍNTEGRA, POR CAUSA DOS DIREITOS AUTORAIS, VALE MUITO A PENA CONFERIR!


A Galinha Ruiva - nova versão

A Galinha Ruiva

Recontado por Elza Fiuza


Certa vez dona galinha,
A ciscar pelos caminhos,
Encontrou uns grãos de milho
Fresquinhos e amarelinhos.

_Oba!...Oba! Que beleza!
Vou plantar estes grãozinhos
E os brotinhos vão nascer
e, depois, coisas gostosas
Nós teremos pra comer!

(...)

_Vou chamar meus amiguinhos,
O patinho e o porquinho,
para vierem me ajudar.
Acho que eles vão gostar!

(...)




Será que desta vez os amigos da dona galinha resolveram ajudá-la? E a sequência dos fatos, e o desfecho?
Ahh!! só lendo pra ver!

E , MESMO QUE O TEXTO E AS IMAGENS NÃO ESTEJAM NA ÍNTEGRA, POR CAUSA DOS DIREITOS AUTORAIS, VALE MUITO A PENA CONFERIR!